Lição 07: Josué 9 – Aliança com os Gibeonitas | EBD – PECC | 1° Trimestre De 2021

EBD | 1° Trimestre De 2021 | Revista da Escola Dominical PECC CPAD | TemaJosué – Sê Forte e Corajoso! Eu sou Contigo | Lição 07: Josué 9 – Aliança com os Gibeonitas

OBJETIVOS 

Não menosprezar as estratégias do inimigo, mas procurar conhecê-las. 

Saber consultar sempre o Senhor para conhecer a Sua vontade. 

Contentar-se em andar sempre na vontade de Deus

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR 

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Josué 9 há 27 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Josué 9.1-27 (5 a 7 minutos). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Batalha espiritual é um dos temas mais estigmatizados da Bíblia, em virtude da imaginação fértil de muita gente. Todavia, caro mestre, procure ensinar aos seus alunos que nem sempre batalhas espirituais ocorrem num ambiente de possessões, mas, muitas vezes, num ambiente totalmente ordinário de relações humanas. 

Coloque em pauta a importância de sempre buscar no Senhor as orientações para cada decisão, seja em oração ou na sua Palavra. Oriente-os também sobre o quanto é perigoso sugerir paz quando Deus ordenou guerra. Ressalte que a nossa guerra, hoje, não é física, mas espiritual. Assim, mostre como o inimigo cega o entendimento das pessoas, e ressalte o grande perigo de confiar em cegos para nos guiar.

PARA COMEÇAR A AUL

Ilustre a aula com exemplos claros e atuais sobre como podemos receber oposição de maneira mais agressiva, como fizeram a maioria dos cananeus. Porém não deixe de frisar como pode ser sutil a forma de, em relacionamentos aparentemente saudáveis, desagradarmos e pecarmos contra Deus, como ocorreu com Os gibeonitas. Tente discorrer sobre o perigo de, na igreja, cegos guiaram cegos, assim como os possíveis resultados disso (Mt 15.14).

LEITURA ADICIONAL 

ERRO DE VISÃO 

Os judeus confiaram em seu entendimento natural, com base na observação, e a reação natural é dizer: “Mas o que há de errado nisso? É realmente possível agir de outra maneira? Nosso mundo é um mundo de impressões sensoriais. Contamos apenas com elas para prosseguir. De vemos decidir com base no que vemos, ouvimos e tocamos; se, ao agir assim, cometemos erros, dificilmente podemos ser culpados por eles. Não há mais nada a ser feito”. 

O grande erro aqui — tenho certeza de que você pode percebê-lo é presumir que a realidade consiste apenas no aspecto material. Sim, verdade: grande parte da realidade é material. Por isso julgamentos com base em impressões sensoriais adequadas e confiáveis em muitas circunstâncias. Quando se pega um pedaço de carne da geladeira e percebe-se estar com coloração estranha e exalar cheiro ruim, é errado comê-la. Os sentidos lhe foram dados por Deus para dizer que a carne está ruim e que você provavelmente ficará doente se a ingerir.

Essa maneira de decidir funciona para nós em várias situações, todos os dias. Mas a dificuldade de desse modo o tempo todo decorre do fato de a realidade não consistir apenas no aspecto material. Também existe o mundo espiritual, e nele vive um ser poderoso, astuto e malicioso, empenhado em nos destruir. Não podemos ver o diabo. Não podemos lidar, provar ou cheirar suas estratagemas. Portanto, em todas as áreas espirituais (e todas as morais), precisamos da sabedoria excedente tudo que se possa derivar de impressões sensoriais. 

O conselho muito citado de Provérbios versa sobre isso: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendi mento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.5-6). As palavras principais são: Não te estribes no teu próprio entendimento. 

Livro: “Comentário expositivo” (James Montgomery Boice. Editora Monergismo, Brasília, DF, 2020, Pág. 86). 

Leitura Bíblica Para Estudo 

Josué 9.1-27

Verdade Prática

Nossas alianças devem estar de acordo com a vontade de Deus. 

Texto Áureo

Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.” Js 9.15 

INTRODUÇÃO 

I. A ESTRATÉGIA GIBEONITA Js 9.1-13 – 1. O temor pelo povo de Deus Js 9.3,4 – 2. A mentira Js 9.6 – 3. Falsas testemunhas Js 9.11

II. A ALIANÇA INADEQUADA Js 9.14-18 – 1. Não consultaram ao Senhor Js 9.14 – 2. Comprometimento dos líderes Js 9.15 – 3. Murmuração interna Js 9.18 

III. A SENTENÇA DOS GIBEONITAS Js 9.21-27 – 1. Exemplo de graça Js 9.26 – 2. Rachadores de lenha Js 9.27 3. Tiradores de água Js 9.27 – APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário 

Segunda – Js 9.2 

Terça – Js 9.16 

Quarta – Js 9.19 

Quinta – Js 9.20 

Sexta – Js 9.25 

Sábado – Js 9.26 

Hinos da Harpa: 432 – 156 

INTRODUÇÃO

A fama das vitórias alcança das pelos filhos de Israel, comandados por Josué, já se espalhara por toda a terra dos cananeus. Isso despertava os mais diversos sentimentos, como medo e ira dos povos que habitavam essa região. 

1. A ESTRATÉGIA GIBEONITA (Js 9.1-13) 

1. O temor pelo povo de Deus (Js 9.3,4). “Os moradores de Gibeão, porém, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e conserta dos” (Js 9.3,4). 

Os gibeonitas, ao contrário dos demais povos de Canaã, entenderam que não poderiam sobreviver a um confronto com o povo de Israel. Movidos pelo medo de serem destruídos numa guerra impossível de vencer, desenvolveram um estratagema para enganar o povo de Deus, e assim, se aliançarem com o novo governo que estava se estabelecendo na terra. 

No desenrolar do capítulo 10, vamos conhecer mais detalhes das reais motivações do povo gibeonita. Entretanto, esse estratagema não deixou de ser um ataque à ofensiva israelita, pois suas artimanhas conseguiram mudar o destino de derrota a que estariam sujeitos ao enfrentarem o povo de Deus.

2. A mentira (Js 9.6). “Foram ter com Josué, ao arraial, a Gilgal, e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: Chegamos de uma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco.” 

A principal base do “ataque” dos gibeonitas contra o povo de Deus foi a mentira. Prontamente, os estrategistas usaram as informações disponíveis sobre quais eram as intenções e métodos de Josué, para lhe oferecerem uma aliança com base nas ordenanças do Deus de Israel. 

Apesar de o povo de Israel estar avançando sobre cidades inteiras, destituindo seus reis e ferindo seu povo, os gibeonitas perceberam que não se tratava de um exército mercenário ou milicianos puramente violentos, pois o critério de combate era muito claro. Deus já havia julgado os povos daquela terra, e o povo de Israel, como Seu instrumento de justiça, apenas estava executando um juízo divino. 

Baseado nessa informação, se fantasiaram de peregrinos, usavam roupas, mantimentos e adereços que atestavam ser de uma terra distante; e tudo que precisavam era de uma aliança com o povo do Deus verdadeiro, para que se mantivessem vivos. 

3. Falsas testemunhas (Js 9.11). “Pelo que nossos anciãos e to dos os moradores da nossa terra nos disseram: Tomai convosco pro visão alimentar para o caminho, e ide ao encontro deles, e dizei-lhes: Somos vossos servos; fazei, pois, agora, aliança conosco.” 

Toda mentira, para ser aceita como verdade, tenta evocar testemunhas que confirmem seus argumentos mentirosos. Os gibeonitas foram diretamente a Josué pedir por suas vidas, com todos os argumentos que haviam criado, para tentarem convencer os líderes de Israel sobre sua origem e intenções. Até hoje, essa estratégia continua seduzindo muitos líderes a se associarem a indivíduos que escondem suas verdadeiras intenções para que seus intentos sejam alcançados à custa da boa-fé de inocentes.

II. A ALIANÇA INADEQUADA (Js 9.14-18) 

O texto de Josué não omite as falhas que, tanto o povo quanto seu líder Josué, cometeram; mas mostra todo o crescimento que experimentaram, até estarem perfeitamente aptos para possuir toda a promessa de Deus. 

1. Não consultaram ao Senhor (Js 9.14) “Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao SENHOR.”

Talvez motivados por uma autoconfiança exacerbada, após grandes vitórias, os príncipes e o líder Josué não perceberam a astúcia de um povo inimigo se aproximando com uma estratégia diferente das que já haviam enfrentado. 

O grande diferencial de sucesso do povo de Israel nessa campanha sempre foi a bênção de Deus sobre suas decisões. Claramente, quando o povo de Deus decide por fazer algo fora da vontade divina, essa decisão se transforma em prejuízo, mesmo que ti vessem certeza do seu sucesso. E justamente nesse episódio, Israel celebra uma aliança com um povo desconhecido, sem, contudo, consultar a Deus. E a conclusão desse desatino é que foram vergonhosamente enganados. 

A conquista da terra prometida é fonte de muitas lições morais e espirituais a todos que a conhecem e procuram entender as revelações de Deus O povo conhecia a Deus e o valor que Ele atribui à Suas alianças. Deus não admite rebeldia ou independência da parte de Israel, pois não somente é o proprietário deste povo, mas também é quem garante as vitórias em tudo que o povo havia se proposto a conquistar em Seu nome.

2. Comprometimento dos líderes (Js 9.15) “Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.” 

Uma aliança firmada, com juramento em nome de Deus, pelos líderes da comunidade, tinha muito valor. Por isso a necessidade de se consultar ao Senhor em todas as ocasiões. Várias vezes observamos Deus confirmando os passos de Josué e lhe garantindo a vitória, quando este o consultava, mesmo em situações adversas. 

Na ocasião da aliança com os gibeonitas, percebemos que o problema não é a aliança em si, pois Deus recomenda que a aliança seja preservada. Muito tempo depois, no reinado de Davi, Israel sofre grande fome; e então Deus revela que a causa desse castigo foi a quebra desta mesma aliança pelo rei Saul. (2 Sm 21). 

O problema foi não ter consultado ao Senhor, dando antes ouvidos a mentiras. Essa atitude demonstrava independência e rebeldia, e tais atitudes não fazem parte da vida daqueles que desejam agradar a Deus, até mesmo nos dias de hoje. O resultado é que Israel foi enga nado e precisou ser fiel a esta aliança para sempre.

3. Murmuração interna (Js 9.18). “Os filhos de Israel não os feriram, porquanto os principes da congregação lhes juraram pelo SENHOR, Deus de Israel; pelo que toda a congregação murmurou contra os príncipes“. 

A responsabilidade dos líderes de Israel era muito grande. Conduzir o povo de Deus exige alto grau de comprometimento e obediência, pois o Senhor é quem julga até as intenções dos corações de Seus servos. 

A decisão tomada pelos principes, em firmar aliança com um povo pagão, gerou consequências para todo o povo e, principalmente, criou uma instabilidade dentro do arraial. Ao perceberem que haviam sido enganados, a partir de então, toda a liderança de Israel ficou sujeita a questionamentos, se de fato estavam sendo conduzidas por Deus ou pelas suas conveniências pessoais. 

A crise de confiança na liderança gerou murmuração; e a murmuração, rebeldia e discórdia. Josué e seus oficiais precisaram rever suas atitudes e contar com a graça de Deus para reconquistarem a confiança do povo de Israel, para que continuassem a conquista da terra prometida. 

III. A SENTENÇA DOS GIBEONITAS (Js 9.21-27)

O Deus de Israel é o nosso Deus! Em todas as circunstâncias da vida, Ele está no controle, agindo para ou permitindo que as situações pelas quais passemos possam nos ensinar mais sobre quem Ele é e sobre como nós devemos ser e proceder.

1. Exemplo de graça (Js 9.26). “Assim lhes fez e livrou-os das mãos dos filhos de Israel; e não os mataram. 

A ordem de Deus era clara: destruir todos os povos de Canaã, devido aos seus pecados serem muito graves, e seus corações, endurecidos. Agora, os gibeonitas, usando de um estratagema, conseguiram uma aliança com os líderes de Israel que lhes garantia a preservação de suas vidas. O ato de preservar essa aliança é, de certa forma, uma demonstração da graça de Deus; pois, uma vez feita a aliança, ela deveria ser honrada.

2. Rachadores de lenha (Js 9.27) “Naquele dia, Josué os fez ra chadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor, até ao dia de hoje, no lugar que Deus escolhesse“. 

O ato de mentir diante dos líderes de Israel e deixar vulnerável a ofensiva de tomada da terra pro- metida não ficou impune. A graça de Deus sempre vem acompanha da de Sua justiça, e assim, as consequências vieram sobre o povo enganador.

Josué, exercendo sua liderança, decidiu manter a aliança feita, que garantia a vida dos gibeonitas. Porém, os condenou a vive rem de forma servil aos filhos de Israel. Tal sentença parecia estar de acordo com os princípios de Deus e lhes dava uma garantia muito melhor do que uma sentença de morte. 

3. Tiradores de água (Js 9.27) “Naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor, até ao dia de hoje, no lugar que Deus escolhesse”. 

O fato é que os gibeonitas tiveram êxito em seu estratagema, onde conseguiram a aliança necessária para sua sobrevivência, ainda que tivessem de viver de modo servil em Israel. Seu histórico de povo guerreiro e habitante de grandes cidades poderia indicar que a mentira contada seria usada para uma possível traição e com bate futuro. Mas, pelo contrário,

Os gibeonitas reconheceram a superioridade do Deus de Israel e se submeteram, vindo a servir como tiradores de água e racha dores de lenha. Exemplos de submissão à vontade de Deus nos fazem compreender que até mesmo uma repreensão do Senhor, ou lidar com as consequências dos nossos pecados, não deve ser motivo de escândalo ou de revolta. Um coração cheio de contentamento com a vontade de Deus é uma porta aberta para dias melhores e sob as bênçãos do Altíssimo.

APLICAÇÃO PESSOAL 

Deus tem preparado as vitórias para as nossas lutas, mas elas são condicionadas segundo Sua sábia instrução. Por isso, consultemos constantemente ao nosso Deus e Senhor, e procuremos fazer integralmente a Sua perfeita, boa e agradável vontade. 

RESPONDA 

1) Qual a principal estratégia dos gibeonitas com relação a Israel? R. Mentira 

2) Sobre a conquista de Canaã, que tipo de lições podemos extrair? R. Lições morais e espirituais

3) De que forma Deus mostrou Sua graça aos gibeonitas?  R. Preservando a aliança entre Israel e Gibeão