EBD Betel – Adultos | 3° Trimestre De 2021 | Tema: TRIUNFANDO SOBRE AS BATALHAS E ADVERSIDADES DA VIDA – Aplicando os Princípios Bíblicos para Prevalecer nas Aflições do Tempo Presente | Lição 08: Conhecendo algumas armas poderosas em Deus | Escola Biblica Dominical
TEXTO ÁUREO
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.” Efésios 6.10
VERDADE APLICADA
Nossa luta contra nossos inimigos espirituais exige de nós preparo e uma vida íntegra.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar os inimigos do crente.
Descrever os equipamentos da armadura espiritual.
Ensinar sobre as armas espirituais.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
13. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
15. E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
16. Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
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LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 15.1 Deus é nosso escudo.
TERÇA / Rm 7.15 A oposição da carne.
QUARTA / Ef 6.12 Nossos inimigos espirituais.
QUINTA / 1Ts 5.8 Nossas armas
SEXTA / Hb 4.12-13 A espada do Espírito.
SÁBADO / Tg 4.4 Inimizade contra o mundo.
HINOS SUGERIDOS 212, 225, 372
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore por aqueles que passam por grandes provações.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Os antagonistas do cristão
2– A armadura de Deus
3– O equipamento para o combate
Conclusão
INTRODUÇÃO
Para vencer as adversidades da vida, o cristão deve saber bem quem são seus adversários e os meios pelos quais Deus o equipou para vencer as batalhas espirituais.
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PONTO DE PARTIDA
É preciso estar preparado contra as forças do mal.
1. Os Antagonistas do Cristão
Embora Cristo tenha vencido e despojado toda autoridade espiritual [Cl 2.15], e os fiéis estarem libertos da escravidão do pecado, as forças do mal continuam a ameaçar o cristão.
1.1. O Diabo. Conhecido também como Satanás (adversário, acusador), o diabo se opõe à obra de Deus e tem como intento matar, roubar e destruir [Jo 10.10]. Ele é apresentado como a serpente [Gn 3.1, 14; 2Co 11.3]; Belzebu [Mt 10.25]; príncipe deste mundo [Jo 12.31]; príncipe das potestades do ar [Ef 2.2]; e maligno [1Jo 2.13]. Ele utiliza como artimanhas: mentiras [Jo 8.44]; engano [Ap 12.9]; assassinato [Sl 106.37]. Grudem afirma que “tanto o Diabo e seus seguidores vão usar a tentação, a dúvida, a culpa, o medo, a confusão, a inveja, o orgulho, ou a calúnia para atrapalhar o testemunho cristão”. Tendo em vista que essas são as armas do diabo contra a humanidade, o cristão deve ter uma vida pautada nas virtudes do Espírito e não coadunar com estas práticas.
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Wiersbe: “Satanás opõe-se ao trabalho de Deus de diversas formas (…) Se não consegue derrotar a Palavra, ele planta falsos cristãos (“filhos do maligno”) onde quer que Cristo plante crentes verdadeiros. Muitas pessoas vão para o inferno não por causa dos muitos pecados evidentes, mas porque têm uma “falsa justiça” à parte da fé em Jesus Cristo”. Que não sejamos aqueles a quem o diabo utiliza através de fofocas, mentiras no meio do povo de Deus.
1.2. O mundo. A ideia de ‘mundo’ como opositor ao ser humano não é referência à habitação do homem e nem à criação de Deus, pois a criação de Deus foi muito boa [Gn 1.31]. Entretanto, o termo mundo (do grego, cosmos) é uma referência metonímica à “humanidade em rebelião a Deus”, ou seja, à sociedade corrompida, seus valores e sua inimizade contra Deus. É dentro deste contexto que o mundo/humanidade é o objeto do amor de Deus. Deus ama o mundo [Jo 3.16]. Todavia, o mundo/humanidade tem como característica principal sua impiedade [Jo 7.7]. A Igreja do Senhor não pode amar os valores do mundo [1Jo 2.15], mas viver uma vida em amor ao próximo mantendo sua integridade e valores do Reino.
Subsídio do Professor: Ladd: “Diante do mundo, a Igreja não pode ter uma conduta extremada, ela nem deve compactuar com o mundo e assimilar seus valores [Rm 12.2], outrossim, ela também não deve viver uma vida de total ascetismo, ela não deve se retirar do mundo, mas viver no mundo, motivada pelo amor de Deus em lugar de amor pelo mundo.”
1.3. A carne. Essa palavra possui significados diferentes nas Escrituras, ela pode significar “a parte corporal do ser humano” [Hb 2.14], pode significar ‘humanidade’ [Is 40.5], também designa ‘alguém’ [Mt 16.17], a fraqueza e a efemeridade da condição humana em oposição ao espírito [Gl 1.16]. Paulo utiliza deste termo de origem semítica para expressar uma vontade intrínseca inerente à essência humana que se opõe à vontade de Deus [Rm 7.18-19]. E que também pode ser vista como as obras da carne [Gl 5.19-21]. Portanto, a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pecado e morte. Assim como Paulo afirmou, “nenhuma condenação há para aqueles que não andam segundo a carne mais segundo o Espírito” [Rm 8.1].
Subsídio do Professor: Antes da conversão e da regeneração o ser humano é dominado pela carne (do grego, sarx). Este desejo interior do ser humano tem como intento encontrar na vida o propósito do seu ser. Contudo, nada que existe fora de Deus pode preencher o homem integralmente, por isso, ele sempre é um ser em busca de algo. Na conversa de Jesus com a mulher samaritana, Jesus deixa isso muito claro, Ele é aquilo que preenche o homem plenamente, de tal ponto, que o faz transbordar [Jo 7.37-38]. As riquezas deste mundo, os bens, os prazeres, as posições, nada disso pode completar o ser humano, somente Jesus preenche aquilo que falta.
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EU ENSINEI QUE:
A nossa luta diária se resume a três grandes adversários, a saber, Satanás, o mundo e a carne.
2. A Armadura de Deus
Paulo exorta os crentes a serem fortalecidos na força do Senhor e se vestir contra as potestades do mal. Ele observa a vestimenta dos soldados de seu tempo e faz uma analogia sobre a conduta que devemos ter.
2.1. O cinto da verdade. Certamente que a referência sobre o cinto da verdade se encontra em Isaías 11.5: “E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins”. Segundo Keener, “o cinturão ou o cinto, se referia ao avental de couro embaixo da armadura, ou ao cinto de metal que protegia abaixo do ventre”. Outra passagem que fala deste acessório é Lucas 12.35. A palavra cingir de acordo com Strong faz alusão a se ‘equipar’. Tendo em vista que verdade aqui traz a ideia de sinceridade, em oposição à falsidade, logo, ser cingido com a verdade é viver uma vida de verdadeira e sincera devoção ao Senhor. Servir ao Senhor não deve ser mera liturgia ou protocolo, mas uma entrega sincera de todo o nosso ser.
Subsídio do Professor: A ordem em que Paulo faz referência aos itens da armadura do soldado é a mesma em que era vestida. Portanto, era necessário que as partes de dentro estivessem bem presas e amarradas. Estar cingido é, portanto, ter no seu íntimo a verdade como sua essência. Uma religiosidade sem coração é semelhante a se enganar, pois Deus não se agrada de rituais vazios [Is 1.13-15], entretanto, um coração contrito ele não desprezará [Sl 51.17].
2.2. Couraça da justiça. Segundo Vaux, nos tempos antigos, a couraça era uma peça da armadura dos soldados que servia para proteger seu tórax de ataques diretos. Em 1Tessalonicenses 5.8, o amor assim como a fé fazem parte do peitoral desta armadura, “Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade e tendo por capacete a esperança da salvação”. Em Isaías 59.17, a couraça faz parte da vestimenta do próprio Deus, que vem para salvar o Seu povo. Justiça aqui é um termo muito desenvolvido por Paulo, que também expressa uma vida íntegra e justa. O cristão não deve ter em sua prática de vida uma conduta fraudulenta. Quantos que se dizem cristãos e são conhecidos por serem pessoas sem credibilidade, estes, estão despidos da justiça.
Subsídio do Professor: O inimigo foi tão astucioso que esperou cair a noite, e enquanto todos dormiam ele semeou. O inimigo atua na escuridão do momento ou da vida de alguém, e seus alvos mais comuns são aqueles que também amam as trevas [Jo 1.5; 3.19]. A diferença entre os filhos de Deus (trigo) e os filhos do diabo (o joio), é que não mais habitamos nas trevas, agora somos filhos da luz [1Ts 5.5]. Comentário Bíblico Wiersbe: “Onde quer que Cristo “plante” crentes verdadeiros a fim de darem frutos para a glória dele, Satanás planta falsos cristãos que fazem oposição a esse trabalho e atrapalham a colheita. Os cristãos são as sementes, e o reino dos céus é uma mistura de sementes verdadeiras (cristãos) e falsas (filhos do diabo)”.
2.3. Os calçados do Evangelho. Estar calçado aqui faz referência à estrada e ao caminho a percorrer. Quando falamos de caminhada e caminho, a Bíblia faz referência à vida propriamente dita [Sl 37.5]. É a Palavra que ilumina o nosso caminho [Sl 119.105]. A nossa caminhada na fé é proporcional à nossa preparação na Palavra, em especial aos ensinamentos de Jesus, pois pés bem calçados nos protegem contra as feridas que podem ocorrer na caminhada. Caminhar com pés descalços ou com calçados inapropriados interferem diretamente na distância percorrida. O cristão tem uma longa jornada pela frente, o nosso ponto de partida é a cruz e a nossa chegada é o céu.
Subsídio do Professor: Na vida militar, o combatente deve cuidar muito bem do seu pé, pois ele sabe que se ele se machucar, seja por bolhas, ou por calos, ele não conseguirá ir muito longe, e consequentemente, não irá cumprir sua missão. Assim é também a nossa vida cristã, se não cuidarmos de nos preparar de forma eficaz, podemos ficar pelo caminho. A Bíblia nos mostra que, até mesmo na Igreja Primitiva, muitos abandonaram a fé [Hb 6.4-6].
EU ENSINEI QUE:
Devemos estar revestidos da verdade, da justiça e preparados para a caminhada cristã.
EBD Betel – Adultos | 3° Trimestre De 2021 | Tema: TRIUNFANDO SOBRE AS BATALHAS E ADVERSIDADES DA VIDA – Aplicando os Princípios Bíblicos para Prevalecer nas Aflições do Tempo Presente | Lição 08: Conhecendo algumas armas poderosas em Deus | Escola Biblica Dominical
3. O Equipamento para o Combate
Enquanto que a couraça, o cinto e o calçado eram peças de vestimenta; o capacete, o escudo e a espada eram peças de combate, as quais o soldado devia ter em posse para a peleja.
3.1. O escudo da fé. Na antiguidade, os escudos poderiam ser de bronze [1Rs 14.27], coberto com metal precioso [1Rs 10.16-17], untado [2Sm 1.21-22; Is 21.5]. O escudo era, junto com o capacete, uma das melhores armas de defesa, ele dava mobilidade às tropas de infantaria, fazendo com que, mesmo diante de uma saraivada de flechas, os exércitos pudessem se locomover sem sofrer ferimentos ou até mesmo baixas significativas. Paulo faz a justaposição do escudo com a fé, pois é através da fé que nem as dificuldades ou as condições desfavoráveis vão nos parar. A fé nos faz mover montanhas e avançar [1Co 13.2].
Subsídio do Professor: Os escudos podiam ser grandes, ovalados, alongados, semelhantes a uma porta. Algumas passagens na Bíblia fazem referência ao escudo, como em Gênesis 15.1, onde Deus diz a Abraão que Ele era o seu escudo. A importância inicial é não somente ter fé, mas em quem ter fé, pois o nosso Deus é poderoso para nos livrar e mudar o quadro de toda e qualquer situação, pois “a Deus tudo é possível” [Mt 19.26].
3.2. O capacete da salvação. Uma das peças do combate mais importante era o capacete, que muitas vezes era de couro recoberto de bronze e servia para proteger a cabeça. É muito pertinente o apóstolo ligar o capacete com a salvação, tendo em vista que um dos grandes ataques do inimigo contra nós começa na esfera dos pensamentos. O adversário utiliza da tentação para que os fiéis venham a vacilar e a cair. É no âmbito da nossa mente que somos atacados. O grande perigo da tentação não é sofrê-la, e, sim, deixá-la adentrar ao coração. Permaneçamos firmes na presença de Deus e que nossa mente seja ocupada com pensamentos edificantes, como afirma o apóstolo [Fp 4.8].
Subsídio do Professor: Tiago em sua carta faz a descrição da geração do pecado no indivíduo [Tg 1.13-14]. Ele nasce através das nossas próprias inclinações, que nos seduzem e nos arrastam. O caminho do pensamento segue também um caminho parecido, pois, quando pensamos em uma determinada coisa, sentimos. Quando sentimos, refletimos uma vontade e quando refletimos uma vontade, externamos um comportamento. Guardemos nossa mente contra as investidas do adversário.
3.3. A espada do Espírito. A Bíblia é comparada como uma espada que separa o falso do que é verdadeiro [Hb 4.12], ela traz julgamento [Os 6.5], assim como a salvação [Rm 10.13-17]. A espada era uma arma de ataque na qual servia para causar dano ao inimigo. Atualmente, vivemos em um mundo globalizado e em um país que ainda se pode pregar o Evangelho sem ser preso por isso. Entretanto, muitos crentes não fazem uso correto de sua arma, muitos se deixam levar por quaisquer ventos de doutrinas, por serem analfabetos bíblicos funcionais. Nunca tivemos o conhecimento tão perto de nossas mãos, mas tão distante ao mesmo tempo.
Subsídio do Professor: Jesus nos dá um grande exemplo de como Ele pôde vencer o diabo no deserto [Mt 4.1-10]. Apesar de enfraquecido e debilitado por causa do jejum, Ele não somente se defende pela Palavra, como também ataca o diabo. É interessante que o próprio inimigo, em Mateus 4.6, faz referência direta ao Salmo 91.11-12. Isso nos mostra que é imperativo para o cristão manusear com excelência a Palavra de Deus [2Tm 2.15].
EU ENSINEI QUE:
O capacete, o escudo e a espada são armas que devemos usar no nosso combate diário contra as forças do mal.
CONCLUSÃO
O cristão vive em uma batalha invisível e, nessa batalha, ele deve estar preparado, fortalecido e avançando, seguindo o seu General de guerra, Jesus Cristo.
EBD Betel – Adultos | 3° Trimestre De 2021 | Tema: TRIUNFANDO SOBRE AS BATALHAS E ADVERSIDADES DA VIDA – Aplicando os Princípios Bíblicos para Prevalecer nas Aflições do Tempo Presente | Lição 08: Conhecendo algumas armas poderosas em Deus | Escola Biblica Dominical