EBD Revista Editora Betel| 3° Trimestre De 2022 | TEMA: SERMÃO DO MONTE – A Ética, os Valores e a Relevância dos Ensinos de Jesus Cristo | Escola Biblica Dominica | Lição 04: O Sal da Terra e a Luz do Mundo
TEXTO ÁUREO
“Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros.” Marcos 9.50
VERDADE APLICADA
Em um mundo em trevas e corrupto, somos chamados e capacitados a sermos diferentes e influenciadores para a glória de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que devemos ser agentes influenciadores.
Mostrar que como luz devemos iluminar.
Citar as responsabilidades como sal e luz.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 5
13- Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14- Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15- Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16- Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / | Mc 7.21-23 O interior do coração dos homens.
TERÇA / Jo 15.16 Jesus nos escolheu para frutificar.
QUARTA / Fp 2.15 Filhos de Deus: luz no mundo.
QUINTA / Hb 12.1 Perseverança no meio das provações.
SEXTA / 1Pe 2.9 A geração eleita, o povo adquirido.
SÁBADO / 1Jo 1.1-3 A Palavra da vida foi manifesta na carne.
HINOS SUGERIDOS 18, 151, 370
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os valores divinos sobressaiam em nossas vidas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Vós sois o sal da terra
2– Vós sois a luz do mundo
3– Nossas responsabilidades como sal e luz
Conclusão
INTRODUÇÃO
Jesus ressaltou a importância de sermos o sal e a luz do mundo [Mt 5.13-16]. O sal e a luz são metáforas que denotam a influência positiva que os filhos de Deus devem exercer no mundo.
PONTO DE PARTIDA
Somos sal da terra e luz do mundo.
1- Vós sois o sal da terra
Ao fazer tal declaração, Jesus revela a dupla função que devemos exercer nesse mundo avesso e pecaminoso. Somos sal e luz: os agentes influenciadores [Fp 2.15].
1.1. A importância de uma vida constante. Jesus não disse que temos “sal” ou que temos “luz”, Ele disse: “Vós sois” [Mt 5.13-14]. Com essa afirmação Jesus nos apresenta a responsabilidade que temos de viver uma vida de constância. Jesus conta com cada cristão para ser, neste mundo, um agente influenciador para um viver saudável e que glorifique a Deus. Ser como o sal é isso, é ter influência por ocasião de sua presença. Assim como o sal dá sabor e influencia o ambiente em que é colocado, assim devemos ser. Do mesmo modo é a luz. Ela está em oposição às trevas, e aonde ela chega, as trevas devem sair porque não existe comunhão entre ambas. Ou a luz predomina, ou as trevas. Ser luz é manifestar ao mundo e impactá-lo com as boas obras, de tal maneira que Deus seja glorificado.
Subsídio do Professor: Como “preservante”, o sal age evitando a decomposição dos alimentos. Ao dizer que somos sal, Jesus está falando acerca de nós mesmos e acerca da sociedade que se deteriora por viver imersa no pecado. Tanto nos preservamos de ser contaminados, quanto evitamos que o mundo entre em colapso pecaminoso [Lc 14.34]. Esse mundo pecaminoso é visto por Deus como um mundo de trevas. Por isso disse que somos luz. O Senhor falou aqui de uma qualidade de vida que devia manifestar-se nos que O conheciam, que aprenderam a Sua verdade, que haviam depositado nEle a sua fé. Estes deviam ser o sal da terra e a luz do mundo.
1.2. O poder relevante do sal. John Stott disse que a salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras [1Pe 2.9]. No comentário “Todas as parábolas da Bíblia”, há uma citação feita pelo Dr. Campbell Morgan acerca do sal. Ele nos diz que o sal é asséptico, não antisséptico. O antisséptico é contrário ao veneno, é capaz de curar. Asséptico é algo destituído de veneno. Nesse caso, o sal nunca cura a corrupção, ele a previne. Ou seja, se a carne estiver contaminada e corrompida, ele nem a descontaminará nem purificará; ele impedirá que a corrupção se espalhe, não permitindo que todo o resto se contamine. Agindo como sal, cada servo de Deus é um instrumento do Senhor que impede a proliferação do mal. Eis a importância de não se tornar insípido nesse mundo [Mc 9.50].
Subsídio do Professor: O sal é de grande impacto nos alimentos, é ele quem realça o sabor. Porém, uma pitada a mais poderá deixar o alimento insuportável. Por isso, deve ser usado com equilíbrio, pois, se, por um lado, uma comida sem sal é ruim, por outro, um alimento salgado é insuportável e prejudicial à saúde [Jó 6.6; Ec 7.16]. Ser sal é ser alguém que tanto inspira para o bem, quanto condena aquilo que é impuro e desonesto. Quando o sal é insípido e sem sabor, ele não consegue impedir a putrefação, porque é apenas areia.
1.3. O sal que provoca sede. Sabemos que o sal provoca a sede. E a pergunta é: que tipo de sede estamos provocando nas pessoas acerca de Cristo? Será que nossa vida está atraindo as pessoas para virem a Cristo ou expulsando-as? O mundo está embriagado de materialismo e insípido de espiritualidade. Ele está intoxicado de valores errados e insípido dos valores eternos. Ele está intoxicado com o conhecimento humano e insípido com a sabedoria divina. É por isso que Jesus nos diz que devemos ser sal, para dar ao mundo que nos rodeia este sabor que Deus deseja que tenha. Como podemos ser sal para a nossa sociedade? Vivendo de modo santo, honrado e com um autêntico testemunho acerca de Jesus Cristo [Lc 14.34-35; Cl 4.5-6].
Subsídio do Professor: O cristão deve dar sabor a este mundo insípido com o que é realmente importante, que são as verdades e os valores eternos. A propósito, observemos que o Senhor também nos alerta para não nos tornarmos insípidos, porque podemos ser “jogados fora”, como o sal que é inútil. Temos não somente que agir como sal, mas viver como sal, sem perder a influência e sem se deixar contaminar pelo que o mundo tem [Rm 12.1-2]. Estamos aqui tanto para impedir a deterioração imediata do mundo quanto para dar-lhe um novo sabor ao provocarmos nele sede.
EU ENSINEI QUE:
Ao fazer tal declaração, Jesus revela a dupla função que devemos exercer nesse mundo avesso e pecaminoso. Somos sal e luz: os agentes influenciadores.
2- Vós sois a luz do mundo
Não existe outro motivo para a existência da luz, a não ser para que ilumine. Não existe outra forma de iluminar esse mundo de trevas a não ser testemunhando [Mt 5.16].
2.1. A luz deve brilhar. Brilhar faz parte da natureza da luz, é para isso que ela existe. Jesus disse que somos luz para esse mundo. Como filhos de Deus devemos brilhar em meio às densas trevas desse mundo pecaminoso [Mt 5.14-16]. Como podemos nos tornar um luzeiro moral e espiritual neste mundo avesso à vontade de Deus? Vivendo de acordo com as Escrituras. Nosso compromisso com Jesus Cristo deve nos conduzir a viver uma vida que sirva também de modelo para aqueles que estão ao nosso redor. Em meio às trevas morais que ofuscam a humanidade, a Igreja faz resplandecer o brilho da esperança [Fp 2.15].
Subsídio do Professor: O sal é dissolvido no serviço e a luz se desgasta ao brilhar. O bom discípulo de Jesus Cristo está envolvido tanto pelo serviço, quanto no sacrifício. A advertência de “não colocar debaixo do alqueire, e sim no velador” apresenta a ideia do compromisso que temos em não permitir que esse brilho se extinga. Assim como a característica natural da luz é brilhar, nosso dever cristão é praticar o amor e a correta conduta cristã entre os homens [Mt 5.15-16]. Comunicar a Palavra de Deus é deixar a luz brilhar, como também o é viver segundo as Escrituras diante dos homens.
2.2. Não se pode esconder uma luz. Jesus deixou bem claro que a luz foi criada para iluminar, e isto não pode acontecer se ela estiver escondida. A instrução divina é que possamos reluzir e se fazer conhecidos em todos os segmentos, pois quando restringimos a dimensão de nossa vida espiritual somente aos limites dos cultos ou de nossos lares, estamos escondendo o que deveria ser amplamente apresentado [At 5.42]. Devemos observar bem o que Jesus está dizendo, pois podemos estar apenas pregando para nós mesmos, e com isso, estamos limitando o alcance do potencial que nos foi oferecido por Ele. Devemos ampliar nossas fronteiras [Rm 15.20].
Subsídio do Professor: A luz que há em nós é manifestada pelas nossas boas obras praticadas diante dos homens. Ao verem nossas obras os homens glorificam a Deus [Mt 5.16]. Fomos chamados para ser como um farol da verdade do Evangelho. A luz de Cristo que está em nós não deve jamais ser ofuscada. Somos chamados a influenciar o mundo por intermédio da frutificação e do anúncio do Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus [Jo 15.16; 17.18, 23; Rm 1.16]. É através daquilo que fazemos e anunciamos que Cristo é glorificado. Não podemos ficar calados, devemos anunciar em todo o tempo [2Tm 4.2].
2.3. Cristo, nossa fonte de luz. Acerca de si mesmo, Jesus disse ser a luz do mundo, a fonte de luz que jorra para todos [Jo 8.12]. Assim como uma lâmpada, naquele tempo, precisava de combustível para produzir luz, nós dependemos da fonte e precisamos estar conectados a ela em todo o tempo para poder manter a chama sempre acesa [Jo 15.5b]. Jesus disse que não há como ficarmos escondidos sendo luz, todos estão nos vendo, reparando nossas atitudes e testemunho [Hb 12.1]. Somos como uma cidade sobre um monte, cujo brilho chama a atenção de todos [Mt 5.14]. O texto nos ensina que é a nossa luz que “deve brilhar” e não “nós”. A luz que brilha em nós é a vida compartilhada por Cristo.
Subsídio do Professor: O discípulo de Cristo tem a incumbência de permitir que os raios da luz circulem livremente sem obstruir o caminho da luz. Ao levar a luz do Evangelho ao mundo, necessariamente temos de revelar coisas que as pessoas preferem deixar escondido. A luz é desconfortável para aqueles acostumados com o escuro [Jo 3.20].
EU ENSINEI QUE:
Não existe outro motivo para a existência da luz, a não ser para que ilumine. Não existe outra forma de iluminar esse mundo de trevas a não ser testemunhando.
3- Nossas responsabilidades como sal e luz
Existe uma perfeita harmonia ente o sal e a luz. Porém, num gesto muito elegante e amoroso, Jesus nos advertiu acerca de nossa importância em mantê-los sempre ativos.
3.1. Tende sal em vós mesmos. Com essa amorosa advertência, o Senhor nos convida a priorizar nossa essência. Ter sal em si mesmo é julgar o pecado primeiramente em nossas próprias vidas. Que honra existe em ensinar outros a fazerem o que nunca fizemos? Ter sal é permitir que o Espírito Santo e a Palavra nos limpem e eliminem os elementos destrutivos que existem dentro de nós [Sl 119.9; Mc 7.21-23]. A Palavra de Deus nos limpa, nos traz paz e nos prepara da melhor maneira para a obra mais importante para a qual fomos chamados neste mundo: anunciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos o sal da terra e nosso Deus espera que exerçamos essa influência benéfica e purificadora, para manter o verdadeiro caráter cristão e integridade [Mt 5.13].
Subsídio do Professor: Jesus advertiu acerca do destino do “sal” que se torna insípido. Ele disse que prestava apenas para se lançar fora e ser pisado pelos homens [Mt 5.13]. O que significa no reino espiritual o que o Senhor está falando? Cremos tratar-se de uma séria advertência ser envergonhado e depois descartado. O que torna o sal insípido? Não levar a sério advertências de Jesus em não romper com os padrões que devemos combater. Onde o sal penetra deve haver alterações.
3.2. Quem pratica a verdade vem para a luz. Observemos que a mesma advertência dada ao sal, também foi dada à luz. Se o sal pode perder o sabor, a luz também pode perder seu brilho [Mt 5.16]. Duas coisas importantes chamam nossa atenção: primeiro, os que praticam a verdade vêm para a luz; segundo, quem é luz deve ser exemplo da verdade. Essa é a nossa responsabilidade para com aqueles que nos observam [Jo 3.21]. Que influência pode ter uma lamparina apagada na escuridão? Assim também é a vida de um cristão sem o brilho da graça divina em sua vida. Cuidemos para que nossas lâmpadas não se apaguem como as das cinco virgens loucas [Mt 25.8]. A ausência da luz na vida de um cristão pode significar várias coisas, inclusive, uma vida de trevas [2Co 6.14].
Subsídio do Professor: Vir para a luz nada mais é do que assumir aquilo que realmente somos: filhos da luz. Antes vivíamos num mundo de trevas, sem qualquer aprovação divina, éramos filhos da ira, estávamos condenados à punição divina. Mas o Senhor, com Seu grandioso amor, nos transportou de um reino de trevas para o reino da Sua maravilhosa luz. Por esse motivo, andar na luz é nosso caminho diário [Ef 5.8; 1Jo 2.6].
3.3. Sal e luz, uma perfeita combinação. Enquanto o sal serve para dar sabor onde penetra, a luz deve, por sua vez, iluminar o ambiente onde a escuridão é predominante. Como seria um mundo sem sal e sem luz? Somente assim podemos compreender a importância do que Jesus falou acerca de nossa posição nesse mundo. O sal impede e interrompe a corrupção, essa é nossa responsabilidade, impedir que o mal avance, e como luz, devemos compartilhar a verdade, mostrando o caminho de Deus aos perdidos. Ser sal e luz é uma questão apenas de identidade, é isso o que Jesus disse que somos [Mt 5.13]. Somos veículos por meio dos quais a luz brilha, para que os homens tenham fome e sede de Cristo e possam conhecer o caminho.
Subsídio do Professor: A figura do sal e da luz suplementam-se entre si. Sendo sal, o cristão faz brotar na pessoa que está na escuridão, o desejo e a sede de ser algo diferente, e como luz, ele lhe mostra como essa sede pode ser satisfeita. Como sal e luz, podemos tanto despertar o apetite, quanto satisfazê-lo. Jesus nos chamou para exercer influência por onde passamos. Ele nos nomeou para que déssemos frutos [Jo 15.16]. Como sal impedimos a propagação do mal, e como luz, promovemos a verdade e a salvação.
EU ENSINEI QUE:
Existe uma perfeita harmonia ente o sal e a luz. Porém, Jesus nos advertiu acerca de nossa importância em mantê-los sempre ativos.
CONCLUSÃO
Ao dizer que somos sal da terra e luz do mundo, Jesus não somente revelou a responsabilidade que temos nesse mundo, ressaltou, também, as virtudes que acrescentou na vida de todos nós.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
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