Lição 07: Homem, A Glória da Criação | 3° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2023 | TEMA: DOUTRINAS BIBLICAS – Fundamentos da Verdades | Escola Biblica Dominical | Lição 07: Homem, A Glória da Criação

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Pesquise sobre a diversidade de respostas das correntes do pensamento secular na tentativa de explicar a origem dos homens, especialmente quanto aos filósofos, aos evolucionistas e aos cientistas sociais. Qual dessas perspectivas traz alguma esperança para a humanidade? Note que são apenas teorias, cujo resultado é a desesperança quanto ao futuro e o vazio quanto ao presente, porquanto eles acreditam que o homem é apenas um acidente, sem qualquer significado ou propósito. Em contraste, procure apresentar a visão do rei Davi sobre a sua origem e destino (SI 139.14,16). Observe que a perspectiva bíblica define que fomos criados à imagem de Deus, dotados de inteligência, sentimentos e da capacidade de tomar decisões moralmente responsáveis.

PALAVRAS-CHAVE

Consciência • Imortalidade • Terra

OBJETIVOS

Descrever a origem, a natureza e a imortalidade do homem.
Identificar os elementos que compõem o ser humano.
Descrever o processo mediante o qual uma pessoa toma uma decisão moral.

PARA COMEÇAR A AULA

Pontue que, nesta lição, cada aluno terá subsídios para procurar compreender melhor a si mesmo, entendendo mais claramente quais são os deveres, bem como os direitos, daqueles que aceitam o fato de Deus ser o único Soberano. Pergunte: Qual é a única maneira de percebermos o grande potencial que Deus nos outorgou? (Resposta: Obediência!) Acentue que a desobediência à Palavra de Deus é que nos furta a capacidade de atingir toda a nossa potencialidade, tanto neste mundo quanto na eternidade.

LEITURA COMPLEMENTAR

Humanidade: súditos humanos do Criador As pessoas pensam em uma grande variedade de respostas a fim de tentar explicar a origem dos homens. Os filósofos raciocinam; os evolucionistas apresentam a sua opinião; os cientistas sociais especulam. As tentativas seculares para explicar a origem e o desenvolvimento do homem de alguma maneira deixam-nos vazios, porquanto eles acreditam que o homem é apenas um acidente, sem qualquer significado ou propósito. Em contraste com isso, o salmista meditou sobre a sua origem e declarou, dirigindo-se a Deus (Sl 139.14,16). Fomos criados à imagem de Deus a fim de cuidarmos da terra de forma responsável, justa e proveitosa. Ele nos deu inteligência, sentimentos e a capacidade de tomar decisões moralmente responsáveis. Temos a possibilidade de realizar muita coisa, mas também temos a possibilidade de desperdiçar nossos dotes naturais, negando ao Doador, que nos deu todas essas coisas. Livro: “Doutrinas Fundamentais da Bíblia” (ICI, São Paulo, 2013, pág. 117).

TEXTO ÁUREO

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Gn 1.26

VERDADE PRÁTICA

O homem é a glória da criação de Deus

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Gn 1.27 Homem: imagem e semelhança de Deus.
Terça – Gn 3.8 O pecado separou o homem de Deus.
Quarta – Hb 4 .12 O homem é ‘espírito, alma e corpo’.
Quinta – 1Co 6.19 O corpo é templo do Espírito.
Sexta – Lc 23.43 Alma e o espírito são imortais.
Sábado – At 24.16 O homem tem capacidade moral.
Hinos da Harpa: 3 – 147 – 418

LEITURA BÍBLICA

Gênesis 1.26-28
26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra

HOMEM, A GLÓRIA DA CRIAÇÃO
INTRODUÇÃO
I- ORIGEM DO HOMEM

1- Criação Divina Gn 2.7
2- Imagem de Deus Gn 1.26
3- Ser especial SI 8.5
II- NATUREZA DO HOMEM
1- Aspecto Físico 1Co 6.12-20
2- Aspectos Imateriais Hb 4.12
3- Aspectos Morais At 20.16
III- IMORTALIDADE DO HOMEM
1- Morte física Gn 3.19
2- Razão da morte Rm 5.12
3- Imortalidade Lc 23.39-43
APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

Vamos examinar outra classe dos súditos de Deus: o ser humano. Os vocábulos homem e humanidade, nesta lição, referem-se a ambos os membros da raça humana: o homem e a mulher. Compreenda melhor a si mesmo entendendo os deveres, bem como os direitos, daqueles que aceitam o fato de que Deus é o Soberano.

I- ORIGEM DO HOMEM

A Bíblia nos expõe as evidências da origem, do propósito e do destino do homem.

1- Criação Divina. O homem é uma criação especial de Deus. Ele não é o produto do acaso – não “evoluiu” de uma forma inferior qualquer de vida animal. As Escrituras declaram que ele resultou de um ato divino especial (Is 45.11,12; Gn 1.26-28):
a) Deus formou o homem com os próprios elementos da terra e soprou em suas narinas o hálito ou sopro da vida (Gn 2. 7).
b) Ele recebeu uma natureza espiritual semelhante à de Deus, outorgando-lhe uma posição muito acima de todas as outras criaturas.
c) Deus deu-lhe o mandamento divino para governar e subjugar a terra, confirmando a superioridade do homem sobre todas as demais criaturas do mundo (Gn 1.28).
d) Deus o abençoou com a capacidade de multiplicar-se, de tal modo que os homens pudessem povoar o mundo com a raça humana (Gn 1.28; 5.2).

2- Imagem de Deus. O homem foi criado à imagem de Deus, ou seja, semelhante, parecido com Ele (Gn 1.26; 9.6; 1Co 11.7; Tg 3.9]. A semelhança entre Deus e o homem não é uma questão física (pois Deus é espírito) e, sim, uma questão moral e espiritual nos seguintes aspectos:
a) Personalidade. Somos seres pessoais. Temos a capacidade de manter comunhão com Deus e desfrutar de companheirismo com outros seres.
b) Semelhança moral. Temos a capacidade de distinguir entre o que é certo e errado, assim como a liberdade de agir de maneira responsável.
c) Natureza racional. O homem é um ser racional com capacidade intelectual, de raciocinar e conhecer a Deus e a outros seres.
d) Capacidade de governar. O homem tem capacidade de exercer domínio, de controlar as coisas, de domar os animais, de tirar proveito da natureza.
e) Autoconsciência. O homem tem consciência de si mesmo. Desde bem cedo na vida começa a sentir que é um ser à parte de todos os demais membros de sua família. Ele é um indivíduo.
f) Natureza social. A base da natureza social divina consiste em seus afetos, em seu amor (Jo 15.9,12). Buscamos comunhão com Deus, com os nossos semelhantes e organizamos as nossas vidas de acordo com a unidade social básica: a família.

3- Ser especial. Consideremos algumas dessas diferenças entre os homens e as demais criaturas (SI 8.5):
a) O homem possui a capacidade de falar – a notável habilidade de comunicar a seus semelhantes tanto ideias concretas (reais) quanto ideias abstratas (teóricas), e isso de uma maneira dinâmica e criativa.
b) O homem tem a capacidade de apreciar a beleza. Os animais irracionais, entretanto, não parecem ter maior apreciação por um belo jardim, do que têm por um terreno horrivelmente recoberto de espinhos.
c) O homem tem um profundo senso da necessidade de adorar a um Ser superior; mas os animais não têm a capacidade de adorar e nem os meios para exprimir reverência.
d) O homem pode planejar com antecedência, antecipar necessidades futuras e alterar os acontecimentos. Ele deleita-se em criar novos estilos de residência e novas formas de arte.

II- NATUREZA DO HOMEM

O homem tem um aspecto material ou físico e um aspecto imaterial ou não-físico.

1- Aspecto físico. O corpo humano é o aspecto físico ou material do homem. As Escrituras falam sobre o corpo humano com bastante frequência, incluindo o corpo na nossa redenção final (Rm 8.23; 1Co 6.12-20). Embora o aspecto não-físico do homem seja mais importante do que o seu lado físico, não devemos pensar que os nossos corpos sejam desprezíveis ou inerentemente maus (Mt 10.28). Os nossos corpos, após a morte, entram em decomposição, mas eles serão ressuscitados quando Jesus voltar (Fp 3.20,21). Os crentes são membros do corpo de Cristo; os seus corpos são “templo do Espírito Santo” (1Co 6.15,19,20). Jesus sempre honrou ao máximo o corpo humano (Lc 2.40). Era necessário que Ele tivesse um corpo físico, a fim de que pudesse ser o nosso Sumo Sacerdote (Hb 2.14,15,17,18).

2- Aspectos Imateriais. É muito difícil descrever as dimensões imateriais do ser humano: alma e espírito. Para muitos, a alma representa todo o nosso aspecto imaterial, ou seja, o espírito e a alma são a mesma coisa. Porém, nós cremos que alma e espírito são dois elementos distintos, separados apenas para efeito didático (Mt 10.28; 1Ts 5.23; Hb 4.12).

Os aspectos da alma são:
a) Intelecto: capacidade para compreender, raciocinar e lembrar.
b) Vontade: capacidade de escolher, de resolver, e de agir.
c) Emocional: capacidade de sentir, de ser afetado por aquilo que a pessoa sabe ou experimenta.

Os aspectos do espírito:
a) Fé: é a necessidade inerente de adorar.
b) Conhecimento do próprio eu, em relação a algum padrão conhecido de certo e errado.

3- Aspectos morais. As qualidades racionais de nosso ser imaterial nos equipam para realizar ações na vida, as quais podem estar certas ou erradas, relativamente à lei moral de Deus (At 20.16; 1 Tm 4.2). O nosso intelecto nos permite entender o que está envolvido nas questões do que é certo e do que é errado. As nossas emoções apelam para que nos inclinemos numa direção ou noutra, e a nossa vontade decide, finalmente, a questão. Porém sem o quarto elemento, que é a consciência, não pode haver qualquer ação moral. A nossa consciência pode ser descrita como uma “voz interior”, que aplica a lei moral de Deus a nós, em relação a cursos específicos de ação, levando-nos a obedecer a essa lei.

III- IMORTALIDADE DO HOMEM

1- Morte física. A palavra morte significa “separação”. A morte espiritual é a separação entre o homem e Deus (Is 59.1,2). A morte física é a separação da parte espiritual do homem do seu corpo. A alma e o espírito, os elementos espirituais, se separam do corpo, a parte terrena. No entanto, a alma e o espírito não desaparecem. O que acontece a uma pessoa, por ocasião da morte física? Há muitas coisas que não sabemos acerca da existência após a morte. Mas a Bíblia ensina que há vida após a morte do corpo. A morte física é aquilo que acontece quando o corpo deixa de funcionar biologicamente. O corpo físico entra em decadência e retorna ao pó, de onde veio (Gn 3.19). No entanto, a parte imaterial do homem, que a Bíblia chama de alma e espírito, continua existindo e volta para Deus (Lc 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.22,23).

2- Razão da morte. A morte surgiu em consequência do pecado (Rm 5.12). Depois que Adão pecou, ele morreu espiritualmente, de modo imediato, mas a sua morte física somente aconteceu aos 930 anos de idade (Gn 2.17; 5.3). A morte física do homem faz parte da maldição que lhe foi imposta, quando Adão caiu em pecado (Gn 3.19,22). No plano original de Deus, o homem precisava se alimentar da árvore da Vida, o corpo físico seria renovado constantemente pelo seu fruto. Mas, devido ao pecado, Deus proibiu o seu acesso à Árvore da Vida, para que não vivesse para sempre em pecado.

3- Imortalidade. O homem foi criado por Deus como um ser imortal. No caso do crente, ao morrer, ele deixa de existir como um completo ser material/imaterial, mas ele conta com a bendita esperança da segunda vinda de Jesus Cristo. Quando morrem, suas almas vão imediatamente para a presença do Senhor, no Paraíso (Lc 23.39-43). Por ocasião da segunda vinda do Senhor, seus corpos mortais serão ressuscitados e transformados, para que sejam corpos glorificados (1Co 15.50-57). Em contraste, quando morre um pecador impenitente, a sua alma continua em estado de existência consciente, mas em um lugar de intensos sofrimentos chamado hades ou inferno. Recebemos um vislumbre a respeito desse lugar na história que Jesus contou acerca do rico e Lázaro (Lc 16.19-24). No hades, o rico da parábola podia pensar, lembrar, falar e sentir. Também conservou a sua autoconsciência. Depois, no Juízo Final, todos os incrédulos terão de enfrentar o julgamento eterno e os tormentos longe da presença do Senhor (Ap 20.7-10).

APLICAÇÃO PESSOAL

O homem é a coroa da criação de Deus, portanto, não deve viver como se fosse um produto do acaso, sem propósito nesta vida. Porém, deve viver completamente para a glória de Deus, na experiência contínua da salvação em Jesus.

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RESPONDA

1) Como Deus criou o homem? Resposta Pessoal.
2) Quais são os aspectos imateriais do homem? R. Espírito e alma.
3) O que é a morte espiritual? R. A separação do homem de Deus

VOCABULÁRIO

Abstrato: Que utiliza abstrações, que opera com qualidades e relações, e não com a realidade sensível. Na Filosofia, diz-se de representação à qual não corresponde nenhum dado sensorial ou concreto, isto é, daquela que apresenta seus objetos sem características individuais.
Imaterial: Que não tem a natureza da matéria; não material; impalpável.

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