EBD Revista Editora Betel | 2° Trimestre De 2022 | Tema: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 12: O Trono Branco e o Juízo Final
TEXTO ÁUREO
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” Apocalipse 20.11
VERDADE APLICADA
Cristo hoje é o advogado do pecador, mas naquele dia será o juiz e julgará cada um segundo suas obras.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Entender o que ocorrerá após Satanás ser solto.
Mostrar quem estará no juízo final.
Explicar como será o juízo final.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE 20
7- E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão.
8- E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
12- E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros, e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
14- E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte.
15- E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
LEITURAS COMPLEMENTARES]
SEGUNDA / Jo 5.22 O Pai deu ao Filho todo o juízo.
TERÇA / Jo 12.48 O último dia.
QUARTA / 2Co 11.14 Satanás se transfigura em anjo de luz.
QUINTA / Ap 20.1-6 Satanás é amarrado por mil anos.
SEXTA / Ap 20.7-10 Satanás é solto e depois vencido para sempre.
SÁBADO / Ap 20.11-15 O juízo final.
HINOS SUGERIDOS – 77, 220, 547
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para não ser enganado por falsas aparências.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Satanás é solto
2– É chegado o juízo final
3– O julgamento é inevitável
Conclusão
INTRODUÇÃO
Com o fim do milênio vemos Satanás sendo solto e liderando a última rebelião contra Deus. Após sua derrota terá início o juízo definitivo e final sobre todos os ímpios de todos os séculos, que comparecerão perante Deus.
PONTO DE PARTIDA
Cristo julgará cada um segundo suas obras.
1- SATANÁS É SOLTO
Depois de viver mil anos sob o governo de Cristo e usufruir de todos os benefícios advindos deste tempo de justiça e paz, o homem verá Satanás novamente solto [Ap 20.7]. A humanidade terá, aqui, o último teste de sua história desde o Éden.
1.1. Sairá a enganar as nações. “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra” [Ap 20.8]. Engano é a palavra que define a ação do diabo em relação ao homem no Apocalipse [Ap 12.9; 13.14; 19.20; 20.3, 8, 10]. A palavra “engano” aqui fala de seduzir e desviar alguém da verdade usando de artimanhas e sutilezas. Satanás é o enganador das nações. Ele é essencialmente mau e mentiroso e irá seduzir novamente a humanidade para levá-la a rebelar-se contra Cristo. O cristão, de hoje, precisa estar vigilante e orar para não ser enganado por falsas aparências [2Co 11.14].
Subsídio do Professor: A expressão “quatro cantos da terra” aparece aqui e em outras duas passagens bíblicas [Ez 7.2; Ap 7.1] e não significa que a Bíblia ensine que a terra é quadrada, como acusam aqueles que não creem na Bíblia como Palavra de Deus. A expressão “quatro cantos da terra” aqui fala dos quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.
1.2. Gogue e Magogue: a última rebelião. “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.” [Ap 20.8]. Gogue e Magogue aqui não falam de um local, país ou região específica, mas, sim, de um exército enorme que vem de todos os lugares da terra e se unem para atacar o governo de Cristo. Após Satanás ser solto, o seguirão rumo à cidade de Jerusalém. O fracasso de Satanás começou com uma rebelião e seu último ato será também uma rebelião [Is 14.11-15] para atacar o trono de Cristo, mas será derrotado: “E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou.” [Ap 20.9].
Subsídio do Professor: J. Dwight Pentecost: “Dentre os não regenerados daquela época virá a multidão conhecida como “Gogue e Magogue”, que sai contra os “acampamentos dos santos”, que deve ser a Palestina, e a “cidade amada”, que deve ser Jerusalém. Demonstrou-se antes que essa rebelião não pode ser identificada com a invasão de Gogue e Magogue descrita em Ezequiel 38 e 39, mas leva esse nome porque o propósito é idêntico nesses dois movimentos satanicamente motivados: destruir a sede do poder teocrático e os súditos da teocracia.”
1.3. A influência da natureza pecaminosa. O mundo experimentará durante mil anos justiça e paz pelo reinado de Cristo. Uma vida de qualidade e significado com saúde, segurança e prosperidade. Mas basta que Satanás seja solto para que uma grande rebelião contra o governo de Cristo se inicie, alcançando grande parcela da humanidade, “cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha” [Ap 20.8]. Como tem acontecido desde o jardim do Éden: “A serpente me enganou” [Gn 3.13]. Notemos que, mesmo sob o reinado do próprio Cristo, pessoas escolherão seguir Satanás. Esta revelação exige uma análise pessoal e sincera de cada um de nós. Até onde realmente somos convertidos? Realmente Cristo reina em nossas vidas ou só estamos atrás dos pães e peixes? Em Romanos 8.35 há uma pergunta muito importante: “Quem nos separará do amor de Cristo?”; a resposta é nítida, somente nossas escolhas de rebelião contra Cristo podem nos separar de Deus.
Subsídio do Professor: J. Dwight Pentecost: “A libertação de Satanás é vista nas Escrituras como o teste final que demonstra a corrupção do coração humano. Deus sujeitou a humanidade caída a vários testes no desenvolvimento do seu plano do reino e da redenção. O homem fracassou em todos eles.”
EU ENSINEI QUE:
Depois de viver mil anos sob o governo de Cristo e usufruir de todos os benefícios advindos deste tempo de justiça e paz, o homem verá Satanás novamente solto.
2- É CHEGADO O JUÍZO FINAL
O diabo é vencido e lançado definitivamente no lago de fogo de onde nunca mais sairá [Ap 20.10]. Após o juízo divino sobre Satanás, terá início o juízo dos ímpios.
2.1. Trono Branco. O juízo final é chamado também de juízo do Trono Branco, por causa do que diz o verso 11: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles”. O branco aqui aponta para a pureza, santidade e glória deste trono. Este trono é tão magnífico e glorioso que todo o universo físico desaparece diante dele. O tempo e as dispensações findam-se aqui e inicia-se o maior julgamento que já existiu, em toda história. Jesus chama, de forma categórica, este dia de o “último dia” [Jo 12.48].
Subsídio do Professor: Severino Pedro da Silva: “O trono do presente texto é grande! É de vastíssimas dimensões enchendo o campo inteiro de nossa visão. Expulsa da vista todos os outros elementos. Ameaça; deixa a mente atônita. Trata-se de um infinito julgamento, diante do qual está o que é finito: o pobre humano, morto. O trono é branco! Resplandece de pureza e de santidade, o que exige justiça! Castigo! Julgamento! Purificação! Retribuição!”
2.2. Os ímpios ressuscitarão e serão julgados. O juízo final é o momento singular na história, onde Deus vai tratar com o ímpio. Todos os que morreram sem se converterem a Cristo, terão que comparecer perante Deus naquele dia [Ap 20.13]. Não haverá desculpas, oportunidade de defesa ou outra chance. Todos aqueles que morreram sem Deus, ressuscitarão no juízo final para prestar contas de seus pecados diante daquele que é Santo [Ap 20.13]. A realidade do juízo final é terrível, mas não cabe interpretação aqui, é literal o que vai acontecer. É por isso que há muitas igrejas em todos os lugares, cultos na hora do almoço em empresas, cultos e ministrações da Palavra de Deus nas redes sociais na internet e cristãos em muitos lugares testemunhando. É a voz do Espírito Santo dizendo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” [Mc 1.15].
Subsídio do Professor: Sobre Apocalipse 20.13, George Ladd: “João não está querendo dizer que os que morreram em terra firme e os que morreram no mar tiveram um destino diferente depois da morte; ele simplesmente quer dizer que todos os mortos, não importa onde morreram, foram incluídos neste julgamento final.”
2.3. Grandes e pequenos. “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono” [Ap 20.12]. “Grandes e pequenos”, no texto, não se refere à idade ou tamanho físico. Significa que o juízo divino alcançará pessoas de todas as classes e camadas sociais, todas estarão perante Deus naquele dia: ricos e pobres, famosos e anônimos, doutos e iletrados, religiosos e ateus. Aqui, dependendo do poder financeiro e influência que alguém possua, pode até perverter o juízo e viver impune de erros e crimes. Mas diante do trono divino não haverá barganhas. Todos são iguais perante o justo juiz [Cl 3.25].
Subsídio do Professor: Stanley M. Horton: “Em pé diante do trono estarão todos os mortos, “grandes e pequenos”, isto é, sem considerar status na vida terrena. Grandes e pequenos serão ressuscitados para serem julgados. Visto que a ressurreição é corpórea, estas pessoas terão algum tipo de corpo, mas não será como o corpo da ressurreição dos crentes, pois os descrentes, por causa de sua natureza pecaminosa, só podem ceifar destruição (gr. phthoran, “ruína”, “corrupção”). Eles sairão dos túmulos [Dn 12.2; Jo 5.28-29] e serão julgados pelas obras.”
EU ENSINEI QUE:
O juízo final é o momento singular na história, onde Deus vai tratar com o ímpio. Todos os que morreram sem se converterem a Cristo, terão que comparecer perante Deus naquele dia.
3- O JULGAMENTO É INEVITÁVEL
Um julgamento precisa de um juiz e, neste caso, o Juiz é o Senhor Jesus. Em sua primeira vinda ao mundo, Cristo veio para salvar e não julgar o mundo [Jo 12.47]. Mas, em Sua segunda vinda, Ele vem para julgar o mundo, pois só Ele detém todo o juízo [Jo 5.22]. Todos os ímpios comparecerão para o dia do juízo final e serão julgados por aquele “que foi morto e reviveu”. A Palavra de Deus declara: “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” [At 17.31].
3.1. Os mortos serão julgados segundo as suas obras. “E abriram-se os livros, e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” [Ap 20.12]. A Bíblia deixa claro que cada um será julgado segundo suas obras. Então se entende que estes livros se referem ao registro das obras de cada pessoa. Nada passa desapercebido diante daquele que tem olhos como chama de fogo. Tudo, mesmo o oculto e escondido será revelado naquele dia. O Livro da Vida que registra os nomes dos salvos aparece, também, para confirmar a condenação dos ímpios [Ap 20.15]. Quando Moisés intercedeu pelo povo de Israel, que havia pecado, pediu a Deus: “Perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.” [Êx 32.32], mas Deus lhe deu a resposta que aponta para o que acontece no juízo final: “Então disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro.” [Êx 32.33].
Subsídio do Professor: Stanley M. Horton: “Nessa ocasião, o Livro da Vida também será aberto, provavelmente como prova de que seus nomes não estão ali. Quer dizer, Jesus fará mais do que sentenciar os ímpios. Como ressalta Charles Ryrie: “Este julgamento não é para verificar se deverá ser o céu ou o inferno o destino final daqueles que são julgados; é um julgamento para provar que o inferno é o destino merecido”.”
3.2. O julgamento será individual. A Bíblia não deixa dúvida de que este julgamento, embora envolva todos os ímpios, de todo o tempo da história humana, não será feito de forma coletiva ou geral, mas será individual. Cada pessoa é responsável por seus atos e condutas perante Deus [Ez 18.4]. Não haverá injustiças e nem erros neste julgamento. Uma multidão sem conta se apresentará diante do Trono Branco neste dia [Ap 20.13]. Aquele que tem cabelos brancos como a lã conhece cada pessoa que está sendo julgada e suas obras, seus pecados, mesmo os ocultos estarão expostos naquele dia. É possível imaginar que, como um filme, a vida de pecado de cada um passará diante de seus olhos neste dia. Que dia terrível será este! A Palavra de Deus nos adverte hoje: “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” [Rm 8.13].
Subsídio do Professor: Sobre Apocalipse 20.11-15, Warren W. Wiersbe: “Que relatos bíblicos estão envolvidos nesse julgamento final? De acordo com João 12.48, a Bíblia estará lá No último dia, a Palavra que, hoje, os pecadores ouvem e rejeitam os julgará. Todo aquele cujo nome não estiver no Livro da Vida será jogado no inferno [Ap 20.15]. Também estará presente no julgamento o livro que contém todas as obras que a pessoa fez. Deus é um Juiz justo. Ele guarda um registro das obras de todos e punirá cada um com justiça. Sem dúvida, aqueles que conhecem a verdade e lhe desobedecem de forma deliberada serão punidos com mais severidade que os que não a conhecem. Da mesma forma que o céu terá graus de recompensa, o inferno terá graus de castigo [Mt 11.20-24]. As boas obras não salvarão os pecadores, todavia Deus julgará suas obras com justiça e lhes dará a punição justa no inferno.
3.3. A sentença será a segunda morte. “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” [Ap 20.14-15]. A Bíblia não está falando de extinção aqui, mas de sofrimento eterno. Jesus revela que os maus e os que cometem iniquidade serão lançados no lago de fogo e ali haverá “pranto e ranger de dentes” [Mt 24.51]; os desobedientes sofrerão “eterna perdição” [2Ts 1.9]; terão angústia e tribulação [Rm 2.9]. Jesus aumenta nosso campo de visão sobre o juízo final informando que o inferno ou lago de fogo é o local onde o fogo jamais se apaga. Isto é tão sério e verdadeiro que Jesus fala cinco vezes isso em Marcos 9.43-48. O alvo da revelação desta verdade tão dura, chocante e iminente é despertar a Igreja para sua tarefa suprema de ganhar almas para Cristo. Que o mundo saiba que o pecador vai para o inferno, mas que a porta da graça ainda está aberta para todos aqueles que se arrependerem e crerem no Evangelho de Cristo.
Subsídio do Professor: J. Dwight Pentecost: “Com respeito a retribuição dos perdidos, é importante observar que o lago é um lugar, não um estado, apesar de o conceito envolver um estado. Como o céu é um lugar e não um mero estado mental, da mesma forma os réprobos vão para um lugar.”
EU ENSINEI QUE:
Em sua primeira vinda ao mundo, Cristo veio para salvar e não julgar o mundo. Mas, em Sua segunda vinda, Ele vem para julgar o mundo, pois só Ele detém todo o juízo.
CONCLUSÃO
A realidade dura e inevitável do juízo final deve servir de despertamento ao povo de Deus para pregar com poder o evangelho de Cristo. A porta da graça ainda está aberta. Ainda há tempo para arrependimento verdadeiro.
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