EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2024 | TEMA: JOÃO – O Evangelho do Filho de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 01: JOÃO 1 – O Verbo de Deus Preexistente e Humanizado
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em João 1 há 51 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João 1.1-18 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substituí a leitura da Bíblia.
Estimado professor, seja bem-vindo a mais este momento de ensino aprendizagem, mas também de consolidação espiritual na sua vida e na de seus alunos. Neste trimestre, o nosso objeto de estudo revelará a verdade incontroversa de que Jesus é o Filho de Deus, o Verbo eterno que se fez carne e hoje habita em nós. Exponha, a princípio, informações básicas a respeito do livro, como sua autoria, pois embora os quatro Evangelhos não tragam os nomes de seus autores, João se identifica dizendo: “E é esse o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu” (21.24); data de sua escrita, ao final do primeiro século; seu contexto, na Ásia Menor, após os demais Evangelhos já estarem circulando pelas igrejas, apóstolos estarem mortos por intermédio do martírio e sob uma ameaçadora heresia.
OBJETIVOS
Saber que João apresenta Jesus como Deus humanizado.
Observar as diferentes atitudes em relação ao Verbo.
Compreender o que é a humanização do Verbo.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece a aula fazendo a apresentação da genealogia de Jesus em Mateus 1 e Lucas 3, logo em seguida à leitura de João 1. Mostre à classe que enquanto os outros evangelistas se preocuparam em expor que Jesus veio de uma linhagem de reis (pois, nesse contexto, genealogia representa história) João os sobrepôs mostrando que Cristo, o Verbo, é preexistente. Em Sua encarnação, Ele foi mais formoso do que os filhos dos homens, a graça se derramou sobre seus lábios e Deus o abençoou para sempre.
LEITURA ADICIONAL
Precisamos tirar as sandálias dos nossos pés. O território no qual vamos caminhar doravante é terra santa. O Evangelho de João é o Santo das Santos de toda a revelação biblica. E o livro mais importante da história. Steven Lawson chama-o de a Monte Everest da teologia, o mais teológico dos Evangelhos. Charles Erdman o considera o mais conhecido e o mais amado livro da Bíblia Provavelmente, é a mais importante peça da literatura que há no mundo. Para William Hendriksen, o Evangelho de João é o livro mais maravilhoso já escrito. Lawrence Richards o descreve como “O Evangelho universal. Mateus apresentou Jesus como Rei, Marcos como serve e Laicas como homem perfeito, João, por sua vez, apresenta Jesus como Deus. Os três primeiros Evangelhos são chamados sinóticos porque têm grandes semelhanças entre si João, porém, distingue-se dos demais em seu contraído, estilo e propósito. Charles Swindoll diz que não temos quatro Evangelhos, temos apenas um Evangelho, escrito de quatro pontos de vista diferentes. Temos uma biografia elaborada por quatro testemunhas, cada escritor provendo uma perspectiva peculiar. Nessa mesma linha de pensamento, Andreas Kostenberger afirma: “Os quatro Evangelhos bíblicos apresentam o único Evangelho da salvação em Jesus Cristo, segundo quatro testemunhas importantes: Mateus, Marcos, Lucas e João” […].
Embora os quatro Evangelhos sejam anônimos, ou seja, não tragam o nome de seu autor, há inconfundíveis e irrefutáveis evidências internas e externas de que esse Evangelho foi escrito pelo apóstolo João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu, empresário de pesca de mar da Galileia. Sua mãe era Salomé (Mc 15.40; Mt 27.56), a qual contribuiu financeiramente com o ministério de jesus (Mt 27.55.56) e pode ter sido irmã de Maria, mãe de Jesus (Jo 19.25). Se essa interpretação for verdadeira, então João e Jesus eram primos. Sem apresentar seu nome, o autor se identifica como testemunha, em sua conclusão do Evangelho: E é esse o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu (21.24).
Livro “João: As Glórias do Filho de Deus” Hemandes Dias Lopes, Editora Hagnos Lida, 2016, São Paulo – SP págs. 11-12).
Texto Aureo
“E o Verbo se fez came a habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua gloria, glória como do unigênito do Pai” João 1.14
Leitura Biblica Com Todos
João 1.1-18
Verdade Prática
O Evangelho de João revela Jesus como o Filho de Deus que veio salvar todos os que Nele creem.
INTRODUÇÃO
I- JESUS, O VERBO DIVINO Jo 1.1-5
1- O Verbo é eterno e divino Jo 1.1
2- O Verbo é criador Jo 1.3
3- O Verbo é Vida e Luz Jo 1.4,5
II- ATITUDES QUANTO AO VERBO Jo 1.6-14
1- O arauto do Verbo Jo 1.6-9
2- A rejeição e a aceitação Jo 1.10-11
3- A encarnação do Verbo Jo 1.14
III- O TESTEMUNHO DO VERBO Jo 1.15-18
1- O Verbo tem primazia Jo 1.15
2- O Verbo traz graça e o fim da Lei Jo 1.16-17
3- O Verbo é o revelador do Pai Jo 1.18
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Jo 1.5
Terça – Jo 1.6-7
Quarta – Jo 1.8
Quinta – Jo 1.10-11
Sexta – Jo 1.13-14
Sábado – Jo 1.15
Hinos da Harpa: 42 – 400
INTRODUÇÃO
O Evangelho de João é o livro mais lido do mundo. Sua mensagem tem sido instrumento poderoso nas mãos de Deus para levar multidões sem conta aos pés do Salvador. O apóstolo João o escreveu em Éfeso, nos anos noventa. É endereçado ao público geral, a judeus e gentios. O propósito específico está em João 20.31: “Para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Cerca de 90% do Evangelho de João é exclusivo, não é encontrado nos sinóticos, conforme você pode conferir no encarte, no quadro das passagens encontradas apenas no evangelho de João. Exatamente por isso todos os temas que estudaremos são exclusivos do livro de João. Você verificará também que João não traz as parábolas nem menciona o discurso escatológico. Não há nenhum episódio de expulsão de demônios e nenhum relato de cura de leprosos. Não encontramos nesse evangelho a lista dos doze após- tolos nem a instituição da ceia. João não faz referência ao nascimento de Jesus, a seu batismo, transfiguração, tentação, agonia no Getsemani nem à sua ascensão.
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I- JESUS, O VERBO DIVINO (Jo 1.1-5)
João não começa com a ge- nealogia de Jesus, como Mateus e Lucas. Isso porque seu propósito é apresentar Jesus como Deus; e, como tal, o texto não apresenta genealogia alguma.
1- O Verbo é eterno e divino (Jo 1.1)
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Essa é a grande tese de João. Numa só sentença, o primeiro versículo do Evangelho de João declara a eternidade, a personalidade e a deidade de Cristo (1.1). João pretende que o todo de seu Evangelho seja lido à luz desse versículo.
a) Eternidade (1.1a). “No princípio era o Verbo João recua à eternidade, antes do princípio de todas as coisas. Quando tudo começou (Gn 1.1), o Verbo já existia. Ele já existia antes que a matéria fosse criada e antes que o tempo começasse. É o Pai da eternidade.
b) Personalidade (1.1b). “E o Verbo estava com Deus”. Ele estava no princípio com Deus. O Verbo não é uma energia cósmica, mas uma pessoa. O Verbo é Jesus.
c) Deidade (1.1c). “E o Verbo era Deus”. João abre seu Evangelho fazendo uma afirmação categórica e insofismável da divindade do Verbo. Jesus não é apenas um mestre moral ou anjo; Ele é Deus.
2- O Verbo é criador (Jo 1.3)
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
As duas partes do versículo dizem a mesma coisa, primeiro positivamente (todas as coisas foram feitas por intermédio dele) e de- pois negativamente (sem Ele, nada do que foi feito se fez). Os feitos e as obras de Jesus são os feitos e as obras de Deus. O Verbo é o agente divino na criação do universo. Foi Ele quem trouxe à existência as coisas que não existiam, tanto as terrenas como as celestiais (Cl 1.16). Hebreus 1.2 fala a respeito do Filho de Deus por meio de quem também fez o universo.
3- O Verbo é Vida e Luz (Jo 1.4,5)
A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Todos os seres que existem no universo foram criados e, por isso, não têm vida em si mesmos. Só Deus tem vida em si mesmo. Só Deus é autoexistente. O Verbo não recebeu vida; Ele é a vida. Dele decorrem todas as coisas. Ele é a fonte de toda a vida que existe, inclusive vida espiritual (3.3), vida eterna (3.15,16; 20.31) e vida abundante (10.10). Onde a luz chega, ela dissipa as trevas. O mundo está em trevas. Mas onde Jesus se manifesta salvificamente, as vendas dos olhos são arrancadas e os cativos são traslada- dos do império das trevas para o rei- no da luz. No princípio havia trevas sobre a face do abismo (Gn 1.2), até que Deus chamou a luz à existência. Da mesma forma, sem a luz, que é Jesus, o mundo das pessoas está envolto em trevas. Ele é a fonte de toda a luz (Sl 36.9). Ele é a luz do mundo (8.12).
II- ATITUDES QUANTO AO VERBO (Jo 1.6-14)
João deixa de apresentar o Verbo para introduzir seu arauto e as reações a ele.
1- O arauto do Verbo (Jo 1.6-9)
Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. (1.6-7).
João Batista foi enviado para testemunhar de Jesus, a fim de que todos colocassem sua confiança nele. João sabia o seu lugar. Ele era o arauto da luz, e não a luz; eгa o amigo do noivo, e não o noivo; era a voz, e não a mensagem; era o servo, e não o Senhor. Jesus é a verdadeira luz que ilumina a todo homem (1.9). Para D. A. Carson, são numerosas as testemunhas da verdade da autorrevelação de Deus no Verbo: há o testemunho da mulher samaritana (4.39), das obras de Jesus (5.36; 10.25), do Pai (5.32,37; 8.18), do Antigo Testamento (5.39,40), da multidão (12.17), do Espírito Santo e dos apóstolos (15.26,27). Todos esses dão testemunho de Jesus. Todo esse testemunho foi dado com o propósito de promover fé em Jesus. Esse é o objetivo com o qual esse Evangelho foi escrito (20.31)
2- A rejeição e a aceitação (Jo 1.10-11)
O Verbo estava no mundo, mande foi feito por intermédio dele, mas a mando não a conheceu. Vele para o que era sou e os seus não o receberam.
O Verbo estava no mundo, e este foi feito por meio Dele, mas o mundo não o reconheceu. Ele veio para os judeus, o povo escolhido que lia o Antigo Testamento, professando esperar por Sua vinda. E, mesmo assim, quando ele veio, os judeus não o receberam, Eles o rejeitaram, o desprezaram e o pregaram na Cruz, Jesus veio para o que era Seu, e os Seus não o receberam. Embora tenha amado Seu povo, foi por ele rejeitada. A aceitação do Verbo (1.12,13) A salvação ultrapassa as fronteiras de Israel e se estende para o mundo inteiro, Pessoas de todas as tribos raças e povos, todos os que recebe rem Crista, receberão o poder de serem feitos filhos de Deus, de faze rem parte da família de Deus. Esse poder é conferido não aos que se julgam merecedores por suas obras, mas aos que creem no Seu nome. Ser filho de Deus aqui significa muito mais do que ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27) é ter um relacionamento intimo e pessoal com ele. Esse direito do nascimento divino não tem nada a ver com laços raciais, nacionais ou familiares. Depende da recepção pela fé daquele a quem Deus enviou.
3- A encarnação do Verbo (Jo 1.14)
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua gloria, glória como do unigênito do Pai
Depois de afirmar a perfeita divindade do Verbo, João agora asse vera sua perfeita humanidade. Jesus 100% Deus e 100% homem. E perfeitamente Deus e perfeitamente humano.
a) O Verbo se fez carne (1.140) A expressão “se fez” tem aqui um sentido muito especial. Não é um “se fez” ou “se tornou”, no sentido de ter cessado de ser o que era antes. Nele as duas naturezas, divina e humana, estão presentes. Deus, o Filho, sem cessar por um momento de ser divino, se fez homem e habitou entre nós.
b) O Verbo trouxe salvação para a raça humana (1.146). “Cheio de graça e de verdade”. Neste verso vemos a manifestação da graça de Deus à humanidade! Graça é um dom completamente imerecido, algo que jamais poderíamos alcançar por nosso esforço. O fato de jesus ter vindo ao mundo para morrer na cruz pelos pecadores está além de qualquer merecimento humano
c) O Verbo veio revelar a glória do Pai (1.14c) E vimos a sua glória como a glória de unigênito do Pai. Encontramos aqui a glória de Deus sobre os homens Jesus é a ex ta expressão do ser de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (C12.9). Quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um
III- O TESTEMUNHO DO VERBO (Jo 1.15-18)
João Batista, como arauto de Jesus, abre as cortinas e faz sua apresentação. Três verdades essenciais são apresentadas
1- O Verbo tem primazia (Jo 1.15)
João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.
João Batista testemunhou a respeito Dele, exclamando: “E sobre este que eu falei Aquele que vem depois de mim está acima de min, pois já existia antes de mim”. Ora, se Jesus nasceu seis meses de pois de João Batista e veio depois dele, como já existia antes dele? A única resposta é que, antes de Jesus nascer como homem, já existia eternamente como Deus, por isso tem a primazia.
2- O Verbo traz graça e o fim da Lei (Jo 1.16-17)
Parque todos mis temos recebido da sus plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo
Aquele que é a plenitude de Deus veio oferecer-nos sua plenitude, não apenas graça, mas graça sobre graça. Os seguidores de Cristo têm graça abundante. O oceano da plenitude divina é graça. Não há limites no suprimento da graça que Deus coloca à disposição do Seu povo. A graça não apenas anula o pecado, mas o supera Pela graça, somos capacitados à viver para Deus. Contudo, como nos alerta o apóstolo Paulo (Rm 5.20; 62), a ilimitada graça de Deus não significa que temos uma “licença” para praticar livremente o pecado. A graça nos liberta do pecado para vivermos uma vida que verdadeiramente agrade ao Criador O Verbo é o fim da Lei (Jo 1.17). A Lei é boa, santa e justa, porém nós somos pecadores. Ela é per feita, mas somos imperfeitos. Por isso, a Lei não pode justificar. A Lei não tem poder para curar. A Lei pode ferir, mas não pode fechar a ferida. A Lei è inflexivelmente exigente, e nunca conseguimos atender as suas exigências. Por isso, pela Lei estamos condena dos. Assim, o papel da Lei nunca foi no salvar, mas convencer-nos do pecado, tomar-nos pela mão e conduzir-nos a Cristo. Ele é o fim da Lei. Nele encontramos graça e verdade. Nele temos copiosa redenção, Moisés foi o mediador da Lei, Jesus Cristo é mais que media dor, é a corporificação da graça e da verdade.
3- O Verbo é o revelador de Pai (Jo 1.18)
Ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é o quem o revelou.
Deus é invisível, pois é Espírito. Contudo, Jesus, o Verbo eterno, velo ao mundo exatamente para nos revelar Deus. Concordo com David Stern, quando diz que João ensina que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, contudo faz uma distinção entre o Filho e o Pai, para que ninguém possa dizer que o Filho é o Pai. João declara que o Verbo encarnado tornou Deus conhecido. Veio para revelar o Pai. Nem Abraão, o amigo de Deus, nem Moisés, com quem o Senhor trata va face a face, puderam ver a glória divina em sua plenitude. Contudo, Jesus pode nos tomar pela mão e nos levar a Deus. Ninguém pode ir ao Pai senão por Ele. Ninguém pode conhecer o Pai senão através de Sua revelação. Ele é a perfeita imagem. do Deus invisível. Ele é o resplendor da glória, a expressão exata do ser de Deus. Quem o vê, vê a Pai, pois Ele e o Pai são um.
APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus é o Filho de Deus. Depositar a fé Nele garante-nos força, coragem e segurança para nossa caminhada cristã.
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RESPONDA
Identifique a resposta apropriada a cada questão e relacione-a abaixo nos parènteses correspondentes.
(Eterno, pessoal, divino criador e autoexistente ) São características próprias do Verbo divino.
(João Batista) Ele foi arauto da luz, amigo do noivo, servo e a voz.
(Jesus Cristo) Ele é a corporificação da graça e da verdade
Jesus Cristo
Eterno, pessoal, divino criador e autoexistente
João Batista
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