EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses – Cartas para a Vida Cristã | Escola Biblica Dominical | Lição 02: Filipenses 2 – A Vida Cristã em Unidade e Humildade
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Filipenses 2 há 30 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Filipenses 2.1-30 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Olá, professor(a)! A lição que estudaremos a seguir nos faz um alerta acerca da necessária conservação da unidade da Igreja. Ainda que haja opiniões diversas sobre temas secundários, de modo algum devemos rivalizar ou polemizar. Temos visto debates excessivos, supostamente em nome da verdade, movidos por egos inflados que se afastaram da prática da humildade. Alerte os irmãos e irmãs para que reflitam sobre os perigos da vaidade, pois o próprio Jesus renunciou à glória, esvaziou-se, para fazer-se o menor dos homens. Quando somos conscientes de que o Dia de Cristo se aproxima, conservamos a sinceridade e a obediência até que possamos nos apresentar irrepreensíveis diante do Senhor.
OBJETIVOS
Reconhecer a importância da unidade entre os irmãos;
Refletir sobre os perigos da vaidade;
Buscar o aperfeiçoamento até que o Senhor venha.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece avisando a todos que dessa vez só poderão iniciar a aula quando todos doarem qualquer um de seus objetos (relógios, anéis, canetas, bíblias, celular etc.) para a ação social de ajuda humanitária. Em seguida, convide-os à reflexão: Jesus renunciou tudo para nos unir a Ele. Estamos dispostos a abrir mão do que é nosso para que haja unidade entre nós? O quanto realmente valorizamos a comunhão com Cristo e com os irmãos?
Texto Áureo
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” Fp 2.5
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Cada crente é chamado a imitar Jesus Cristo nas atitudes e na essência.
INTRODUÇÃO
I- ELEMENTOS DA UNIDADE 2.1-4
1- Um imperativo 2.2
2- Humildade 2.3
3- Solicitude 2.4
II- O SUPREMO EXEMPLO 2.5-11
1- Sua grande decisão e renúncia 2.7
2- Sua grande obediência 2.8
3- Sua grande exaltação 2.9
III- DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO 2.12-30
1- Cuidando do testemunho pessoal 2.15
2- Aguardando o Senhor 2.16
3- Bons relacionamentos 2.25
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Dos livros do Novo Testamento, Filipenses é o que contém menos censura. Mas fica claro que havia a necessidade de que fossem exortados acerca da unidade e ameaça do orgulho.
I- ELEMENTOS DA UNIDADE (2.1-4)
A unidade da Igreja é obra do Espírito de Deus e nosso papel é preservá-la. Não a fazemos, mas podemos prejudicá-la. Partidarismos, disputas pessoais, invejas e estrelismos não podem ter espaço no corpo de Cristo.
1- Um imperativo (2.2) Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
A unidade é um dom, um presente dado pelo Espírito Santo aos cristãos. Sua preservação é um imperativo. Deus não habita no meio de um povo dividido. Jesus orou pela unidade do seu povo, pois sabia que Satanás tentaria por todos os meios dividir os seus (Jo 17.22-24). Talvez uma das maiores dificuldades da Igreja de Cristo nos dias de hoje seja esta: manter a unidade. Há muita carreira solo, competição e buscas por primazia nos nossos arraiais. A unidade não deve existir com desprezo e sacrifício da verdade, mas a verdade não elimina a unidade. Precisamos considerar que unidade não significa uniformidade absoluta em todas as coisas. Lutar pela unidade não é nos fazer iguais, mas nós fazer um em Cristo. Na Igreja existe variedade de ministérios e de opiniões em assuntos secundários. Por essa razão precisamos do amor. Uma ilustração nos ajudará: conta-se de uma reunião que houve entre as ferramentas de uma marcenaria. A lixa solicitou a exclusão do martelo, pois ele ficava batendo em tudo e fazia muito barulho. O martelo concordou, mas disse que a lixa era muito áspera e grossa. O parafuso foi acusado de ficar dando muitas voltas para chegar ao seu propósito. Logo falaram da régua, que se achava certinha e se julgava no direito de medir tudo. No meio desta discussão apareceu o Senhor Marceneiro, que reuniu todas as ferramentas e com habilidade utilizou cada uma e fez um móvel maravilhoso e perfeito.
2- Humildade (2.3) Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
Humildade é a correta compreensão de si mesmo. Nem em excesso, nem em falta. Se ela faltar, a unidade estará ameaçada. Como pode haver unidade quando cada um está pensando unicamente em si mesmo? Considerar os outros superiores não é servilismo, é honra, é dispor-se a servir. Os olhos do cristão verdadeiro estão atentos à necessidade dos outros. Sem humildade não existirá submissão de uns para com os outros. A humildade é a virtude que mantém a unidade. O arrogante briga por espaços, por holofotes e prestígios. O humilde serve com alegria nos bastidores, fazendo aquilo que parece insignificante. A caminhada cristã é uma caminhada de humildade, aprendendo do Cristo manso e humilde de coração.
3- Solicitude (2.4) Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
A humildade vem acompanhada da solicitude autêntica. Solicitude é boa vontade, empenho, interesse, um desejo sincero de atender da melhor maneira possível, de modo que o outro seja servido. Parafraseando o texto, seria: “Ajudem os outros em sua jornada. Esqueçam de vocês o suficiente para estender a mão e ajudar.” Com essa atitude de serviço sacrificial, quando a desunião teria lugar? O apóstolo deixa implícito que o crente deve também buscar seus interesses pessoais, sem problema. Mas os interesses dos outros irmãos também estão em seu campo de visão e haverá solicitude e recursos suficientes para abençoá-los.
II- O SUPREMO EXEMPLO (2.5-11)
A exortação à unidade por meio da humildade e solicitude é ligada a Jesus como o exemplo supremo de renúncia. Esse é o argumento final do apóstolo. O trecho é provavelmente um hino cristão primitivo, talvez escrito pelo próprio Paulo.
1- Sua grande decisão e renúncia (2.7) Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.
Todo o trecho (2.5-11) é um resumo daquilo que Cristo foi antes, durante e depois da encarnação. Tudo começou com sua decisão e renúncia. O esvaziamento de Cristo é tradução de uma palavra que literalmente significa “tirar algo de um recipiente até que nada fique”. Não significa que Jesus se esvaziou da sua divindade, mas uma limitação voluntária das suas prerrogativas e glória celestial. Toda a trajetória seguida por Jesus é um “soco no estômago” dos nossos corações egoístas e vaidosos. A teologia de Paulo está conectada à vida. O pano de fundo da sua argumentação é que se Jesus, o Filho de Deus e a segunda pessoa da Trindade, foi capaz de um ato de renúncia de tal magnitude em prol de pecadores, por que nós ficaríamos agarrados a supostos direitos, exigindo tratamento especial e comprometendo a unidade do Corpo de Cristo?
2- Sua grande obediência (2.8) A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Sua humilhação não foi imposta nem tampouco encenada. Ele mesmo se voluntariou e assumiu isso. Obedecer é render-se, colocar-se um nível abaixo. Não existe obediência autêntica se ela for forçada. A maravilha das maravilhas é essa: Deus se revestir de carne e unir o seu ser a nós, tornando-se gente e indo até a cruz. A cruz de Cristo é a grande ênfase de toda a Bíblia. A cruz foi o mais alto grau da obediência de Jesus, o nível mais elevado. Ele não apenas se tornou um ser humano, mas morreu a mais humilhante e vergonhosa a morte de cruz. Ele desceu uma escada de autodoação e não de egoísmo. De Eterno Rei do céu a morrer como um criminoso morto amaldiçoado. Tudo por obediência, como Ele mesmo diz: “…Não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (Jo 5.30). O amor de Deus é expresso na cruz de modo superlativo.
3- Sua grande exaltação (2.9) Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome.
Jesus assumiu a forma de servo. Sendo o dono de todas as coisas, torna-se Servo de todos, sem deixar de ser dono. Essa sua grande renúncia o levou a merecer a mais elevada das recompensas. Dos versos 6 a 8 a ênfase está naquilo que Jesus fez, agora acentua-se aquilo que Deus fez para Ele e por Ele. “Exaltou sobremaneira” é uma expressão idiomática de Paulo para mostrar o quanto ela foi incomparável. É a tradução de um verbo que só aparece aqui em todo o Novo Testamento. Ele recebe um nome que está acima de todos os nomes e que exige a rendição de todos aos seus pés (Ef 1.22,23). Todos os seres morais de todos os “mundos” (céu, terra e debaixo da terra) reconhecerão que Jesus é o Senhor absoluto de todo o universo visível e invisível. Hoje essa rendição é voluntária e pela fé, trazendo vida eterna aos que creem, mas um dia ela será imposta e sem o benefício da salvação. Os filipenses deveriam observar: Deus exalta quem se humilha.
III- DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO (2.12-30)
A obediência dos filipenses não podia depender da presença física de Paulo. O apóstolo diz que agora era necessário que eles desenvolvessem, colocassem em prática, aplicassem ao viver diário sua nova relação com Deus, mesmo na ausência dele.
1- Cuidando do testemunho pessoal (2.15) Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandecem como luzeiros no mundo.
Embora a salvação nos seja oferecida como um presente é uma dádiva de Deus, independente das obras, ela precisa ser desenvolvida (não conquistada) com temor numa vida de santificação, a qual só é possível por Deus estar agindo em nós (2.13). O crente que somente obedece quando está sendo observado está mais preocupado em agradar aos homens do que a Deus. Em vez disso, o chamado divino é para sermos irrepreensíveis e sinceros. Irrepreensível é aquele que não oferece motivo para ser repreendido e sincero expressa a ideia de não adulterado ou corrompido. Nos tempos antigos, alguns oleiros ocultavam as trincas dos vasos com cera. Um bom vaso, portanto, era “sem cera”. Dessa prática nasceu a palavra “sincero”. O testemunho do crente precisa ser tal nesse mundo perdido que ele seja comparado a um luzeiro iluminando um lugar escuro. Ninguém é chamado a um isolamento alienante, mas a ser luz na escuridão moral e espiritual do mundo.
2- Aguardando o Senhor (2.16) Preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
O dia da vinda do Senhor lança sua luz em todo o viver cristão. A vida do crente é, toda ela, uma preparação para esse grande dia, quando o verdadeiro caráter de cada um será revelado. A nossa esperança não está na melhoria desse mundo, embora trabalhemos para isso. Nossa esperança está na vinda de Jesus. Ela é enfatizada nesta carta (1.6,10; 2.9-11,16; 3.20,21; 4.5). Paulo expressa sua confiança de que no último dia, quando seu trabalho será testado, a obediência e firmeza dos filipenses garantirá que sua carreira não vá em vão. Não há nada melhor que os crentes possam fazer por seus pastores do que viver as verdades da Palavra de Deus, pregada e ensinada por eles. A melhor forma de aguardar a vinda de Cristo é investindo na vida de outros. Quem assim faz, como Paulo, terá alegria quando comparecer diante dele.
3- Bons relacionamentos (2.25) Julguei, todavia, necessário mandar até vós Epafrodito, por um lado, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas; e, por outro, vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades.
Filipenses 2.19-30 apresenta nominalmente três pessoas cujas vidas são exemplares e piedosas: Paulo, Timóteo e Epafrodito. Já foi muito bem colocado que o reino de Deus é um reino de amigos. Não somos adversários nem concorrentes, mas servos uns dos outros. Paulo sabia que a vida cristã é relacional. Não somos apenas eu e Deus, mas eu, Deus e meu próximo. Deus e nós; não Deus e eu. Depois de mencionar Timóteo e seu caráter altruísta (ele colocava os interesses de Cristo acima dos seus), ele destaca Epafrodito, o enviado da Igreja de Filipos para servi-lo. Seu nome significa “encantador” ou “agradável”. A descrição que Paulo faz de Epafrodito é exaustivamente positiva: irmão, cooperador, companheiro de lutas e auxiliador. Como precisamos de gente assim. Epafrodito foi uma bênção para Paulo e para sua igreja local. Trabalhador incansável, chegou aos limites da morte para servir (2.26,27). Juntos, ele e Timóteo mostram o valor dos relacionamentos no reino de Deus. Charles Swindoll disse que “amigos são como árvores frondosas que oferecem sombra em tempos difíceis. Porém, só os têm quem planta!”.
APLICAÇÃO PESSOAL
Diante do exemplo de renúncia, desprendimento e autodoação de Cristo, qual deve ser a nossa atitude neste mundo? Devemos seguir os passos de Cristo.
RESPONDA
Marque “C” para certo ou “E” para errado.
(C) Quando faltar humildade a unidade estará ameaçada.
(E) Aprendemos que na encarnação Jesus deixou de ser Deus.
(C) A melhor forma de aguardar a vinda de Cristo é investindo na vida de outros.
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