EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses – Cartas para a Vida Cristã | Escola Biblica Dominical | Lição 11: 1 Tessalonicenses 4 e 5 – A Esperança da Volta de Cristo
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 1 Tessalonicenses 4 e 5 há 46 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 1 Tessalonicenses 4.1-18 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Paz do Senhor, professor(a)! Este estudo que iniciaremos nos renova as forças. Em tudo que realizamos, assim como nas nossas renúncias, devemos ter em mente a certeza de que Jesus voltará. Paulo exorta a igreja a buscar a santificação, seja quanto aos usos do corpo ou quanto à dignidade através do trabalho. Uma conduta reprovável escandaliza o Evangelho e não condiz com santos. Trate o tema da volta de Jesus de modo a fazer com que todos se sintam confortados por essa certeza. Reverência aos que ensinam, reconhecimento pelos que trabalham e amparo aos que são espiritualmente fracos são algumas das atitudes que devemos ter enquanto aguardamos o Senhor. No mais, oremos e demos graças a Deus por tudo.
OBJETIVOS
Buscar a santificação pela renúncia a qualquer prática ilícita;
Declarar que a volta de Jesus é nossa certeza e nosso consolo;
Promover amparo aos irmãos que atravessam fragilidades espirituais.
PARA COMEÇAR A AULA
Peça que cada aluno imagine o que passaria a fazer com mais dedicação, zelo e santidade se soubesse que Jesus voltará exatamente daqui a um mês. Ouça algumas respostas. Em seguida, questione: se temos certeza de que o Senhor pode voltar a qualquer momento, por que deixar para mudar depois? Por que adiar aquilo que sabemos que precisa ser transformado? A certeza da vinda de Cristo deve nos despertar hoje para uma vida intencional, marcada por santidade, vigilância e propósito eterno.
LEITURA ADICIONAL
INSTRUÇÃO E EXORTAÇÃO ACERCA DA PARUSIA. O segundo assunto principal da seção instrutiva e exortativa da carta é a Parusia de Jesus. Este tópico já foi mencionado, comparativamente falando, com frequência na primeira parte da carta (1.10; 2.19; 3.13), e deve ter formado uma parte integrante da pregação missionária de Paulo (cf. Até 17.31). Dois problemas levantados por ela tinham sido transmitidos a Paulo pelos tessalonicenses. O primeiro (4.13-18) dizia respeito aos membros da igreja que tinham morrido antes da Parusia. A morte deles significava que estariam excluídos dos eventos gloriosos associados com ela? Os comentaristas diferem entre si quanto à natureza do problema: era medo que seriam totalmente excluídos da salvação futura, ou meramente que teriam desvantagem comparados com aqueles que ainda estivessem com vida na Parusia? Esta dedução básica é apoiada por uma “palavra do Senhor” que confirma que os mortos ressuscitarão primeiro, e depois os vivos serão arrebatados com eles para o encontro do Senhor. Não há, portanto, qualquer necessidade de ficar triste por causa dos mortos. O segundo problema (5.1-11) dizia respeito ao cronograma da Parusia. Por trás dele havia o temor de que a Parusia pudesse pegar os vivos desprevenidos e, portanto, não participassem da salvação. (O medo de morrer antes da Parusia (Marxsen, pág. 65) não está presente). A resposta de Paulo é que é verdade que a Parusia acontecerá inesperadamente e trará repentina destruição para aqueles que não estão preparados por ela. Esta triste sorte, no entanto, não deve sobreviver aos leitores, porque Deus os destinou para a salvação. Pertencem ao novo mundo; devem, portanto, viver à altura, sempre prontos e vigilantes para seu Senhor. Aqui, também, há consolo para os leitores, mas está estreitamente associado com a exortação. O paradoxo da predestinação e a necessidade do progresso espiritual humano é claramente expresso.
Livro: MARSHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses: Introdução e comentário. Tradução de Gordon Chown; revisão de Júlio Paulo T. Zabatiero. 1. ed. São Paulo: Edições Vida Nova; Editora Mundo Cristão, 1984. (Série Cultura Bíblica). Título original: I and II Thessalonians – New Century Bible Commentary. Pág. 145.
Texto Áureo
“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.” 1Ts 4.13
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
A esperança do cristão não está em nada deste mundo, mas na volta de Jesus Cristo, nosso Senhor.
INTRODUÇÃO
I- SANTIFICAÇÃO 4.1-10
1- Ela é a vontade de Deus 4.3
2- Envolve o corpo 4.4
3- Dignidade 4.12
II- A VINDA DO SENHOR 4.13-5.11
1- Os que morreram no Senhor 4.13
2- Traz esperança e consolo 4.18
3- Quando será? 5.1
III- INSTRUÇÕES FINAIS 5.12-28
1- Reconhecer os que trabalham 5.12
2- O ministério da Igreja 5.14
3- Devoção e fervor 5.19
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
O retorno de Jesus é o tema principal dessa carta. Até o capítulo três, Paulo esteve olhando para o passado. Agora, nos dois últimos capítulos, olhará para o presente e para o futuro.
I- SANTIFICAÇÃO (4.1-10)
Sempre que falamos da vinda de Cristo, uma pergunta se impõe: quais devem ser as atitudes daqueles que aguardam esse maravilhoso dia? Certamente a santificação pessoal é uma delas.
1- Ela é a vontade de Deus (4.3) Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição.
Todo crente é chamado para a santificação. Esse é o propósito de Deus. “Santificado” é ser separado para um propósito conforme o caráter daquele que chamou. Não importa se a cultura secular diz que determinada coisa não tem problema ou é aceitável, o que importa é o que dizem as Escrituras Sagradas. Se a Bíblia chama determinada coisa de pecado, então é pecado. A opinião do mundo não importa! A santificação é progressiva e enquanto estivermos aqui neste mundo ela nunca será absoluta e perfeita. Todos os dias precisamos nos arrepender e renovar nosso compromisso com Cristo. Confessar nossos pecados é como tirar o lixo de casa. Temos que fazer todo dia. Há aqueles que dizem haver atingido um nível tal na sua espiritualidade que não mais podem pecar: Tal atitude já é pecado em si mesma (1Jo 1.10).
2- Envolve o corpo (4.4) Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra.
Ainda no tema santificação, Paulo levanta a questão da moralidade sexual. A imoralidade deve ser evitada. Paulo lembra que ela é passível do juízo divino (4.6). Não se trata, como alguns pensam, de limitar a santificação à área sexual, antes dizer que a santificação também deve se estender aos aspectos físicos da vida. Dentre todas as tentações que a igreja primitiva enfrentou, poucas foram tão graves e imediatas quanto a tentação da imoralidade. A reputação moral do Império Romano era extremamente baixa e os cultos pagãos costumavam misturar obscenidades em seus rituais de adoração aos ídolos. Ao se converterem a Cristo, deviam lembrar que foram separados para uma nova vida com Deus. O Deus Santo santifica os seus (4.5). Paulo apresenta duas fortes razões para fundamentar a moralidade dos tessalonicenses: a) a vocação de Deus (3.4-7); b) A natureza do Espírito que habita nos crentes, o qual é Santo (4.8). Ele foi colocado em nós para nos fazer santos.
3- Dignidade (4.12) De modo que vos importeis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar:
Os crentes deviam portar-se dignamente para com os que estão de fora. Outra versão traduz a expressão “andeis honestamente”. O trabalho tem no mínimo esses dois propósitos: suprir de modo honesto as nossas necessidades e não ser pesado para ninguém. Parece que alguns crentes em Tessalônica eram intrometidos e preguiçosos (4.11). Paulo diz para eles cuidarem da própria vida e trabalharem para não serem parasitas. Uma compreensão equivocada sobre a volta de Cristo levou alguns à ociosidade. Tal atitude era um escândalo para os de fora. Todo crente é advertido a não ser um tropeço para aqueles que ainda não creem no Evangelho. Essa conversa de “a vida é minha e eu faço dela o que quiser” não é válida se você é crente. O que fazemos e como vivemos importa ao Evangelho. Não conseguiremos agradar a todos e sequer devemos buscar isso. Mas os crentes podem e devem evitar uma má reputação por deixarem de viver à altura dos padrões aceitos pela sociedade na qual vivem. O Evangelho dignifica o trabalho.
II- A VINDA DO SENHOR (4.13-5.11)
Ignorância é algo que Deus nunca incentiva. Ignorância no tocante às realidades espirituais é sempre algo ruim para o crente. Ela pode privá-lo de conforto e alegria. É o caso quanto à vinda do Senhor.
1- Os que morreram no Senhor (4.13) Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.
Por alguma razão não muito clara, disseminaram-se entre os tessalonicenses que os irmãos em Cristo que haviam morrido não participaram plenamente ou seriam abandonados no bendito retorno de Cristo. Paulo corrigiu esse equívoco. O apóstolo esclarece que os que morreram em Cristo não terão nenhuma desvantagem em relação aos vivos (4.15). De fato, a ressurreição precederá o arrebatamento. É normal prantear- mos nossos irmãos na fé e parentes mortos, todavia não devemos nos entristecer como os não crentes, que não possuem esperança.
Frequentemente, a morte do crente é comparada ao dormir (Mt 27.52; At 7.60). Era uma ideia comum no mundo antigo como eufemismo e aparece tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Não devemos pensar, como alguns defendem, que se trata do sono da alma. Quem dorme é o corpo, não a alma, pois esta vai para a presença de Cristo (Fp 1.20-24). A alma está em plena consciência no seu próprio e novo ambiente com seu Senhor (Lc 16.19-31).
2- Traz esperança e consolo (4.18) Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
É muito comum pregadores, ao falarem da vinda do Senhor Jesus, fazerem isso de modo a trazerem medo e pavor aos ouvintes, ao invés de consolo e esperança. Fazem o inverso daquilo que é proposto por Paulo nessa passagem. A mensagem da volta do Senhor e do arrebatamento da Igreja devem trazer profundo consolo e alegria aos corações do povo de Deus. Devemos usar isso como fonte de consolo e não de apavoramento. Os mortos não estarão em desvantagem; ao contrário, terão prioridade. Cristo voltará e teremos um corpo incorruptível semelhante ao Dele. Paulo diz: transmitam isso e consolem-se mutuamente. Como diz o hino 371 da Harpa Cristã: “Breve vem o grande dia em que lutas findarão; todos os males, agonias deste mundo cessarão.” Nossa esperança está em Cristo e no seu retorno.
3- Quando será? (5.1) Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva.
Os crentes de Tessalônica também indagaram a Paulo sobre o momento em que ocorreria o retorno do Senhor. A linguagem sugere que o apóstolo está retomando mais uma pergunta que lhe fizeram, pedindo a sua resposta. Se souberem a data talvez pudessem preparar-se de modo adequado. Haverá algum sinal prévio? Algum evento específico indicará que o momento é chegado? Essas têm sido perguntas comuns em nossos dias também. Para responder, Paulo se vale da mesma figura usada por Jesus em Mateus 24: o ladrão da noite. O ladrão não envia antecipadamente nenhum aviso sobre sua ação. Ele vem repentina e inesperadamente. Então é sem sentido a pergunta sobre quando será. Mas há uma segunda lição igualmente envolvida na resposta. Embora o ladrão encontre suas vítimas despreparadas, isso não é verdade em relação aos crentes (5.4). A ideia do despreparo, diz Paulo, só é válida para os não crentes. O crente está aguardando, embora não saiba quando ocorrerá. Os crentes não estão em trevas. Eles não serão surpreendidos. O desejo de Paulo é que seus leitores, em vez de se encherem de vã curiosidade ou se deixar invadir pela especulação do calendário, fiquem preparados. O mundo está em trevas, envolvidos nela e em razão de elas não estão preparadas. Serão surpreendidos. O crente, no entanto, aguarda e ama a volta do Senhor.
III- INSTRUÇÕES FINAIS (5.12-28)
Chegamos ao final da carta aos tessalonicenses, na qual Paulo faz exortações que tratam de questões específicas de liderança e relacionamentos entre os membros da Igreja, bem como de atitudes gerais como oração, gratidão e distanciamento do mal.
1- Reconhecer os que trabalham (5.12) Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestar.
Provavelmente, em seu relatório da situação em Tessalônica, Timóteo pontuou que havia dificuldades entre líderes e liderados. Paulo então traz orientações a ambos. Seu ensino é claro: aqueles que são líderes devem ser tratados com o respeito apropriado. Prestar contas aos nossos líderes é um exercício de submissão a Cristo e parte da vida cristã. Ao falar da liderança, há três ações a elas mencionadas: a) trabalhar; b) presidir; c) admoestar. Vejamos cada uma.
a) A palavra “trabalho” traduz um verbo cujo sentido é “ficar fatigado, exausto devido uma atividade realizada”. Muitos querem a liderança por desejo de honra, fama e prestígio, mas liderança no reino é trabalho duro. b) A palavra “presidir” literalmente é “estar de pé à frente”. É servir de exemplo. c) “Admoestar” é advertir alguém que está se desviando ou está prestes a fazê-lo.
Por essas e outras razões, aqueles que Deus colocou para nos ensinar e liderar devem ser honrados e respeitados, nunca desprezados ou rejeitados. A melhor maneira de respeitar um líder é submeter-se à sua liderança. Por fim, Paulo enfatiza que a liderança na Igreja é feita “no Senhor”. Essa expressão é usada para destacar a fonte da autoridade. A liderança no Reino é feita em nome de Cristo, para o bem estar dos que são de Cristo e para a glória do nome de Cristo.
2- O ministério da Igreja (5.14) Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimes para com todos.
Após tratar sobre o relacionamento entre líderes e liderados, Paulo agora se dirige a todos. Sua orientação nesse ponto é geral. Atinge toda a Igreja. Nem tudo na Igreja é responsabilidade da liderança. Devemos fugir do clericalismo que induz os crentes a cruzarem os braços e esperar que apenas os oficiais da igreja trabalhem. Nos versos 14 e 15, o apóstolo lista seis deveres da igreja:
a) Admoestar os insubmissos. A insubmissão deve ser tratada. Ela gera rebelião e rebelião gera maldição;
b) Consolar os desanimados. Literalmente é “alguém com pouca alma”, abatido, triste;
c) Amparar os fracos. Fraqueza com conotação espiritual. Significa o débil na fé. O que ainda não adquiriu a maturidade espiritual necessária deve ser amparado;
d) Longânimos para com todos. Esse é um dos atributos comunicáveis de Deus e que deve ser encontrado em todos os seus seguidores. Significa “lento para a ira”, “paciente”; evitar retribuir o mal por mal. Jesus ensinou sobre isso em Mateus 5.38-48. O crente é chamado a caminhar na direção oposta do mundo vingativo. Retaliação não é permitida ao crente (Rm 12.21 e Hb 10.30); Seguir sempre o bem. Essa é a regra de ouro do viver cristão. Responder tudo com a prática daquilo que é bom, puro, amável e honesto.
Diante dessa lista, temos feito nossa parte? Quando vemos um irmão agindo de modo a desagradar a Deus temos o admoestado ou vamos fofocar a respeito? Temos sido pacientes para com os faltosos? Temos retribuído o mal com o bem?
3- Devoção e fervor (5.19) Não apagueis o Espírito.
A carta é encerrada com uma série de mandamentos gerais e universalmente aplicáveis. a) Regozijai-vos sempre. Uma ação contínua que demonstra a atitude normal do crente. Sejam quais forem as circunstâncias, pela graça de Deus o crente pode elevar-se acima delas.; b) Orai sem cessar: A oração não pode estar confinada apenas a momentos e lugares específicos; c) Em tudo dai graças. O crente é chamado a dar graças a Deus, não importa o que aconteça; d) Não Apagueis o Espírito. Havia uma tendência na igreja de Tessalônica para apagar o fogo do Espírito, com especial desprezo para com as profecias (5.20); e) Julguem todas as coisas, retendo o que é bom. O discernimento espiritual é imprescindível para o viver vitorioso neste mundo caído. Paulo preserva o equilíbrio necessário, convidando a todos a reter o que é bom. Vale aqui o famoso ditado popular: “Não jogue fora o bebê junto com a água do banho”; Abstende-vos de toda forma de mal. Por último, o apóstolo recomenda absoluta distância de tudo que se assemelha ao mal.
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