EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2024 | TEMA: Jó, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos | Escola Biblica Dominical | Lição 13: Cântico 5 a 8 – Cânticos finais sobre a força do Amor
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Cântico 5, 6, 7 e 8 há 16, 13, 13 e 14 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Cântico 8.1-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Caro (a) professor. Chegamos à última lição. Foi um desafio condensar o livro de Jó, Provérbios, Eclesiastes e Cântico em apenas 13 lições. No entanto, foi uma experiência singular pois, os assuntos contidos nesses livros não puderam ser esgotados neste espaço e há muito ainda por explorar e aprender nos ensinamentos que esses livros poéticos e sapienciais nos proporcionam. O sofrimento de Jó, em última instância, levou-o a ter um entendimento mais profundo e por meio da experiência pessoal com Deus (Jó 42.5). Ο livro de Provérbios está repleto de conselhos práticos para ajudar-nos em todos os tipos de situação. O livro de Eclesiastes nos encoraja a fazer uma observação longa e sensata do mundo e de como a vida pode ser breve aqui e Cântico fala de amor e romance, que são aspectos importantes da vida humana.
OBJETIVOS
Enfatizar a satisfação mútua expressa pelo amor que os une.
Mostrar como era celebrado o amor com elogios entre os noivos.
Entender a natureza e o poder do amor entre duas pessoas.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece a sua aula fazendo uma análise rápida dos livros que foram estudados e o aproveitamento para a vida espiritual de cada aluno. Alguns alunos poderão compartilhar o que aprenderam e lhes serviu de estímulo com o sofrimento de Jó, os bons conselhos do Pregador em Provérbios, a brevidade da vida em Eclesiastes e o compromisso entre um homem e uma mulher expressos com riqueza de detalhes em Cântico de Salomão. Faça uma aplicação à vida cristã nos dias de hoje.
LEITURA ADICIONAL
AMOR INEXTINGUÍVEL (8.6-7)
Embora alguns comentaristas vêem isto de maneira diferente, não há dúvida de que é a noiva que se dirige agora ao seu amado. Encostada no seu braço e descansando a cabeça no seu peito, ele lhe implora: “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço. A palavra “selo” ocorre catorze vezes nas Escrituras do Velho Testamento e várias vezes tem o significado de “anel”. O selo, frequentemente, tinha o formato de um anel de selar. Este, às vezes, era levado pendurado numa corrente sobre o peito, mas normalmente era usado no dedo, como no caso do rei Assuero e Ester 3.10,12. O anel era uma possessão pessoal preciosa e estimada, usada como um carimbo para indicar posse, autenticidade ou genuinidade. Foi um anel deste tipo que Faraó deu a José como sinal de autoridade delegada (Gn 41.41,42). […] “O amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme”. Às vezes há debates sobre ser este o amor do amado pela noiva ou o amor da Sulamita pelo seu amado, mas a questão não é pertinente. Estas qualidades caracterizam todo o amor: ele é forte como a morte, e o ciúme é duro (cruel) como a sepultura. A morte é universalmente poderosa, inflexível e irresistível. Quando vem para reivindicar a sua vítima ela não pode ser recusada. É assim também com o amor. […] Entre os homens o ciúme, frequentemente, pode ser muito mau, talvez mais corretamente chamado de “inveja”. O próprio Jeová, porém, diz várias vezes nas Escrituras do Velho Testamento: “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso”. De fato, o nome do Senhor é Zeloso (Êx 20.5; 34.14; Dt 5.9). O amor verdadeiro é como “brasas… de fogo com veementes labaredas”. A ideia de que as riquezas de um homem pudessem comprar a afeição de outra pessoa pode ser tratada com desprezo. Oferecer dinheiro como pagamento pelo amor seria terminantemente recusado. O amor de Deus é gratuito; é sem razão, a não ser pelo fato que Deus mesmo é amor (Dt 7.7-8).
Livro: “Comentário Ritchie do Velho Testamento: Eclesiastes, Cântico e Lamentações”: volume 14 (tradução Samuel e Ronnie Davidson – São Carlos, SP: Suprema Gráfica e Editora: Pirassununga: Editora Sã Doutrina, 2018. p. 216,217).
Texto Áureo
“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas.” Cântico 8.6
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
O amor verdadeiro, constante, puro e fiel que une um casal sempre triunfará, pois é forte como a morte, veemente como fogo e as muitas águas não o podem apagar.
INTRODUÇÃO
I- QUARTO CÂNTICO Ct 5.2;6.3
1- A primeira crise Ct 5.6
2- O susto que produziu efeito Ct 5.8-11
3- Todos passamos por crises Ct 6.1-3
II- QUINTO CÂNTICO Ct 6.4;8.4
1- Reencontro afetuoso Ct 6.4
2- Ele tem saudade de mim Ct 7.10
3- A decência do amor Ct 8.1-4
III- SEXTO CÂNTICO Ct 8.5;8.14
1- O selo do amor Ct 8.6a
2- A força do amor Ct 8.6,7
3- O muro e a porta do amor Ct 8.8-10
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Estes capítulos tratam do relacionamento do casal depois do casamento; o esposo elogia a beleza de sua esposa. A esposa é igualmente ousada nos elogios ao seu marido. A intensidade da sua expressão se aquece, mostrando que a sensualidade não é nem obscena nem vergonhosa. Por fim, partilham uma notável visão da natureza do amor: “O amor é forte como a morte, e duro como a sepultura. Ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (8.6,7).
I- QUARTO CÂNTICO (Ct 5.2-6.3)
A esposa tem outro sonho e nele ouve a voz do seu esposo pedindo para entrar no seu aposento (5.2); ela, porém, já está deitada e mostra disposição para atendê-lo. Quando decide levantar-se, constata que ele foi embora. Daí, aflita, ela sai numa árdua procura do esposo e não o encontra.
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1- A primeira crise (Ct 5.6)
Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.
O versículo dois começa com a Sulamita sozinha em seu quarto. Não sabemos quanto tempo se passou desde a lua de mel, nem por quanto tempo ela ficou sozinha à espera do amado. O texto não esclarece por que Salomão saiu e a deixou só. O fato é que ela está deitada em sua cama sozinha e sonha com o amado. Ela dormia, mas seus sentidos estavam despertos. É um sono agitado no qual podemos confundir o que é sonho ou realidade. O fato é que se desenha uma pequena crise. Ela sonhou com o seu amado indo embora. Depois da tentativa frustrada de estar com sua amada, o esposo se foi. Quando a Sulamita cai em si, pede ajuda às mulheres do palácio: Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, digam que desfaleço de amor. Ela trilhou um longo caminho desde a sua atitude indiferente para com o seu amado até que finalmente o reencontrou.
2- O susto que produziu efeito (Ct 5.8-11)
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrares o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor (5.8). O sonho e o susto provocaram
O sonho e o susto provocaram uma mudança de atitude da esposa. Ela saiu desesperada a procurar o marido e focou nos pensamentos positivos de como é belo e encantador o seu amado, preparando assim o ambiente para o reencontro. Quando ela diz que o seu amado era o mais distinguido entre dez mil”, está a dizer que ele era o mais distinguido habitante masculino de Jerusalém. Ele era quem levava o pendão à frente do desfile, ou quem liderava o exército ao campo de batalha. Dez mil outros homens o seguiam, todos inferiores a ele. Ele era o capitão, o chefe, o general, o maior e melhor homem. Esse foi o homem que a jovem deixou batendo inutilmente à porta. O homem descrito com todas as metáforas superlativas, era ele, o amado da jovem, aquele que deveria ser procurado e trazido de volta ao seu aconchego (5.16).
3- Todos passamos por crises (Ct 6.1-3)
Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Que rumo tomou o teu amado? E o buscaremos contigo. (6.1)
Fica evidente que o relacionamento entre a amada e seu amado, que era romântico, pessoal e particular, estava sendo testado. Passava por momentos de abalo e estremecimento. Todos os relacionamentos passam por períodos de crise nos mais diversos aspectos. No entanto, em vez de permanecer nesse estado, a Sulamita se arrepende, experimenta um despertar da sua afeição pelo seu amado e muda de atitude, buscando o reencontro. Humildade, compreensão e perdão são ótimos antídotos para manter o bom relacionamento em todo tempo, principalmente nas crises. O resultado é o reencontro e a reafirmação do amor e da confiança: Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios (6.3).
II- QUINTO CÂNTICO (Ct 6.4-8.4)
O breve intercâmbio entre as mulheres e a noiva dá a ela a oportunidade de reafirmar sua confiança no amor fiel do seu marido, a qual seu sonho parecia questionar quando ele se foi.
1- Reencontro afetuoso (Ct 6.4)
Formosa és, querida minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, formidável como um exército com bandeiras.
Só agora o nome da querida, da amada, da esposa, tratada amorosamente por adjetivos, é revelado triunfalmente pelo coro que canta: “Volta, volta, ó Sulamita, volta, volta, para que nós te contemplamos.” 6.13). Resolvido o impasse, o rei retorna à sua esposa (seu jardim). Renovam votos de bom relacionamento e o amor agora refloresce mais forte do que antes. Após esse reencontro, o casal continua a palmilhar o caminho da vida e maturidade nupcial. O esposo toma a iniciativa da reconquista e reafirma o seu amor orgulhoso por Sulamita – está linda como Tirza e bela como Jerusalém – sendo plenamente correspondido por ela como se vê na continuação. Hoje em dia, seriam indecorosas ou ofensivas as comparações poéticas aqui feitas, mas naquele tempo eram elogios.
2- Ele tem saudade de mim (Ct 7.10)
Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.
Aqui é a mulher que toma a iniciativa, começando por dizer: Eu sou do meu amado, e ele tem saudade de mim; seguido por um convite direto e sem ambiguidade para a intimidade amorosa. Por isso, pediu-lhe que saísse ao campo, onde poderiam passar a noite juntos e sozinhos. “Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali o meu amor” (7. 11,12). A estação do ano era a primavera, o que fica demonstrado porque as plantas estavam deitando botões. A primavera representa admiravelmente bem o amor jovem dos dois, ainda em seus começos e ainda florescendo. Em alguma parte no meio dos jardins e dos pomares, o casal encontraria um lugar apropriado para se amarem intimamente. Ela era, figuradamente, o jardim e a fonte de águas; o pomar, a vinha, a tamareira e o cacho de uvas. Como se vê a esposa planeja cuidadosamente os momentos em que se oferecerá ao seu amado e lhe dará o seu amor. Casamento é só o começo de uma vida de amor. O amor é para a vida toda. Isso toca em uma das necessidades mais urgentes dos nossos dias: fortalecer o casamento para que possa sobreviver às tempestades; para que, quando finalmente se apagar o brilho do pôr do sol, os dois ainda estejam juntos, desejando boa noite um ao outro. Na juventude, êxtase; na velhice, serenidade. Ambos são bons.
3- A decência do amor (Ct 8.1-4)
Tomara fosse como meu irmão, que mamou os seios de minha mãe! Quando te encontrares na rua, beija-te-ia, e não me desprezariam! (8.1).
O costume do Antigo Oriente evitava e considerava como conduta imprópria toda demonstração pública de afeto, até mesmo entre marido e mulher. As intimidades eram reservadas para o recesso do lar. Todavia era permitida manifestação de carinho entre irmãos que, por óbvio, não passaria como suspeita de conduta imoral. Neste caso, a esposa expressa pesar por não poder demonstrar seu amor publicamente, de modo que precisava esperar até estarem a sós para beijá-lo. Longe de pro- por relacionamento incestuoso com seu irmão, o amor expressa seus sentimentos de maneira decente, dentro dos limites sociais e culturais aceitáveis.
III- SEXTO CÂNTICO (Ct 8.5-8.14)
A estrofe final do livro, é um cântico brilhante sobre a natureza e o poder do amor (8.5-7).
1- O selo do amor (8.6a)
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço.
Mas aqueles dias haviam chegado ao fim. Agora, pertencem um ao outro e devem ser fiéis mutuamente. Ele pede que ela o coloque como selo sobre teu coração e seu braço, pois um selo refere-se ao pertencimento e à proteção. Tanto em tempos passados quanto agora. Por tanto, ter um selo que representa o noivo sobre o coração e sobre o braço da noiva é uma indicação de que eles se pertencem, um ao outro, e são o centro da afeição e da proteção recíproca.
2- A força do amor (Ct 8.6,7)
Porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor seria de todo desprezado.
A força do amor e seu poder de resistência são resumidos nesses versos que considero serem os versos chave desse livro, uma das mais importantes passagens bíblicas sobre o compromisso e a natureza do amor verdadeiro, indicando que é forte como a morte. Esta verdade se reflete nos votos proferidos no casamento os quais ligam o casal “até que a morte os separe” e apontam para o compromisso de toda a vida assumido pelos dois.
O amor uniu os dois, e esse mesmo amor os mantém unidos. O poder da morte e da cova é invencível, como também o é a força do amor. O livro ensina também que o ciúme é duro como a sepultura. Esse ciúme comedido, se manifesta pelo cuidado mútuo e não deve ser interpretado como negativo ou destinado a destruir o relacionamento. O marido e a esposa não sentem inveja um do outro, mas tem dose comedida de ciúme que jamais deve superar, destruir ou sepultar o amor. Voltando a descrever o amor, o texto o compara ao fogo e suas veementes labaredas, que não pode ser facilmente apagado; a ideia é reforçada pela figura de águas que não podem apagá-lo e rios que não podem afogá-lo. Conclui afirmando o valor incomparável do amor, dizendo que não se encontra à venda, não tem preço! Qualquer homem, por mais rico que fosse, não poderia comprá-lo. Seria desprezível. Com essas palavras, o rei e sua esposa firmam o amor que sentem um pelo outro.
3- O muro e a porta do amor (Ct 8.8-10)
Eu sou um muro, e os meus seios, como as suas torres; sendo eu assim, fui tida por digna da confiança do meu amado (8.10).
Quando a Sulamita volta para a casa de sua infância com o marido, lembra-se do que os irmãos diziam a seu respeito quando ela era mais jovem. Não acreditavam que estivesse pronta para se casar, pois ainda não havia amadurecido. As imagens do muro e da porta são relacionadas à virgindade da moça. Se ela fosse uma porta de fácil acesso, não seria uma noiva adequada. Porém, se ela se mantivesse pura e firme, como um muro, poderiam entregá-la ao homem que pedisse sua mão para edificar uma família. A Sulamita afirmou claramente que ela era um muro com torres, e chegou ao leito conjugal como uma virgem pura. Ao afirmar ser um muro e torre, ela enalteceu sua virtude e honradez ao longo de sua vida, o que a fez digna da confiança de seu amado. Ao concluir o estudo de Cântico dos Cânticos, devemos lembrar que a sexualidade humana é uma dádiva de Deus e que, como tal, revela sua beleza quando praticada exclusivamente dentro dos limites de um relacionamento amoroso firmado numa aliança entre marido e mulher. A sexualidade jamais endossa promiscuidade, mas afirma a felicidade do amor conjugal conforme os princípios e bênçãos de Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL
Vivemos numa sociedade em que a instituição da fidelidade matrimonial tem sido atacada e a promiscuidade sexual extraconjugal é colocada num pedestal. Temos a responsabilidade de ser exemplo e de preparar os mais jovens para um casamento feliz, segundo os princípios divinos. Não podemos calar.
RESPONDA
1) O que a Sulamita queria dizer sobre o seu amado ser o mais distinguido entre dez mil? R. Que ele era o homem mais distinto de Jerusalém.
2) O que o selo significava? R. Um sinal de propriedade e compromisso oficial.
3) O que fica expresso na frase “porque o amor é forte como a morte e duro como a sepultura, o ciúme? R. A força do compromisso do verdadeiro amor e o cuidado em relação ao ciúme negativo.