Lição 11: O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cristão | 4° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 4° Trimestre De 2023 | TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã | Lição 11: O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cristão

Lição 11: O Verdadeiro Discípulo é uma referência no serviço cristão | 4° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

TEXTO ÁUREO

“Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.” 3 João 12

VERDADE APLICADA

O bom testemunho de um verdadeiro discípulo é alcançado ao longo de uma trajetória que segue o exemplo do ministério de Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Expor a importância do testemunho
Ensinar como obter uma vida transformada
Ressaltar aspectos da prática do bem.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 PEDRO 3

8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
9 Não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
10 Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.
11 Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 106.3 Praticar a justiça traz felicidade.
TERÇA – Lc 6.28 Bendizer até quem maldiz.
QUARTA – At 16.2 Ser reconhecido pelo bom testemunho.
QUINTA – 2 Ts 3.13 Insistir em fazer o bem.
SEXTA – Tg 5.16 A oração de um justo tem poder.
SÁBADO – 1 Pe 3.17 É melhor sofrer pelo bem que fazer o mal.
HINOS SUGERIDOS: 115, 126, 186

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o discípulo construa uma trajetória reconhecida pelo bom testemunho.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1- Credenciais do bom testemunho
2- Ter uma vida transformada
3- Vivendo para fazer o bem Conclusão
Conclusão

INTRODUÇÃO

O termo testemunho no grego é marturia, que se refere a “alguém que testifica, afirma, confirma um determinado fato”. O testemunho cristão é pessoal e produzido à medida que o crente se relaciona e interage socialmente.

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1- Credenciais do bom testemunho

Ao escrever sua terceira epístola, João teve triplo objetivo: 

1) elogiar e incentivar o ministério de hospitalidade de Gaio com relação aos mensageiros itinerantes, que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho; 

2) advertir e condenar o comportamento ditatorial de Diótrefes; 

3) louvar a Deus pelo exemplo positivo de Demétrio. Dos três personagens surgiram testemunhos, positivos e negativos, fazendo com que eles se tornassem exemplos a serem imitados ou evitados.

1.1. Compaixão e amor. A Bíblia relata Jesus “movido de íntima compaixão” em diversos momentos, mostrando o quanto Ele se importava com a dor e o sofrimento alheios [Lc 7.13]. Compadecer-se no grego é splagchnizomai, que significa “ser movido pelas entranhas (pois acreditava-se que as entranhas eram a sede do amor e da piedade)”. Jesus era o testemunho vivo do amor de Deus [Jo 3.16], atitude a ser imitada e indispensável aos que exercem a liderança na igreja.

Jesus sentiu compaixão das pessoas, que andavam como ovelhas perdidas sem um pastor que pudesse guiá-las [Mt 9.36]. Diótrefes não demonstrava compaixão e amor pelos que deveria ajudar na jornada cristã, deixando um testemunho negativo do que significa ser discípulo. A igreja deve ser um lugar onde se promove cura às pessoas feridas, e não onde são ainda mais machucadas. Pastores bíblicos conduzem suas ovelhas andando juntinho com elas, tendo compaixão por elas. A compaixão que faltava a Diótrefes pôde ser vista em Galo e Demétrio, que foram e reconhecidos como obreiros zelosos pelo bem-estar da igreja do Senhor. Com isso, eles deram o bom testemunho cristão, reproduzindo preocupações e ações de Jesus aos vulneráveis. Fiodor Dostoievski, escritor e filósofo do império russo, diz: “A compaixão é a lei principal da existência humana.

1.2. Mansidão. Ser manso não significa ser fraco, mas dominado pelo Espírito de Deus. A mansidão está elencada pelo apóstolo Paulo no rol do fruto do Espírito [Gl 5.22] e deve ser cultivada por todos os crentes. E mais ainda, por um verdadeiro discípulo de Cristo no relacionamento com o rebanho do Senhor. Essa qualidade foi destacada no comportamento de um dos mais importantes líderes levantados por Deus: “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” [Nm 12.3]. Mansidão em grego é praotes, traduzido por “gentileza, bondade, humildade”. Esses traços eram vistos no próprio Cristo, que chegou a aconselhar: “… aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração…” (Mt 11.29]. Um discípulo manso testemunha e imita a liderança de Jesus, que foi capaz de transformar um homem como Saulo, que respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor” [At 9.1]. E, por fim, tornou-se um líder que imitava o Cristo [1Co 11.1].

Saulo aceitou a correção do Senhor. Abandonou sua vida de rebeldia e se tor- um destacado apóstolo. Com calma jeito, Jesus amansou o sujeito. Uma vez transformado, ele passou a se chamar Paulo. Saulo foi domado, mas Diótrefes não. É triste quando o ser humano deixa escapar a oportunidade de ter sua vida mudada. Geoffrey B. Wilson, pastor batista inglês, diz: “A mansidão é a marca de um homem que foi dominado por Deus.” Você é uma pessoa dominada por Deus?

1.3. Bendizer e abençoar. Gaio e Demétrio eram abençoados, que estavam prontos e dispostos a acolher os mais vulneráveis. Essa característica era visível no auxílio ao rebanho de Cristo, e por isso, o serviço e conduta dos dois foi enaltecida por João [3 Jo 5.12]. Diótrefes, além de ter dificuldade em abençoar, maldizia seu líder, o que também era visto. Abençoar é um ato de bom relacionamento e o chamado de um líder [1Pe 3.9].

Falar mal de pessoas e instituições, como fazia Diótrefes, é falta de ética e coisa de quem não sabe abençoar. De nossos lábios devem sair palavras que edificam [Ef 4.29]. Aquele que tem a tarefa de liderar outras pessoas precisa dominar a arte de saber elogiar. Elogiar significa bendizer uma pessoa, falar bem dela, seja com ela mesma ou com outra pessoa. O elogio edifica, é uma forma sábia de dedicação, reconhecimento e carinho. A boa palavra não edifica apenas a pessoa a quem se dirige, mas também contribui para a formação de uma boa atmosfera em diferentes ambientes.

EU ENSINEI QUE:

Um verdadeiro discípulo precisa apresentar um bom testemunho com suas atitudes relativas às pessoas, por meio de um coração amoroso, caráter manso e palavras abençoadoras, seguindo o exemplo da liderança de Jesus

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2- Ter uma vida transformada 

Pedro foi um discípulo de Cristo que sofreu uma profunda transformação em sua vida pessoal e ministerial. De um simples e rude pescador, passou a ser um dos principais líderes doutrinários e pregadores da Igreja de Cristo [At 2.14]. Assim, tornou-se um líder forte por seu testemunho pessoal. Antes, um discípulo medroso [Lc 22.58], após o encontro com Jesus Cristo ressuscitado e ser cheio do Espírito Santo, um apóstolo ou sado [At 5.29], um líder forte e um bom testemunho.

2.1. Pelo poder do Evangelho. O termo evangelho do grego euaggelion, significa “boas notícias, boas novas do Reino de Deus”. O Evangelho é o poder de Deus [Rm 1.16], que requer transformação [Rm 12.2]. Pedro passou de um homem escravo de rompantes, disposto a ferir pessoas [Jo 18.10], a um proclamador das boas novas [At 5.29-32]. Paulo é outro exemplo do poder do Evangelho, passando de perseguidor a seu defensor e propagador, e que reconheceu sua eficácia [Rm 1.16].

Discípulos têm um grande poder de influência, é a ponte que gera contato, contágio e transformação. É influência. E isso acontece por meio de um testemunho vigoroso na vida do discípulo. Gaio e Demétrio foram transformados pelo poder do Evangelho e se tornaram referências em suas épocas até os dias de hoje, pelos seus testemunhos registrados pelo apóstolo João. Grandes líderes surgem motivados pela paixão, desenvolvem relacionamentos saudáveis, promovem a comunicação aberta e engendram em outros as habilidades de liderança. Assim, injetam o poder do Evangelho em seus liderados. James David Greear, pastor americano, diz: “Uma coisa é entender o evangelho, mas outra bem diferente é experimentar o evangelho”. Há quem seja um gigante no intelecto e um pigmeu no caráter.

2.2. Pelo testemunho cristão. Quando Jesus disse “Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” [Mt 10.40], Ele estava fazendo referência ao testemunho. Diótrefes, ao resistir em receber João, não o reconhecendo como apóstolo, estava rejeitando o próprio Cristo, que de tinha comissionado os apóstolos. Diótrefes estava exibindo um mau testemunho em vez do testemunho cristão, sendo repreendido por isso. Ao contrário de Demétrio, que teve essa condição exaltada por João: “Todos dão testemunho de Demétrio (…) também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro” [3]o 12].

O testemunho de um seguidor de Jesus é a primeira porta através da qual um descrente vê Cristo. Seu jeito de falar, tratar as pessoas, sua forma de lidar com adversidades exibem sua fé. O evangélico é quem vive segundo o Evangelho, sendo um portador das boas novas e tendo um testemunho cristão. A fé evangélica deve testemunhar uma vida transformada, como a de Pedro, de Paulo, de João, de Gaio, de Demétrio e tantos outros.

2.3. Pelo poder do Espírito Santo. Foi o próprio Jesus quem convocou Seus seguidores a serem Suas testemunhas. Ele disse que essa condição seria alcançada pelo poder do Espírito Santo que desceria sobre Seus discípulos [At 1.8]. Testemunhar sobre Jesus é uma missão colocada para cada indivíduo do Corpo de Cristo. Diótrefes, como seu integrante, deveria ter um testemunho que honrasse Jesus. Mas sua reputação não apontava para o Cristo. A vida de Pedro foi transformada quando ele ficou cheio do Espírito, o que foi constatado quando testemunhou aos líderes e anciãos do povo sobre o poder de Jesus Nazaré [At 4.8, 10].

Paulo é um exemplo do poder transformador do Espírito Santo. Ele deixou de ser Saulo e foi transformado em Paulo. Quando cheio do Espírito, demorou-se alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco e logo foi pregar o Evangelho nas sinagogas, proclamando que Jesus era o Filho de Deus [At 9.17-20].

EU ENSINEI QUE:

Uma vida transformada deve passar pelo Evangelho transformador para assim exibir o verdadeiro e bom testemunho cristão.

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3- Vivendo para fazer o bem 

O termo bem no grego é kalopoieo, que significa “agir corretamente “. Fazer o bem é a essência do Evangelho e a forma como Jesus viveu na terra [At 10.38]. Pedro diz que o cristão não deve só fazer o bem, mas se afastar do mal. Testemunhar Jesus é mostrar o bem.

3.1. Apartar-se do mal. O termo mal no grego kakos, refere-se a uma “natureza perversa, no modo de pensar, sentir e agir: baixo, errado, perverso, desagradável, injurioso, pernicioso, destrutivo, venenoso”. Diótrefes fazia o mal, e era repreendido por sua conduta, contrária à de um líder comprometido com o Reino de Deus. Suas perversidades feriam pessoas que ele deveria pastorear com amor [1Pe 5.2]. Diótrefes também usava sua boca para proferir maledicências contra João, a quem deveria honrar como seu líder. Apartar-se do mal significa desviar-se das coisas que não agradam a Deus, não testemunham sobre Jesus, que são contrárias ao “modus operandi” do Reino de Deus [1Co 6.9-10].

Seguir o mal era o mesmo que seguir a Diótrefes. Sua influência era perniciosa no seio da igreja, pois expulsava qualquer um que não concordasse com ele. Seguir a Gaio ou a Demétrio, no entanto, equivaleria a tomá-lo como modelo de lealdade. O que foi reconhecido pela Igreja.

3.2. Buscar a paz. O termo buscar, do grego zeteo, significa “procurar a fim de encontrar, empenhar-se em procurar, pedir enfaticamente”. A paz não é um estado natural, pois a partir da “Queda do Homem”, o pecado passou a gerar conflitos, tendo como primeiro “salário” um fratricídio, a morte de Abel por seu irmão Caim [Gn 4.25]. Assim, o mundo tem sido influenciado negativamente pelo inimigo, que é homicida e continua semeando contenda e discórdia [Jo 8.44]. Mas Jesus é o “Príncipe da Paz” [Is 9.6], único capaz de dá-la ao homem. Diótrefes não era um discípulo de paz, seu mau testemunho “matava” a fé dos irmãos.

Não há paz sem Deus e é nEle que devemos buscá-la. Pedro antes de ser cheio do Espírito Santo era um homem de temperamento belicoso, mas acabou se tornando um pregador da paz, ensinando a igreja a buscá-la e segui-la [1Pe 3.11]. Diótrefes era aquele tipo de pessoa que denigre a reputação da igreja. Ele transformava a fé cristã numa religião ambígua, que só servia para oprimir e escravizar. Em vez de melhorar a vida das pessoas, ele a tornava num fardo pesado. Suas palavras insultuosas faziam com que as pessoas perdessem sua alegria e sua paz. João, porém, alerta acerca da intenção de Satanás em roubar-lhes a paz interior.

3.3. Amar a justiça. Aquele que ama a justiça deve praticá-la [Mq 6.8]. Quem pratica é abençoado e tem suas orações respondidas por Deus [1Pe 3.12]. quem a ignora, faz o mal, e o rosto do Senhor é contra ele. Deus ama a justiça porque é Justo [Sl 11.7], e Seus filhos devem refletir Seu caráter. Gaio e Demétrio refletiam a justiça divina na forma como procediam na Igreja e tratavam as pessoas, até mesmo as estranhas.

Justiça, generosidade, participação e cooperação não têm valor para maus discípulos como Diótrefes. Só duas coisas são importantes: controle e acúmulo de poder. O testemunho de um autêntico discípulo deve refletir seu caráter cristão. Para ter um caráter cristão, deve ser cumpridor da Palavra e não mero orador ou ouvinte esquecido [Tg 1.22]. Frederico William Robertson, clérigo anglicano inglês e orador profícuo, afirmou: “A justiça e o amor de Deus são um. A justiça infinita deve ser o amor infinito. A justiça é apenas mais um sinal de amor.”

EU ENSINEI QUE:

Fazer o bem deve ser prática na vida de um verdadeiro discípulo, que para isso precisa se apartar do mal, buscar a paz e amar a justiça. Esse tipo de comportamento molda o caráter de alguém que se preocupa em cumprir bem seu chamado e exibir um bom testemunho que honra a Jesus.

CONCLUSÃO

O verdadeiro discípulo é construído por comportamentos que mostram compromisso, respeito, amor e um bom testemunho. Gaio e Demétrio, ao longo de suas trajetórias, tiveram seus ministérios dignos de serem reconhecidos não só pela igreja, mas por seu líder, construindo um bom testemunho.

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