Lição 04: A Tríplice dimensão da Salvação | EBD – Betel | 4° Trimestre De 2021

EBD Betel | 4° Trimestre De 2021 | Tema: Efésios – Uma Exposição sobre as Riquezas da Graça, Misericórdia e Gloria de Deus | Lição 04: A Tríplice dimensão da Salvação Escola Biblica Dominical

TEXTO ÁUREO

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios 2.8

VERDADE APLICADA

A salvação em Jesus Cristo nos tirou da condição de mortos, nos vivificou e nos transportou para um reino de luz.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Descrever a condição humana.
Apresentar nosso estado presente.
Explicar os propósitos de nossa salvação.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS 2

  1. E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
  2. Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
  3. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
  4. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).

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LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Rm 8.1 Não há condenação para quem está em Cristo.
TERÇA / 2Co 5.17 Se alguém está em Cristo, nova criatura é.
QUARTA / Gl 2.16 O homem é justificado pela fé em Cristo.
QUINTA / Ef 4.24 O novo homem: criado em justiça e santidade.
SEXTA / Cl 3.10 Uma nova criatura à imagem do seu Filho.
SÁBADO / 2Tm 1.9 Deus nos salvou e chamou com santa vocação.

HINOS SUGERIDOS 26, 116, 296

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore a Deus agradecendo por efetuar em nossas vidas uma tão grande salvação.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– Quem nós éramos no passado
2– O que nos tornamos no presente
3– O que seremos no futuro
Conclusão

INTRODUÇÃO

A Salvação produziu em todos os salvos um efeito muito poderoso. Ela abrange nosso passado (quem éramos); o presente (quem somos agora); e futuro (o que ainda iremos nos tornar).

PONTO DE PARTIDA

Jesus reconciliou o ser humano com Deus.

1- QUEM NÓS ÉRAMOS NO PASSADO

Com muita firmeza, Paulo descreve nosso estado antes da salvação chegar até nós. Ele afirma que estávamos mortos, agíamos na vontade da carne e andávamos de acordo com os ditames do mundo [Ef 2.1].

1.1. Nossa condição diante de Deus. Uma pessoa não precisa estar sepultada para estar morta. A morte da qual Paulo se refere é uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas que não estão em Cristo. A origem dessa condição aparece nos delitos e pecados dos seres humanos [Ef 2.1-3]. De acordo com o ensino das Escrituras, a morte é o estado de separação entre o homem e Deus [Is 59.2]. Paulo utiliza duas palavras gregas que descrevem a condição humana: delito “paraptõma”, que envolve um passo em falso ou um desvio do caminho certo; e pecado “hamartia”, errar o alvo. A ideia é a de uma pessoa que atira dardos e nunca acerta o alvo. Essa é a condição do homem sem Deus, era assim que estávamos antes da salvação [Rm 5.12].

Subsídio do Professor: Éramos por natureza objetos da ira divina. Éramos, também, escravos numa situação da qual éramos incapazes de sair porque estávamos mortos, e mortos não ressuscitam a si mesmos. Por Sua misericórdia, o Senhor manifestou sobre nós a Sua graça e nos vivificou, livrando-nos das amarras do pecado [Rm 6.18]. A salvação também não é um tipo de transação onde Deus opera com a graça e nós contribuímos com a fé. Pois até mesmo a fé que em nós opera é um dom dado por Deus [Ef 2.8].

1.2. Andávamos segundo o curso do mundo. As palavras “século e mundo” se referem a um sistema de valores sociais que está totalmente alienado de Deus. Paulo está se referindo aqui a um mundo escravizante onde suas forças controlam por completo o homem sem Deus [Rm 6.22; Ef 2.2]. Um mundo que penetra, e até mesmo domina, a sociedade não-cristã, e subjuga as pessoas ao cativeiro. Éramos escravos, numa total situação de desonra e incapacidade. Essa natureza caída nos tornou em objeto da ira de Deus [Ef 2.3]. Mas Deus, por Sua imensa graça e propósito, nos ressuscitou juntamente com Cristo “e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” [Ef 2.5]. Deus então agiu para nos libertar do poder do pecado.

Subsídio do Professor: Da mesma forma que uma pessoa fisicamente morta não reage a estímulos aplicados ao corpo, uma pessoa espiritualmente morta não consegue reagir às coisas espirituais. Um morto não é capaz de sentir fome, sede ou dor. É isso que acontece com a alma daquele que ainda não é salvo. Suas faculdades espirituais não funcionam e não podem funcionar, enquanto Deus não lhe der vida [Jo 5.24].

1.3. Andávamos na vontade da carne. Paulo diz que fazíamos a vontade da nossa carne [Ef 2.3]. Ele fala de uma vontade humana que é subjugada às inclinações de uma natureza pecaminosa. Separada de Deus (morta espiritualmente), a pessoa não é capaz de entender nem de apreciar as coisas espirituais [Jo 3.19]. Não possui qualquer vida espiritual e, por si mesma, não é capaz de fazer coisa alguma agradável a Deus. O termo usado por Paulo para a palavra desejo é “epithymia”, que significa o desejo do mau e do proibido. A vida sem Deus está à mercê do desejo. Willian Barclay diz que viver de acordo com os ditames da carne é simplesmente viver de tal maneira que nossa natureza mais baixa (a pior parte de nós) domine nossas vidas [Rm 7.14-22].

Subsídio do Professor: A natureza inclinada ao pecado sempre irá atender aos desejos da nossa concupiscência. A carne sempre militará contra o Espírito [Gl 5.17]. A única maneira de vencermos a carne é permitindo que o Espírito Santo faça em nós uma profunda varredura e nos conduza a uma nova modalidade de vida [Rm 7.6]. Existem três forças que estimulam o ser humano a desobedecer a Deus: o mundo, a carne e o diabo. A carne se inclina para aquilo que lhe é agradável; o mundo a corrompe através de seus ditames; e Satanás influencia e cega os faltos de entendimento através da mentira [2Co 4.4].

EU ENSINEI QUE:

Estávamos mortos, agíamos na vontade da carne e andávamos de acordo com os ditames do mundo.

EBD Betel | 4° Trimestre De 2021 | Tema: Efésios – Uma Exposição sobre as Riquezas da Graça, Misericórdia e Gloria de Deus | Lição 04: A Tríplice dimensão da Salvação Escola Biblica Dominical

2- O QUE NOS TORMAMOS NO PRESENTE

Paulo começou retratando como era a nossa situação quando estávamos mortos em delitos e pecados. Agora ele aponta para nosso estado presente, onde Deus em Seu amor e misericórdia nos deu vida em Jesus Cristo.

2.1. Gerados em misericórdia. Deus é amor, a essência de Seu ser é amor, e os muitos aspectos de Sua graça brotam da fonte de Seu amor. Portanto, Seu infinito amor também o torna rico em misericórdia. Ele não nos abandonaria no estado de miséria espiritual em que caímos por desobediência, de modo que a palavra diz que “mesmo estando mortos em pecados”, Ele nos deu vida juntamente com Cristo [Ef 2.4-5]. Depois de nos encontrarmos nesse estado catastrófico, agora vemos a ação soberana e amorosa de Deus, cuidando da salvação do pecador. Não há nada que o homem possa fazer para obter uma tão grande recompensa. É pela graça que somos salvos. A salvação é um presente de Deus [Ef 2.4-5; Tt 2.11].

Subsídio do Professor: A palavra “graça” no original grego indica: benevolência imerecida que Deus exibe, dom, presente. A união do crente com Cristo ao receber esta nova vida, ressuscitar com Ele e participar com Ele na dignidade dos lugares celestiais é certamente um presente de Deus. Isso nos faz entender que foi através de nossa união vital com Cristo que nossa vida experimentou tão grande e profunda transformação. Quando Deus entrou em cena, o panorama da vida do pecador mudou totalmente. O amor de Deus pela humanidade é indiscutivelmente inexplicável [Jo 3.16]. Paulo usa três poderosos verbos para explicar a grandeza da graça que o Senhor derramou sobre nós: “deu vida”; “ressuscitou”; e “fez assentar”.

2.2. Fomos vivificados. A miserável condição espiritual em que estávamos e o destino inevitável ao qual fomos condenados como resultado, contrasta muito com o presente incomensurável que recebemos, sem o merecer: Deus nos deu vida através de Cristo. Mesmo estando neste estado de desobediência e inimizade contra Deus, Ele se aproximou de nós e nos fez participantes de suas promessas, sentando-nos em lugares especiais com Ele próprio, Jesus Cristo, mudando assim nossa condição de alienados por membros da família divina e parte da estrutura de seu grande projeto: a expansão do Reino: a Igreja [Ef 2.3-5].

Subsídio do Professor: Russell Shedd sobre Efésios 2.4: “Nesta situação totalmente desesperadora é que aparecem duas palavras em 2.4: as palavras: “Mas Deus”. Deve-se sublinhar, deve-se marcar essas palavras, porque elas são a única esperança de todos os pecadores deste mundo! “Mas Deus” introduz o amor e a misericórdia de Deus frente ao homem perdido”. Assim, esse amor se manifesta com o mesmo poder que ressuscitou Jesus Cristo. A expressão “nos vivificou”, como comenta Shedd, é co-vitalizados (vitalizados com Cristo): “A nossa morte em pecado é cancelada pela mesma força que cancelou o poder que deteve Jesus na pedra daquele túmulo que abrigou o nosso Senhor crucificado”.

2.3. Recebemos a cidadania do reino. Nosso primeiro estado era de total escravidão, éramos por natureza filhos da ira e nos tornamos filhos de Deus pelo processo de adoção em Jesus Cristo [Jo 1.12; Ef 5.8; Gl 3.26; 1Pe 2.10]. A graça nos transportou de um reino para outro, éramos cidadãos de um reino de trevas e nos tornamos cidadãos do reino da luz [1Pe 2.9]. Mesmo estando no mundo, não pertencemos mais a ele, esse mundo não tem mais nada a ver conosco. A Bíblia nos ensina que a nossa cidade não pertence a esse mundo [Fp 3.20]. Como cidadãos dos céus temos um novo sistema de governo, uma nova constituição, a Bíblia, que nos conduz a uma forma de vida totalmente diferente da qual vivíamos anteriormente. Somos novas criaturas [Rm 12.2; 2Co 5.17].

Subsídio do Professor: Nosso primeiro estado era de total escravidão, éramos por natureza filhos da ira e nos tornamos filhos de Deus pelo processo de adoção em Jesus Cristo [Jo 1.12; Ef 5.8; Gl 3.26; 1Pe 2.10]. A graça nos transportou de um reino para outro, éramos cidadãos de um reino de trevas e nos tornamos cidadãos do reino da luz [1Pe 2.9]. Mesmo estando no mundo, não pertencemos mais a ele, esse mundo não tem mais nada a ver conosco. A Bíblia nos ensina que a nossa cidade não pertence a esse mundo [Fp 3.20]. Como cidadãos dos céus temos um novo sistema de governo, uma nova constituição, a Bíblia, que nos conduz a uma forma de vida totalmente diferente da qual vivíamos anteriormente. Somos novas criaturas [Rm 12.2; 2Co 5.17].

EU ENSINEI QUE:

Deus em Seu amor e misericórdia nos deu vida em Jesus Cristo.

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3- O QUE SEREMOS NO FUTURO

A salvação produziu nos salvos um efeito passado, presente e, também, futuro. Paulo diz que o Senhor nos refez [Ef 2.10a]. Somos tanto o maravilhoso testemunho da manifestação de Sua graça, quanto o testemunho visível de Sua obra redentora.

3.1. Tornamo-nos feituras de Deus. O pecado desfigurou totalmente a imagem criada por Deus no princípio do mundo. Então, num ato de extrema misericórdia e amor, Deus resolveu recriar esse homem interior arruinado, fazendo uma nova criatura à imagem do seu Filho [Gl 6.15; Ef 4.24; Cl 3.10]. De acordo com o teólogo Wilian Barclay, o termo grego traduzido por “feitura” é “poiema”, a mesma usada para “poema”, e significa: “aquilo que é feito”. Somos um poema escrito por Deus, um testemunho vivo de sua ação milagrosa, onde quem lê é contagiado. Mas isso ainda não é o fim, seu propósito é nos aperfeiçoar a cada dia, até que alcancemos a estatura de Cristo [Ef 4.13-15]; fomos refeitos para um propósito, para boas obras e para que andássemos nelas [Ef 2.10].

Subsídio do Professor: O futuro é inevitável e também motivo de grande preocupação para muitos. Para nós, os salvos, é motivo de alegria. Porque sabemos que, ao final de todas as coisas, fazemos parte da nova criação de Deus [2Co 5.17], e Deus continuará a operar em nós até o fim. Ainda não estamos vivenciando o último capítulo da nossa vida. Afinal, não esperamos em Cristo só nesta vida [1Co 15.19]. Seu propósito eterno não é só nos levar para a glória, mas nos transformar à imagem de Seu Filho Jesus Cristo [Rm 8.29]. O que Deus começou na conversão, continua através da santificação, até que alcancemos a transformação total.

3.2. Para mostrar nos séculos vindouros. A redenção da humanidade é um ato poderoso que se estende de geração a geração. Certa feita, perguntaram a uma mulher romana onde estavam suas joias. Ela chamou seus dois filhos e, apontando para eles, disse: “Aqui estão as minhas joias”. Essa é a obra da graça divina. Deus transforma pecadores em santos adoradores. Como joias raras adquiridas por um alto preço, os remidos serão exibidos como monumentos de Sua maravilhosa graça [Ef 2.8-9]. Após o arrebatamento e a destruição do anticristo, Jesus voltará para reinar por mil anos, aí, então, o mundo verá a grandeza da Igreja. Ela será o seu cartão postal, a prova de sua obra de redenção [Is 53.11].

Subsídio do Professor: A salvação é mais do que o perdão, é a libertação da morte, da escravidão e da ira [Ef 2.1-3]. Inclui a totalidade da nossa nova vida em Cristo, juntamente com quem fomos vivificados, exaltados e feitos assentar no âmbito celestial. A graça é a misericórdia de Deus, livre e imerecida, para conosco. Escrevendo aos efésios, Paulo a define de forma magistral quando afirma: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” [Ef 2.8-9].

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3.3. Seremos a assinatura visível de sua obra. De acordo com o teólogo e pastor Elienai Cabral, esta expressão “para mostrar nos séculos vindouros” diz respeito ao futuro da Igreja. Ela será a demonstração eterna da graça de Deus, ou seja, o testemunho da manifestação da misericórdia de Deus sobre a humanidade. Será o triunfo da misericórdia sobre o juízo. Da mesma forma que um paciente é testemunha da habilidade de um cirurgião após uma delicada cirurgia, nós, visivelmente, seremos as testemunhas da obra de Cristo [Ef 2.8-9]. Deus mostrou mais que habilidade, Ele não somente reverteu o quadro contrário de nossas vidas, nos deu uma nova. Todos que nos observam veem sua assinatura, somos a ambulante prova de Sua obra redentora.

Subsídio do Professor: Para expressar a origem dessa iniciativa salvadora de Deus, Paulo usa quatro palavras: “misericórdia, amor, graça e bondade”. “Estávamos mortos”, portanto, não fomos capazes de nos salvar. Não havia trabalho que pudéssemos fazer, nem mérito para nos ajudar a obter a salvação. Recebemos tudo como um favor imerecido de Deus pela fé. Não há lugar para nenhuma glorificação humana; toda a glória pertence a Ele. Por isso, Paulo acrescenta que Ele nos salvou para “…mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas de sua graça…” [Ef 2.7].

EU ENSINEI QUE:

A salvação produziu nos salvos um efeito passado, presente e, também, futuro.

CONCLUSÃO

Paulo explicou claramente que somos salvos pela graça e “não pelas obras, para que ninguém se glorie” [Ef 2.9]. No entanto, a verdadeira salvação sempre produz frutos. Portanto, embora não sejamos salvos pelas obras, fomos criados em Cristo Jesus para boas obras.

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