Renovando a Aliança | EBD Jovens 2° Trim. 2020

Lição 13: Renovando a Aliança EBD | 2° Trimestre De 2020 – Tempo de Conquistas – e Obediência no Livro de Josué  CPAD – Jovens

Interação

Chegamos ao final do segundo trimestre de 2020! A nova lição, que começa semana que vem, apresenta enorme potencial para o crescimento espiritual de sua classe, por isso, “esmere-se no ensino” (Rm 12.7), investindo, antes de cada aula, horas de estudo e oração. Com isso, você continuará aprendendo de Deus, o qual lhe abrirá a porta da revelação do ensino.

Converse com seus alunos, agradeça-lhes por estarem presentes ao longo do trimestre e estimule-os a permanecerem firmes no propósito de crescerem na graça e no conhecimento do Senhor Jesus, missão principal da Escola Dominical. Possivelmente você sentirá a falta de alguns alunos, mas não desanime, vá em busca dos que se perderam pelo caminho, pois eles também são muito preciosos. 

Objetivos da Lição é:

Mostrar como aconteceu a assembleia de despedida e o discurso de Josué, em Siló; 

Compreender como aconteceu a assembleia perante Deus, em Siquém, os pontos do discurso profético, a renovação da aliança e o fim de um ciclo histórico; 

Aprender acerca da história recente de Israel, seu ressurgimento como Estado, conflitos e perspectivas.

TEXTO DO DIA “Serviu, pois, Israel ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito depois de Josué e que sabiam toda a obra que o SENHOR tinha feito a Israel.” (Js 24.31)

SÍNTESE – Deus é fiel, embora sejamos infiéis e, por isso, Israel continua sendo alvo do seu terno amor e cuidado. 

Agenda de Leitura Diaria

Seg – Gn 6.18 A aliança de Deus com a família de Noé 

Ter – Gn 12.1-9 A aliança de Deus com Abraão 

Qua – Lv 26.42 A aliança de Deus com os patriarcas 

Qui – Êx 34.10 A aliança de Deus com Moisés 

Sex – Js 24.14-25 A aliança de Deus com Josué 

Sáb Hb 7.22; 8.6 Jesus, o fiador de uma melhor aliança

Texto Bíblico

Josué 24.14-21 

14  Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao SENHOR. 

15 Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. 

16 Então, respondeu o povo e disse: Nunca nos aconteça que deixemos o SENHOR para servirmos a outros deuses; 

17  porque o SENHOR é o nosso Deus; ele é o que nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos guardou por todo o caminho que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos. 

18 E o SENHOR expeliu de diante de nós a todas estas gentes, até ao amorreu, morador da terra; também nós serviremos ao SENHOR, porquanto é nosso Deus. 

19 Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, é Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. 

20 Se deixardes o SENHOR e servirdes a deuses estranhos, então, se tornará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos fazer bem. 

21 Então, disse o povo a Josué: Não; antes, ao SENHOR serviremos

Orientação Pedagógica

Estimado(a) professor(a), a atividade pedagógica indispensável para a ministração de hoje será direcionada para a situação atual do Estado de Israel, albergando, por óbvio, o conflito milenar presente naquela região. Antes, porém, de mencionar os conflitos diplomáticos pendentes e os bélicos sempre iminentes, mister comparar o perfil socioeconômico da população de Israel e a dos países vizinhos.

As lições estudadas nesta revista, certamente, abalizarão o debate dos dois grupos (um pró e outro contra) sobre se é justo ou não Israel ser o proprietário de todo o território de Canaã. É preciso que você providencie um mapa que identifique os países que hoje estão ocupando a Terra Prometida. Essa atividade não deve demorar mais que 10 ou 15 minutos.

INTRODUÇÃO 

Depois de um tempo de paz vividos desde a divisão da terra, Josué convocou o povo para duas assembleias: A primeira ocorreu, possivelmente, em Siló, para uma despedida, onde exortou o povo para que não desistissem de possuir o restante da Terra Prometida e continuassem a servir ao Senhor (Js 23). A segunda ocorreu em Siquém, quando depois de entregar uma mensagem profética, Josué propôs que renovassem o concerto com o Senhor (Js 24).

Nas duas ocasiões podemos ver um tom saudosista na seguinte frase: “E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra” (Js 23.14). Josué se despede do seu povo e faz uma exortação: “Agora, pois, deitai fora aos deuses estranhos que há no meio de vós: e inclinai o vosso coração ao SENHOR, Deus de Israel” (Js 24.23). Então, o povo renovou a aliança com Deus, para em seguida sepultar Josué, marcando o fim de uma era de muitas batalhas e conquistas.

I – JOSUÉ REUNE O POVO EM SILÓ 

1. Josué reúne o povo em Siló. Josué se reúne com o povo e lembra a todos que ele já estava idoso e que não poderia mais os liderar e que sua partida para a Canaã celestial estava próxima. Reconhecer a hora certa de começar e o momento de encerrar um ministério demonstra sabedoria e intimidade com Deus, qualidades que todo líder deve ter.

2. Josué faz um discurso contundente. Josué, num ato de amor e zelo, exortou os hebreus e os aconselhou a respeito das escolhas que deveriam fazer quando de sua ausência. O bom líder sempre têm a visão dos dias futuros. No seu discurso, Josué utilizou, no início, a mesma força vernacular que o Senhor lhe disse quando do seu chamado: Esforçai-vos (Js 23.6)! Havia inimigos ao redor e outras terras para serem conquistadas. Depois, Josué também os advertiu para que guardassem os mandamentos e amassem ao Senhor, decisões indispensáveis para um viver próspero e feliz. Por fim, advertiu que não aceitassem casamentos mistos. Deus ama tanto os seus filhos que sempre os alerta, para que não sofram as consequências da desobediência. 

3. A justiça de Deus é implacável. No fim do discurso, Josué os lembrou de que como “nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra” (Js 23.14). Aquele que pretende servir ao Senhor não deve acreditar, nunca, que sua contumaz infidelidade passará sem o castigo divino. Deus é longânimo e misericordioso, mas não injusto. O pecado tem um preço certo: A morte (Rm 6.23). 

Pense! Por que Josué advertiu Israel sobre os tempos vindouros, se ele estava tão perto de morrer? 

Ponto Importante Os líderes que agem com excelência sempre têm a visão dos dias futuros. 

II – A DESPEDIDA DE UM LÍDER 

1. A aliança é renovada. Josué marcou outra assembleia, agora não mais para fazer um discurso de despedida, mas para trazer uma palavra profética: “Assim diz o SENHOR, Deus de Israel […]” (Js 24.2). Então, Josué narra a história do povo hebreu a partir de Abraão, passando pelas trajetórias de Isaque, Jacó, Moisés e Arão, bem como lembrando os grandes feitos, desde as pragas no Egito até a expulsão dos cananeus, sempre reforçando o fato de que foi o Senhor quem concedeu todas as vitórias aos hebreus (Js 24.2-13). 

2. O memorial. Concluída a profecia, Josué conclamou o povo a servir ao Senhor, como ele e sua casa o fariam (Js 24.15). O povo aceitou, de bom grado, a proposta dele, renovando a aliança com o Senhor. Diante disso, Josué escreveu o pacto “no livro da Lei de Deus; e tomou uma grande pedra e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do SENHOR” (Js 24.26). Os homens, com frequência, esquecem os compromissos morais e espirituais firmados, mas o Senhor nunca se esquece, pois nossas palavras ficam gravadas perpetuamente perante Deus. Josué marcou esse momento solene ao erigir, debaixo de um carvalho, uma grande pedra, dizendo que ela serviria para prestar testemunho (Js 24.27). 

3. Josué e Eleazar morrem. A morte de Josué, o enterro dos ossos de José e o falecimento do sacerdote Eleazar (Js 24.29-33), põem fim ao livro de Josué encerrando, de forma magnânima, um ciclo áureo de muitas batalhas e conquistas. 

Pense! Por qual razão Josué erigiu uma pedra, debaixo de uma árvore? 

Ponto Importante Os homens de Israel, com frequência, esquecem os compromissos morais e espirituais firmados perante o Senhor, por isso Josué fez um memorial. 

III – UM SALTO PARA O FUTURO 

1. O renascimento de uma nação. No fim do século XIX surgiu um movimento político-nacionalista chamado Sionismo, que, pregava a volta do povo hebreu à sua terra. Em 1918, com o final da Primeira Guerra Mundial, e o fim do domínio do Império Otomano, a Palestina passou aos britânicos. A imigração judaica acelerou nas décadas seguintes, e teve seu auge na Europa, a partir de 1930 e 1940, pela perseguição nazista. Diante disso, os árabes da região promoveram conflitos violentos contra o retorno dos judeus à Terra Santa.

Em 1947, porém, finda a Segunda Guerra Mundial, a ONU, numa sessão histórica, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, que deu o voto de minerva, aprovou a criação de dois Estados independentes: Israel e a Palestina. Os judeus aceitaram a divisão proposta, mas as lideranças palestinas e árabes não. David Ben Gurion, em 14 de maio de 1948, declarou a independência do Estado de Israel. 

2. Guerras e conquistas. No dia 15 de maio de 1948, Egito, Síria, Líbano, Jordânia e Iraque atacaram Israel, mas foram derrotados. Os descendentes de Jacó dominaram, além do seu território, mais da metade da área que pertencia ao Estado árabe. O faraó egípcio e Herodes queria matar os bebês hebreus e, aqui, os povos árabes tencionam destruir uma nação de apenas um dia de existência, porém Deus, mais uma vez, guardou seus filhos.

A imigração dos judeus continuou forte e, em 1964, como contraponto, com o apoio da Liga Árabe, foi fundada a Organização para a Libertação da Palestina – OLP, sob o comando de Yasser Arafat. Em 1967, eclodiu a “Guerra dos Seis Dias”, quando Egito, Síria e Jordânia atacaram Israel, o qual, mais uma vez, sagrou-se vitorioso, acrescentando novos territórios. Em 1973 Egito e Síria guerrearam contra Israel, mas o Altíssimo deu aos hebreus outra grande vitória. 

Em 1979, Menachem Begin, Primeiro Ministro de Israel, assinou um tratado de paz com o Egito, quando devolveu a Península do Sinai. O clima de tensão, porém, continuava aceso na Palestina e, quando Israel contra-atacou e ocupou, em 1982, uma das bases que eram usadas para lançamento de foguetes, pela OLP, contra o Estado Sionista, no Sul do Líbano, o Irã financiou a criação do grupo terrorista xiita Hezbollah. Observar esses episódios fazem lembrar o seguinte texto profético: “Todos os teus inimigos abrem a boca contra ti, assobiam e rangem os dentes; dizem: Devoramo-la […]” (Lm 2.16). O mal sempre buscará razão para perseguir e destruir os que têm promessas de Deus. 

3. Das intifadas até os dias atuais. Até o momento, já aconteceram sete Intifadas — palavra árabe que significa agitação, levante, revolta — da população civil da denominada Palestina contra o Estado de Israel. A primeira deu-se entre 1987 e 1993, terminando por conta do acordo de paz com a OLP, liderada por Arafat, quando Yitzhak Rabin era o Primeiro Ministro. Entre 2000 e 2005 aconteceu a segunda Intifada, o que levou Israel, em 2002, sob a liderança de Ariel Sharon, a construir um muro para proteger seu o território na fronteira com a Cisjordânia.

Quando menos se espera, surge nessa região mais um ponto de tensão. Além do milenar desentendimento étnico, por causa dos conflitos do Século XX, cerca de 700 mil palestinos foram expulsos de suas casas, os quais se transformaram em refugiados nos países vizinhos. Eles e seus descendentes, hoje, somam cerca de 7 milhões de pessoas que se sentem injustiçadas, daí a enorme dificuldade de resolver essas tensões bilaterais antes da volta do Salvador. 

Pense! Por que Deus continua abençoando Israel, mesmo após terem rejeitado o Filho de Deus? 

Ponto Importante Deus permanece fiel, embora sejamos infiéis e, por isso, Israel, desde os primeiros instantes até os dias atuais, continua sendo alvo do seu terno cuidado.

SUBSÍDIO 

“Este livro, que começou com triunfos, aqui termina com funerais, pelo que toda glória do homem é maculada. Temos aqui: O sepultamento de José (v. 32). Ele morreu cerca de 200 anos antes, no Egito, mas deu ordens a respeito dos seus ossos, para que não descansassem no túmulo até que Israel descansasse na terra da promessa. Os filhos de Israel tinham levado esse caixão cheio de ossos para fora do Egito, carregando-o em todas as marchas pelo deserto (é provável que as tribos de Efraim e Manassés tomassem conta desse caixão).

Eles o mantiveram em seu acampamento até que Canaã foi completamente conquistada. Agora, finalmente, o enterraram num pedaço de terra que seu pai tinha dado a ele perto de Siquém (Gn 48.22). Provavelmente, foi nessa ocasião que Josué convocou todos de Israel para reunir-se em Siquém (v. 1), para participar do sepultamento do caixão de José. De modo que o sermão desse capítulo serviu tanto para o sermão do funeral de José quanto como seu próprio sermão de despedida.

E se isso de fato aconteceu, como se supõe, no último ano de sua vida, a ocasião podia muito bem ter lembrado de que a sua própria morte estava próxima, porque ele agora tinha exatamente a mesma idade do seu ilustre predecessor José quando morreu, ou seja, 110 anos” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Antigo Testamento. Vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 89).

CONCLUSÃO 

Josué e Eleazar partiram para a Canaã Celeste, marcando o fim de um ciclo histórico. O futuro traria muitas surpresas, boas e más, sobre a vida dos hebreus, até os dias atuais, mas Deus nunca perdeu o controle da história.

HORA DA REVISÃO 

1. Segundo a lição, quando surgiu o Movimento Sionista? 

No fim do Século XIX. 

2. Qual a data em que David Ben Gurion declarou a independência do Estado de Israel? 

Foi em 14 de maio de 1948. 

3. Segundo a lição, qual grupo terrorista foi criado com o financiamento do Irã, no Sul do Líbano? 

Grupo terrorista xiita Hezbollah. 

4. Qual a origem e significado da palavra Intifada? 

Palavra árabe que significa agitação, levante, revolta. 

5. Qual medida de proteção que Israel tomou durante a segunda Intifada, que durou entre 2000 e 2005? 

Israel, em 2002, sob a liderança de Ariel Sharon, promoveu a construção de um muro para proteger seu o território na fronteira com a Cisjordânia.