Como Conviver com o Diferente? | EBD 2° Trim. 2020

Lição 05: Como Conviver com o Diferente? EBD | 2° Trimestre De 2020 – A Família Cristã CPAD Adolescentes 

Estudando a Bíblia

Uma característica da criação divina é a sua diversidade. Facilmente perceptível na vida humana, observamos essa diversidade nas habilidades, características físicas e mentais diversas dentro de uma mesma família. Essa lição poderá ser abordada de maneiras diferentes de acordo com a sua classe. Diversos pontos de “diferença” irão surgir de acordo com a realidade dos seus alunos. No entanto, um ponto deve ser tratado em todo caso: a relação de conflito com origem na diferença.

Aborde esse tema com muita sabedoria, levando o aluno à conscientização de “se abrir” para a diferença. Mostre que a verdade pode ser dita de diversas maneiras; e que sejamos sábios ao levar a Palavra de Deus ao mundo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv. 15.1).

Objetivos

Compreender que as pessoas são diferentes uma das outras;

Ensinar que a diversidade é dádiva de Deus;

Mostrar que se relacionar bem com o diferente depende de nós.

TEXTO BÍBLICO

Gênesis 37.1-36

Destaque

“No que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas” (Rm 12.18).

LEITURA DEVOCIONAL

SEG…………………………………………………………Lc 4.1-13

TER………………………………………………………..Mt 18.15-22

QUA……………………………………………………….Mt 8.5-13

QUI………………………………………………………. Jn 1.9-16

SEX……………………………………………………….Jo 13.1-15

SÁB………………………………………………………Jo 13.16-20

DOM……………………………………………………..Jo 8.1-11

Material Didático

Foto de uma família, folhas de papel e canetas.

Quebrando a Rotina

Por intermédio desta dinâmica, procure mostrar aos alunos que as diferenças são comuns às todas as famílias. Mostre uma foto de uma família (é importante que seja a foto de urna família grande, para que á dinâmica transcorra melhor) e peça que cada um escolha um membro dessa família, escreva sobre ele, narrando os seus hábitos, gostos e costumes. Partindo da leitura dos textos escritos pelos alunos, a ideia é observar que cada pessoa é única. Certamente os textos são variáveis, mas sobretudo únicos. Assim também é a realidade da nossa família. Somos todos diferentes, e saber lidar com a diferença é essencial para um bom relacionamento familiar.

Quantas pessoas fazem parte da sua família? Todas são iguais? Muito provável que a resposta seja: NÃO! Por isso, conviver com pessoas diferentes de nós implica viver em família. Nesta lição, estudaremos a história de José e seus irmãos. Um contexto de conflitos de pensamentos, de gerações e de sonhos a serem realizados. Neste contexto, veremos o quanto uma família pode chegar a conflitos intermináveis. Que haja sabedoria em você! Seja sábio, um instrumento de Deus para trazer a paz em meio às dificuldades da sua família.

Sou diferente, DAÍ?

Já percebeu como é difícil conviver com outras pessoas? Cada uma tem uma personalidade, uma maneira de pensar, um gosto diferente etc. Isso não é privilégio, pois esse fenômeno acontece com todo mundo! A diversidade de cada ser humano é um presente de Deus para a humanidade. Ele nos dá a liberdade de escolher o que desejamos ser na vida. Em Jesus, fomos chamados para ter uma vida em abundância, vivendo a liberdade nEle e com Ele.

Não há problema em sermos diferentes. Na verdade, o que precisamos aprender é a viver na liberdade que Jesus nos deu e conforme Ele deseja que vivamos. Cada pessoa tem um jeito, uma forma de ser e de viver. E dessa maneira diversa é que a nossa vida passa a ser um sinalizador da vontade de Deus, tanto dentro da nossa família quanto fora dela.

Já que ser diferente é normal, então, o que precisamos compreender?

Uma valiosa lição que você deve aprender para o resto da vida é a de se relacionar com todos os tipos de pessoas sem deixar se influenciar por aquilo que não é bom. O apóstolo Paulo disse: “Examinem tudo, fiquem com o que é bom” (1Ts 5.21). Em nossa família existem pessoas diversas, de um jeito distinto. Devemos aprender a conviver com elas da maneira que o Senhor Jesus nos ensinou: viver em amor e compreensão, em paz e no centro da vontade de Deus. Assim, aprendemos e assimilamos somente o que é bom para nós.

AUXÍLIO DIDÁTICO-BIBLIOGRÁFICO

Quanto a este assunto é interessante tratarmos o caso do próprio Jesus. A maneira como se portou diante de todos que estavam ao seu redor como diferente do padrão social e religioso da época. Podemos aprofundar a questão: a ‘ética cristã’, atrelada a uma determinada expressão do cristianismo, geralmente está a serviço de questões particulares e periféricas, defendendo preceitos, regras e doutrinas que, no âmbito denominacional, são mais importantes que a própria vida, assim contrário a’ Ética de Cristo‘, demonstrada, para ficar em apenas um brevíssimo exemplo, na cura, em pleno sábado, do homem da mão paralisada (Mc 3.1-6; Mt 12.9-14; Lc 6.6-11), valoriza a vida e as pessoas em lugar das instituições.

O ser diferente pode estar associado a posturas sem precedentes ou o rompimento com os tatus quo de uma geração ou tradição, e a história nos ajuda a perceber isso com a própria Reforma (CARVALHO, César Moisés. Uma pedagogia para a Educação Cristã. Rio de Janeiro: CPAD: 2015, p.83).

A diferença como Presente

A Palavra de Deus nos mostra o aspecto diverso de o Altíssimo criar o mundo. Em sua natureza criada há vegetações, animais e tudo quanto é vida orgânica para mostrar a beleza plural que enfeita o mundo em que vivemos. A mão de Deus atuou nesta diversidade e beleza de sua criação. Com o ser humano, a coroa da sua criação, seria diferente?

Quando olhamos para o ser humano e constatamos o grau de múltiplas formas de pensamentos, diversos aspectos da sua personalidade e tantas outras subjetividades, nosso podemos considerar esse ser humano como um ser diverso e múltiplo criado para a glória de Deus (Gn 1.27).

Entretanto, nem tudo é belo e bom. Não podemos esquecer que neste mundo vivemos sob a influência do pecado, o que quer dizer que nem toda a diversidade presente nos seres humanos reflete a vontade plena de Deus. Sim, Deus criou a diversidade, mas também é verdade que o pecado deformou a perfeita criação de Deus, gerando essa mistura sem fim de coisas que geram destruição para á vida humana (Gn 3.1-6, 22-24).

Então como saber se o modo como estamos vivendo está de acordo com a vontade de Deus? Em primeiro lugar, devemos saber se temos seguido os passos de Jesus. Ele nos diz no Evangelho de João que apenas somos seguidores de Jesus se fizermos o que Ele pede (Jo 15.10-12). Você tem atendido o que Jesus lhe pediu? Se sim, fique tranquilo, você será muito útil para Deus do jeito que é. Mas se não, decida hoje mesmo obedecer ao Senhor em seu coração. Ele nos quer fazendo a sua vontade, pregando as Boas Novas por todo o mundo, principalmente dentro da nossa casa e não apenas nos evangelismos e nas viagens missionárias.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

“Conforme vocês forem crescendo em unidade, é útil reconhecer que houve uma razão para Deus fazer vocês dois diferentes um do outro. Quando Adão precisava de uma companheira, Deus não criou outro homem. Ele fez a mulher como auxiliadora adequada (Gn 2.18). O marido e a mulher devem se complementar. As mesmas diferenças que dividem vocês (ou seja, severidade versus brandura) formam um modo unido detratar seu filho rebelde que acaba equilibrando disciplina e amor. E pelo fato de cada um dos seus filhos ser diferente, um de vocês tem mais facilidade para lidar com certo filho do que o outro” (FITZPATRICK,Eiyse;NEWHEISER Jim. Quando Filhos Bons Fazem Escolhas Ruins. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.59).

Todos são diferentes, e agora?

Todos são diferentes, você poderia pensar que ficou complicado! Sim, você tem razão! Mas para lidarmos com todas essas diferenças temos a ajuda do Espírito Santo. Ele pode nos ajudar a melhorar a maneira como nos relacionamos com as outras pessoas, seja com os nossos pais, com os nossos irmãos ou com os nossos amigos.

Muitas vezes, dentro da família, as diferenças levam-nos às consequências trágicas. Você conhece a história de José? Ele era alguém bem diferente dos seus irmãos, pois era o filho mais novo de Jacó, tinha sonhos e expectativas que o distanciava de seus irmãos. Certa vez, a situação ficou tão complicada na família de José que os seus irmãos se deixaram levar pela inveja e maldade e o venderam como escravo para outro povo (Gn 37.26-29). Porém, Deus transformou o que era uma história trágica em uma salvação para o povo de Israel. Como isso foi possível?

José se deixou usar por Deus e não foi levado pelo sentimento de vingança. Assim, ele superou a situação adversa e foi o homem usado pelo Altíssimo para salvar a sua família, incluindo os irmãos que o haviam vendido (Gn 45.1-14). Relacionar-se bem com os outros depende de nós, Jesus nos tirou do lugar de conforto ao nos ensinar que devemos amar não apenas os nossos amigos, mas, sobretudo, amar os que nos têm como inimigos (Mt 5.44).

Como filho de Deus em sua casa, você deve buscar se relacionar bem e com sabedoria com toda a sua família. Peça ajuda a Deus para que Ele mude a história da sua casa e transforme o que é problema em salvação. Se deixe usar como canal de transformação dentro da sua família!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

A expectativa bíblica é de que todos os cristãos amem uns aos outros. Paulo dedica todo um capítulo à responsabilidade do amar em 1 Coríntios 13. Em outro trecho ele expressa sua declaração de propósito ao ensinar: ‘Ora, o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’ (1Tm 3).

O mesmo apóstolo que alista as qualificações para os supervisores e presbíteros em 1 Timóteo 3 e Tito 1 apresenta o fruto do Espírito em Gaiatas 5 como um desafio para todos os cristãos dirigidos pelo Espírito Santo. Em suma, uma pressuposição das passagens de Timóteo e Tito é que o fruto do Espírito exige interação entre as pessoas e deve caracterizar o pastor. ‘Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança’ (Gl 5.22,23).

Seria difícil alguém possuir alguma parte desse fruto (ou resistir a seus opostos nas obras da carne, vv. 19-21) isolado das pessoas. Por natureza, essas qualidades exigem o envolvimento com pessoas. O cristianismo possui uma teologia e uma ética voltadas para as pessoas. Em seu caráter básico como cristão, o pastor não pode esquivar-se do envolvimento interpessoal (MacArthur, John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência o ministério cristão. Rio de Janeiro: CPAD,2012, pp. 232,33).

Conclusão

Deus criou um mundo cheio de diversidade, incluindo a diversidade humana dentro da nossa família. Cabe a nós sermos amigos de Deus, e agir conforme a sua vontade, trazendo harmonia e comunhão onde os nossos pés tocarem.

Momentos de conflitos e adversidades são comuns e não poucos. Mas cabe a você buscar em Deus sabedoria para fazer de seu lar um lugar de paz onde, todos venham desfrutar de um relacionamento de harmonia e respeito.

Recapitulando

A diversidade de cada ser humano é um presente de Deus para nós. Ele dá a liberdade de escolhermos o que quisermos. Para isso, o nosso Senhor nos chamou para termos uma vida abundante, de liberdade nEle e com Ele. Entretanto, também é verdade que o pecado deformou a perfeita Criação de Deus, gerando essa mistura sem fim de coisas que geram destruição para a vida humana.

Dentro da família, as diferenças às vezes levam às trágicas consequências. A grande questão é que se relacionar bem com os outros depende de nós, pois Jesus nos tirou do lugar de conforto ao ensinar que devemos amar não apenas os nossos amigos, mas, sobretudo, amar os que nos têm como inimigos (Mt 5.44). Devemos amar também aqueles que são diferentes de nós, estando dentro ou fora da nossa família. Por isso, os nossos relacionamentos devem ser baseados no amor.

REFLETINDO

1. A sua família costuma viver em paz?

R: Pessoal.

2. O que faz com que a sua família perca paz?

R: Pessoal.

3. Você está disposto a promover a paz em sua família?