EBD | 1° Trimestre De 2026 | CPAD Adultos – TEMA: A SANTÍSSIMA TRINDADE – O Deus Único Revelado em Três Pessoas Eternas | Escola Bíblica Dominical | Lição 06: O Filho como o Verbo de Deus
TEXTO ÁUREO
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo, o Verbo eterno, é a revelação plena e visível de Deus ao mundo, manifestando graça, verdade e a glória do Pai.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 1.1-3 O Verbo eterno e divino
Terça – Jo 1.14 O Verbo se fez carne
Quarta – Êx 25.8-9 Deus habita entre o povo
Quinta – Jo 1.17 Graça e verdade por Cristo
Sexta – Jo 1.18 O Filho unigênito revelou o Pai
Sábado – Cl 1.15-19 Cristo, a imagem do Deus invisível
Hinos Sugeridos: 20, 175, 182 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-5,14
1- No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 – Ele estava no princípio com Deus.
3- Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4- Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5- e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
14- E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos Jesus Cristo como o Verbo eterno de Deus – plenamente divino, Criador e revelador do Pai. Com base no prólogo do Evangelho de João (1.1-18), veremos que Ele é Deus desde a eternidade, agente da criação, fonte de vida e luz dos homens. Destacamos também a encarnação do Verbo como a suprema revelação de Deus, cheia de graça e de verdade.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar a preexistência e a divindade do Verbo;
II) Mostrar a atuação do Verbo na criação e como fonte de vida e luz;
III) Ressaltar que o Verbo encarnado é a plena revelação do Pai.
B) Motivação: O apóstolo João, Inspirado no Espírito Santo, começa seu Evangelho revelando que Jesus não é apenas um homem especial Ele é o próprio Deus, eterno e criador, que se fez carne para revelar o Pai. Essa revelação exige de nós adoração, obediência e proclamação.
C) Sugestão de Método: Antes de Para iniciar a aula, distribua três folhas com as palavras Eterno, Criador e Revelador. Peça a três voluntários que segurem cada palavra na frente da turma. Explique que, no prólogo de João, Jesus é apresentado nessas três dimensões: Eterno (sempre existiu e é Deus), Criador (todas as coisas foram feitas por Ele) e Revelador (veio para mostrar quem é o Pai). Em seguida, leia João 1.1-18 e, a cada título, peça ao aluno que o segura que dê um passo à frente, ilustrando como essas três verdades se aproximam de nós na encarnação do Verbo. Finalize destacando João 1.14 e mostrando que, quando Cristo veio, o eterno, o criador e o revelador se tornaram visíveis e próximos de nós.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O Cristo que servimos é o Verbo eterno, Deus de toda a eternidade, que criou todas as coisas e revelou plenamente o Pai. Negar qualquer uma dessas verdades é distorcer o Evangelho. Por isso, devemos adorá-Lo, obedecê-Lo e anunciar que, em Jesus, vemos o próprio Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 104, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Verbo”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tema do Verbo como pessoa distinta em relação ao Pai no Tópico “O Verbo como Deus Eterno”; 2) O texto “A Vida era a Luz dos Homens”, ao final do segundo tópico, aprofunda o tópico “O Verbo como Criador”.
INTRODUÇÃO
O prólogo do Evangelho de João apresenta o Verbo eterno como Deus, Criador e Revelador. Ele se fez carne e revelou de forma plena e completa a glória do Pai. O apóstolo João afirma que viu a glória do Deus Unigênito, cheia de graça e de verdade. Nesta lição, veremos que essa revelação marca o clímax da encarnação do Verbo o Filho de Deus – onde o invisível se tornou visível, o eterno entrou no tempo e o insondável foi manifestado em Cristo Jesus.
Palavra -Chave: Verbo
I- O VERBO COMO DEUS ETERNO
1- O Verbo preexistente. O prólogo de João (dezoito versículos iniciais) é chamado de “Hino Logos”. Na abertura: “No princípio, era o Verbo” (Jo 1.1a), as palavras “no princípio” lembram o texto introdutório da Bíblia (Gn 1.1) e claramente ensinam que o Verbo sempre existiu. Esta é uma maneira de referir-se ao atributo da Eternidade que só Deus possui. A expressão “Verbo” (gr. lógos) designa Deus, referindo-se à divindade do Filho. Enquanto os gregos pensavam em um princípio impessoal e os gnósticos num ser intermediário, João apresenta o Logos como o próprio Deus Eterno Jesus Cristo, o Filho Unigênito do Pai (Jo 1.14; 3.16). Antes de tudo o que existe, o Verbo já existia. Jesus não começou a existir em Belém, pois Ele é Eterno, coexistente com o Pai desde o princípio (Cl 1.17).
2- O Verbo como pessoa distinta. No texto bíblico, João afirma que “o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1b). A expressão grega pros ton Theon (com Deus) comunica relacionamento face a face, ou seja, comunhão pessoal e eterna entre o Verbo (Filho) e Deus (Pai). Indica uma distinção de Pessoas dentro da unidade da Trindade (Dt 6.4; 1 Jo 5.7). O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são formas sucessivas de aparecimento de uma Pessoa, mas são Pessoas coexistentes desde “o princípio” (Jo 1.2; 17.5).
3- O Verbo é da mesma essência do Pai. Ainda no versículo de abertura, João revela “o Verbo era Deus” (Jo 1.1c). Aqui, a palavra grega para Deus (Theós) aparece sem o artigo definido – fato que tem gerado discussões exegéticas. Porém, na estrutura grega, a ausência do artigo não implica indefinição ou inferioridade. Essa construção enfatiza a qualidade ou a natureza do sujeito. A omissão do artigo não significa “um deus”, como sustentam traduções heréticas, mas é um indicativo da natureza do Verbo. Esclarece que o Verbo compartilha da mesma essência divina (Jo 10.30; 14.9). Desse modo, o Verbo é como o Pai: eterno (Jo 1.2) e criador (Jo 1.3). Portanto, a expressão “o Verbo era Deus” ensina que Jesus é da “mesma substância” do Pai, isto é, Deus em sua totalidade (Cl 1.15; 2.9).
SINOPSE I
O Verbo é eterno, distinto do Pai e da mesma essência divina, plenamente Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“O VERBO. João começa o seu Evangelho (isto é, o relato das ‘boas-novas’ e da verdadeira história de Jesus Cristo) chamando Jesus de ‘o Verbo’ (gr. logos). Ao usar este termo para definir Jesus, o apóstolo o apresenta como a Palavra pessoal de Deus, por meio da qual todas as coisas vieram à existência (v. 3; cf. Gn 1.3,6,9,14,20,24). A Bíblia afirma que Deus tem falado conosco através de seu Filho (Hb 1.1-3); e, evidentemente, as próprias palavras de Jesus procedem diretamente de Deus (Jo 8.28; 14.24). A Palavra escrita de Deus declara que Jesus Cristo é a sabedoria divina para nós em todos os aspectos, ajudando-nos a compreender, manifestar e realizar os propósitos do Senhor (1Co 1.30; Ef 3.10-11; Cl 2.2-3). Além dis-so, a Escritura descreve Jesus como a perfeita revelação da natureza e da personalidade do Pai (Jo 1.3-5, 14, 18; Cl 2.9) Cristo é Deus em forma humana. Assim como as palavras de uma pessoa revelam seu coração e sua mente, Cristo, como ‘o Verbo’ (isto é, a Palavra), revela o coração e a mente de Deus (Jo 14.9). […] A relação entre o Verbo e o Pai. (a) Cristo estava ‘com Deus’ antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15). Ele é uma pessoa que existe eternamente não tem começo nem fim diferentemente de Deus Pai, mas em um relacionamento eterno e uniforme com Ele. (b) Cristo é divino (‘o Verbo era Deus’), tem a mesma natureza, o mesmo caráter e o mesmo modo de ser que o Pai (Cl 2.9)” (Bíblia de Estudo Pentecostal – Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1837).
II- O VERBO COMO CRIADOR
1- O agente da criação. A Bíblia declara que “no princípio, criou Deus” (Gn 1.1a). A expressão “criou” traduz a palavra hebraica bārā’, termo reservado à atividade criadora de Deus (Gn 1.21,27; 2.4; 5.1,2; 6.7). Afirma que o universo foi criado por Deus a partir do nada latim ex nihilo (Hb 11.3). A doutrina de Deus como Criador possui fundamentos tanto no Antigo Testamento (Sl 33.6; Is 45.12; Ne 9.6) quanto no Novo Testamento (At 17.24; Rm 1.20; Ap 4.11). Nesse sentido, João apresenta Jesus também como Criador: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Este versículo enfatiza a divindade do Verbo, uma vez que a criação é obra exclusiva de Deus (Cl 1.16,17). Desse modo, o Filho é o agente ativo na criação do universo (Hb 1.2).
2- A fonte da vida. O apóstolo João enfatiza com clareza que “nele, estava a vida” (Jo 1.4a), referindo-se ao Verbo eterno Jesus Cristo. Esta declaração revela que o Verbo é a fonte absoluta e originária de toda forma de vida, tanto física quanto espiritual e eterna (Jo 3.36; 1 Jo 5.11,12). A expressão denota a autossuficiência do Verbo, uma característica específica da divindade (At 17.25). Jesus não depende de nada ou ninguém para viver. Ele compartilha da mesma substância divina: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26). Essa verdade afirma que a vida, eterna e imutável, que está no Pai está igualmente no Filho, apontando para a mesma essência dentre as Pessoas da Trindade (Jo 10.30; 14.9; 17.5).
3- A luz dos homens. O texto bíblico assevera que “a vida era a luz dos homens; e a luz resplandecia nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.4b-5). A metáfora da Luz simboliza o caráter de Deus, porque nEle não há trevas alguma (1 Jo 1.5). Nesse contexto, Jesus é apresentado como a Luz verdadeira (Jo 1.9). Ele não apenas possui luz; Ele é a própria Luz (Jo 8.12). Ele dissipa as trevas, ilumina os perdidos e revela o pecado (Mt 4.16; Jo 3.19). A declaração “as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1.5 NASA) mostra que as forças do mal não têm poder sobre Cristo. O verbo grego katalambas não pode ser traduzido como “compreender”, “apoderar” ou “dominar”, e nesse caso expressa que as trevas do pecado não podem resistir à luz do Filho de Deus (Rm 13.12).
SINOPSE II
Como Criador, o Verbo é fonte de vida e luz, e nenhuma força de trevas pode prevalecer contra Ele.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A VIDA ERA A LUZ DOS HOMENS.
(1) A vida’ (gr. zöě) é um dos temas centrais do Evangelho de João, aparecendo 36 vezes. Jesus é descrito como o Pão da Vida (Jo 6.35, 48) e a Água da Vida (Jo 4.10-11; 7.38). Suas palavras são palavras de vida eterna (Jo 6.68). Ele é quem dá a vida (Jo 6.33; 10.10), e essa vida é um dom de Cristo (Jo 10.28). Na verdade, Cristo é a vida’ (Jo 14.6). Em outras palavras, a verdadeira vida encontra-se em Cristo (cf. Jo 14.6) e é experimentada por meio de um relacionamento pessoal com Ele (Jo 17.3). (2) A ‘luz’ (gr. phós) é mencionada 23 vezes no Evangelho de João, mais do que em qualquer outro livro do Novo Testamento. A vida de Jesus é a luz para todas as pessoas, o que significa que Ele nos revelou a Deus e aos seus planos para nossa existência, mostrando-nos o caminho de volta a Ele. A verdade, a natureza e o poder de Deus foram manifestados em Cristo e estão disponíveis a todos por meio dEle (Jo 8.12; 12.35-36, 46). Em Jesus também podemos tornar-nos filhos da luz (Jo 12.36) e andar na luz (1 Jo 1.7)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1837).
III- O VERBO COMO REVELAÇÃO DO PAI
1- A encarnação do Verbo. João também apresenta o Verbo como o supremo meio de auto revelação do Pai: “o Verbo” se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória” (Jo 1.14a). Esta afirmação marca o ponto culminante da revelação divina: o Verbo se tornou homem sem deixar de ser Deus (Fp 2.6-8). O termo grego eskēnōsen (habitou) significa literalmente “armou sua tenda”. Essa linguagem faz alusão ao Tabernáculo (Êx 25.8,9), onde a presença de Deus habitava no meio do povo de Israel. O corpo de Cristo é assim comparado a esse tabernáculo: nele, a glória de Deus se manifestou visível entre os homens (Cl 2.9). Ele revela a união hipostática das duas naturezas do Filho: divina e humana. Ele é o Emanuel, o Deus conosco (Mt 1.23) a plena revelação do Pai (Hb 1.1).
2- A plenitude da graça e da verdade. João, testemunha ocular da encarnação do Verbo, declara ser a “glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14b). A palavra “glória” (gr. doxa) remete ao conceito da shekinah – a presença gloriosa de Deus entre o seu povo (Êx 40.34,35). Porém, enquanto a glória na Antiga Aliança se manifestava parcialmente, em Cristo ela se mostra plenamente (Jo 2.11; 17.1-5). A frase “cheio de graça e de verdade” revela o conteúdo dessa glória. Diferente da lei dada por Moisés (Jo 1.17a), Cristo encarnou a própria graça salvadora e a verdade eterna. Ele não apenas ensina a verdade Ele é a verdade (Jo 14.6). E não apenas oferece graça Ele é a plenitude da graça de Deus, uma provisão contínua que se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2.11).
3- O revelador do Deus invisível. No último versículo de seu prólogo, João afirma: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18). Aqui, o apóstolo enfatiza que Deus é invisível e inacessível (Êx 33.20; 1 Tm 6.16). No entanto, o Verbo o revelou de forma plena e perfeita. A expressão “Deus unigênito” (gr. monogenes theos) significa literalmente “o Deus único gerado”. Refere-se a Cristo – o Filho da mesma substância (gr. homoousios) do Pai. Essa declaração reafirma a eternidade e a plena divindade do Filho. Cristo é a auto revelação completa do Pai: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9).
SINOPSE III
O Verbo encarnado revela de forma plena o Pai, manifestando graça e verdade.
CONCLUSÃO
Jesus Cristo é o Deus unigênito que revela o Pai. Nele, a glória, a graça e a verdade de Deus são plenamente manifestas. A encarnação do Verbo não é apenas uma doutrina essencial da fé cristã, mas também um chamado à adoração e proclamação daquele que é a imagem visível do Deus invisível. O Senhor Jesus é a perfeita revelação do Pai à humanidade. Que cada crente reconheça que conhecer a Cristo é conhecer o próprio Deus, e que proclamar essa verdade é tornar a glória do Pai conhecida no mundo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como é chamado o prólogo de João (dezoito versículos iniciais)?
“Hino Logos”.
2- O que os gregos pensavam a respeito do Verbo?
Que o Verbo era uma força ou ideia, e não plenamente pessoal e divino.
3- Qual é o texto bíblico em que João apresenta Jesus também como Criador?
João 1.3.
4- A declaração “nele, estava a vida” (Jo 1.4a), referindo-se a Jesus Cristo, revela o que a respeito do Verbo?
Que Ele é a fonte absoluta e originária de toda forma de vida.
5- A expressão “Deus Unigênito” significa literalmente o quê?
“O Deus único gerado” – o Filho da mesma essência do Pai.
Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você. Ajude-nos 🙏 Se desejar apoiar nosso trabalho e nos ajudar a manter o conteúdo exclusivo e edificante, você pode fazer uma contribuição voluntária via Pix: 346.994.088.69 (CPF) Seja um parceiro desta obra “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL: