Lição 11: Lucas 22 – Última Ceia e a Prisão de Jesus | 4° Trimestre de 2023 | EBD PECC

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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Lucas 22 há 71 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 22.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona com o guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Novamente, veremos a ênfase de Lucas no caráter de Jesus, pois o próprio Senhor – em total sujeição ao plano de salvação – conduziu os momentos que antecederam o Seu sacrifício. Isso precisa ser enfatizado, professor(a), pois são horas de ansiedade, angústia e tristeza às quais Jesus se submeteu por amor a uma humanidade sem qualquer mérito. Tamanho amor nos convida a amar sem reservas também (Jo 15.12), mas os discípulos realmente não haviam entendido nada, pois discutiam quem seria o maior no Reino. Diante da recomendação para que guardassem suas vidas, chegaram a propor que o Senhor também tomasse uma espada para a guerra (Lc 22.38). Jesus nunca pregou desordens nem privilégios.

OBJETIVOS

Compreender que Jesus submeteu-se à morte por amor à humanidade.
Declarar que tal amor se revela como obediência ao Pai.
Entender que a grande transformação do cristão se mostra na obediência a Jesus.

PARA COMEÇAR A AULA

Chame três voluntários e entregue a um a palavra “areia”, a outro a palavra “pedra” e ao terceiro, “deserto”. Quem ficar com a “areia” falará do risco do desânimo na vida cristã. Quem ficar com a “pedra” dirá o que considera um obstáculo à fé e quem ficar com o “deserto” falará de paciência. Explique que só pedras – obstáculos – nos fortalecem para não afundarmos na areia – desânimo. Só no deserto estão as pedras que precisamos. Então, encare o deserto como o Getsêmani que lhe tornará mais forte.

LEITURA ADICIONAL

Nesta passagem, encontramos seis símbolos que podem nos ajudar a compreender melhor o sofrimento e a morte de Jesus.
1- Um jardim solitário (Lc 22:39): O Filho do Homem deixou o cenáculo e, com os discípulos, dirigiu-se ao jardim do Getsêmani, no monte das Oliveiras, o lugar para onde costumava se retirar quando estava em Jerusalém.
2- Um cálice custoso (Lc 22:40-46): Lucas é o único evangelista que menciona “suor como gotas de sangue”. Lucas também é o único autor que fala do ministério do anjo. Na verdade, tanto o Evangelho de Lucas quanto o Livro de Atos destacam a presença dos anjos na obra de Cristo.
3- Um beijo hipócrita (Lc 22:47,48): Alguém definiu um beijo como “uma contração da boca decorrente de uma expansão do coração”. Porém, nem todos os beijos vêm de um coração amoroso, pois os beijos também podem ser enganosos. No caso de Judas, seu beijo nasceu da mais abjeta hipocrisia e traição.
4- Uma espada inútil (Lc 22:49-53): Os discípulos lembraram as palavras de Jesus sobre a espada (Lc 22.35-38), mas as entenderam mal, de modo que perguntaram ao Mestre se deveriam usar as duas espadas. Sem esperar pela resposta, Pedro se adiantou e atacou um homem chamado Malco, um servo do sumo sacerdote.
5- Um galo que canta (Lc 22:54-62): A essa altura, Pedro começou a praguejar e jurou não conhecer Jesus nem saber do que estavam falando. Então, o galo cantou novamente, e as palavras de Jesus se cumpriram.
6- Um trono glorioso (Lc 22:63-71): Jesus chamou a si mesmo de “Filho do Homem”, um título messiânico encontrado em Dn 7:13, 14: Também afirmou ter o direito de assentar-se “à direita do Todo-Poderoso Deus”, uma referência clara ao SI 110:1, outra passagem messiânica”.
Livro: Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume 1 (Warren W. Wiersbe, Santo André, S P : Geográfica editora, 2006. Págs. 348-352).

Texto Áureo

“Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.” Lucas 22:14-15

Leitura Bíblica Para Estudo

Lucas 22.1-23

Verdade Prática

A ceia é a celebração da Nova Aliança que devemos proclamar até que Jesus volte.

INTRODUÇÃO
I- TRAIÇÃO, PÁSCOA E CEIA Lc 22.1-23

1- A influência satânica Lc 22.3
2- Ceia da Páscoa Lc 22.8
3- Ordenança da Ceia do Senhor Lc 22.18
II- OS ÚLTIMOS DIAS Lc 22.24-38
1- Os discípulos disputam entre si Lc 22.24
2- A negação de Pedro é profetizada Lc 22.31
3- Novas diretrizes Lc 22.36
III- AGONIA NO GETSÊMANI Lc 22.39-71
1- Tormento e perseverança Lc 22.43-44
2- Prisão de Jesus e Pedro o nega Lc 22.61
3- Sinédrio: primeiro julgamento Lc 22.66
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Lc 22.13
Terça – Lc 22.19
Quarta – Lc 22.20
Quinta – Lc 22.22
Sexta – Lc 22.26
Sábado – Lc 22.40
Hinos da Harpa: 301 – 12

INTRODUÇÃO

Nesta lição, trataremos acerca das últimas horas antes de Jesus ir ao calvário. Lucas apresenta detalhes importantes e singulares a respeito do que ocorre desde a conspiração para matar Jesus até o primeiro julgamento em um enredo marcado por grande tensão e dramaticidade.

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I- TRAIÇÃO, PÁSCOA E CEIA (Lc 22.1-23)

1- A influência satânica (Lc 22.3) Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze.

Os primeiros versículos nos mostram uma conspiração para prender e matar Jesus, mas sem provocar um tumulto – fato que foi resolvido com a traição de Judas. Enquanto os sinóticos informam que o traidor foi um dos doze, Lucas, enfatiza que Satanás entrou no traidor e se apoderou dele para tal ato revelando, em linguagem assustadoramente direta, a verdadeira fonte dessa ação maldosa (Ef 6.12). Porém, apesar da ação satânica, Judas foi culpado e responsável (Jo 12.4-6; At 1.16-20). Note-se que, quando relatado o seu chamado ao ministério, o Espírito Santo fez questão de registrar ao lado do nome de Judas os seguintes complementos: “que foi quem o traiu” (Mt 10.4) e “que se tornou traidor“ (Lc 6.16).

2- Ceia da Páscoa (Lc 22.8) Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Páscoa para que a comamos.

O relato sobre a ceia de Páscoa é mais completo em Lucas que em Mateus e Marcos. O Evangelho Lucas no relata que Pedro e João são enviados adiante a fim de fazer os preparativos necessários para a celebração da Páscoa Esses discípulos foram atrás de um sinal: um homem carregando um jarro de água Poucos homens gostavam de serem vistos em público fazendo um trabalho tipicamente feminino, na época Essa, portanto, foi uma orientação específica de Jesus, o qual mandou os discípulos seguirem aquele homem até sua casa e solicitaram ao proprietário uma sala em que o Senhor pudesse participar da refeição com seus amigos. Tudo se deu exatamente como o Mestre havia anunciado. Afinal, Jesus controla tudo com firmeza e sabedoria, antevendo e executando em detalhes cada ação de seu ministério.

3- Ordenança da Ceia do Senhor (Lc 22.18) pois vos digo que, d e agora em diante, não mais beberei do Fruto da videira, até que venha o reino de Deus.

“Chegada a hora” (Lc 22.14), de comer o cordeiro pascal, ao pôr-do-sol, Jesus pôs-se à mesa com os seus doze apóstolos. Cristo deixa claro que ansiava comer a Páscoa com Seus discípulos antes de Seu sofrimento. De fato, Jesus sentia uma humana e dolorosa ansiedade por estes preciosos últimos momentos de comunhão com os companheiros a quem amava, antes que a morte o separasse deles. Ele também conhecia a importância espiritual que este anoitecer teria para a Igreja nos séculos futuros. Na ocasião, Jesus utilizou os símbolos antigos para lhes dar um novo significado. Quanto ao pão, afirmou: “Isto é o meu corpo oferecido por vós”. Quanto ao cálice, disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor d e vós”. Declarou também: “Fazei isto em memória de mim”. O fato de que nessa mesma mesa estivesse o traidor faz o drama mais trágico. Examinemos continuamente nossos corações (1 Co 11.28). Ser arrolado como membro de igreja e participar de cultos não são prova de salvação. É necessário ter vida santa e resistir ao diabo (Hb 12.14; Tg 4.7).

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II- OS ÚLTIMAS DIAS (Lc 22.24-38)

1- Os discípulos disputam entre si (Lc 22.24) Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior.

Apesar das importantes lições de amor e renúncia, recorrentemente ministradas por Jesus através de palavras e ações, os discípulos se envolvem em uma discussão carnal, movida por anseios egoístas e mundanos. O coração humano, de fato, é enganoso e desesperadamente corrupto (Jr 17.9). O Senhor deseja que seus discípulos sejam diferentes dos reis e príncipes da terra. Quem de fato for o maior no Reino de Deus, terá de ser como o menor, cuja tarefa consiste em servir (Lc 22.25-27). O Senhor não apenas exige humildade, mas a inspira através de seu próprio exemplo.

2- A negação de Pedro é profetizada (Lc 22.31) Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! (22.31)

O versículo em apreço mostra a advertência de Jesus trazida a Pedro, o qual, tal como aconteceu com Jó, era alvo de Satanás. O desejo do inimigo era peneirar os discípulos como trigo. Essa metáfora era de fácil compreensão para os apóstolos. Cirandar ou peneirar tem o fito de remover o joio ou os resíduos do trigo, ou seja, Jesus revela o impiedoso e ardente desejo de Satanás de expor Pedro ao fracasso, acusá-lo de sua fraqueza e fazê-lo naufragar na fé tão miseravelmente a ponto de desistir do seu ministério por remorso seu e possível amargura dos demais apóstolos (1 Pe 5.8; 1Tm 1.19; Hb 12.15). Satanás não foi proibido de tentar Pedro, nem está impedido de nos tentar. Cristo, entretanto, não é um espectador neutro deste combate, pois temos a sua intercessão e a assistência celestial (Lc 22.32). 0 crente, mesmo quando imerso nas mais duras batalhas, deve revestir-se de toda a armadura de Deus (Ef 6.13-18) e permanecer fiel, sabendo que seu Senhor fortalece ao cansado e está sempre vigilante (SI 121; Is 40.28- 31).

3- Novas diretrizes (Lc 22.36) Então, lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, com o também o alforje: e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.

Quando Jesus enviou os doze, anteriormente, eles se beneficiaram da popularidade de seu Mestre. Nada lhes faltou, embora não tenham levado provisões, tudo foi providenciado por um povo generoso e favorável. Mas agora, uma grande mudança está ocorrendo, já que, em vez da aclamação popular, o Mestre está a poucas horas da cruz. Seus discípulos compartilharão o seu descrédito da mesma forma que compartilharam a sua popularidade. Além disso, dentro de pouco tempo, seus seguidores deveriam partir sozinhos para levar uma mensagem nem sempre popular a um povo muitas vezes grosseiro. Por não terem compreendido a essência do plano de salvação, os apóstolos tentam evitar a prisão e morte de Jesus. Eles recorrem à espada para defender o Mestre e a si mesmos; para resistirem ao poder pela violência; para agredirem à medida que fossem agredidos. O âmago da mensagem de Jesus é completamente mal entendido por seus discípulos. Com o espírito do entusiasmo popular messiânico, eles estão dispostos a pegar em armas, como dissera Pedro momentos antes. Entretanto, Jesus fica incomodado pela contínua falta de percepção espiritual de seus discípulos e encerra a discussão abrupta e incisivamente: “Basta!”.

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III- AGONIA NO GETSÊMANI (Lc 22.39-71)

Terminou a ceia da Páscoa. Nesta seção, vemos o ministério terreno de Jesus ser marcado pela traição de Judas seguida da prisão do Filho do Homem. Iniciam-se as piores provações para Jesus e seus discípulos.

1- Tormento e perseverança (Lc 22.43-44) [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.].

Jesus saiu da sala e da cidade para dirigir-se, segundo seu costume, ao Monte das Oliveiras, lugar também conhecido de Judas (Jo 18.2). Se o traidor não encontrasse o Senhor no recinto da Páscoa, ele sabia que o localizaria ali. Longe do júbilo da cidade na noite da Páscoa, Jesus busca sossego e concentração ao ar livre, orando no local ao qual se dirigirá tantas vezes (Lc 21.37). Há quem afirme que o fato de Jesus ter necessitado de um anjo celestial para fortalecê-lo deve ter aumentado seu senso de profunda humildade. É interessante saber que naquela época era costume as pessoas orarem em pé, mas naquele momento Jesus ajoelhou-se. Mateus escreve que Ele “caiu com o rosto em terra” (Mateus 26.39), isso porque o peso da angústia o estava esmagando. Ali Ele suplicou ao Pai que, se possível, passasse aquele cálice, isto é, aquela terrível experiência iminente. Como médico, Lucas não deixaria de registrar o fato de Jesus ter expelido sangue pelos poros durante sua angústia Esse raro fenômeno físico se chama hematidrose, sua ocorrência está vinculada a circunstâncias de estresse severo durante as quais há o rompimento de finos vasos sanguíneos sob a pele.

2- Prisão de Jesus e Pedro o nega (Lc 22.61) Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, com o lhe dissera: Hoje, três vezes m e negarás, antes d e cantar o galo.

Jesus, segundo parece, foi entregue a um grupo de soldados incumbido de guardá-lo até à sessão formal do Sinédrio. Aproveitaram a oportunidade para divertir-se cruelmente. Entenderam que Ele era tido por profeta, de modo que lhe vendaram os olhos e desafiavam a dizer qual deles o espancava: “Agora, profeta, adivinha quem te bateu desta vez!” Lucas não dá outros pormenores, mas diz ainda que a estas ofensas foram acrescentadas muitas blasfêmias. Depois de chegar à casa do sumo sacerdote, Pedro se senta junto a um grupo de pessoas que se aqueciam ao fogo. Nessa atmosfera de comodidade, sua determinação enfraquece e, quase sem perceber, nega três vezes que tenha qualquer relação com Jesus. Nesse momento, o cantar do galo o lembra das advertências de Jesus. Lucas é o único a acrescentar que o Senhor se voltou para Pedro e o fitou. O cantar do galo e o olhar do Senhor suscitaram no apóstolo amargas lágrimas de contrição por sua tríplice negação. A intercessão do Senhor para que sua fé não minguasse e seu olhar misericordioso preservaram Pedro do desespero.

3- O Sinédrio: primeiro julgamento (Lc 22.66) Logo que amanheceu, reuniu-se a assembleia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram.

Os evangelhos não reúnem pormenores acerca do julgamento de Jesus, pois assim o quis o Espírito Santo, que os inspirou. Mas, parece claro que houve duas etapas principais. Primeiro, um processo judaico instaurado pelos principais sacerdotes para que Jesus fosse condenado de conformidade com a lei judaica; segundo, uma trama para construir uma acusação suficiente para levar os romanos a matá-lo. A sessão da manhã transcorreu de forma semelhante à da noite. Em ambas as ocasiões Jesus é interrogado, pois esperavam que Ele novamente afirmasse ser o Filho de Deus. Consciente do que estava porvir, o Senhor declara diante de todos: “Desde agora, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-Poderoso”. Têm-no como réu confesso e, como queriam, não precisam de testemunhas, nem mesmo das falsas que haviam conseguido (Mt 26.65). A manobra era alegar, diante do tribunal romano, que Jesus desafiava César, pois se declarava o verdadeiro rei de Israel.

APLICAÇÃO PESSOAL

Quem participa dos sofrimentos de Cristo sentar-se-á à mesa com Ele novamente.

RESPONDA

1) O que levou Judas a trair a Cristo? R. Possessão satânica.
2) O que levou os discípulos a disputarem entre si? R. Os seus anseios egoístas e mundanos
3) Que acusação os judeus tinham contra Jesus ao levá-lo às autoridades romanas? R. Que Jesus desafiava César

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