EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2022 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 01: Jesus, o Mestre que ensinava por Parábolas | Escola Biblica Dominical | CPAD
LEITURA BÍBLICA
A MENSAGEM
“Então os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: — Por que é que o senhor usa parábolas para falar com essas pessoas?” Mateus 13.10
DEVOCIONAL
Segunda >> Sl 78.1,2
Terça >> Mc 4.11,12
Quarta >> Mc 4.34
Quinta >> Mt 15.15,16
Sexta >> Mc 4.2
Sábado >> Mt 7.28,29
OBJETIVOS
DEFINIR a palavra Parábola;
ENTENDER como as parábolas devem ser interpretadas;
REFLETIR sobre as respostas que as parábolas exigem de nós.
EI PROFESSOR!
Querido (a) professor (a), hoje iniciaremos mais um trimestre cheio de desafios e oportunidades. Esse é um ótimo momento para você reavaliar sua forma de conduzir as aulas, de conhecer melhor seus alunos, bem como de rever seus conteúdos. Aproveite esse tempo precioso para atualizar suas leituras, visitar seus alunos, estudar novos métodos de ensino/aprendizagem e buscar renovação espiritual. Prepare o seu coração e fortaleça sua comunhão com Deus orando e jejuando por seus alunos. Temos certeza que Deus irá lhe usar para ensinar sua poderosa Palavra aos adolescentes. Lembre-se da orientação de Paulo aos crentes de Roma: “Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. […] se é o de ensinar, então ensinemos” (Rm 12.6,7).
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PONTO DE PARTIDA
Quem não gosta de ouvir uma boa história? Afinal de contas, boas histórias nos inspiram, divertem, informam e prendem a nossa atenção de uma maneira única e muito especial. Quando bem contadas, elas nos fazem mergulhar no mundo do narrador e interagir com seus personagens, sentindo seus dramas, medos, alegrias e expectativas; inevitavelmente, elas nos conduzem a sentimentos e reflexões profundas. Jesus conhecia o poder das histórias, razão pela qual ele escolheu utilizá-las para cativar a atenção dos seus ouvintes. Essas histórias de Jesus são chamadas de parábolas na Bíblia. Ele ensinava através delas, a fim de provocar uma resposta daqueles que o ouviam. É sobre essas histórias que vamos estudar hoje.
VAMOS DESCOBRIR
Você gosta de ler ou ouvir histórias?
Jesus contava muitas parábolas. Ou seja, Ele contava histórias para ensinar ao povo e aos discípulos sobre as Escrituras. Na aula de hoje, teremos a oportunidade de conhecer melhor esse método, essa forma de ensino tão utilizado por Jesus. Além disso, refletiremos sobre algumas dicas de como interpretar as parábolas adequadamente e veremos o tipo de resposta que essas histórias esperam daqueles que as ouvem.
HORA DE APRENDER
Estudiosos do Novo Testamento afirmam que cerca de um terço das Palavras de Jesus encontradas nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos e Lucas foram transmitidas através de parábolas. Você sabia disso? Isso mostra que essa forma de compartilhar verdades foi devidamente pensada e aplicada por Jesus. Por essa razão, na aula de hoje, refletiremos sobre o significado, o propósito e a aplicação das parábolas para nós, cristãos do século XXI.
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I – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS COM PROPÓSITOS
1- O que é uma Parábola.
Essa expressão vem do grego parabole que significa “colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma comparação entre elas. Sendo assim, podemos dizer que uma parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra realidade. As parábolas já eram utilizadas em abundância no ambiente cultural judaico da Antiga Aliança. A parábola de Jotão (Jz 9.7,8), a história contada pelo profeta Natã a Davi, a fim de confrontar o rei com o seu pecado (2 Sm 12.1-15) e a vinha e as uvas citadas pelo profeta Isaías (Is 5.1-7) são alguns exemplos do uso delas no Antigo Testamento.
No Novo Testamento não é diferente, temos inúmeras parábolas. Dentre elas, destacaremos apenas aquelas que serão analisadas ao decorrer do trimestre: a parábola do amigo importuno (Lc 11.5-13); do semeador (Mt 13.1-23); do empregador mau (Mt 18.23-35); das sementes (Mc 4. 26-34); dos dois filhos (Mt 21.28-32); da ovelha perdida (Lc 15.4-7); das dez moças (Mt 25.1-13); da figueira estéril (Lc 13.6-9); do bom samaritano (Lc 10.25-37); dos dois alicerces (Mt 7.24-27); do rico insensato (Lc 12.13-21); e do filho pródigo (Lc 15.11-32).
2- O propósito das Parábolas
Parábolas não são histórias contadas para entreter ou distrair pessoas. De acordo com Jesus, sua finalidade era: esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (os que creem), conforme podemos ler em Marcos 4.10-12. Podemos perceber que Jesus não estava disposto a “dar pérolas aos porcos”. Afinal de contas, Ele conhecia perfeitamente as pessoas que diariamente vinham ao seu encontro. Sabia quem estava rejeitando deliberadamente sua mensagem e quem possuía um coração acolhedor para se tornar um discípulo. Sendo assim, as mesmas parábolas que serviam para iluminar a compreensão daquele cujo coração estava aberto às verdades do Reino de Deus, funcionava como um juízo divino contra aqueles que recebiam seu ensinamento com incredulidade.
I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
Prezado (a) Professor (a), ao falar sobre o primeiro tópico da lição é bom que se tenha em mente as palavras do teólogo Klyne Snodgrass, ao dizer que “o objetivo imediato de uma parábola é ser algo bastante atraente e, ao ser atraente, ela redireciona a atenção e desarma o ouvinte. O objetivo final de uma parábola é despertar uma compreensão mais profunda, estimular a consciência e levar os ouvintes a uma ação […]. As parábolas bíblicas revelam o caráter e a maneira como o nosso Deus age; mostram também o que é a humanidade e o que ela deve – e pode – se tornar. As parábolas não são meramente historietas informativas. Da mesma forma que os profetas que o antecederam, Jesus falava por meio de parábolas para
despertar o raciocínio e estimular uma reação das pessoas em relação a Deus. As parábolas normalmente atraem os ouvintes, provocam reflexão e geram ação”(SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p 34).
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II – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE PRECISAM DE INTERPRETAÇÃO
As parábolas são histórias importantes que foram contadas por Jesus – o nosso Salvador. Por isso, elas merecem toda a nossa atenção e dedicação. Assim, a grande pergunta que precisamos responder é: o que devemos ou não fazer ao interpretar uma parábola? Vamos destacar aqui algumas dicas:
1- Devemos considerar o contexto.
É necessário estudar o contexto histórico da parábola, considerando as questões sociais, religiosas, políticas e geográficas envolvidas na história. Com esse exercício nos esforçamos para entender a parábola, prestando atenção aos detalhes que Jesus destacou, quando contou cada uma para as pessoas da sua época.
2- Devemos considerar o que está na parábola, não o que foi omitido dela.
Qualquer tentativa de interpretar uma parábola considerando aquilo que não foi dito ou está ausente, corre o risco de estar equivocada. É como pensarmos no sentimento da mãe que foi omitida na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32) ou no tamanho das lamparinas das moças loucas (Mt 25.1-13). Os elementos ausentes são dispensáveis para o entendimento da parábola. Precisamos nos deter naquilo que é essencial.
3- Devemos evitar a alegorização excessiva.
Alegoria é uma forma de linguagem utilizada para representar um significado, de forma figurada. Algumas pessoas, quando leem uma parábola na Bíblia, tentam buscar significados de cada detalhe. Por exemplo, na parábola do “bom samaritano” é comum algumas pessoas
tentarem atribuir significados figurados ao azeite, ao vinho ou à estalagem quando a proposta inicial da parábola era responder à pergunta acerca do próximo (Lc 10.29).
II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“O método é entendido como um caminho a percorrer com o objetivo de atingir um fim. A palavra deriva do termo “metodologia”, que significa a “arte de dirigir o espírito na investigação da verdade, ou, a orientação para o ensino de uma disciplina”. Assim, o método interpretativo de estudo tem por objetivo descobrir e demonstrar a verdade, pois a interpretação textual é uma arte que visa explicar detalhadamente um texto. Isso resume o sentido da interpretação de texto. A ideia essencial da interpretação aponta para a explicação detalhada de um texto, ou seja, “o estudo de tudo que está escrito na ‘linha’ (aquilo que o texto literalmente diz – tudo que está explícito) e na ‘entrelinha’ (espaço entre duas linhas), ou seja, tudo que está implícito, e que, muitas vezes, não foi dito por questões políticas, morais, ideológicas, sociais ou religiosas”.
Outra ideia de interpretação aponta para a chegada ao sentido claro do texto através de uma análise detalhada e profunda dele. “Quer deseje ou não, todo leitor é, ao mesmo tempo, um intérprete.” No contexto bíblico, a interpretação não é uma atividade complexa, pelo contrário, “a maior parte da Escritura é, na verdade, de fácil entendimento. Ninguém precisa ser versado nos originais para compreender o seu propósito salvífico. Sua mensagem é basicamente simples. Todo aquele que dela se aproxima pode ser educado na justiça. Contudo, existem certas partes que não são de tão fácil compreensão, sendo de suma importância que o intérprete leitor, tenha algumas qualificações, sendo tais intelectuais, educacionais e espirituais. Em suma, o método interpretativo é a maneira ordenada de entender um texto. Trata-se de um procedimento que obedece alguns passos, cujo objetivo é chegar a uma conclusão. Existe, no entanto, uma diferença entre “interpretar” e “compreender” o texto, que consiste, respectivamente, na análise e inferência do que está escrito.
Para compreender um texto se faz necessário analisar o que está escrito literalmente, mas para interpretá-lo faz-se necessário entender sua subjetividade. Assim, no trabalho de
compreensão do texto estão envolvidos os aspectos explícitos do texto; já no da interpretação, os aspectos implícitos do texto […]. Para compreender e interpretar um texto bíblico se faz necessário entender que a Palavra de Deus foi revelada numa linguagem humana e, por isso, devemos considerar os princípios interpretativos que esclarece histórico e gramaticalmente os textos de qualquer natureza” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.5,7). EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2022 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 01: Jesus, o Mestre que ensinava por Parábolas | Escola Biblica Dominical | CPAD
III – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE EXIGEM UMA RESPOSTA.
As parábolas de Jesus convocavam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus. A finalidade do ensino por parábolas era levar as pessoas a assumirem uma vida compromissada com Deus, santa, digna. Cada história desafiava os ouvintes a abandonarem os pecados e a viverem em obediência às Escrituras. Jesus é o Mestre dos mestres e cada um dos seus ensinamentos deve ser valorizado, honrado e seguido.
III – AUXÍLIO DIDÁTICO
“A parábola é uma “narração alegórica que encerra uma doutrina moral” e tem como propósito facilitar a compreensão de uma mensagem através do compartilhamento de uma história, fixando assim conceitos essenciais em nossa mente, e isto é possível, uma vez que a parábola contém sempre uma lição central. Para Champlin ‘parábola’ “indica, literalmente, comparação, e é comumente usada para indicar uma história breve, um exemplo esclarecedor, que ilustra uma verdade qualquer”. Assim, a parábola é uma história que objetiva que algo seja claramente compreendido a partir de uma ilustração com base na situação vivencial da vida comum. A parábola é diferente de uma fábula e de um mito. Sobre a diferença existente entre a parábola e a fábula, Champlin destaca que “a fábula é uma forma de história ilustrativa fictícia e que ensina através da fantasia, mediante a apresentação de animais que falam ou de objetos animados. A parábola nem sempre lança mão de histórias verídicas, mas admite a probabilidade, ensinando mediante ocorrências imaginárias, mas que jamais fogem à realidade das coisas”. É por isso que seus fechamentos sempre exigem uma resposta prática dos ouvintes” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.14).
CONCLUSÃO
Sinta-se hoje desafiado a ouvir e a aplicar as palavras de Jesus em sua vida diária. Seja um discípulo dedicado do Senhor em casa (no trato com seus familiares), na escola (na relação com seus colegas e professores), nas redes sociais e, principalmente, na igreja. Abra o seu coração para aprender mais sobre o Senhor Jesus e sobre o Reino de Deus. As parábolas de Jesus são vivas e têm muito a nos ensinar. Entenda que cada parábola é uma convocação de Jesus à uma decisão para o arrependimento e para vivermos uma vida de fé, esperança e amor.
VAMOS PRATICAR
1- O que é uma parábola? Uma parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra realidade.
2- Quais os dois objetivos das parábolas ensinados por Jesus aos discípulos? A finalidade de Jesus era esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (as que creem).
3– Cite os dois princípios necessários para se interpretar corretamente uma parábola. São eles: (1) Considerar o contexto e (2) considerar o que está na parábola, e não o que foi omitido dela.
4- De acordo com a lição, descubra o erro na frase abaixo e reescreva-a corretamente: “As parábolas de Jesus convocam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão apenas com a verdade revelada através delas.” “As parábolas de Jesus convocavam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus.”
PENSE NISSO
Você sabia que Jesus era um especialista na arte de contar histórias inteligentes? Sem dúvidas Ele era o melhor! Saiba que essas histórias não eram contadas para entreter a multidão ou os seguidores de Jesus, mas para desafiá-los a tomarem uma atitude. Preparado para ser desafiado também? Então, fique atento às palavras de Jesus que estão na Bíblia e
às grandes histórias que vamos estudar nesta revista.
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