EBD | 1° Trimestre De 2024 | CPAD – Revista Jovens – TEMA: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS – A Doutrina Bíblica como base para uma vida vitoriosa | Escola Bíblica Dominical | Lição 09: A doutrina dos Apóstolos
TEXTO PRINCIPAL
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.” (Ef 2.20)
RESUMO DA LIÇÃO
A Igreja deve preservar o compromisso de manter e ensinar a doutrina dos apóstolos, que é a doutrina de Deus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Lv 22.31,32 A prática de guardar os mandamentos do Senhor
TERÇA – Is 1.10-17 Viver em santidade é colocar em prática a Palavra Deus
QUARTA – Gl 6.9 Ser incansável em fazer o bem
QUINTA – Rm 13.8 Quem ama o próximo, cumpre a lei
SEXTA – 1Pe 4.8 O amor que cobrirá multidão de pecados
SÁBADO – 1 Co 15.57,58 O serviço cristão será recompensado pelo Senhor
OBJETIVOS
COMPREENDER que o ensino dos apóstolos era prático;
CONSCIENTIZAR de que a doutrina suscita amor;
SABER que a doutrina gera serviço.
INTERAÇÃO
Professor (a), a Igreja está firmada sobre a doutrina dos apóstolos, que está firmada em Cristo, o fundamento da Igreja. Por esta razão, a lição se dedica a esta temática, com o objetivo de mostrar a importância do nosso compromisso com a doutrina dos apóstolos. Estudaremos a respeito da praticidade do ensino dos apóstolos, mostrando que tal ensino produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao próximo. É importante que os alunos compreendam o significado do vocábulo apóstolo. Esse termo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado vai além de simplesmente “mensageiro”, e aponta para “o enviado”. É importante ressaltar que, embora tenham desempenhado importante papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado (a) professor (a), inicie a lição explicando aos alunos que “a igreja somente poderá ser genuína se for alicerçada na revelação infalível, inspirada por Cristo aos primeiros apóstolos”. Os apóstolos do Novo Testamento foram os mensageiros originais, testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (Ef 2.20). Foram as pedras fundamentais da Igreja, e sua mensagem encontra-se nos escritos do Novo Testamento, como o testemunho original e fundamental do Evangelho de Cristo, válido para todas as épocas” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 1811).
TEXTO BÍBLICO
Atos 2.42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração
47 Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
INTRODUÇÃO
A doutrina dos apóstolos deve ser estudada e praticada pelos crentes, pois consiste em Cristo, o fundamento da Igreja. Esta lição tem como objetivo mostrar que precisamos manter o compromisso de não negligenciar a doutrina dos apóstolos. Vamos discorrer a respeito do ensino prático dos apóstolos, mostrando que ele produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao próximo.
I – O ENSINO DOS APÓSTOLOS ERA PRÁTICO
1- Os apóstolos. O vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado vai além de “mensageiro”. O termo significa também “o enviado”, e nas Escrituras Sagradas a ênfase é mais sobre aquele que envia do que quem é enviado. É importante destacar que, embora tenham desempenhado um importante papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou. As palavras de alguns dos apóstolos nas apresentações de suas cartas atestam isso, já que elas deveriam ser lidas e obedecidas, não porque eles as estavam escrevendo, mas porque foram chamados pelo Senhor Jesus (Rm 1.1; 1 Pe 1.1). Portanto, falar sobre a doutrina dos apóstolos refere-se aos ensinos dos que receberam o chamado e a autoridade necessária para isso, o que faz dessa doutrina “digna de toda aceitação” (1Tm 1.15).
2- A doutrina dos apóstolos. Paulo afirma que os crentes em Cristo estão “edificados sobre o fundamento dos apóstolos” (Ef 2.20), que é o mesmo que “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), pois a eles foi dada a missão de Lançar as bases doutrinárias da Igreja de Cristo. No entanto, essas duas expressões fazem referência ao ensino dos apóstolos e não aos apóstolos em si, ou seja, a Igreja não está fundamentada nestes homens, mas na doutrina que receberam de Cristo e repassaram à Igreja do Senhor. A validade do que eles ensinaram está no fato de que “Jesus Cristo é a principal pedra de esquina”, ou seja, o Senhor é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos. Sem Cristo, esses ensinos não existiriam ou não teriam valor nenhum, pois Cristo é o insubstituível.
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3- A praticidade da doutrina dos apóstolos. Um aspecto importante da doutrina dos apóstolos é o seu aspecto prático. Embora, do ponto de vista teórico, fossem bem fundamentados, esses ensinamentos evocam a necessidade de práticas que refletem a fé genuína (Tg 1.21,22). No Evangelho Segundo João, somos exortados à produção de frutos que evidenciem o verdadeiro arrependimento (Jo 15.16). O Livro de Atos registra a conversão de milhares de pessoas e o fato de que elas “perseveravam na doutrina dos apóstolos”, como demonstração de uma verdadeira conversão, compreensão e obediência aos princípios ensinados pelos apóstolos. Quem ama a Cristo e ao próximo, guarda e pratica toda a doutrina de Deus.
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SUBSÍDIO 1
Professor (a), todos os crentes e igrejas locais dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade deles é conservada no Novo Testamento. As gerações posteriores da igreja têm o dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade. O Evangelho concedido aos apóstolos do Novo Testamento, mediante o Espírito Santo, é a fonte permanente de vida, verdade e orientação à igreja.
II – A DOUTRINA SUSCITA AMOR
1- O amor na doutrina de Pedro. O amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina (Jo 15.10). A fé e os ensinos de Pedro foram moldados pelo seu relacionamento com Jesus, e o que ensinou sobre o amor foi influenciado pelas marcas de seu último diálogo com o Mestre (Jo 21.15-17). Em sua Primeira Carta, Pedro adverte os crentes a amarem uns aos outros ardentemente (1 Pe 4-8). Este versículo é a chave para a compreensão de seu ensino sobre 0 amor. Pedro aponta para a transformação e mudança que Cristo operou nos crentes pelo seu amor demonstrado na cruz. Ele diz que o amor é a maior das virtudes, e a que valida todas as demais.
2- O amor na doutrina de João. O amor é um tema central nos ensinos de João. Por isso, ele tem sido chamado de “o apóstolo do amor”. Parte do conteúdo do capítulo 4 de sua Primeira Epístola identifica o quão essencial é o amor para João. Os versículos 10,11 e 19 do capítulo 4 podem ser considerados o eixo central do ensino sobre o amor. João afirma que Deus é que amou e ama o ser humano primeiro e nós respondemos adequadamente ou não a este amor. João defende que o amor evidencia a nova vida em Cristo e o fato de conhecer a Deus (1 Jo 4-7-9). Embora Ele não possa ser visto, todavia, por meio do seu amor a sua presença é revelada e percebida. O amor de Deus faz com que venhamos a desfrutar da comunhão com o Senhor e com o Espírito Santo. O amor testifica a obra realizada por Cristo na cruz do Calvário em nosso favor.
3- O amor na doutrina de Paulo. No capítulo dois da Carta aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala de alguns pontos doutrinários a respeito do amor. Ele enfatiza que o amor é: uma virtude a ser compartilhada entre os irmãos; que a humildade é uma face genuína do amor, e leva o crente a celebrar as qualidades uns dos outros, e que Cristo é o modelo maior de amor, humildade e serviço (Fp 2.5-10). Paulo também ensina que o amor não é somente um sentimento, mas uma ação, atitude. No capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios ele mostra que o amor tudo sofre, é benigno, não invejoso, não leviano e que ele “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (1 Co 13.7). Sendo assim, não há doutrina aprovada por Deus que não produza o verdadeiro amor.
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SUBSÍDIO 2
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta; “O que é o amor?” Incentive a participação de todos. Em seguida explique que o amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina. Peça que um aluno (a), leia João 15.10. Em seguida, explique que “o crente deve viver na atmosfera do amor de Cristo. Jesus, declarou que isso se dá quando guardamos os seus mandamentos. Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida em que fizerem o seguinte:
(a) Aceitar o ensino e revelação originais dos apóstolos a respeito do evangelho, conforme o Novo Testamento registra, e procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38).
(b) Continuar a missão e ministério apostólico, comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da proclamação e ensino fiéis, no poder do Espírito (At 1.8),
(c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas também a defender e guardá-la contra todas as distorções ou aliterações. A revelação dos apóstolos, conforme temos no Novo Testamento, nunca poderá ser substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At 20.27-31).
III – A DOUTRINA GERA SERVIÇO
1- Jesus, o servo por excelência. O Antigo Testamento anunciou a chegada de Jesus em suas mais diferentes condições, inclusive como Servo (Is 53.1-12). Os textos do Antigo Testamento apontavam para o caráter de servo que Jesus assumiria em seu ministério terreno, com o propósito de atender aos necessitados (Is 61.1-3). O apóstolo Paulo fundamentou o seu argumento sobre o dever cristão de auxiliar os enfermos em suas necessidades nas palavras de Jesus de que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35), Esse princípio está alinhado ao que o Senhor ensinou – em palavras e obras – aos seus discípulos sobre servirem aos outros e não a si mesmos (Mt 20.26,27), Jesus disse que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45), Ele entrega a própria vida em favor de outros, razão pela qual o Pai o exaltou e lhe deu um nome sobre todos os nomes (Fp 2.9). Jesus é o servo por excelência.
2- O serviço cristão na doutrina dos apóstolos. Os apóstolos lançaram as bases da doutrina cristã, e Cristo é o fundamento central. Uma vez que o serviço foi uma das características fundamentais do ministério de Jesus, essa virtude não poderia estar fora dos ensinos apostólicos. Historicamente, o serviço a Deus e ao próximo é visto como fruto da doutrina dos apóstolos a partir do registro no livro dos Atos. Doutrinariamente, o apóstolo Pedro ensina que os dons espirituais devem ser usados em favor do Corpo de Cristo, tratando-os como um serviço. No mesmo contexto, ele indica que o cristão é chamado a sofrer à semelhança de Cristo, ou seja, trabalhar em favor da Igreja, do Reino de Deus. No ensino de João, o cristão deve estar pronto a servir o seu próximo com os seus bens e com a sua própria vida (1 Jo 3.16,17). Paulo ensinou também que o crente deve considerar o outro superior a si mesmo, e reafirma a sua alegria em se entregar no serviço em favor dos outros (Fp 2.3,17). A verdadeira doutrina faz com que os crentes desejem servir a Deus e ao próximo.
3- O serviço na vida cristã. Jesus é o alicerce da doutrina cristã, o modelo de servo a ser seguido pelos seus discípulos e todos os crentes. Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma para que não se amoldassem aos padrões deste mundo, mas que mudassem a forma (Rm 12.2). Segundo a forma de pensar deste mundo, maior é o que é servido, aquele que está assentado à mesa. Entretanto, Jesus Cristo ensinou que no Reino de Deus maior é o que serve (Lc 22.26,27). Portanto, uma vida cristã bíblica e madura é marcada pelo serviço a Deus e ao próximo.
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SUBSÍDIO 3
Servir os outros é um sinal característico dos cristãos no mundo, Jesus iniciou o seu sermão com palavras que parecem contradizer uma à outra. Mas o modo de vida prescrito e exigido por Deus normalmente contradiz o do mundo. Se você quer viver para Deus, deve estar pronto a dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Você deve estar disposto a dar, quando os outros tomam; a amar, quando os outros odeiam; a ajudar, quando os outros maltratam. Ao renunciar aos seus próprios direitos para servir os outros, um dia você receberá tudo o que Deus reservou para você.
CONCLUSÃO
A doutrina dos apóstolos está fundamentada em Jesus Cristo, e tal verdade implica aspectos teóricos e práticos. A doutrina dos apóstolos revela o que os crentes de todos os tempos, precisam crer e praticar. Aprendemos a respeito da praticidade dos ensinos apostólicos, indicando a expectativa de Deus e das pessoas em relação à Igreja. Isso se dá em dois aspectos na doutrina dos apóstolos: o primeiro é o amor, como fruto da verdadeira doutrina, o segundo é o serviço abnegado, do qual o Senhor Jesus é o exemplo maior.
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HORA DA REVISÃO
1- Qual a origem do vocábulo “apóstolo” e qual o seu significado? O vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado aponta para “o enviado”, e a ênfase é mais sobre aquele que envia do que em quem é enviado.
2- De acordo com a lição, quem é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos? Jesus Cristo.
3- Qual virtude é evidenciada pela prática da doutrina (Jo 15.10)? O amor.
4- Qual é o tema central nos ensinos de João? O amor é o tema central nos ensinos de João.
5- No Reino de Deus, o maior é o que serve à mesa ou o que é servido (Lc 22.26,27)? Segundo Jesus Cristo, maior é o que serve (Lc 22.26,27).
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