Lição 07: Na Separação entre os Pais, como agir? EBD | 2° Trimestre De 2020 – A Família Cristã – CPAD Adolescentes
ESTUDANDO A BÍBLIA
Infelizmente esse é o quadro em nosso país; o divórcio aumenta significativamente. É possível que em sua igreja exista alguns casos. Como entendê-los? A Palavra de Jesus nos leva a compreender que o divórcio não é a vontade de Deus para nós. Ele gera trágicas consequências para o indivíduo e toda a família. Por isso, não lancemos peso desnecessário sobre pessoas que estão nesta situação; pois, infelizmente, em alguns casos, o tema é tratado como pecado sem perdão, o que seria uma afronta à suficiência do sacrifício de Cristo pelas nossas vidas.
Nesta lição prepare os adolescentes para compreender o tema, preparando-os para a vida adulta e dando-lhes instrumentos para agir dentro da sua casa ou auxiliar seus amigos que estejam passando por essa situação. Professor, que o Espírito Santo lhe dirija nessa aula. Deus o abençoe!
O tema desta lição é muito delicado para abordar, pois vivemos em uma sociedade que tem alterado o conceito de família, ao mesmo tempo em que vemos outras organizações familiares surgindo. Hoje, vamos estudar sobre a separação entre os pais e como você deve agir nesta situação tão delicada, sendo uma referência do amor de Deus na sua família.
Objetivos
Explicar que a vontade de Deus é que o casamento seja indissolúvel;
Mostrar a realidade da separação;
Instruir sobre como agir na situação de separação dos pais.
TEXTO BÍBLICO
Mateus 19.1-12
Destaque
“Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu” (Mt 19.6).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – 1Tm 3.1-16
Terça – .Rm 12.9-21
Quarta – Mc 10.1-11
Quinta – At 11.1-11
Sexta – Ef 4.1-7
Sábado – Dt 24.1-9
Domingo – Ef 5.22-33
Material Didático
Reúna informações estatísticas do IBGE com dados a respeito do divórcio, canetas coloridas para desenhar o gráfico no quadro branco.
Quebrando a Rotina
Mostrar para a classe que, apesar do divórcio não ser a vontade de Deus, hoje ele é uma realidade cada vez maior em nossa sociedade, Para isso, leve alguns dados para a classe mostrando essa realidade. Em seguida, faça uma enquete, perguntando quantos conhecem alguma família que tem os pais divorciados e que façam parte de uma família com pais divorciados. A partir das respostas, monte um gráfico e deixe exposto na classe. Com esses dados, lança o seguinte questionamento: “Como cristão, qual deve ser o meu comportamento diante desta realidade?”
Entendendo a vontade de Deus para a família
Como vimos em lições anteriores, o chamado do homem a se unir a uma mulher e formar com ela uma única pessoa (Gn 2.24) é o ponto de partida para formação da família. Isso não foi feito por coincidência, mas pela vontade de Deus, como ratificada por Jesus: “Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu” (Mt 19.6). A vontade de Deus para um casal é que não haja a separação, e mais, como pode uma única pessoa ser divida em duas sem perder a vida?
A expressão bíblica sobre a unidade familiar implica diversos problemas que uma possível separação causa na família, ornais terrível é o rompimento da unidade familiar que, sabemos, é o lugar para habitar o amor de Deus derramado sobre nós. A vontade de Deus é que essa união seja indissolúvel, e que ela cumpra seu papel diante do mundo e derrame as bênçãos de Deus sobre os membros dessa família.
AUXÍLIO DIDÁTICO-BIBLIOGRÁFICO
Segundo a declaração de Jesus em Mateus 19.6, a família na criação de Deus tinha como objetivo original ser uma instituição orgânica sem qualquer fragmentação. Isto era uma das principais características da vida social da família hebraica: “Na sociedade hebraica a família era o âmago da estrutura social, assim a sua importância estava em manter todas as demais estruturas dessa sociedade de modo a servir como base sólida para estabelecimento da religião e da nação dessa sociedade.
Além disso, depreendemos mais claramente do chamado de Abraão e sua família, qual foi […] formada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual as bênçãos de divinas fluírem e se espalhariam sobre a terra (Gn. 1.28)” (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.23).
Compreendendo a realidade da separação
Os casos de separação na família têm aumentado em nossa sociedade, inclusive no meio evangélico. Por um lado, nossa sociedade começa a deixar de lado o conceito de família; por outro, dentro do meio evangélico, vemos um crescimento do egoísmo e do reflexo do imediatismo até mesmo para tomadas de decisões tão críticas sem pensar, sem levar em consideração o contexto familiar que será afetado com uma separação, principalmente os filhos. Os filhos, que não possuem culpa nessa situação, normalmente são os que mais sofrem.
Infelizmente vivemos em um mundo marcado pelo pecado, o que acaba por embaçar a imagem original da perfeita criação de Deus para o nosso mundo, e isso inclui a família. O próprio Jesus nos deu um aviso quanto ao viver nesse mundo. Sim, Ele nos falou que teríamos vida em abundância (Jo 10.10), mas Ele também deixou bem claro as “regras do jogo”: “… No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33).
São diversos tipos de problemas familiares que podem causar o sofrimento da família e podem levar ao processo de uma separação dos pais e a sua consumação. Nas Escrituras, vemos Jesus falando que um dos problemas principais para o acontecimento de uma separação é a dureza do coração humano (Mt 19.8). Às vezes nossos pais são os que possuem o coração mais endurecido. Mas o que podemos fazer?
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O tema do divórcio é, sem dúvida alguma, um dos mais polêmicos, na visão dos evangélicos em geral, diante da ética cristã. De um lado, há os que não aceitam em hipótese alguma, entendendo a indissolubilidade do casamento de modo radical. No outro lado, há os que o aceitam, sob determinadas circunstâncias, buscando base para tal entendimento na Bíblia Sagrada, como regra de fé e prática. […] Não queremos ser dogmáticos, mas compartilhará que temos aprendido, com base na Palavra de Deus, sobre esse difícil assunto, que tem preocupado muitas famílias e a liderança cristã. Vale salientar que já é grande o número de divorciados no meio evangélico.
A legalização do divórcio, no Brasil, ensejou a disposição de muitos cristãos que enfrentam turbulências no seu matrimónio a buscar a porta de saída para uma relação problemática. Tais pessoas enfrentam o dilema de entrar num caminho que seja legal, de acordo com a legislação do país e a legitimidade do divórcio diante da Bíblia Sagrada (LIMA, Elinaldo Renovato. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.104).
Separação, e agora?
Você pode ser uma pessoa usada por Deus para alterar o rumo da situação da separação, e com a ajuda de Deus, retomar a comunhão na sua família. Em primeira instância, ore ao Senhor, peça direção e sabedoria, pois cada palavra falada pode gerar vida, mas também pode gerar morte. Por isso, use as palavras com cuidado e na hora certa. Saiba que há momentos em que o silêncio é a melhor opção.
Lembre-se sempre: você deve honrar e obedecer aos seus pais, não importando a situação (Ef 6.1-3).
Uma conversa franca com os dois pode ajudar efetivamente a esclarecer o caso; e uma entrega verdadeira pode fazer o desencontro tornar-se encontro fecundo de reconstrução da família. Procurar auxílio especializado para resolução de conflitos familiares pode ser uma boa alternativa, só não é melhor do que o perdão.
A esmagadora maioria dos conflitos familiares pode ser resolvida com a conversa e com a liberação do perdão. Uma conversa franca com o pastor de sua igreja e a sua esposa, ou com uma família de amigos de confiança, pode ser a mão de Deus agindo para restaurar a família, afinal, Deus nos colocou lado a lado para que pudéssemos ajudar uns aos outros. Nossa comunidade cristã tem como objetivo ajudar para seguirmos juntos fielmente no caminho do nosso Senhor. Entretanto, nem sempre a reconciliação é possível.
Nem por isso o seu pai deixou de ser o seu pai ou sua mãe deixará de ser a sua mãe. Cabe a você respeitá-los em suas escolhas, obedecê-los e honrá-los. Sobre o resto, entregue tudo nas mãos de Deus, pois o melhor Ele fará (SL 37.5).
AUXÍLIO DIDÁTICO-TEOLÓGICO
O caso de Abigail e Davi narrado em 1Samuel 25.18-44 é muito interessante para refletir como uma pessoa enviada pelo Senhor pode alterar uma história de desgraça, como nos informa o texto a seguir: “25.52 Deus… te enviou. Deus enviou Abigail para impedir que Davi fizesse uma grande injustiça contra todos os homens de Nabal (v. 34).
Davi reconheceu seu grande mal ao planejar uma vingança tão terrível contra eles. Há ocasiões em que Deus envia alguém ao nosso encontro para nos aconselhar segundo a sua vontade, a fim de abrir nossos olhos e nos impedir de cometer iniquidade. Ao recebermos conselhos dos outros, devemos julgar nossos planos segundo a Palavra de Deus e a orientação do Espírito em nosso coração” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.468).
Conclusão
No processo de separação o melhor é sempre ter um coração disposto a ouvir e a perdoar, orando e buscando ser reflexo do amor de Deus. Seja você um verdadeiro servo ajudando a manter a comunhão e a harmonia em sua família. Ao falar com os seus pais, lembre-se: “A resposta delicada acalma o furor, mas a palavra dura aumenta a raiva” (Pv 15.1).
RECAPITULANDO
O chamado do homem a se unir a uma mulher e formar com ela uma única pessoa (Gn 2.24) é o ponto de partida para formação da família. Isso não foi feito por coincidência, mas pela vontade de Deus, como ratificada por Jesus: “Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu” (Mt 19.6).
Os casos de separação na família têm aumentado em nossa sociedade, inclusive no meio evangélico. Por um lado nossa sociedade começa a deixar de lado o conceito de família; por outro, dentro do meio evangélico, vemos um crescimento do egoísmo e do reflexo do imediatismo até mesmo para tomadas de decisões tão críticas sem pensar, sem levar em consideração o contexto familiar que será afetado com uma separação, principalmente os filhos.
Infelizmente, nem sempre a reconciliação é possível. Nem por isso, o seu pai deixou de ser o seu pai ou sua mãe deixará de ser a suo mãe. Cabe a você respeitá-los em suas escolhas, obedecê-los e honrá-los. O resto, entregue tudo nas mãos de Deus, pois o melhor Ele fará (SL 37.5).
Refletindo
1. Qual o ponto de partida para a formação da família?
R: A união entre um homem e uma mulher.
2. Qual é a vontade de Deus para o casamento?
R: Que não haja separação, que seja uma união sem fim.
3. Muitas famílias têm passado pela situação da separação. Que tal dedicar um tempo de oração em prol dessas famílias?
R: Pessoal.