EBD Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a Deus diante das circunstâncias da vida | Escola Biblica Dominical | Lição 13: Paulo – Combatendo o bom combate e guardando a Fé
TEXTO ÁUREO
Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”, 1 Coríntios 9.27.
VERDADE APLICADA
A convicção da experiência da conversão, a firmeza nas verdades bíblicas e a fidelidade ao Senhor são indispensáveis para desempenharmos com excelência o ministério cristão.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Identificar a origem de Paulo
Ressaltar que Paulo se manteve firme até o fim.
Reconhecer que Paulo foi ousado e perseverante.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GALATAS 2
20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.
GALATAS 6
17 Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.
2 TIMÓTEO 4
6 Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.
7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Rm 8.37 Mais do que vencedores.
TERÇA | 1Co 4.1-2 Que cada despenseiro seja fiel.
QUARTA | 1Co 11.1 Sede meus imitadores.
QUINTA | Gl 1.15 Separados desde o ventre da mãe.
SEXTA | Ef 6.10-20 A armadura de Deus.
SÁBADO | Fp 3.12-14 Prosseguindo para o alvo.
HINOS SUGERIDOS: 94, 171, 371
MOTIVO DE ORAÇÃO: Ore para que possamos combater o bom combate sem negligenciar a fé.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- A história de Paulo
2- Paulo, um homem ousado e perseverante
3- Paulo terminou a carreira
Conclusão
INTRODUÇÃO
Paulo foi um apóstolo aprovado por Deus. Passou de perseguidor de cristãos a perseguido por causa de Cristo, levando sua missão nesta terra até o fim. Ele nos ensina que, apesar das dificuldades, devemos perseverar no caminho do Senhor até o fim, sem nunca abandonar a nossa fé.
PONTO DE PARTIDA: De perseguidor a perseguido.
1- A história de Paulo
Paulo ficou conhecido como o apóstolo dos gentios. Deixou treze cartas, que são escritos doutrinários, edificantes e consoladores para a igreja. Ele as escreveu em liberdade, mas também na prisão. Como missionário, enfrentou desafios diversos, mas sempre fiel ao seu chamado. É um dos personagens bíblicos mais conhecidos por cristãos e não cristãos.
1.1. Nascimento, nome e família. Embora fosse cidadão romano, natural de Tarso, na Cilícia (At 21.39; 22.25-27), Paulo era judeu, da tribo de Benjamim (Fp 3.5) . Foi instruído por Gamaliel, um doutor da Lei de posição importante no Sinédrio (At 22.3). Embora tivesse o nome romano de Saulo (At 9.17), mais tarde passou a se chamar Paulo (At 13.9), possivelmente depois da conversão e do batismo.
A Bíblia não menciona filiação, esposa ou filhos de Paulo. As únicas passagens que mencionam alguns parentes de Paulo são At 23.16 e Rm 16.7,21. Paulo apenas cita que aprouve a Deus o escolher desde o ventre de sua mãe, separá-lo e chamá-lo pela Sua graça (G1 1.15). Ele diz que era filho de fariseu, mas não diz o nome do seu pai (At 23.6). O Apóstolo Paulo possuía cidadania romana, como ele próprio afirma (At 22.28), mas também se declara “hebreu de hebreus” (Fp 3.5); tendo, assim, dupla cidadania. Paulo era fabricante de tendas (At 18.3). Possivelmente as fabricava e vendia para não depender de ninguém e dar exemplo para os outros (2Ts. 3.6-9).
1.2. Um vaso escolhido. Numa visão, o Senhor Jesus chama o discípulo Ananias e manda que ele vá encontrar um homem de Tarso, chamado Saulo. Ananias logo temeu, pois tinha ouvido que aquele homem fazia muito mal aos santos de Jerusalém (At 9.10-13). Porém, o Senhor lhe disse: “Ele é para mim um vaso escolhido”, At 9.15; e Ananias foi ter com Saulo.
Lawrence O. Richards comenta: “A experiência da conversão de Paulo é crítica para que compreendamos este homem, cujo comprometimento total com Jesus está refletido não somente no Livro de Atos, mas também em suas 13 cartas encontradas em nosso Novo Testamento. Lucas nos dá nada menos que três versões da história da conversão (9.1-19; 21.37; 22. 21; 26.1-32), duas das quais representam a história contada por Paulo, primeiramente a uma audiência de judeus e depois a uma de gentios. Está claro que a aparição de Cristo ressuscitado ao apóstolo foi fundamental não somente para sua conversão, mas também para sua consciência de que ele havia sido separado por Deus como uma testemunha e um apóstolo para o mundo”
1.3. Paulo, de perseguidor a perseguido. No caminho de Damasco, Saulo teve uma experiência com o Senhor: “Saulo, Saulo, por que me persegues?’; At 9.4. Como membro do concílio do Sinédrio, ele dava voto a favor da morte dos cristãos (At 26.10), além de persegui-los (Gl 1.13). Inclusive, consentiu a morte de Estevão (At 7.58; 8.1). Porém, ao ser chamado por Jesus, Saulo passou por uma transformação radical e se tornou um dos maiores propagadores do Evangelho.
Para Pr. Antônio Veras de Souza: “Deus, em todo o tempo, usou homens para seu serviço. Quando precisou de um valente obreiro, foi buscá-lo nas fileiras do inimigo, transformando Saulo num verdadeiro apóstolo dos gentios. O poder sobrenatural do Espírito lapidou esta pedra bruta e preparou-o para uma grande missão missionária. Mais uma vez, o grande poder de Deus e a imensa graça do Senhor se manifestaram para transformar a vida de um homem comum em um baluarte do Evangelho”.
EU ENSINEI QUE:
No caminho de Damasco, Saulo teve uma experiência com o Senhor.
2- Paulo, um homem ousado e perseverante
Paulo não temia as adversidades nem se curvava às circunstâncias. Foi perseverante em tudo que fez, sem parar no meio do caminho. Como ele mesmo declarou: prosseguia para o alvo, porque ainda não tinha alcançado a perfeição almejada. Além disso, sua coragem ao confrontar erros, como no caso de Pedro (Gl 2.11-14), refletia seu compromisso com a Verdade do Evangelho.
1.2. Sobrevivendo às lutas. Paulo enfrentou inúmeras dificuldades, incluindo prisões, açoites, naufrágios e rejeição (2Co 11.23-28). Apesar disso, ele permaneceu fiel, considerando seus sofrimentos como participação nos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10). Ele perseverou por seu amor a Jesus, comprometimento com o anúncio do Evangelho e cuidado com as igrejas (2Co 11.28).
Devemos aprender com Paulo, que não olhava para trás, não ficava se lastimando, mas seguia em frente. Ele dizia que ia esquecendo das coisas que ficavam para trás e avançava para as que estavam diante dele. Paulo prosseguia porque tinha um alvo: o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.12- 14). Ao longo da sua intensa carreira cristã, Paulo manteve em mente que a Graça do Senhor superabundava na vida dele, pois se considerava o pior dos pecadores (1Tm 1.15). E ele testificava que essa mesma graça é que o fortalecia, em todo o tempo, para perseverar na jornada cristã.
2.2. O espinho na Carne. Paulo implorou a Deus, em três ocasiões diferentes, para ficar livre de um “espinho na carne” (2Co 12.7-9). O Senhor, todavia, não lhe atendeu, tendo apenas respondido ao apóstolo: “A minha graça te basta’: Isso porque o Poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, e aquele espinho afastaria qualquer possibilidade de exaltação pessoal (2Co 12.7-10).
Comentário na Bíblia de Estudo Pentecostal: “A palavra espinho’ comunica a ideia de dor, de aflição, de sofrimento, de humilhação, ou de enfermidades físicas, mas não a de tentação para pecar (G14.13-14). (1) O espinho de Paulo permanece indefinido, de modo que aqueles que têm qualquer espinho’ na vida podem, assim, aplicar a si mesmos a lição espiritual dessa passagem. (2) O espinho de Paulo pode ter sido uma ação demoníaca contra ele, permitida por Deus, mas por Ele limitada (v.7; Jó 2.lss). (3) Ao mesmo tempo, esse espinho de Paulo lhe foi dado para impedir que se orgulhasse a respeito das revelações que recebera. (4) O espinho de Paulo tornou-o mais dependente da graça divina (v.9; Hb 12.10)”.
2.3. O dever cumprido. O ministério que Paulo recebeu do Senhor Jesus foi cumprido, não negligenciado nem deixado em segundo plano (At 20.24). Seus ensinamentos e seu exemplo foram passados e absorvidos (Fp 3.17), numa vida que deveria ser imitada (1 Co 11.1). Paulo ainda exorta a igreja a fazer a obra com zelo, de todo o coração, como sendo para o Senhor e não para os homens (Cl 3.23-24).
Paulo pensava tanto no seu ministério, querendo ter consciência tranquila ao parar, que declarou, em Atos 20.24, que não tinha a sua vida preciosa por coisa nenhuma, mas teria alegria de cumprir a carreira e o ministério que lhe foi proposto pelo Senhor. Ele disse que todos que o viram pregar o Evangelho do Reino não voltariam a ver seu rosto outra vez, e se declara inocente do sangue de todos (At 20.25-26).
EU ENSINEI QUE:
Paulo não temia as adversidades nem se curvava às circunstâncias.
3- Paulo terminou a carreira
Paulo é mais um exemplo do Poder de Deus para transformar e usar vidas segundo os Seus propósitos. As viagens missionárias, as epístolas e a perseverança diante do sofrimento moldaram a Igreja Primitiva e continuam a nos inspirar hoje. Sua missão: proclamar “Cristo crucificado” (1 Co 1.23), uma mensagem que transcende culturas e une todos que creem em Jesus (G13.28).
3.1. O exemplo de vida. Paulo é uma referência de entrega ao chamado de Deus, pois se esforçava para não ser reprovado (1 Co 9.27). É verdade que somos limitados por nossa humanidade, mas o serviço a Deus deve ser cumprido com excelência. Paulo terminou a carreira, nós estamos na carreira, amanhã outros estarão na carreira, até que Jesus venha.
Paulo deixou o legado de alguém que cumpriu bem o seu dever. Foi perseguidor, mas passou a ser perseguido ao aceitar o bom combate. O apóstolo dos gentios entendeu bem o seu chamado e o cumpriu com brilhantismo. Um homem cheio de talentos, com uma liderança eficaz, o Apóstolo Paulo terminou a sua carreira, marcou a história do cristianismo e, principalmente, guardou a fé.
3.2. A gratidão e o amor pastoral. Paulo demonstrou amor pastoral ao chamar os crentes de “meus filhinhos” (G14.19) e investir na formação de líderes como Timóteo e Tito. Ele também expressou sua gratidão a Deus (Fp 1.3), aos companheiros e colaboradores leais (Fp 4.1-4) e aos seus filhos na fé (Tt 1.3-4). Por fim, declarou que cada um receberá seu galardão de acordo com as próprias obras, sendo todos nós cooperadores de Deus (1 Co 3.6-9).
Gratidão é o reconhecimento por algum benefício recebido. Gratidão é a qualidade de reconhecer e valorizar as dádivas recebidas. É muito mais do que um simples muito obrigado, e era algo que Paulo levaria para o resto da vida. Paulo diz, em suas epístolas, que sempre dava graças a Deus pelas igrejas e por todos que invocavam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Co 1.1-9). Ele se sentia feliz quando os irmãos viviam pensando a mesma coisa, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo (Fp 2.1-2).
3.3. A certeza da Vida Eterna. A despedida confiante e em paz, a última exortação em amor, a bênção apostólica (2Co 13.11,13), o tempo da partida já próximo e a esperança de receber a coroa da justiça, a qual o Senhor, o Justo Juiz, lhe dará naquele dia (2Tm 4.6,8). Assim Paulo deixou aos irmãos a expectativa de receber a coroa, mas também a responsabilidade de fazer a Obra do Senhor sem negligência.
Todas as epístolas paulinas trazem a saudação final e o agradecimento aos irmãos e companheiros de ministério. Na Segunda Carta aos Tessalonicenses 3.16-17, ele diz que escreveu a saudação de próprio punho e que ora ao Senhor da Paz que lhes dê paz e impetra que a Graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos. Ainda diz que esse é o sinal em cada epístola. É assim que escreve. Uma despedida de quem escreveu muito sobre a Salvação e seus pré-requisitos. Um sabedor exímio sobre o arrebatamento nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares (1Ts 4.13-18).
EU ENSINEI QUE:
Somos limitados por nossa humanidade, mas o serviço a Deus deve ser cumprido com excelência.
CONCLUSÃO
A firmeza e a fidelidade de Paulo no exercício do ministério que recebeu do Senhor Jesus foram relevantes para que a então novel igreja não se tornasse um movimento predominantemente judaico, mas uma profissão de fé cristocêntrica universal. Ele estabeleceu igrejas, discipulou líderes e escreveu cartas que continuam a guiar a Igreja, sendo seu entendimento, principalmente recebido do Senhor, acerca da Graça, da Cruz e da ressurreição, central para a fé cristã.
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