Lição 05: 1 Coríntios 7- Casado ou Solteiro? Eis a Questão | 2° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: 1 CORÍNTIOS – Façam tudo com Amor, Decência e Ordem | Escola Biblica Dominical | Lição 05: 1 Coríntios 7 – Casado ou Solteiro? Eis a Questão

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em 1 Coríntios 7 há 40 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes. 1 Coríntios 7.1-24 (5 a 7 min).) A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Do capítulo 7 ao 11.1, Paulo trata a respeito de dúvidas que os próprios crentes de Corinto haviam escrito a ele, o que é indicado pela frase inicial: “Quanto ao que me escrevestes (1Co 7.1). Nesse interregno de 4 capítulos, o tom da carta muda um pouco de exortação e repreensão para um tom mais pedagógico.

A primeira dúvida respondida pelo apóstolo foi acerca do dilema entre permanecer solteiro ou casar-se. Paulo expressa clara preferência pessoal pela permanência do estado de solteiro. Por outro lado, reconhece a importância e as responsabilidades em torno do casamento, dando recomendações aos que já são casados. Paulo fala também da situação dos que estão casados com incrédulos, sobre divórcio, viuvez e novo casamento.

OBJETIVOS

Compreender o ensino bíblico sobre o casamento.
Glorificar a Deus independente do estado civil.
Valorizar a comunhão e o serviço cristão.

PARA COMEÇAR A AULA

Inicie esta lição evidenciando que, como o contexto de Corinto era de impureza sexual, Paulo recomendou o casamento como forma de proteção contra o pecado, uma vez que os cristãos daquela localidade eram tentados à fornicação, Paulo reforça que nem o casamento nem o celibato são para todos, mas que cada pessoa nasceu com um propósito. Essa foi a exortação de Paulo. Posteriormente, ele apresenta as do Senhor, entre elas a que recomenda que o casal viva em reciprocidade (1Co 7.3-5).

LEITURA ADICIONAL

Paulo destaca a completa mutualidade dos direitos conjugais (7.3,4). Paulo vivia em uma sociedade de profunda influência machista, mas ele quebrou esses paradigmas da cultura prevalecente e afirma a igualdade dos direitos conjugais. Diz Paulo: O marido concede à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido (7.3). O Imperativo presente “conceda” indica o dever habitual. Paulo está falando de relacionamento sexual. A mesma Bíblia que condena o sexo antes do casamento, o pecado da fornicação, e também o sexo fora do casamento, o pecado do adultério, está dizendo que a ausência de sexo no casamento é pecado.

O marido deve conceder à esposa o que lhe é devido e semelhantemente a esposa ao seu marido. Ambos, marido e mulher, têm direitos assegurados por Deus de desfrutarem a plenitude da satisfação sexual no contexto sacrossanto do matrimônio. Paulo ainda prossegue: A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu corpo, e sim a mulher (7.4). Paulo define que o sexo é um direito de cônjuge, um direito legitimo.

A satisfação sexual é um direito legítimo do marido e um direito legítimo da mulher. A chantagem sexual no casamento é um pecado. O marido não tem poder sobre o seu corpo nem a mulher tem poder sobre o seu corpo. O corpo de um pertence ao outro. Usar o sexo como uma arma para chantagear o cônjuge está em desacordo com o ensino da Palavra de Deus. Paulo se torna ainda mais enfático quando escreve: “Não vos priveis um ao outro” (7.5a). A prática de sexo no casamento é uma ordem apostólica. A ausência da relação sexual no casamento é um pecado. Livro: 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2008, págs. 130).

TEXTO ÁUREO

“Ande cada um segundo o Senhor lhe tem distribuído, cada um conforme Deus o tem chamado. É assim que ordeno em todas as igrejas. ” 1Co 7.17

Leitura Bíblica Para Estudo

1 Coríntios 7.1-24

Verdade Prática

Assim coma apoiamos e promovemos o casamento, devemos apoiar a condição de solteiro como hon­rada e produtiva para Deus

INTRODUÇÃO
I- CASAR OU VIVER SOLTEIRO 1Co 7.1-7
1
– Decisão a ser tomada 1Co 7.1
2– Fidelidade conjugal 1C0 7.2-5
3– Abstinência no casamento 1Co 7.5
II- OS SOLTEIROS 1Co 7.8-11
1
– Simplesmente solteiro 1Co 7.8,9
2– Solteiro novamente 1Co 7.8
3– Que não se casem 1Co 7.11
III- OS CASADOS 1Co 7.12-40
1
– Jugo desigual 1Co 7.12-14
2– Divórcio 1Co 7.15,27
3– Novo casamento 1Co 7.39-40
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – 1 Co 7.3
Terça – 1 Co 7.4
Quarta – 1 Co 7.7
Quinta – 1 Co 7.14
Sexta – 1 Co 7.19
Sábado – 1 Co 7.21
Hinos de Harpa: 77 – 432

INTRODUÇÃO

Paulo agora trata de perguntas e assuntos específicos que chegaram até ele em uma carta enviada pela igreja Coríntio (7.1). Ele passa de um tom de repreensão um tanto severo e corretivo para um tom pastoral e informativo, tratando de questões que requerem discernimento espiritual mais profundo e orientação pastoral.

I- CASAR OU VIVER SOLTEIRO (1Co 7.1-7)

1- Decisão a ser tomada (1Co 7.1) Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher.

A propensão mais comum do ser humano é o casamento. Nesse versículo, Paulo trata da questão do celibato em contraste com o casamento. A condição de solteiro, sinônimo de celibatário, não é para todos, tampouco deve ser buscada a fim de obter benefícios espirituais, mas algo a ser valorizado como dom especial. Cada um deve fazer sua decisão conforme o dom que recebeu de Deus (7.17, 20,24). Alguns recebem o dom do celibato; outros recebem o dom do casamento. Alguns em Corinto argumentam que a abstinência sexual os colocava em um patamar espiritual mais elevado. Paulo nega que seja o caso.

2- Fidelidade conjugal (1Co 7.2-5) Mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido (7.2)

A situação do Corinto romana não era drasticamente distinta da sociedade atual. Diante dessa realidade, Paulo lembra aos coríntios a importância da intimidade conjugal. Uma vez que a intimidade sexual cria entre os cônjuges uma união que vai além do mero prazer físico (6.16), a intimidade e a relação sexual pertencem exclusivamente ao âmbito do casamento, entre marido e esposa. O uso enfático pelo apóstolo da expressão “seu próprio” é relevante. Cada homem ou mulher deve ter relações sexuais com seu próprio cônjuge. Cristãos que encontram argumentos, sejam emocionais ou racionais, para a promiscuidade, desprezam as questões mais profundas associa­das ao sexo, ao relacionamento e a espiritualidade.

3- A abstinência no casamento (1Co 7.5) Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes a oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.

Em vez de considerar a intimidade sexual pecaminosa ou vê-la como obstáculo para a verdadeira espiritualidade, Paulo a enxerga como fator de comunhão entre os cônjuges e de proteção contra o pecado. Aliás, é questão de responsabilidade, tanto da esposa quanto do marido, certificar-se de que a intimidade sexual permanece constante e habitual. O distanciamento sexual ou o desinteresse de uma das partes abre a porta para a tentação e dá a Satanás oportunidade para romper a união entre os cônjuges. A ênfase de Paulo sobre a mutualidade nessa questão demonstra o caráter santo e protetivo do casamento cristão. Os cônjuges não devem se ver como pessoas que simplesmente resolveram morar juntos no mesmo lugar para dividir uma cama e um espaço de convívio, sem qualquer compromisso permanente.

II- OS SOLTEIROS (1Co 7.8-11)

1- Simplesmente solteiro (1Co 7. 9) E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo (7.8).

A forte ênfase sobre o casamento na maioria das igrejas evangélicas dá a impressão de que a condição de solteiro é indesejável e deve ser considerada uma infeliz situação temporária. Por essa razão, se é difícil permanecer solteiro no mundo de hoje, de modo geral, por vezes pode ser ainda mais difícil em alguns meios cristãos. Igrejas que usam ocasiões seculares como “Dia das Mães” e “Dia dos Pais” para promover o sólido ensino sobre família devem considerar a possibilidade de incluir um “Dia dos Solteiros” para ajudar a destacar o ensino de Paulo nessa área.

Há igrejas com ministérios cristãos voltados para solteiros, que tem como objetivo ajudá-los a viver bem nessa condição, como também a encontrar outras pessoas com potencial de amizade que viabilize um casamento bem-sucedido, se for o caso. Lembrando que a decisão de viver solteiro é encarada por Paulo como um dom dado por Deus. Significa viver em celibato e consagrar esta área da vida a Deus. Viver “solteiro”, mas se relacionando sexualmente com alguém, tem outro nome: pro­miscuidade. Caso alguém não possua este chamado, case-se.

2- Solteiro novamente (1Co 7.8) E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo.

Solteiro novamente é a pessoa que, pelo divórcio ou viuvez, voltou à condição de solteira. Ministérios para aqueles que já foram casados se concentram com frequência em ajudar as pessoas a lidar com a dor do divórcio ou da viuvez, visando prepará-las para a vida a sós ou para um novo relacionamento bem-sucedido. De acordo com o apóstolo, separados ou viúvos, enquanto permanecerem nesse estado, devem canalizar suas energias para viver bem e servir a Deus.

3- Que não se casem (1Co 7.11) (Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.

Permanecer solteiro deve ser entendido como uma exortação para que os cônjuges, uma vez separados, se reconciliem. Os que chamam de Senhor aquele que reconciliou o mundo consigo de­ vem buscar a reconciliação. Nada aquém disso evidenciaram o poder e a presença de Cristo. Esse é o princípio entre os cristãos, conforme ensinado por Cristo. No entanto, a aguçada consciência de Paulo da situação específica em Corinto, bem como sua mudança de tom nesses versículos, de diretivas para orien­tação pastoral, atenua o caráter incisivo da ordem.

Como os versículos mostram (v. 8-9, 12-15), é preciso levar em consideração circunstâncias especiais, tratando os casos com muito cuidado e graça. Não é bom exercer pressão e colocar um fardo para que os solteiros cristãos se casem. A fim de atentar para o ensino de Pau­lo nesses versículos, é necessário que as igrejas começam a ressaltar a dignidade da condição de solteiro e seu valor inclusive para o ministério do Reino.

III- OS CASADOS (1Co 7.12-40)

1- Jugo desigual (1Co 7.12-14) Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone (7.12).

A presença de Cristo por meio do cristão deve gerar paz e não discórdia no casamento e no lar, pois o cristão é ajudado pelo Espírito de Cristo. A benção e a proteção espiritual que o cristão traz para o lar em que o outro cônjuge não tem a mesma fé, no entanto, não tem o propósito de incentivar casamentos mistos ou jugo desigual, mas oferecer uma palavra de encorajamento e confiança para o cônjuge cristão que recebeu Jesus como Senhor e Salvador já dentro desse relacionamento.

Geralmente, a desigualdade entre um e outro é comparada a um objeto denominado “jugo”. O jugo era uma peça de madeira que servia para alinhar dois animais para fins de trabalhos no campo. O objetivo é que o trabalho seja dividido em dois coordenadamente, para que não seja dificultada a ação por uma só pessoa. A medida que o cristão permanecer fiel em sua adoração e devoção a Cristo, o poder de Deus operará por meio do cristão para trazer as bênçãos da presença divina ao seu lar.

O foco do ensino de Paulo continua a apontar para a capacitação concedida pelo Espírito e para o testemunho da presença renovadora de Cristo que o cristão trará a seu lar, principalmente sobre seus filhos (1Co 7.14).

2- Divorcio (1Co 7.15,27) Estás casado? Não procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento (7.27).

O objetivo de Paulo não é criar uma nova “lei cristã” adequada a todas as situações imagináveis, mas fornecer orientação teológica e pastoral acerca de como os cristãos podem e precisam permanecer voltados para a imitação de Cristo em situações diversas e difíceis. Preocupado com a preservação do lar cristão, ele instrui seus lei­tores a sujeição mútua e a reconciliação. Preocupado com o cristão que talvez precise ser liberado de uma situação intolerável em um lar misto, ele remove a culpa do divórcio, quando inevitável.

Paulo tem a convicção de que a presença de Cristo se torna evidente por meio da reconciliação e da sujeição mútua. Em outras palavras, a capacitação pelo Espírito de Cristo proverá a graça necessária para manter o foco na semelhança de Cristo dentro da situação em questão; e também permanecer na vocação é dom de cada um. Segundo Jesus, a permissão de divórcio era uma exceção dada por Moisés por causa da dureza do coração humano. “Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio” (Mt 19.7-8). Em outras palavras, quanto ao casamento, ser fiel, o seu dom significa manter-se casado ou manter-se celibatário, se esse for o seu dom. Qualquer coisa fora disso tem suas consequências.

3- Novo casamento (1Co 7.39-40) A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor (7.39).

Divórcio e novo casamento é contemplado neste texto como exceção e não como regra. Somente quando inevitável. A reconciliação e a restauração do casamento são possíveis mesmo depois do divórcio e devem ser buscadas em lugar de novo casamento. Nos últimos versículos do capítulo 7, Paulo expõe sua preocupação com as viúvas e viúvos. E acrescenta que o vínculo matrimonial perdura enquanto ambos os cônjuges estiverem vivos. Em caso de morte de algum deles, essa união é dissolvida e o cônjuge vivo fica livre para viver solteiro ou “casar com quem quiser”, mas somente no Senhor.

Deus quer o melhor para nossas vidas. Paulo dá dois conselhos para as viúvas naquele contexto. Primeiro conselho: fiquem como vocês estão. Segundo conselho: se você decidir casar, case-se, mas somente no Senhor. O casamento no Senhor indica que deve ser em amor e fé. Isso significa maior probabilidade de harmonia se compartilharem a mesma fé. O amor supremo chega quando duas pessoas se amam entre si e quando seu amor é comum em Cristo. Vivem juntas, oram juntas; e a vida e o amor se combinam para ser um ato contínuo de adoração a Deus.

APLICAÇÃO PESSOAL

A igreja deve apoiar a condição de solteiro como honrada e produtiva para Deus, assim como apoia o casamento, promovendo iguais iniciativas e oportunidades a ambos os casos.

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RESPONDA

1) Qual o objetivo individual de cada cônjuge dentro do casamento? R. Cuidar das necessidades sexuais um do outro, proteger da tentação e fortalecer a união de corpo e espírito.
2) Qual a recomendação para os cônjuges separados? R. Que permanecem solteiros.
3) Quais sentimentos devem ser gerados e quais devem ser evitados pelo cristão no casamento? R. Gerado: paz. Evitado: discórdia.

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