EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: Jeremias e Lamentações – Nas mãos do Oleiro | Escola Biblica Dominical | Lição 08: Jeremias 36 a 39 – O Rolo do Livro, Jeremias Preso e a Queda de Jerusalém
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Jeremias 36 a 39 há 99 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Jeremias 39.1-18 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Esta lição apresenta três momentos marcantes: o registro da profecia, a perseguição ao profeta e a concretização do juízo divino.
O professor deve enfatizar a fidelidade de Jeremias ao proclamar a Palavra, mesmo diante da rejeição. O rolo queimado por Jeoaquim representa a resistência humana à mensagem divina, enquanto a prisão e a cisterna revelam os sofrimentos enfrentados pelos que servem a Deus com integridade. Por fim, a queda de Jerusalém confirma que nenhuma resistência humana pode impedir o cumprimento do juízo. Mostre aos alunos que a Palavra de Deus permanece firme e que obedecer, mesmo sob pressão, é o caminho da verdadeira vitória.
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OBJETIVOS
Entender o papel de Babilônia como instrumento do juízo divino.
Identificar os enganos provocados pelos falsos profetas.
Confiar na Palavra de Deus, mesmo em tempos de cativeiro.
PARA COMEÇAR A AULA
Mostre uma Bíblia impressa e algumas folhas velhas de jornal. Rasgue algumas dessas folhas diante da turma e pergunte: “Como vocês se sentem vendo isso?” Depois questione: “E se eu rasgasse páginas da Bíblia? Como vocês reagiriam?” Explique que foi isso que o rei Jeoaquim fez: desprezou a mensagem de Deus. Conclua perguntando: “Será que também não desprezamos a Palavra quando desobedecemos ou ignoramos Deus?”. Finalize lembrando que Deus nos chama a respeitar, guardar e praticar Sua Palavra.
LEITURA ADICIONAL
Jeremias Preso e Encarcerado, 37.11-15. Durante o período em que o cerco foi suspenso, Jeremias decidiu visitar sua casa em Anatote, alguns quilômetros ao norte de Jerusalém, para cuidar de negócios pessoais. Moffatt traduz a última parte do versículo 12 da seguinte forma: “a fim de tomar posse de uma propriedade que tinha no meio do seu povo”. Muitos estudiosos conjecturam que sua viagem tinha alguma relação com a compra da herdade (32.6-12). Jeremias, no entanto, não conseguiu ir até Anatote; ele foi preso à porta de Benjamim (portão do norte) pela sentinela é acusado de desertar (fugir) para os caldeus (13). A acusação tinha alguma plausibilidade, pelo fato de Jeremias ter abertamente aconselhado a deserção como um modo de salvar a vida (21.8 10). O profeta negou energicamente que estava desertando. Apesar disso, esse incidente deu aos príncipes (14) a oportunidade que estavam esperando (38.1-6). Os oficiais mais antigos de Jeoaquim haviam sido amistosos com Jeremias (36.11-19), mas esses conselheiros haviam sido deportados em 597 a.C. Os homens jovens que os substituíram odiavam Jeremias, e tinham muitas vezes influenciado Zedequias a não prestar atenção aos conselhos do profeta. Agora, em grande furor, eles espancaram Jeremias e o puseram na prisão, na casa de Jônatas (15). Essa construção havia sido transformada em um cárcere e era imunda.
Livro: Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel (Ross E. Price, C. Paul Gray, J. Kenneth Grider, Roy E. Swim. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 352).
Texto Áureo
“mandaram retirar Jeremias do átrio da guarda e o entregaram a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, para que o levasse para o seu palácio; assim, habitou entre o povo.” Jr 39.14
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
A Palavra de Deus se cumpre, mesmo diante da oposição e das perseguições aos que a anunciam.
INTRODUÇÃO
I- O ROLO DE LIVRO 36
1- O mandado de Deus a Jeremias 36.2
2- A leitura pública do rolo 36.6
3- O rei queima o rolo 36.23
II- JEREMIAS PRESO 37 e 38
1- Jeremias advertido a não falar 37.10
2- A prisão injusta de Jeremias 37.15
3- Lançado na cisterna 38.6
III- JERUSALÉM É TOMADA PELA BABILÔNIA 39
1- A queda de Jerusalém 39.1
2- O destino do rei Zedequias 39.7
3- A libertação de Jeremias 39.14
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Os capítulos 36 a 39 de Jeremias apresentam o auge da rejeição à mensagem profética e o cumprimento do juízo anunciado por Deus. O rolo com as palavras proféticas é queimado, o profeta é preso e lançado na cisterna e Jerusalém, finalmente, é tomada pelos babilônios, como Deus havia predito. Apesar da tentativa de silenciar a Palavra de Deus e o profeta Jeremias, a mensagem divina se cumpriu com a queda de Jerusalém e o livramento do profeta.
I- O ROLO DE LIVRO
A ordem de Deus para que Jeremias escrevesse todas as Suas palavras em um rolo de livro tem um significado profundo e solene.
1- O mandado de Deus a Jeremias (36.2) Toma um rolo de livro, e escreve nele todas as palavras que te falei contra Israel, contra Judá e contra todas as nações, desde o dia em que te falei, desde os dias de Josias até hoje.
Jeremias já profetizava há mais de vinte anos, desde os dias do rei Josias, e agora Deus manda que essas palavras sejam preservadas em um documento escrito, para serem lidas ao povo e aos líderes. Trata-se de um registro formal e permanente da revelação divina, assegurando que o conteúdo profético não se perdesse nem fosse deturpado. O objetivo era claro: que, ouvindo novamente os avisos de Deus, o povo se arrependesse e mudasse seus caminhos (36.3). Assim, o registro não era apenas um aviso, mas também uma oportunidade final de arrependimento. Além disso, o fato de o conteúdo incluir não apenas mensagens contra Judá, mas também contra outras nações, evidencia o caráter universal da mensagem de Jeremias, pela qual Deus é proclamado o Senhor soberano de todos os povos.
2- A leitura pública do rolo (36.6) Entra, pois, tu e, do rolo que escreveste, segundo o que eu ditei, lê todas as palavras do SENHOR, diante do povo, na Casa do SENHOR, no dia de jejum; e também as lerás diante de todos os de Judá que vêm das suas cidades.
Por não poder comparecer pessoalmente ao templo, pois estava encarcerado, Jeremias envia seu fiel escriba, Baruque, para realizar a leitura pública do rolo. Essa leitura ocorre em um momento propício: um dia de jejum, quando o povo estava reunido na Casa do Senhor. A leitura pública tinha um papel crucial na tradição israelita, especialmente em tempos de crise espiritual e social. Era um chamado à reflexão e ao arrependimento, diante das advertências divinas. O texto do verso 4 destaca que Baruque foi o fiel escrivão deste livro e o verso 8 garante que ele leu exatamente conforme Jeremias havia mandado. A iniciativa de Jeremias e Baruque, de apresentar a Palavra de Deus ao povo e aos líderes, ainda que sabendo da possível rejeição, revela a obediência corajosa do profeta, disposto a falar em nome de Deus mesmo quando a mensagem é dura e impopular.
3- O rei queima o rolo (36.23) E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, o rei as rasgou com um canivete de escrivão e as lançou no fogo que estava no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava no braseiro.
A reação do rei Jeoaquim ao ouvir a leitura do rolo é chocante e demonstra seu total desprezo pela Palavra do Senhor. Rasgar e queimar o rolo era mais do que um ato de censura: era uma tentativa deliberada de anular a autoridade de Deus e silenciar o profeta Jeremias. O uso do canivete de escriba para cortar o rolo folha por folha, e depois lançá-las ao fogo, expressa o desprezo do rei por cada palavra ali escrita, como se pudesse apagar o juízo divino com esse gesto. No entanto, a destruição física do rolo não anula a Palavra de Deus, pois o próprio Senhor manda que Jeremias o escreva novamente, “com muitas outras palavras semelhantes” (36.32). Esse episódio revela o conflito direto entre o poder humano e a autoridade divina. Enquanto Jeoaquim, na sua arrogância, tenta eliminar a Palavra, Deus mostra que Sua mensagem não depende da vontade dos homens e que nada pode impedir o cumprimento de Seus desígnios. A rejeição à Palavra de Deus, especialmente por parte dos líderes, traz sérias consequências ao povo e à nação.
II- JEREMIAS PRESO (37 e 38)
As mensagens de Jeremias sobre o juízo de Deus incomodavam os líderes de Judá. O profeta, por insistir em transmitir a Palavra do Senhor, acabou enfrentando prisão, espancamento e tentativa de morte. Sua trajetória mostra o preço da fidelidade.
1- Jeremias advertido a não falar (37.10) Porque, ainda que ferísseis a todo o exército dos caldeus que pelejam contra vós, e ficassem entre eles apenas homens traspassados, cada um se levantaria da sua tenda e queimaria esta cidade a fogo.
A advertência de Jeremias ao rei Zedequias e aos líderes de Judá é clara: o juízo de Deus não seria revogado. Mesmo que o exército caldeu estivesse ferido, Deus faria com que a cidade fosse destruída. A insistência do profeta contraria os discursos otimistas dos falsos profetas que prometiam paz. Por esta razão ele é ameaçado e preso mas não altera a mensagem, porque sabe que ela vem do Senhor e não dele mesmo. O texto revela o caráter soberano de Deus, cujo propósito não pode ser frustrado, e a firmeza do profeta, que permanece fiel à sua missão, apesar da hostilidade que o cerca. É um alerta ao povo de Judá, mas também aos líderes, que insistiam em buscar alianças humanas em vez de se renderem à vontade divina.
2- A prisão injusta de Jeremias (37.15) E os príncipes iraram-se muito contra Jeremias, e o espancaram, е о puseram na prisão na casa de Jônatas, o escrivão, porque a tinham convertido em cárcere.
A prisão de Jeremias é resultado direto de sua fidelidade. Por afirmar que Jerusalém cairia nas mãos dos babilônios, ele foi acusado de traição. Os príncipes, inconformados com sua mensagem, mandaram espancá-lo e o colocaram em uma prisão instalada na casa de Jônatas, agora transformada em cárcere. Jeremias, portanto, sofre fisicamente e é privado da liberdade por dizer a verdade. Esse cárcere reflete a rejeição total da liderança de Judá à voz de Deus. Os líderes, que deveriam guiar o povo em direção à vontade divina, tentam silenciar o profeta.VA fidelidade de Jeremias o coloca em confronto direto com o poder político e religioso de sua época. Sua prisão destaca o custo do ministério profético, que inclui enfrentar oposição até dos próprios irmãos e líderes da nação.
3- Lançado na cisterna (38.6) Tomaram, pois, a Jeremias, e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no pátio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; e na cisterna não havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama.
A situação de Jeremias se agrava quando, depois de continuar anunciando o cerco de Jerusalém, ele é lançado na cisterna de Malquias, no pátio da guarda. A intenção era matá-lo de forma cruel, lenta e oculta. Sem água e cheia de lama, a cisterna se torna um símbolo do abandono e da solidão do profeta. O texto relata que Jeremias “se atolou na lama”, imagem que expressa sua completa impotência diante da perseguição. A escolha desse tipo de punição revela a crueldade dos líderes de Judá e a total rejeição à mensagem profética. Jeremias, o porta-voz de Deus, é tratado como inimigo. Contudo, mesmo nesse estado extremo, Deus não o abandona. Por meio de Ebede-Meleque, um oficial etíope da corte, o Senhor providencia o livramento de Jeremias. Ebede-Meleque intercede junto ao rei, e, com cordas e panos usados, Jeremias é retirado da cisterna (38.7-13).
III- JERUSALÉM É TOMADA PELA BABILÔNIA (39)
O capítulo 39 relata o cumprimento final e inevitável da palavra profética de Jeremias. Após anos de advertências e apelos ao arrependimento, Jerusalém é tomada pelo exército babilônico. A cidade santa é destruída, o rei é humilhado, mas o profeta fiel é poupado.
1- A queda de Jerusalém (39.1) Foi tomada Jerusalém, no ano nono de Zedequias, rei de Judá, no décimo mês, quando veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, com todo o seu exército contra Jerusalém, e a cercaram.
A narrativa da queda de Jerusalém é um marco na história do povo de Deus. Jeremias havia anunciado repetidamente esse juízo, mas os líderes de Judá, confiando em alianças com o Egito e em falsas promessas de segurança, recusaram-se a dar ouvidos. Finalmente, no nono ano do reinado de Zedequias, Nabucodonosor inicia o cerco à cidade. Esse cerco, que durou aproximadamente um ano e meio (cf. 2Rs 25.1-3), resultou em fome extrema, colapso social e desespero generalizado. destruição de Jerusalém foi completa, incluindo o tempo, que foi saqueado e queimado, o palácio real e as casas, conforme registrado em 2 Reis 25 e confirmado por Jeremias (52.12-13). A queda de Jerusalém representava não apenas a derrota militar, mas, sobretudo, o juízo de Deus contra o pecado do povo, por sua idolatria, injustiça social e desobediência à Palavra. O povo quebrou a aliança com o Senhor e o próprio templo, que deveria ser “casa de oração para todos os povos” (Is 56.7), foi reduzido a cinzas.
Esse momento histórico significou também o fim do reino de Judá como nação independente e o início do exílio babilônico. O povo que recusou ouvir a voz de Deus agora enfrentava as consequências de sua rebeldia. Deus cumpre o que diz, seja quando abençoa ou quando decreta juízo.
2- O destino do rei Zedequias (39.7) E vazaram os olhos de Zedequias, e o ataram com cadeias, para o levarem à Babilônia.
A humilhação de Zedequias foi o desfecho de sua obstinação. Assim, a última imagem que o rei levou em sua mente foi a morte de sua descendência. O texto mostra o cumprimento preciso da profecia de Jeremias (32.4-5) e de Ezequiel (12.13), que disse que o rei viria à Babilônia, mas não a enxergava, pois estaria cego. O fim trágico de Zedequias revela que a desobediência a Deus leva à destruição pessoal e nacional.
3- A libertação de Jeremias (39.14) Tiraram a Jeremias da casa da prisão e o entregaram a Gedalias, filho de Aicão, para que o levasse para o seu palácio; e assim ficou entre o povo.
Em meio à destruição, Jeremias, o profeta fiel, foi poupado. Nabucodonosor ordenou expressamente que Jeremias fosse protegido. Toma-o, cuida dele e não lhe faças nenhum mal; mas faz-lhe como ele te disser. (39.12). Gedalias foi escolhido como governador por Nabucodonosor, que ordena cuidar de Jeremias e levá-lo para seu palácio. É notável que um rei pagão demonstrasse mais reverência pelo profeta do que os próprios reis e príncipes de Judá. Embora tenha sofrido profundamente por sua missão, ao final, ele é preservado, pois Deus honra e cuida daqueles que permanecem leais à Sua vontade.
APLICAÇÃO PESSOAL
O valor eterno da Palavra de Deus não está sujeita à vontade humana, mas permanece para sempre e se cumpre sela com bênçãos para os que a obedecem ou com juízo aos que a rejeitam
RESPONDA
1) Qual foi o objetivo de Deus ao mandar Jeremias escrever o rolo?
R. Preservar Sua palavra e chamar o povo ao arrependimento.
2) Como Jeremias demonstrou fidelidade mesmo diante da prisão e perseguição?
R. Permaneceu firme, anunciando a Palavra de Deus.
3) Qual foi o desfecho de Jeremias e de Jerusalém após o cerco babilônico?
R. Jerusalém caiu, mas Jeremias foi poupado por Deus.
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