EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses – Cartas para a Vida Cristã | Escola Biblica Dominical | Lição 07: Colossenses 3 – Buscai As Coisas Lá do Alto!
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Colossenses 3 há 25 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Colossenses 3.1-25 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá professor(a)! Nosso estudo trata das consequências do relacionamento com Jesus. Ressuscitados da morte espiritual, tornamo-nos clara manifestação da realidade celestial presente no mundo. A morte da velha natureza e a busca constante do que interessa ao Espírito manifesta em nós o poder divino. Por esse poder é que se manifesta o amor mútuo e os “ternos afetos” entre nós. Desafiadora transformação que não podemos realizar senão pelo poder da Palavra de Deus. Essa abundante transformação nos traz a paz nos relacionamentos conjugais; entre pais e filhos; entre patrões e funcionários. Paz não significa ausência de conflitos, mas boa vontade e solidariedade para promover a conciliação.
OBJETIVOS
Proclamar o poder da Palavra de Deus para gerar vida espiritual;
Demonstrar atitudes que revelem a nova criatura;
Compreender a responsabilidade de promover a conciliação.
PARA COMEÇAR A AULA
Distribua folhas em branco e peça aos alunos que desenhem um castelo enquanto mantêm o olhar fixo no teto. Depois, compare os resultados. Explique que, assim como é difícil desenhar bem olhando para cima, viver com os olhos fixos nas coisas do alto exige prática e dependência do Espírito Santo. Somos chamados a uma vida que não se molda ao mundo, mas que é transformada pela renovação da mente. Não conseguimos isso com força humana. A nova criatura que buscamos viver é fruto da ação sobrenatural de Deus em nós.
LEITURA ADICIONAL
“(…) Por serem o que são em Cristo, os cristãos são chamados a viver em santidade, integridade e generosidade. É óbvio que apenas a busca ativa destas virtudes não assegura a salvação. A salvação é uma obra de Cristo e é alcançada por meio de Cristo (…). Todavia, os crentes não estão isentos da responsabilidade pelo modo como vivem. Devem procurar viver de acordo com a grande obra de redenção realizada a seu favor. Deste modo, esta seção da carta serve como uma recordação da enigmática combinação da iniciativa divina e da responsabilidade humana, testemunhada tanto pelas cartas de Paulo quanto pelas Escrituras como um todo. Diante de tal mistério, espera-se que os crentes respondam com admiração e obediência. Sem a participação na vida de Cristo, a lista de respostas éticas incorporadas aos imperativos parece ser onerosa; por outro lado, uma experiência genuína da vida ressurreta de Cristo faz com que os cristãos demonstram grande alegria. (…) Todos são igualmente criados à imagem de Deus e merecedores de dignidade, honra e respeito. Nesta nova ordem de coisas, caracterizada pelo amor e pelo respeito mútuo, a força unificadora é Cristo, que “é tudo em todos” (v. 11b). Logo, em uma ordem resumida, Paulo mostrou como Cristo, principal agente da criação e da redenção, é também a base para todo o comportamento ético”. Livro: “Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento” (French L. Arrington; Roger Stronstad. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1353-1354).
Texto Áureo
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”. CI 3.1
Leitura Bíblica Com Todos
Colossenses 3.1-25
Verdade Prática
Nossa identidade em Cristo nos leva a buscar o que é do alto e refletir suas virtudes na vida diária.
INTRODUÇÃO
I- CÉU NA TERRA 3.1-11
1- Nova realidade 3.1-4
2- Velho homem 3.5-9
3- Novo homem 3.10-11
II- VESTIDOS À CARÁTER C3.12-17
1- O amor de Cristo 3.12-14
2- A paz de Cristo 3.15
3- A palavra de Cristo 3.16-17
III- VIDA COTIDIANA 3.18-25
1- Maridos e esposas 3.18-19
2- Pais e filhos 3.20-21
3- Senhores e servos 3.22-25
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Colossenses 3 apresenta uma visão transformadora da vida cristã, integrando a realidade celestial à experiência terrena. Paulo exorta os crentes a viverem de acordo com sua nova identidade em Cristo, manifestando virtudes divinas e aplicando princípios cristãos em todos os aspectos da vida cotidiana, desde relacionamentos familiares até responsabilidades profissionais.
I- CÉU NA TERRA (3.1-11)
1- Nova realidade (3.1-4) Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
Paulo inicia este capítulo com a estonteante declaração acima. O uso do “se” não indica dúvida, mas uma poderosa premissa. O apóstolo está relembrando aos colossenses uma realidade espiritual já consumada: sua ressurreição com Cristo. No original grego, o verbo “ressuscitado” indica uma ação completa realizada por Deus. Nascidos de novo, estamos agora unidos a Cristo em Sua morte e ressurreição (Rm 6.4-5; Ef 2.5-6; Cl 3.3-4). Esta gloriosa união mística com Cristo é um conceito profundo e verdadeiramente central na teologia paulina, formando a base para todo o conjunto de exortações que seguirão no restante da carta. A expressão “buscai as coisas do alto” implica uma busca ativa e perseverante. Sugere uma ação habitual; um verdadeiro estilo de vida. Para o crente pentecostal, isso aponta sobretudo para a busca contínua pela presença e poder de Deus (Sl 105.4; 1Cr 16.11), manifestos na intimidade com o Espírito Santo (At 1.8 e 2.1-4; 1 Ts 1.5). A menção de Cristo “assentado à direita de Deus” evoca imagens de Sua autoridade e vitória (Hb 1.3 e 10.12). Na cultura do Antigo Oriente, sentar-se à direita do rei era uma posição de honra e poder. Para o crente, isso reforça a realidade da vitória de Cristo sobre as forças espirituais e Sua intercessão contínua pelos santos (Ef 1.20.21; Rm 8.34).
2- Velho homem (3.5-9) Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena.
Paulo exorta os crentes a “morte ficarem” (v. 5) os membros da velha natureza, eliminando os pecados terrenos como imoralidade, impureza, ou cobiça, que são contrários à nova vida em Cristo. Estes atos refletem a antiga forma de viver, antes da regeneração pelo Espírito Santo (At 3.5-7; 2Co 5.17). A expressão “velho homem” (v. 9) descreve o estado de corrupção que caracterizava a vida sem Cristo, envolta em ira, malícia e palavras torpes. Em Efésios 4.22-24, Paulo reforça essa lição ao ensinar que devemos nos despojar do velho homem e nos revestir do novo homem, criado segundo Deus em justiça e santidade. A intenção de Paulo é que os cristãos reconheçam que sua identidade foi transformada pela obra de Cristo e que, agora, devem se despojar desses hábitos como quem se livra de roupas sujas (3.9). Paulo deixa evidente que, em nosso cotidiano, não devemos negociar com o pecado e a carne. Antes, contra estes devemos travar uma verdadeira guerra (“fazei morrer!”) (1Co 9.27). Abandonar o “velho homem”, em síntese, é afirmar nossa nova identidade em Cristo, vivendo em completa santidade todos os dias.
3- Novo homem (3.10-11) e vos revestistes do novo homem….
Paulo descreve o “novo homem” como alguém que se reveste da nova natureza, sendo continuamente renovado para alcançar a imagem do Criador. Essa renovação implica um processo contínuo de santificação, no qual o crente é moldado à semelhança de Cristo, crescendo em conhecimento e graça, de maneira prática, refletindo atitudes e comportamentos que glorificam a Deus (Rm 12.2; 2Pe 3.18). Nossa nova realidade em Cristo deve afetar profundamente a forma como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor. Paulo destaca que no novo homem não há distinções entre judeu e grego, escravo e livre. Todas as barreiras sociais, culturais e étnicas são dissolvidas em Cristo, que é “tudo em todos” (3.11). Sem dúvida, este é um glorioso chamado à unidade no corpo de Cristo (Jo 17.21), onde cada membro é igualmente valioso e participante do mesmo amor e graça divina. O Evangelho destrói preconceitos e une todos os crentes em uma nova e santa identidade coletiva, firmada em Jesus (1Co 12.13).
II- VESTIDOS À CARÁTER (CL 3.12-17)
1- O amor de Cristo (3.12-14) …Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente…
Mas como viver essa realidade de uma nova vida que agrada a Deus? Paulo já deu a resposta: valendo-nos dos recursos do céu. Ele mesmo já disse: buscai as coisas do alto (Cl 3.1). Agora, Paulo revela o segredo para vivermos de modo digno, ou seja, revestidos de “ternos afetos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade” (Cl 3.12), suportando e perdoando-nos mutuamente (Cl 3.13). Este segredo é o amor de Cristo, aqui revelado como “vínculo da perfeição” (Cl 3.14). Logo, o amor é mais que o ápice das virtudes cristãs; trata-se de uma potente força espiritual que unifica e dirige para um propósito genuíno todas as virtudes e qualidades que devem governar a vida do crente. Em resumo: essa vida gloriosa só é possível porque o amor de Cristo é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Logo, se permitirmos, o bendito Espírito regará nosso coração com esse poderoso amor, capacitando-nos a viver uma vida que glorifique a Deus (2Co 5.14-15), porque abundante de frutos espirituais (Gl 5.22-23).
2- A paz de Cristo (3.15) Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração…
A vida abundante prometida por Cristo (Jo 10.10b) supõe permitir que a “paz de Cristo seja o árbitro” em nossos corações. Essa paz não é uma simples ausência de conflitos, mas uma condição espiritual profunda que orienta nosso viver, ou seja, um dom celestial, fruto da reconciliação com Deus operada por Cristo na cruz (Rm 5.1). Portanto, vem do alto, assim como a vida a que fomos chamados (Cl 3.1), e deve governar nossas decisões e atitudes. Paulo também destaca que fomos chamados a essa paz “em um só corpo” (Cl 3.15), enfatizando, uma vez mais, a importância da comunhão e da unidade na Igreja. A paz de Cristo não é apenas individual, mas coletiva. Somos chamados a ser promotores da paz, refletindo a unidade que há no corpo de Cristo. Por fim, essa paz celestial nos conduz a sermos agradecidos, indicando que um coração grato é essencial para mantermos essa paz divina em nossos relacionamentos e em nossa vida diária (Fp 4.4-7).
3- A palavra de Cristo (3.16-17) Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo….
Esses versículos nos desafiam a viver uma fé prática e constante. Primeiramente, ao deixar a “palavra de Cristo habitar ricamente” em nós, somos levados a ler, meditar e aplicar a Bíblia em nossas decisões diárias. Isso fortalece e transforma o nosso caráter, moldando-nos segundo os valores de Cristo e nos afastando dos padrões do mundo (Gl 5.16-17). Além disso, o incentivo a ensinar e aconselhar uns aos outros mostra a importância de uma vida comunitária verdadeira (3.16b). Cada cristão é chamado a compartilhar sua jornada e a incentivar o crescimento espiritual dos outros (Pv 27.17; Hb 10.24-25). Podemos aplicar isso investindo em amizades que nos aproximem de Deus e participando ativamente da Igreja, onde aprendemos e nos educamos mutuamente. Por fim, “fazer tudo em nome do Senhor” (3.17) nos chama a dar nosso melhor em cada tarefa e responsabilidade, seja no trabalho, na escola, na família ou na nossa comunidade de fé. Como expressão de louvor e gratidão a Deus. Viver dessa forma transforma nossas menores ações em poderosos gestos de adoração genuína.
III- VIDA COTIDIANA (3.18-25)
1- Maridos e esposas (3.18-19) Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém ao Senhor…
No final do capítulo 3 de Colossenses, Paulo vai ainda mais fundo, revelando de forma prática o que significa viver a “vida abundante” em Cristo no âmbito mais próximo: a família. Após falar sobre uma vida saturada pela Palavra e vivida para a glória de Deus, Paulo agora traduz essa espiritualidade para os relacionamentos mais cotidianos, começando pelo casamento.
Primeiro, ele instrui as esposas a serem submissas aos maridos “como convém no Senhor”. Isso não é submissão cega, mas, sim, respeito baseado na harmonia que Deus desenhou para o casamento, no qual ambos cumprem papéis distintos e complementares. A submissão, portanto, é um ato de amor e honra, refletindo a confiança e o respeito mútuo que o Senhor deseja entre os cônjuges (Ef 5.22-24; 1Pe 3.1-2). Já os maridos são exortados a amar suas esposas e a não agir com amargura. Esse amor não é superficial, mas profundo e sacrificial, inspirado no amor de Cristo pela Igreja (Ef 5.25). Paulo convida os maridos a liderarem com gentileza, construindo um lar no qual o amor elimina o orgulho e a dureza (Ef 5.25 e 28-29). Em suma, Paulo apresenta o casamento como um reflexo da abundância da vida em Cristo: uma relação marcada pelo respeito e amor, no qual ambos, unidos, manifestam a graça de Deus ao mundo (Hb 13.4).
2- Pais e filhos (3.20-21) Filhos, em tudo obedecei a vossos pais….
Paulo continua abordando as relações familiares à luz da fé cristã Ele instrui os filhos a obedecerem aos pais, enfatizando que essa obediência é “grata diante do Senhor”. Aqui, Paulo não está apenas reforçando a autoridade dos pais, mas mostrando que o lar é um espaço de adoração e submissão a Deus. Obedecer aos pais é um ato de honra a Deus, refletindo a ordem e o respeito no relacionamento familiar (Ex 20.12). Para os pais, Paulo adverte: “não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados”. Essa orientação é preciosa, pois convoca os pais para o exercício de uma liderança sábia, evitando atitudes que gerem ressentimento ou frustração. Um ambiente familiar saudável requer equilíbrio entre disciplina e amor, promovendo crescimento emocional e espiritual aos filhos (Pv 22.6; Ef 6.4).
Esses versículos nos lembram que a família é uma esfera sagrada através da qual Deus age. Quando filhos e pais respeitam esses papéis, o lar se torna um reflexo do Reino de Deus e um lugar de paz e crescimento (Js 24.15; Sl 128.1-3).
3- Senhores e servos (3.22-25) Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens
Paulo continua mergulhando profundo na vida prática com o propósito de demonstrar até quando a vida abundante em Cristo deve nos influenciar, alcançando agora até as relações de trabalho e autoridade. Desta feita, ele instrui os servos a obedecerem a seus senhores, “não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar pessoas, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor” (3.22). Isso significa trabalhar com integridade e dedicação, independente de supervisão, porque nosso serviço é, acima de tudo, para Deus. No versículo 23, Paulo reforça: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor”. Essa instrução aplica-se a qualquer atividade, chamando-nos a buscar excelência e honestidade em tudo, sabendo que o próprio Deus é quem observa nossas atitudes (1Co 10.31). Por fim, Paulo nos lembra que nossa recompensa vem do Senhor, prometendo uma herança eterna para quem age com retidão. Esse foco no galardão divino nos fortalece a servir corretamente, confiando na justiça de Deus e resistindo ao desânimo, mesmo quando a justiça humana falha (1Co 15.58).
APLICAÇÃO PESSOAL
Vivamos nossa identidade em Cristo, permitindo que sua vida abundante transforme cada aspecto do nosso cotidiano.
RESPONDA
1) O que Paulo diz que os crentes devem fazer com a natureza terrena?
R. Fazer morrer a natureza terrena.
2) Qual é o “vínculo da perfeição” mencionado em Colossenses 3.14?
R. O amor.
3) Como Paulo instruiu os maridos a tratarem suas esposas?
R. Amando-as e não agindo com amargura.
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