EBD Adolescentes | 3° Trimestre De 2024 | Tema: Apóstolo Paulo – Um Grande Missionário | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 06: O Concílio de Jerusalém
LEITURA BÍBLICA
Atos 15.7-12,19
A MENSAGEM
“Isso vale para todos, pois não existe nenhuma diferença entre judeus e não judeus. Deus é o mesmo Senhor de todos e abençoa generosamente todos os que pedem a sua ajuda.” Romanos 10.12
Devocional
Segunda » Lc 1.68-70
Terça » CL 3.11
Quarta » Rm 1.6
Quinta » Gl 3.28
Sexta » Rm 10.13
Sábado » Ef 2.8
OBJETIVOS
APRESENTAR as questões discutidas no Concílio de Jerusalém;
ENTENDER que a salvação se dá pela fé em Jesus Cristo;
DESTACAR o que é uma doutrina
Ei Professor!
Esta lição trata da discussão teológica sobre a redenção humana. Mediante o crescimento do Evangelho entre os gentios, a Igreja precisou se reunir para refletir sobre o mover do Espírito Santo entre os povos. O Concílio de Jerusalém discutiu questões sobre a salvação e a prática da fé na vida do cristão. Chegou-se ao entendimento que a salvação é pela fé em Cristo. Os apóstolos, ali reunidos, decidiram que a obediência à Lei mosaica e às tradições judaicas não deveriam ser impostas aos cristãos não judeus. De modo que todos os cristãos (judeus e gentios) são chamados para viver a fé em Cristo na liberdade no Espírito Santo, buscando a santificação. Essas são lições extremamente importantes para os nossos dias.
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Ponto de Partida
Para iniciar esta lição pergunte aos alunos quais são as principais regras que eles precisam seguir em casa e na escola. Dê alguns minutos para que cada aluno compartilhe sua experiência. Estimule a conversa questionando: “você gosta de obedecer a estas regras? Você sabe a importância dessas regras?”. Conduza a turma a pensar em situações que podem se tornar caóticas na ausência de normas, como por exemplo, o trânsito, a escola, a apresentação de uma orquestra, etc. Leve a turma ao entendimento que é necessário estabelecer diretrizes para que o dia a dia, tanto na vida, como na igreja. E, assim, introduzo a aula explicando que as lideranças cristãs organizaram um Concílio em Jerusalém, a fim de buscar em Deus diretrizes para a Igreja de Cristo.
Vamos Descobrir
Você já deve ter escutado falar sobre a “Lei de Moisés“. Nesta Lição estudaremos sua importância para a identidade do povo judeu. Veremos o debate que surgiu entre os cristãos judeus sobre a necessidade dos cristãos não judeus seguirem as regras e a tradição da Lei. Entenderemos que, no entanto, Jesus morreu na cruz e cumpriu toda a Lei, dando início a uma Nova Aliança.
Hora de Aprender
Depois da primeira viagem, Paulo dedicou-se a continuar ensinando as Escrituras em Antioquia da Síria. Nesse período, surgiu um problema doutrinário na igreja. Parte dos judeus (convertidos a Cristo) acreditava que, para os não judeus servirem a Deus, eles precisariam ser circuncidados e obedecer à Lei de Moisés (At 15.5). Para tratar da questão, a igreja enviou Paulo, Barnabé e outros irmãos para uma reunião em Jerusalém com os apóstolos de Jesus e outros líderes.
I – QUEM PODE SERVIR A DEUS?
O Evangelho tinha ultrapassado as fronteiras da comunidade judaica. Muitas pessoas não judias (gentias) estavam se convertendo. Então surgiram dúvidas sobre como elas deveriam servir a Deus. Este assunto não era novo, os discípulos já haviam discutido isso em outra ocasião (At 11.2,3). O Apóstolo Pedro havia passado por uma grande experiência com Deus. Ele viu quando o Espírito Santo desceu sobre o gentio Cornélio e sua família, (quando eles decidiram aceitar Jesus), da mesma forma que tinha descido sobre os discípulos judeus no dia de Pentecostes (At 11.15-18). Os discípulos já tinham testemunhado que pessoas de diferentes povos falaram em línguas (At 2.4; 8.14-17; 10.44-47).
Isso demonstrava que “Deus trata a todos de modo igual” (At 10.34). Para refletir sobre essa questão, reuniram-se em Jerusalém: a igreja, os apóstolos, os presbíteros e a equipe chegada de Antioquia (At 15.2). De um lado, alguns irmãos que eram do partido dos fariseus e que criam em Jesus, defendiam que os não judeus fossem circuncidados e obedecessem à Lei de Moisés (At 15.5). Em contrapartida, Pedro relembrou a sua experiência com Cornélio, e Paulo e Barnabé acrescentaram os milagres que Deus estava fazendo por meio deles entre os gentios, em Lugares fora de Israel (At 15.7,8,12). Durante o Concílio, o apóstolo Tiago lembrou que a Escritura já havia anunciado que os não judeus seriam parte do povo de Deus. Ele lembrou o que o profeta Amós (9.11-12)já havia explicado sobre isso (At 15.17-18).
A decisão final, portanto, foi a de que qualquer pessoa, não importando sua origem, poderia crer em Jesus e servir a Deus. O entendimento foi que o Senhor perdoa os pecados, tanto dos judeus, como dos gentios.
I- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Mais importante é a decisão do concílio que remete à igreja oficialmente a pregar o evangelho aos gentios e a admiti-los na comunhão cristã somente com base na fé. A importância desta decisão pode ser difícil para os cristãos de hoje entenderem. A luz do Novo Testamento, os proponentes da circuncisão tinham um caso fraco. Na época do Concílio de Jerusalém não havia cânon do Novo Testamento ao qual eles poderiam recorrer. Além disso, os líderes do povo de Deus, de Abraão aos dias de Paulo, tinham sido circuncidados, e o Antigo Testamento ensina que a circuncisão era uma exigência perpétua (Gn 17.9-14). O próprio Jesus nunca ensinou explicitamente que a circuncisão não era mais necessária. O peso destas evidências não deveria ser negado. Não obstante, a Igreja no Concílio de Jerusalém decide que a circuncisão — a obra da lei — já não é necessária” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 708-709).
II- O QUE SE DEVE FAZER PARA SERVIR A DEUS?
Uma segunda questão foi levantada no Concílio: Os não judeus precisavam seguir o estilo de vida judaico para crer em Jesus e ser salvo? Não. Os apóstolos concluíram que para os cristãos servirem a Deus não seria necessário viver como os judeus. Mas, era importante que os dois grupos vivessem em comunhão. Pedro e Tiago, apóstolos de Jesus, explicaram que não era correto estabelecer regras difíceis para os novos cristãos seguirem (At 15.10,11,19). Mas, os dois grupos precisariam ceder para manter uma boa comunhão. Então, apresentou-se quatro proibições aos não judeus: não comer carne de animais que foram oferecidos em sacrifício aos ídolos, não comer a carne de nenhum animal que tivesse sido estrangulado, não comer sangue e não praticar imoralidade sexual (At 15.19, 20).
Dessa maneira, os gentios respeitariam os costumes judaicos em parte e ficariam Liberados de toda a tradição da Lei, para servirem a Cristo. Em Jesus, judeus e não judeus formavam um só povo: a Igreja, o povo de Deus (At 15.14; Gl 3.28). Dessa forma, qualquer pessoa, de qualquer povo ou nação poderia servir a Deus, a partir da fé em Jesus Cristo e do batismo, mantendo a comunhão com a igreja, que era formada por judeus e gentios (Cl 3.11).
II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“No tratamento das exigências para os cristãos gentios, note que Tiago não propõe que eles sejam circuncidados. Ele pede apenas que eles evitem certas práticas que ofendem judeus e declara que certas exigências devam ser condições de comunhão para os gentios que se associam com cristãos judeus. Reconhecendo que Deus aceitou ambos, Tiago recomenda que os dois grupos façam concessões um ao outro para preservar a unidade da Igreja. A solução não abole a Lei, mas pela ajuda do Espírito ele interpreta a Lei mais corretamente. Jesus prometera que o Espírito Santo […] vos ensinará todas as coisas e vos fará Lembrar de tudo quanto vos tenho dito’ (Jo 14.26; cf. Jo 16.13)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 713).
III – A ORGANIZAÇÃO DAS DOUTRINAS DA IGREJA
Essa reunião para discutir o assunto é chamada de “Concílio de Jerusalém” ou “Concílio Apostólico”. Foi o primeiro encontro oficial da Igreja para debater um assunto doutrinário. — E você? Sabe o que é doutrina? Doutrina bíblica é uma crença verdadeira, baseada no texto sagrado. Então, no Concílio, foi estabelecida a doutrina de que a salvação em Cristo é para todos. O passo seguinte foi divulgar a decisão do Concílio. Escreveu-se uma carta com orientações sobre como os gentios deveriam se comportar, após declararem a fé em Jesus. Judas e Silas acompanharam Paulo, Barnabé até Antioquia, com a missão de Ler e entregar a carta para os irmãos (At 15.27-29). E, como todo o processo foi conduzido pelo Espírito Santo, a decisão foi recebida com alegria (At 15.31).
A questão central que foi discutida é sobre o viver pela graça e não pela lei. O que significa isso? Significa que quando uma pessoa decide servir a Jesus, basta crer que Ele é o Salvador, que morreu na cruz e ressuscitou. Viver pela graça é aceitar esse presente dado por Deus, crer em Jesus e viver por Ele. Não é necessário se tornar judeu, ou seja, seguir as regras da Lei de Moisés, para crer em Jesus e receber a salvação, “pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8).
III- AUXÍLIO DIDÁTICO
“O concílio de Jerusalém resumiu numa carta a sua decisão a respeito da circuncisão dos gentios. Esta carta deveria ser Levada a Antioquia da Síria por Judas e Silas. Paulo e Barnabé acompanhariam estes mensageiros […]. A carta mostra claramente a orientação de Deus na decisão (pareceu bem ao Espírito Santo). Duas das condições do conselho envolviam questões de moralidade (evitar idolatria e imoralidade sexual), e duas questões alimentares. Havia restrições de alimentação porque a igreja primitiva frequentemente fazia refeições comunitárias (similares às refeições modernas, em que cada convidado leva um prato). Algumas vezes chamadas de ‘banquetes de amor’ e realizadas de acordo com a Ceia do Senhor (veja 1 Co 11.17-34), estas refeições uniam judeus e gentios. Nestas situações, um gentio poderia horrorizar cristãos de origem judaica, comendo carne que não era Kosher (preparada de acordo com os preceitos religiosos judaicos). […] O resultado final desta crise em potencial foi de grande alegria. É fácil ver o motivo. Em primeiro lugar, tinha sido adotada uma abordagem prudente e sábia para a solução do conflito. Em segundo Lugar, os líderes tinham deliberado somente depois de longas discussões e tinham sido orientados pelo Espírito Santo. E em terceiro lugar, os membros da igreja tinham se submetidos à sua liderança designada por Deus” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Vol. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 694,695).
CONCLUSÃO
O crescimento do número de cristãos entre muitos povos diferentes fez surgir a questão debatida no Concílio de Jerusalém. A decisão final foi guiada pelo Espírito Santo. Ela estava em conformidade com a pregação do Evangelho, feita por Jesus Cristo.
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VAMOS PRATICAR
1- Marque a resposta certa: quem pode servir a Deus?
( ) Judeus ( ) Gentios e não judeus (X) Judeus e não judeus
2- Ligue os pontos corretamente:
• Doutrina – R- É uma crença verdadeira baseada no texto sagrado.
• Concílio – R- É reunião para debater um assunto doutrinário.
Pense Nisso
A salvação não era só para os antigos, ela é também para nós hoje. Jesus salva brasileiro, americano, espanhol, egípcio, japonês, coreano etc. E todos que creem em Jesus passam a fazer parte de um só povo, a Igreja de Cristo.
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL: