EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses – Cartas para a Vida Cristā | Escola Biblica Dominical | Lição 01: Filipenses 1 – A Vida Cristã Alegre
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Filipenses 1 há 30 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Filipenses 1.1-30 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Paz do Senhor, professor(a)! Nesta lição que inicia o trimestre estudaremos o início da carta paulina aos filipenses. Conhecida como “epístola da alegria”, apesar de ter sido escrita pelo apóstolo numa circunstância duríssima, a carta nos ensina a desfrutar da alegria da comunhão com Jesus a despeito das adversidades. Veremos que essa alegria especial está relacionada ao progresso do relacionamento com o Senhor, que vai nos aperfeiçoando a ponto de sentirmos verdadeira plenitude na tarefa de servir a todos que precisam. Aprenderemos a olhar para o exemplo de Paulo e, como ele, também nos mostraremos confiantes no triunfo do Evangelho.
OBJETIVOS
Aprender a importância da comunhão;
Avaliar o relacionamento com o Senhor;
Reconhecer a tarefa de servir aos irmãos.
PARA COMEÇAR A AULA
Peça que um aluno escreva uma palavra qualquer no quadro, sem explicação. Em seguida, solicite que dois colegas troquem de lugar e outro reposicione uma cadeira – tudo sem revelar o motivo. Após isso, pergunte ao grupo: “Como vocês se sentiram realizando tarefas sem entender seu propósito?” Conduza a reflexão: servir sem sentido pode gerar frustração, mas quando sabemos a quem servimos e por que servimos, encontramos alegria verdadeira. Conclua dizendo que a alegria verdadeira está em servir a Jesus com a certeza do seu triunfo.
LEITURA ADICIONAL
A AMBIÇÃO DE PAULO PELO EVANGELHO 1:12-26.
Esta longa seção forma uma unidade e é dominada por um tema central. Os comentaristas concordam, em geral, em que o centro de gravidade está no versículo 18, no dominante interesse de Paulo em ver Cristo proclamado. Ele alimenta esta ambição não simplesmente como um indivíduo particular, mas como um apóstolo, cujas atuais circunstâncias de confinamento estão ligadas ao destino do evangelho, cuja mensagem ele foi encarregado de proclamar (segundo Gnilka). Por esta razão, ele devota grande parte de seus escritos à insistência em que o evangelho não está em perigo, por causa de sua prisão, e também à explicação sobre porque ele sofre como que refutando a insinuação de que ele não é um verdadeiro apóstolo, visto que está sofrendo. Ele passa por cima de muitas questões sobre suas circunstâncias pessoais, que nos interessariam ver esclarecidas. Há uma obscuridade atormentadora nestes versículos, sobre os quais podemos apenas conjecturar, na busca de soluções para alguns problemas de identificação e pano de fundo. Contudo, o principal assunto (para Paulo) não está em dúvida: Cristo está sendo proclamado, e Sua mensagem será pregada, seja qual for o destino de Paulo, como prisioneiro.
Livro: “Filipenses: introdução e comentário” (Ralph P. Martin. 1. ed., São Paulo, Editora Vida Nova, 1985. Série Cultura Bíblica – Vida Nova. p. 82-83).
Texto Áureo
“Porquanto para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” Fp1.21
Leitura Bíblica Com Todos
Filipenses 1. 1-30
Verdade Prática
A alegria cristã transcende as circunstâncias e tem Cristo como seu centro.
INTRODUÇÃO
I- A CARTA 1.1-6
1- Autoria e data 1.1
2- Irmãos e companheiros 1.2
3- O tema 1.4
II- A ALEGRIA DA VIDA CRISTÃ 1.5-11
1- Serviço 1.5
2- Aperfeiçoamento 1.6
3- Comunhão e Oração 1.9
III- AS ATITUDES DE PAULO 1.12-30
1- Crer no triunfo do Evangelho 1.12
2- Engrandecer a Cristo 1.20
3- Segurança eterna 1.21
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Filipenses é a mais pessoal de todas as epístolas de Paulo. Aqui ele abre o coração e revela muito de si e da sua personalidade. Aprendemos, entre outras coisas, que Ο segredo da felicidade não está em coisas ou circunstâncias favoráveis, mas em viver para Cristo.
I- A CARTA (1.1-6)
Tendo recebido da distante Filipos a visita de Epafrodito com informações e uma generosa oferta da Igreja, Paulo o devolve com essa carta onde expressa sua gratidão ao mesmo tempo que provê a necessária orientação espiritual que a Igreja tanto precisava.
1- Autoria e data (1.1) Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos.
Não parece haver dúvidas sobre a autoria de Filipenses. Paulo identifica-se logo no início. Diferente das nossas cartas, onde assinamos no final, as cartas da antiguidade eram assinadas logo no começo, de modo que o leitor soubesse a autoria de imediato. Timóteo aparece associado à Paulo, mas parece ser mais urna forma de honrá-lo ou talvez por ter ele escrito enquanto Paulo ditava. A carta é toda ela escrita na primeira pessoa do singular, trazendo total responsabilidade para Paulo como autor. Quando Paulo escreveu esta carta encontrava-se preso em Roma, razão por que ela é chamada de “carta de prisão”. Da mesma prisão também escreveu Efésios, Colossenses e Filemon. Essa prisão está registrada no capítulo final de Atos e ocorreu entre 60 a 62 d.C. Paulo foi um homem tão abundante que, mesmo preso, continuava frutificando no rein^ de Deus. Agora através de cartas. Não prisões para a Palavra de Deus
2- Irmãos e companheiros (1.2) Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós.
Essa Igreja tão amada por seu fundador foi plantada na segunda viagem missionária de Paulo (At 16). Em obediência ao Espírito de Deus, Paulo e seus companheiros chegam até Filipos para estabelecer aquela que seria a primeira Igreja da Europa. Paulo inicia seu ministério nesta cidade pregando à beira de um rio, o que nos faz acreditar que não havia uma sinagoga estabelecida ali. A primeira convertida foi uma mulher de negócios chamada Lídia. Há duas preciosas lições nesse episódio:
a) Sempre vale a pena obedecermos a Deus, mesmo quando não entendemos. Paulo poderia perfeitamente ter questionado a razão do Espírito de Deus não permitir que ele pregasse na Ásia, naquele momento, mas não o fez e apenas obedeceu (At 16.6-9);
b) A obra de Deus começa pequena, mas vai expandindo-se. Quando Paulo escreve a carta, passados dez anos desde sua chegada à Tessalônica, já havia ali uma pujante igreja organizada, tendo, inclusive, um corpo ministerial composto de Pastores e Diáconos.
3- O tema (1.4). Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações.
O tema principal da Carta é alegria. Por isso, Filipenses é adequadamente chamada de “Epístola da alegria“. Do início ao final, a alegria é a nota dominante nesta carta. A palavra utilizada para “alegria” aparece cinco vezes em Filipenses e o verbo “regozijai-vos” 11 vezes. Não tem nada a ver com o fato de Paulo não ter problemas. Ao contrário, a ironia está no fato dele escrever da prisão, em circunstâncias extremamente desfavoráveis e mesmo assim expressar uma satisfação e confiança desmedidas. De fato, se o Evangelho não for capaz de tornar feliz o ser humano, não há nada que possa fazê-lo. Quem conhece Jesus, conhece a verdadeira alegria, a qual não depende das circunstâncias externas e terrenas. Não se trata de uma alegria qualquer. Não é a alegria do “bobo alegre”, que não tem conteúdo. É uma alegria espiritual, alicerçada em Cristo e no seu amor eterno. Nestes tempos difíceis que vivemos, onde a tristeza parece ser generalizada e onde o mundo caído perece em desespero, insatisfação e ausência de sentido, estudarmos esta carta será um tônico para nossa alma. A alegria espiritual e genuína está disponível, sem exceção, a todos que, independentemente das circunstâncias da vida, sabem que está tudo bem entre ele e seu Senhor. Haverá dores, decepções, rejeição, doenças, mas a alegria que Cristo proporciona nada nem ninguém pode tirar do crente fiel (Jo 16.20-22).
II- A ALEGRIA DA VIDA CRISTÃ (1.5-11)
Filipenses é uma carta que mostra o triunfo e alegria da vida com Cristo. O crente não é um fracassado, vítima das circunstâncias, mas alguém assentado nas regiões celestiais em Cristo. Vejamos alguns elementos da vida cristã que evidenciam isso.
1- Serviço (1.5) Pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora.
Paulo enaltece a atitude dos filipenses em servir no Evangelho. Cooperaram no passado e continuavam cooperando. Não era uma igreja com “espiritualidade de sanguessuga’: mas de serviço. Como já foi dito pelos pastores antigos, “quem não trabalha, dá trabalho”. Não é amor ao cargo, mas ao serviço e à oportunidade de ser útil que deve caracterizar um servo de Cristo. Não há castas no Evangelho. Todos somos chamados para servir. Nenhum cristão foi chamado para ser servido. Há quem meça a espiritualidade pelas bênçãos materiais recebidas, por quanto a pessoa ganha, pelo espaço de notoriedade que ocupa ou por quantos seguidores possuem nas redes sociais. Não entenderam o Evangelho. Sigamos o exemplo dos filipenses: cooperemos. Nenhum título pode ser mais honroso para um crente do que o de cooperador no Evangelho.
2- Aperfeiçoamento (1.6) Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Que surpreendente essa declaração de Paulo. Nada enche tanto o nosso coração de alegria quanto a certeza que a obra de Deus em nós avança a cada dia. No dizer de Provérbios, “brilha cada vez mais e mais até ser dia claro” (Pv 4.18). Não deve existir crente estagnado. Constatamos avanço em nossas vidas? Há um processo de melhoramento em curso? Conhecemos hoje a Cristo mais do que no passado? Nosso amor por Ele aumentou? Continuamos tendo fome de Deus? O crente é alguém que nunca se sente suficientemente alimentado. Quer mais de Deus a cada dia. E Ele tem mais para dar a quem o busca. Alguém disse que “o primeiro sintoma de morte é estagnação e o primeiro sintoma de estagnação é estar satisfeito consigo mesmo”. Crescer é fundamental.
3- Comunhão e Oração (1.9) E também faço esta oração:q ue o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção.
O terceiro elemento que evidencia uma vida cristã saudável e vitoriosa é uma vida pela qual a comunhão com os irmãos e o prazer na oração estão presentes com intensidade. Paulo, apóstolo, já havia mencionado nos versos três e quatro o quanto lhe era prazeroso orar pelos crentes de Filipos. Interessante sua expressão: “fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações:’ Quão rapidamente nos esquecemos dos outros, até mesmo daqueles que tiveram um impacto gigantesco em nossa vida. Mas isso não ocorria no relacionamento de Paulo com os filipenses e no deles com Paulo. Somos assim? A afetuosidade com a qual ele se refere aos crentes nessa carta e sua saudade de estar com eles diz muito sobre como deve ser o ajuntamento do povo de Deus. O momento da adoração pública e de estarmos reunidos em comunhão deve ser o mais desejado do dia ou da semana para um crente em Jesus. É uma comunhão sobrenatural, somente possível em Cristo. É impossível amar a Cristo e não nutrir apreço pelo seu corpo, que é a Igreja. É algo crentes absolutamente estranho imaginar vivendo isoladamente uns dos outros.
III- AS ATITUDES DE PAULO (1. 12-30)
O apóstolo, como forma de incentivar a fé de seus leitores, mostra como ele mesmo tinha agido frente às cadeias e sofrimentos que a pregação do Evangelho lhe trouxe.
1- Crer no triunfo do Evangelho (1.12) Quero ainda, irmãos, cientificar- vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho.
Dos versos 12 ao 14, Paulo mostra como aquilo que, num primeiro momento, parecia um contratempo, era na realidade um progresso importante do Evangelho de Jesus. Como consequência da sua prisão, além de toda a guarda pretoriana ter ouvido o Evangelho, a igreja local também foi incentivada a falar de Cristo. Paulo fora preso, porém, a Palavra de Deus não podia ser presa. Não há prisão para a Palavra de Deus. O Evangelho a nós confiado é o poder de Deus (Rm 1.16). Nada pode parar o seu avanço. Absolutamente nada. Não há o que temermos. A mensagem do Evangelho adversários à sua altura. desconhece No verso 15, ele diz que o Evangelho estava sendo usado por alguns como camuflagem para lucros pessoais, mas ainda assim, e apesar disso, Paulo estava otimista e continuava crendo que o Evangelho era o poder de Deus. Vivemos tempos em que a visão de cristianismo de muitos é só “quero receber”, “quero ser exaltado’: mas quantos de nós estamos prontos, como Paulo, para renunciar privilégios ou submeter- se a privações para melhor fazer a vontade de Deus?
2- Engrandecer a Cristo (1.20) Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.
Nem todos compartilhavam ou entendiam o otimismo do prisioneiro Paulo. O que iria acontecer a ele? Seria condenado ou absolvido? Talvez alguns pensassem: “Que tragédia essa prisão, Paulo, tanto para você como para o Evangelho.” Mas o apóstolo estava confiante e tranquilo. Cristo estava sendo exaltado na sua vida. Comentaristas a nos fazem saber que expressão “ardente expectativa”, possivelmente cunhada pelo próprio apóstolo, significa literalmente “olhar intensamente à distância com a cabeça erguida”. Quanta segurança! Seu conforto pessoal era secundário. O principal era Cristo ser exaltado e glorificado, não importasse o meio, mesmo que fosse pela sua morte. Sua primeira pergunta não era: “O que irá me acontecer?” E sim: “Cristo está sendo exaltado?” E se fôssemos nós, o que diríamos? Qual o alvo maior da nossa vida?
3- Segurança eterna (1.21) Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.
Não há vanglória em Paulo ao fazer essa declaração, apenas convicção. A vida dele foi tão profundamente absorvida por Cristo e sua obra que ele podia dizer que Cristo era o resultado total da sua existência. Se não fosse absolvido e viesse a morrer, o lucro seria maior ainda, pois na ausência das limitações desta vida, a união com Jesus seria plena. Ele teria mais de Cristo eCristo teria mais dele. Paulo deseja ardentemente encontrar-se com Jesus. A morte não 0 assusta; pelo contrário, anima-o. “Desejo partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”, ele diz no verso 23. A palavra usada aqui para “partir” significa literalmente “soltar as amarras do navio”. O crente é alguém que sabe muito bem que “ao soltar as amarras” desta vida; ele então estará para sempre com seu Senhor. Não será uma alma vagando sem destino, tampouco deixará de existir. Ao contrário, desfrutará da bendita comunhão com o Salvador.
APLICAÇÃO PESSOAL
Uma vida cristã vitoriosa, triunfante e alegre está à disposição de todos nós. Basta tomarmos posse mediante uma vida de fé sincera e abundante em Cristo.
RESPONDA
Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:
(V) Não há dúvidas sobre a autoria da carta aos filipenses.
(V) Crescer é um imperativo na vida do crente.
(F) Na carta aos filipenses, Paulo se mostra profundamente decepcionado com a sua prisão e a incerteza do seu futuro.
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