Lição 12: O Custo Pessoal de viver os Planos de Deus | 2° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: GÊNESIS – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 12: O Custo Pessoal de viver os Planos de Deus

 Lição 12: O Custo Pessoal de viver os Planos de Deus EBD Betel

TEXTO ÁUREO

“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.” Salmo 34.19

VERDADE APLICADA

A nossa confiança na bondade de Deus não pode depender das circunstâncias do momento.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Falar que adversidades não impedem os planos de Deus.
Mostrar que as provas fazem parte da vida cristã.
Destacar que Deus está vendo e cuidando de tudo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 39

1 E José foi levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.
2 E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio.
3 Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão,
4 José achou graça aos seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Sl 24.1 O domínio universal de Deus.
TERÇA / Rm 8.28-39 Todas as coisas contribuem para o bem.
QUARTA / 1 Co 7.20-24 Cada um fique na sua vocação.
QUINTA / 2Co 4.15-17 O desígnio e efeito das aflições.
SEXTA / 1Tm 6.1-2 Os deveres dos servos.
SÁBADO / Tt 2.7-10 Devemos ser exemplo em tudo.
HINOS SUGERIDOS: 16, 25, 484

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que Deus nos capacite a confiar e sermos fiéis a Ele.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– Circunstâncias adversas não impedem os planos de Deus
2– A fé provada pelas circunstâncias da vida
3– Semeadura e colheita
Conclusão

INTRODUÇÃO

A história de José é repleta de preciosas lições para a jornada do povo de Deus em todos os tempos. Na presente lição enfatizaremos o desenvolvimento do plano de Deus, mesmo nas adversidades e oposições; a firmeza e integridade de José mesmo quando tudo parecia estar dando errado; e a ação poderosa e soberana de Deus em favor dos Seus.

PONTO DE PARTIDA

Devemos confiar em Deus sempre.

1- Circunstâncias adversas não impedem os planos de Deus

O desenvolvimento dos planos de Deus na vida do Seu povo não significa ausência de adversidades. A Bíblia revela que o Senhor é Poderoso para fazer com que todas as dificuldades e adversidades que surgem na jornada do Seu povo sejam contribuições para o bem dos que nEle confiam e esperam [Rm 8.28].

1.1. Sonhos ou pesadelos? Ser vendido como escravo é uma experiência terrível. Ser vendido como escravo tendo nascido livre é pior ainda. Agora ser vendido como escravo por seus próprios irmãos de sangue, é algo inimaginável. José aparece em cena com cerca de 17 anos de idade [Gn 37.2]. Ele estava para viver o melhor da vida e ser integrado aos negócios da família. Porém é separado dela para viver sob a sombra do medo e insegurança em uma terra que não era sua, o Egito. Ser comprado como um objeto e passado de mão em mão de estranhos deveria lhe trazer traumas inapagáveis [Gn 39.1]. Porém, apesar desta terrível situação, “o Senhor estava com José” [Gn 39.2]. E isso fez e faz toda a diferença.

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “A cena precedente revelou o nobre caráter de José. Ainda que severamente tentado, tampouco trai a confiança de Potifar depositada nele, nem abandona sua confiança em Deus. Esta cena implica a mesma fé, porém o apresenta como divina e singularmente dotado. Ele depende de Deus para seu dom de intérprete de sonhos e, possivelmente, antecipa um cumprimento do seu próprio quando pede ao copeiro que se lembre dele. José reconhece que ele pertence à mais elevada autoridade, acima dos próprios senhores egípcios, em cujas casas ele serve. Ao mesmo tempo, o rogo de José ao copeiro para que se lembrasse dele o torna muito humano.”

1.2. A companhia do Deus imutável. José estava na condição de escravo na casa do seu senhor egípcio. Mas o Senhor dos senhores estava com ele [Gn 39.2]. E por causa disso, José prosperará em tudo o que faz não importa a condição que se encontra. O próprio senhor de José podia perceber isso [Gn 39.3-4], ao ponto de confiar a ele posições mais importantes. Às vezes nós ficamos tão preocupados em mudar a nossa condição e sair de onde estamos para ver se as coisas melhoram, que deixamos de nos certificar do mais importante: se Deus está conosco! Não são as condicionantes favoráveis que determinam o nosso sucesso nas coisas. Isso é um pensamento secular. É Deus quem determina as condições das coisas, por mais difíceis que sejam a realidade presente. Precisamos estar certos disso!

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Champlin: “Autores judeus disseram que José trabalhou por um ano na casa de Potifar. Nesse caso, houve tempo suficiente para observá-lo bem. Seu trabalho mereceu atenção especial, e, uma vez favorecido, trabalhava e servia ainda melhor. A arqueologia tem descoberto monumentos egípcios que exibem um supervisor munido de material de escrita, cuidando de todas as coisas da casa de seu senhor.”

1.3. Fonte de prosperidade. Desde Abraão Deus sempre deixou claro o que Israel não conseguia entender: que as bênçãos de Deus sobre Israel tinham o objetivo de abençoar as demais famílias da terra e não apenas Israel [Gn 12.3]. Podemos ver isso no caso de Jacó, cuja prosperidade divina fez seu sogro enriquecer [Gn 30.30]. E agora, numa condição muito adversa, vemos o mesmo acontecendo com José. Deus, por amor a ele, está usando (um escravo) para abençoar o seu rico e poderoso senhor [Gn 39.4-5]. O nosso Deus não mudou. Precisamos continuar acreditando nisso, que Deus usa Seus servos para abençoar outras pessoas. A mulher cananéia entendeu isso e foi atendida pela graça de Cristo [Mt 15.27]. As bênçãos de Deus são transbordantes!

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody: “Mesmo na cadeia José não podia ser derrotado. Ficou encarregado da supervisão dos prisioneiros, para que os servisse. A velha masmorra tornou-se um lugar diferente por causa de sua presença. Deus abençoava os outros através da delicadeza e bondade de José. Potifar o colocou onde seus notáveis talentos continuaram em evidência.”

EU ENSINEI QUE:

A presença do Deus imutável em nossa vida é o que determina se algo será bênção ou maldição.

2- A fé provada pelas circunstâncias da vida

Assim como Abraão teve sua fé testada, José passou por vários funis divinos que o colocaram no lugar adequado pra Deus fazer da sua vida uma bênção para tantos.

2.1. Teste de integridade. Mesmo jovem, José já passou por situações muito difíceis na vida. Quase foi morto por seus irmãos, mas acaba sendo arrancado da sua família sendo vendido como um escravo. Tudo isso foram provas externas. Pareciam testes de resistência. Agora, porém, ele passa por uma prova interna. Um teste de integridade. A mulher do seu senhor quer possuí-lo [Gn 39.6-7]. José considera o ato de deitar com a mulher de Potifar mais um pecado contra Deus do que um pecado contra Potifar [Gn 39.8-9]. A nossa consideração pelos homens ou medo das consequências dos nossos erros não é o que melhor nos protege de pecar. A coisa mais poderosa para nos ajudar a vencer a tentação, quando tudo é propício ao pecado, é o nosso relacionamento com Deus. Quem Deus é para nós, não importante a situação, é que faz toda a diferença.

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Que importava a Deus a sua situação, sendo um escravo solitário em terra estranha? No entanto, várias considerações determinaram um diferente curso para os acontecimentos. (1) Ele sentia um grande senso de dever para com o seu senhor, que confiava nele. (2) Pecar contra Potifar era pecar contra Deus. Nada ajuda a coragem moral como a percepção de que Deus está por detrás da cena.”

2.2. Teste de resistência. O diabo nunca pode ser convencido. Ele só pode ser vencido. Por isso não acredite que sua simples recusa às suas ofertas o farão desistir. A recusa de José deve ter parecido uma afronta à senhora egípcia [Gn 39.10]. Ela deveria estar acostumada a ter o homem que quisesse. O comportamento de José, portanto, lhe é estranho, mas também estimulante. Ele passa a ser uma caça para ela, ao ponto de levá-la à loucura de tentar agarrá-lo a força [Gn 39.11-12]. Como deve ter sido difícil para José tomar a decisão desta fuga corajosa. Nossa resistência interior à tentação não é estável como gostaríamos. Há momentos em que podemos nos encontrar mais vulneráveis do que em outros. É neste momento que o teste de integridade se transforma em um teste de resistência interior. Deus, porém, promete nos livrar se confiarmos nEle [1Co 10.13].

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Ele não deu nenhuma indicação de ter sido tentado. Não sabemos se a mulher era atraente. José, provavelmente, já se decidira de antemão de que não deixaria tal coisa acontecer. Como Jó, ele fizera um pacto com os seus olhos [Jó 31.1], e não deixaria a tentação começar.”

2.3. Teste de força. José foge porque se conhece [Gn 39.11-12]. Este tipo de fuga é a atitude mais corajosa que podemos ter. Aqueles que caem são justamente aqueles que acham que podem ficar em pé por suas próprias forças. Que são mais fortes que a própria carne. Não são. Ninguém é. Cristo já nos alertou sobre isso [Mc 14.38]. Encontramos na Bíblia várias exortações acerca de atitudes que devemos tomar para vencer as inclinações pecaminosas: andar em Espírito [Gl 5.16]; fugir [2Tm 2.22]. José era homem formado e, obviamente, nenhuma mulher poderia forçá-lo a ter relações com ela sem seu consentimento interior. Ele percebe que suas negativas verbais não podem mais manter a mulher longe do seu corpo. E sentindo seu próprio homem interior correndo o risco de sucumbir, ele faz o que os sábios devem fazer na tentação. Ele foge!

Subsídio do Professor: O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “O Senhor continuou ao lado de José mesmo na prisão [SI 139.7-12]. Neste caso, a misericórdia de Deus pode ser representada por Sua benignidade [SI 13.5]. No cárcere egípcio, José experimentou o amor e a fidelidade do Senhor. Deus cumpriu Sua promessa ao permanecer ao lado de Seu povo — ainda que em difíceis circunstâncias.”

EU ENSINEI QUE:

Os maiores testes da vida não acontecem no exterior, mas dentro de nós. Se formos aprovados por fora, mas fomos reprovados por dentro, seremos sempre derrotados.

3- Semeadura e colheita

As Escrituras abordam a realidade da semeadura e colheita. Contudo, é importante buscarmos a ajuda do Espírito Santo para discernirmos que nem sempre a colheita se dará exatamente como imaginamos e no tempo que esperamos. Em tudo precisamos confiar e esperar no Senhor.

3.1. Frutos amargos da integridade. Se engana aquele que pensa que ser íntegro não lhe trará dores e que toda fidelidade renderá recompensas maravilhosas. Nem toda vitória no teste de integridade traz um prêmio imediato. Muitas vezes, sofreremos justamente por decidir não pecar. E é por isso que o caminho do pecado parece muitas vezes o melhor caminho. A tentação oferece uma satisfação rápida e fácil. E quando resistimos à oferta, o próprio tentador pode lançar em nossa cara as dores da “burra” escolha que fizemos. A mulher de Potifar, sentindo-se rejeitada e frustrada, quer a morte de José com a acusação de abuso sexual [Gn 39.13-20]. José será reservado na prisão para esperar a morte. Mas, mesmo no vale da sombra da morte, “O Senhor (…) estava com José” [Gn 39.21-23].

Subsídio do Professor: O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Os escravos egípcios tinham, provavelmente, inveja da prosperidade de José. Por causa disso, a esposa de Potifar encontrou servos prontos a ouvir e acreditar em suas mentiras. Dessa forma, claro, ela não foi desmentida por nenhum deles. Contudo, a acusação de violência sexual naquela época era tão séria quanto é hoje. O atentado sexual a uma esposa de oficial por um escravo estrangeiro era um ultraje gravíssimo. A pena do réu podia ser a morte.”

3.2. Servindo aos homens como ao Senhor. José não era apenas íntegro. Também era eficiente [Gn 39.23]. Tudo o que era colocado para fazer, fazia com empenho e dedicação. A sua atitude é contrária à que naturalmente teríamos se passássemos por tudo o que ele passou e se estivéssemos na condição que ele se encontra. Deveria fazer tudo de má vontade ou o mínimo para sobreviver. Porém, José bem conhecia as promessas de Deus e a aliança do Senhor com Abraão e seus descendentes por Isaque e Jacó. E por isso fazia o melhor para a glória de Deus, de forma que os homens ímpios percebiam que Deus estava com ele [Gn 39.3; 41.38]. Paulo ensinou sobre isso: devemos servir aos homens como ao Senhor e para a glória dEle [Ef 6.5-8; Cl 3.22-24].

Subsídio do Professor: O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “O carcereiro soube, coisa que Potifar já sabia, que o que animava e sustentava José era a presença de Yahweh. Assim, o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali. A integridade e a eficiência de José atestavam a todos sobre quem era o verdadeiro Deus, mesmo ele estando no cárcere (da mesma forma que Paulo e outros apóstolos fariam tempos depois).”

3.3. A visão espiritual da tribulação. As coisas parecem que vão piorando para José. Ele recebe as revelações de Deus em sonhos e isso o fez ser odiado pelos irmãos a ponto de ser vendido como escravo. Servindo como escravo na casa de Potifar, por causa da sua integridade, foi encarcerado como prisioneiro numa masmorra por vários anos. Mas não é isso. É lá que ele vai ganhar a simpatia do carcereiro [Gn 39.21-22], e passa a ser responsável pelos prisioneiros da guarda [Gn 40.4]. Além disso, por estar preso é que seus dons de interpretar sonhos serão descobertos [Gn 40.5-8]. Sua interpretação de sonhos livrou o copeiro da morte, mas este esqueceu de José [Gn 40.12-15, 20-21, 23]. O mal que o alcançou abriu caminho para que ele tivesse diante de Faraó, dando-lhe a interpretação sobre seus sonhos. Os homens sonham. Mas Deus nunca dorme.

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “O Senhor era com José. Esta expressão é um refrão no decorrer do capítulo [Gn 39. 2, 21, 23]. Porque “o Senhor era com ele”, vários resultados se manifestaram: 1) Ele teve sucesso, o que fala de realizações, e não de posição [Gn 39.2, cf. Gn 24.21, 40; Is 53.10]; 2) o Senhor abençoou tudo e todas as pessoas associadas com ele [Gn 39.5]; 3) Deus foi-lhe fiel em meio às adversidades [Gn 39.21]; (4) ele ganhou com facilidade o favor de pessoas importantes [Gn 39.4, 21].”

EU ENSINEI QUE:

Devemos fazer o que é certo e o que agrada a Deus porque o amamos e não fazer nada visando vantagens pessoais. Devemos confiar que é Deus que governa todas as coisas.

CONCLUSÃO

Temos aprendido que a fé, confiança e integridade dos que pertencem ao Senhor, não dependem das circunstâncias. Que cada discípulo de Cristo esteja sempre lembrando que temos o Espírito Santo nos ajudando em nossas fraquezas [Rm 8.26] e nos guiando mesmo nos momentos mais críticos em nossa caminhada cristã. O Senhor está conosco, como esteve com José!

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