Lição 06: 1 Coríntios 8 e 10: Alimento, Ídolos e Liberdade Cristã | 2° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: 1 CORÍNTIOS – Façam tudo com Amor, Decência e Ordem | Escola Biblica Dominical | Lição 06: 1 Coríntios 8 e 10: Alimento, Ídolos e Liberdade Cristã

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em 1 Coríntios 8 e 10 há 13 e 33 versos respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo os presentes, 1 Coríntios 8 e 10.23-33 (5 a 7 min). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura bíblica.

No capítulo em apreço, Paulo sai de um assunto mais específico, o casamento, e vai para um assunto mais amplo, o relacionamento social, a exemplo das festas daquela sociedade, mas quais, de alguma forma, os cristãos de Corinto estavam inseridos; e nisso há um apelo para que os crentes fossem um exemplo de fé na graça de Deus. É nessa perspectiva que o apóstolo direciona o seu argumento sobre liberdade cristã, mostrando que ele era um grande incentivador dessa liberdade. Porém, não no sentido amplo, mas restritivo, o que mostra que a liberdade em Cristo não nos deixa mais presos aos ritos judaicos todavia, também não somos livres para fazermos o que queremos, mas tudo isso está pautado no amor ao próximo.

OBJETIVOS

Explicar o conceito da liberdade Cristã.
Compreender a diferença entre liberdade e libertinagem.
Buscar e promover aquilo que é Ilícito e edificante.

PARA COMEÇAR A AULA

Comece a aula sob a perspectiva de que os judeus já eram ensinados desde cedo a crer na existência de um único Deus (como sugestão, leia com a classe Deuteronômio 6.4). Sendo assim, Paulo evidenciou que os deuses estranhos nada são, isto é, eles não têm nenhuma realidade e nem um poder sequer neste mundo. Dessa maneira, o comer ou não comer as comidas sacrifi­cadas aos ídolos – o que é enfatizado no Capítulo 8 – não faz bem nem mal! Então, por que comer, se o comer escandaliza os nossos irmãos? Nossa liberdade está baseada no amor.

LEITURA ADICIONAL

No contexto de Corinto, a questão era a participação em eventos públicos importantes tanto para a estrutura social da cidade quanto para a proeminência pessoal do indivíduo. A participação no culto imperial era uma excelente oportunidade para interação social e para fazer contatos. É possível que fosse considerada um dever cívico pelos coríntios ansiosos por demonstrar sua lealdade a Roma. O antigo Apologista Tertuliano (160-220 d.C.) permite a participação em banquetes em homenagem ao aniversário do imperador como um dever cívico, mas logo em seguida, ressalta como a participação dos cristãos deve diferir nitidamente da participação dos não cristãos.

Parece haver um paralelo direto com nossa situação atual. O desejo humano de obter proeminência pessoal e a empolgação de circular por meios socialmente importantes apresenta diversas tentações de minimizar a importância do relacionamento com Deus. Livro: “1 Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág. 138).

TEXTO ÁUREO

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” 1Co 10.23

Leitura Bíblica Para Estudo

1 Coríntios 8 e 10.23-33

Verdade Prática

A liberdade cristã é enriquecida pelo amor ao próximo é o bom testemunho.

INTRODUÇÃO
I- COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS 1Co 8.1-8
1-
Amor versus conhecimento 1Co 8.1-3
2– Deus versus ídolos 1Co 8.4-6
3– Fortes versus fracos 1Co 8.7-8
II- LIBERDADE TEM LIMITES 1Co 8:9-13, 1Co 10.1-13
1-
O amor ao próximo 1Co 8.9-12
2– Não ao individualismo 1Co 8.13
3– Em pé, não caia 1Co 10.11,12
III- DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO 1Co 10.14-33
1
– Celebrações 1Co 10.21,22
2– Lícito, mas não edifica 1Co 10.23
3– Fé e vida prática 1Co 10.31-33
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – 1 Co 8.3
Terça – 1 Co 8.6
Quarta – 1 Co 8.12
Quinta – 1 Co 10.6
Sexta – 1 Co 10.13
Sábado – 1 Co 10.33
Hinos de Harpa: 235 – 266

INTRODUÇÃO

O Capítulo 8 é diretamente relacionado ao assunto tratado no capítulo 10: alimentos oferecidos a ídolos. Ao abordar o assunto pela primeira vez no Capítulo 8, Paulo orienta a igreja sobre a questão dos alimentos sacrificados e também escreve sobre os limites da liberdade cristã. No Capítulo 10, o apóstolo expressa profunda frustração com as práticas pagãs de alguns indivíduos que se diziam cristãos.

I- COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS (1Co 8.1-8)

1- Amor versus conhecimento (1 Co 8.1-3) No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica (8.1).

A igreja em Corinto estava inserida num contexto pagão, assim como Israel estava entre os cananeus, é nós, semelhantemente, estamos cercados por toda sorte de crenças e tipos de “fé”. Era comum, entre os coríntios, servir a carne sacrificada aos ídolos em festas e banquetes, convidando amigos e parentes (dentre eles cristãos) para compartilharem juntos. A carne oferecida em sacrifício a ídolos em templos pagãos era dividida em três partes iguais:
1) para o ídolo;
2) para quem a oferecia levar para casa e comer; e
3) era dada ao templo/sacerdote.

A carne ofertada ia muito além do que precisavam os que serviam no templo. Por isso, comumente era vendida em restaurantes e feiras por um preço bem mais barato, sendo muito procurada por todos, inclusive cristãos. Isto levantava a seguinte pergunta: “Os cristãos podem comer esta carne oferecida aos ídolos, vendida nas feiras a menor preço ou servida na casa dos amigos?”. Em vez de falar de comida, Paulo primeiramente compara o saber e o amor.

O comportamento cristão é baseado no amor e não somente no conhecimento/saber. “O saber ensoberbece, mas o amor edifica”. O verdadeiro conhecimento de Cristo leva o cristão a considerar de que maneira seu comportamento pessoal afeta outros cristãos quanto a sua fé. O amor a Cristo e a preocupação com os outros devem prevalecer sobre os direitos pessoais.

2- Deus versus ídolos (1Co 8.4-6) No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o dolo, de si mesmo, nada e no mundo e que não há senão um só Deus (8.4).

Paulo compara os ídolos a nada, porque não existem outros “deuses” senão um só, que é Deus. Existem muitos ídolos e imagens que tentam ocupar o lugar do Deus verdadeiro, mas são meras tentativas de representar algo divino. Por mais que sejam adorados e chamados deuses, só há um único Deus. Os cristãos de Corinto, aqueles com mais conhecimento, usavam este princípio e arrazoavam: “Se os ídolos são nada, então, comer alimentos oferecidos a ídolos também não representa nada”. Isto atropelava a fé dos cristãos com menos conhecimento e recém-chegados à igreja.

3- Fortes versus fracos (1Co 8.7-8) Entretanto, não há esse conhecimento em tod0s; porque alguns, para efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se (8.7).

Havia dois grupos diferentes dentro da igreja. Os “mais fortes”, que se orgulhavam de seu conhecimento, afirmavam ter o direito de comer qualquer coisa Que os cristãos participassem de refei­ções cultuais pagãs em templos ou servissem carne do templo em casa, essas ações não exerciam impacto algum sobre sua fé cristã. Embora se achassem Livres e no direito de comer estes alimentos, que para eles não faziam mal algum, o exercício desta liberdade feria os menos instruídos.

Como ficava a consciência do irmão mais fraco? O outro grupo (“os fracos” ou cautelosos) não achava esses argumentos convincentes e expressava abertamente suas preocupações e críticas em relação aos mais fortes. Por causa da sabedoria e co­nhecimento dos mais instruídos, os fracos teriam que perecer? Este é o centro desta passagem. Jesus não morreu por todos?

II- LIBERDADE TEM LIMITES (1Co 8.9-13, 1Co 10.1-13)

1- O amor ao próximo (1Co 8.9-12) Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para as fracas (8.9).

Este é o foco do início deste capítulo: O amor com os novos e menos entendidos na fé. Paulo volta sua preocupação pastoral tanto para cristãos maduros quanto para os mais frágeis na fé. Seu verdadeiro objetivo é ajudar todos a reconhecer que o conhecimento obtido de Cristo precisa ser exercido em amor pelo próximo, se necessário, renunciando a direitos para que a igreja caminhe em paz e comunhão.

Os mais frágeis na fé são mais legalistas e sensíveis a questões como estas. Quanto mais maduro é o cristão, menos sensível e legalista ele se torna. Isto vai contra o que se pensa, que a maturidade traz mais legalismo, mas é justamente o contrário. A resposta pastoral de Paulo aos fracos é: “Vão em frente, comer carne não prejudica seu relacionamento com Deus”.

E aos fortes, afirma: “Em vez de pensar só em seus próprios direitos, certifiquem-se de não escandalizar o cristão mais fraco”. O exercício da liberdade cristã, em detrimento ao próximo e levando-o a perecer, é pecado contra Cristo. Jesus também morreu por este irmão mais fraco e não quer que ele tropece.

2- Não ao individualismo (1Co 8.13) E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandaliza-lo.

O individualismo tende a reinar quando os cristãos consideram que a fé é uma questão pessoal e particular. É mais conve­niente concluir que cada indivíduo é exclusivamente responsável por sua própria fé, mas Paulo rejeita esse individualismo entre os cris­tãos. Com base em princípios cristológicos, ele remove qualquer argumento que sugira que só o cristão mais fraco precisa lidar com a confusão causada pelo estilo de vida dos cristãos mais fortes. Aqueles que pertencem a Cristo são, acima de tudo, responsáveis por ajudar a fortalecer a fé dos mais fracos; os direitos pessoais e individuais ficam em segundo plano.

3- Em pé, não caia (1Co 10.11,12) Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia (10.12).

Para prevenir os coríntios de praticarem a idolatria e se manterem separados de um ambiente repleto de festas e rituais idólatras, Paulo apresenta os exemplos da história de Israel. Ele narra os grandes feitos e privilégios concedidos pelo Senhor ao Seu povo, bem como o trágico fim que tiveram – seus “corpos espalhados pelo deserto” – quando o Senhor não se agradou da maioria deles.

Após ilustrar seu ensino com exemplos do povo de Israel, Pau­lo conclui, dizendo: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa” (v. 11). A liberdade cristã poderia ser exercida: comer certos alimentos, ter certas amizades, estar em alguns lugares, mas Paulo escreve a primeira parte do capítulo 10 como se dissesse: “Atenção, vocês não são tão fortes como pensam”.

O que sobreveio ao povo de Israel lhes serve de exemplo. No exercício desta liberdade, isto também pode sobrevir a vocês. O povo no deserto teve experiências incríveis e mesmo assim pereceu. Por isto: ”Aquele que está de pé veja que não caia” (10.11). Ele parece contradizer o que disse no capítulo 8, mas no capítulo 10 ele apresenta o outro !lado da mesma moeda e esclarece os limites da liberdade cristã. Não seja pedra de tropeço e cuidado para não tropeçar.

III- DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO (1Co 10.14-33)

Os seguidores de Jesus têm como objetivo ser imitadores de Cristo em tudo o que fazem. O testemunho deles acerca de seu relacionamento com Cristo tem precedência sobre seus direitos e os leva a rejeitar ações que comprometem esse testemunho.

1- Celebrações (1Co 10.21,22) Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (10.21).

Paulo se preocupa com a mistura entre a adoração a Deus e a adoração idólatra da cultura pagã. Os fortes se julgavam capazes de lidar com a participação direta em eventos seculares sem serem levados à idolatria. Os eventos sociais, religiosos, profissionais e culturais que podem ser considerados inofensivos, muitas vezes têm o potencial de levar a transigência do ensino de Cristo.

Por detrás dos ambientes e alimentos sacrificados por toda a cidade de Corinto, demônios estavam em atuação. Assim como quando nos aproximamos da Ceia, não participamos apenas de um pedaço de pão e um pouco de vinho, mas participamos da comunhão do corpo de Cristo (v. 16); Quem participa destes alimentos e ambientes também pode não apenas estar comendo um alimento, mas se associando com demônios (v. 20). Paulo apresenta o outro lado da moeda. Lembre-se que estamos falando de liberdade cristã.

2- Lícito, mas não edifica (1Co 10.23) Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.

Declarar que algo é lícito não o torna moralmente correto. De acordo com Paulo, os cristãos são norteados por princípios mais elevados, que adicionam mais algumas camadas ao julgamento daquilo que seria correto e ade­quado praticar: E lícito? Convém? Edifica? Se algo é ilegal, ou nao é permitido, nao deve ser feito; se é legal ou permitido, existe a possi­bilidade de que, ainda assim, não deva ser feito.

A balança na qual se deve pesar a questão e a edi­ficação da comunidade. A ação contribui para o fortalecimento ou a edificação da igreja de Cristo ou serve de obstáculo? Em vez de concordar com um conjunto de leis cristãs a ser aplicado de forma indiscriminada, ele coloca diante de seus leitores três perguntas que os obrigam a pensar: E lícito? Convém? Edifica? Portanto, se esta ação prejudica seu testemunho ou ofende a fé de outrem, vale a pena perguntar: em seu lugar, o que faria Jesus? É importante não buscar apenas seus próprios interesses, mas também os dos outros ao nosso redor. Quem vive para Cristo vive para Ele É também por todos que foram alcançados pelo Seu amor.

3- Fé e vida prática (1Co 10.31-33) Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (10.31).

Para o apóstolo, o que reve­la de fato a identidade Cristã e a salvação por meio de Cristo e, ao mesmo tempo, o testemunho para com a comunidade. Quando o padrão do comportamento cristão e só o fato de algo ser permitido, torna-se possível dissociar a doutrina cristã da vida cristã. Uma maneira simples de avaliar a liberdade cristã é:

1) Deus está sendo glorificado com o meu testemunho?
2) Os outros estão sendo edificados e se tornando pessoas melhores com meu testemunho?
Para corrigir essa situação, Paulo os chama a serem seus imitadores, assim como ele procura imitar a Cristo. A vida prática cristã deve demonstrar o ensino de Cristo. Essa é a regra para a vida e o pensamento cristãos. O ensino cristão não deve estar separado do viver cristão.

APLICAÇÃO PESSOAL

Paulo nos desafia a sermos seus imitadores assim como ele é de Cris­to tanto no amor ao próximo como no bom testemunho.

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RESPONDA

1) Por que Paulo orienta os coríntios a não comer carnes oferecidas a ídolos? R. Porque seria um mal testemunho aos mais fraco
2) Qual a responsabilidade dos cristãos mais maduros? R. Ajudar a fortalecer a fé dos mais fracos
3) Segundo a lição, o que de fato revela a identidade cristã do indivíduo? R. Salvação para o meio de Cristo e o testemunho para a comunidade.

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