EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2024 | TEMA: O LIVRO DOS SALMOS – “Aleluia” Louvai ao Senhor! | Escola Biblica Dominical | Lição 05: Salmo 90 – A Transitoriedade do Homem
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Salmos 90 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Salmo 90.1-17 (1 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. O salmo 90 pode ser análogo a Isaías 40 n o que tange à sua apresentação da grandeza e eternidade de Deus oposta à fragilidade do homem. Enquanto Isaías trouxe uma mensagem de consolo, este salmo visa ao arrependimento. Ainda neste cântico, Moisés fez uma oração para que o Senhor nos ensinasse a contar os nossos dias. À primeira vista, parece um absurdo, mas na verdade o que ele queria era que entendêssemos que por mais que o ser humano consiga medir todas as distâncias fora dele mesmo – como quantos quilômetros há entre o centro da terra e a lua, qual a distância entre os planetas-, ainda assim não consegue contar os seus dias. Assim, o homem tomaria consciência de sua brevidade sobre a terra e compreendia que foi criado para a eternidade.
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OBJETIVOS
Identificar autor, título, classificação e a poesia hebraica.
Reconhecer que a eternidade divina se contrapõe à brevidade da existência humana.
Compreender que a consciência de nossa transitoriedade nos ajudará a vivermos bem o nosso tempo.
PARA COMEÇAR A AULA
Nesta lição procure ouvir os alunos a respeito daquilo que eles têm a dizer sobre a eternidade, em seguida, indague-os se o verdadeiro propósito deles servirem a Deus é por aquilo que o Senhor pode fazer aqui ou se é por tudo aquilo que nos aguarda na eternidade. Discorra sua aula com esta ênfase: a vida aqui é como piscar de olhos; o homem está na terra provisoriamente, mas foi destinado à eternidade.
LEITURA ADICIONAL
“Ensina-nos a contar os nossos dias”. Observe o que é que Moisés pede aqui: somente ser ensinado a contar seus dias. Mas ele já não fez isto? Não era este o seu trabalho diário, a sua atividade constante e contínua? Sim, sem dúvida era; sim, e ele o fazia cuidadosamente e conscientemente também. Mas ele pensava que não o fazia suficientemente bem, e por isto ora aqui, no texto, pedindo para ser ensinado a melhor ar. Veja um homem de bem, como se alegra pouco com qualquer ato de sua vida, com qualquer tarefa que realize . Ele pode não pensar que faz suficientemente bem o que quer que ele faça, mas ainda deseja fazê-lo de outra maneira, e de bom grado, faria melhor. Há um sentimento de modéstia e humildade que acompanha a verdadeira piedade; e cada homem piedoso é um homem humilde e modesto, e jamais se considera um perito perfeito, ou como estando acima de um ensinamento, mas fica satisfeito e deseja ser um aprendiz contínuo; para saber mais do que sabe, e fazer melhor do que faz; e ele não julga que seja algum menosprezo à sua graça receber conselho e procurar instrução, nas áreas em que for necessário. – Edm. Barker, Funeral Sermon for Lady Capell. 1661 Livro: Os Tesouros de Davi, vol. 2 (Charles Spurgeon, CPAD, 20117, págs. 707).
Texto Áureo
“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos o coração sábio. ” Sl 90.12
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Precisamos de sabedoria para viver bem.
INTRODUÇÃO
I- ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data
2- Classificação
3- Poesia hebraica
II- A ETERNIDADE DIVINA Sl 90.1-11
1- Deus soberano Sl 90. 1-4
2- Breve existência Sl 90.5-6
3- O elemento “desobediência” Sl 90. 7-11
III- A TRANSITORIEDADE DO HOMEM S1 90.13-17
1- Consciência de nossa limitação Sl 90.12
2- Consciência de nossos erros Sl 90.13
3- Súplica por dias melhores Sl 90.13-17
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Sl 3.5
Terça – Sl 67.4
Quarta – Sl 69.5
Quinta – Sl 141.3
Sexta – Sl 86.5
Sábado – Sl 90.17
Hinos da Harpa: 16 – 58
INTRODUÇÃO
Estudaremos o Salmo 90 hoje. Moisés, o grande legislador de Israel, comparece milênios depois para nos lembrar da eternidade de Deus e da importância de vivermos com sabedoria a nossa jornada.
I- ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data. O título, em itálico na versão Revista e Atualizada, indica Moisés como autor do Salmo 90: “Oração de Moisés, homem de Deus”. Chama à atenção a designação de Moisés enquanto “homem de Deus”, um título verdadeiramente bíblico, de conteúdo indubitável, assim como atribuído a Elias (2Rs 1.13) e outros personagens bíblicos (1 Tm 6.11). Lamentavelmente, o mesmo título de “homem/ mulher de Deus” é reivindicado hoje por homens de índole duvidosa, como aqueles mencionados pelo apóstolo Paulo (2Tm 3).
2- Classificação. Temos aqui um salmo de oração e súplica. O Salmo 90 é também um dos “salmos sabáticos“, haja vista sua leitura nas sinagogas, é classificado também como um salmo didático e de sabedoria. A oração, propriamente dita, consta dos versículos 13-17, 30 muito embora todo o hino seja uma oração cujos versículos anteriores podem ser compreendidos como adoração e confissão.
3- Poesia hebraica. A beleza da poesia hebraica surge neste salmo com o uso abundante de contrastes. Embora a tradução prejudique a métrica (tamanho dos versos do poema), a oposição de ideias é parte fundamental para tratar os elementos “força” e “fraqueza”. O hino é composto de três estrofes: I (v. 1-6); II (v. 7-12) e III ( v. 13-17).
II- A ETERNIDADE DIVINA (SI 90.1- 11)
1- Deus soberano (SI 90.1-4). Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração (90.1).
A soberania divina é ressaltada na primeira estrofe do Salmo 90. Deus é declarado como a “morada”, “o refúgio”. É muito importante percebermos o emprego que Jesus faz da primeira pessoa (“Eu”) ao se referir ao caminho, verdade e vida (Jo 14.6). É exatamente o que Moisés utiliza neste salmo, onde Deus não providencia o refúgio, a segurança, mas El e próprio é isto. Temos aqui uma voz coletiva através do salmista. Moisés, chamado por Deus (Êx 3), fala em nome do povo quando utiliza o pronome “nosso(a)” (nosso refúgio, nossas iniquidades, nossos pecados). Não se trata de uma generalização em terceira pessoa, é literal. Fala de Israel. ”Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (v. 2). A eternidade, elemento imensurável, ganha a relatividade do tempo (“de eternidade a eternidade”) para tentar explicar a existência única de Deus perante a finitude do homem. Para isso, um milênio ganha a fugacidade de um dia passado e de apenas uma vigília, isto é, apenas três horas de nosso relógio atual (v. 4).
2- Breve existência (Sl 90.5-6). Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca.
A eternidade divina ganha contraste com a fugacidade da existência humana. A primeira figura d e linguagem sobre isto aparece no verso 3. “Tu reduzes o homem ao pó” é uma declaração dramática da Queda e sua consequência sobre a permanência do homem sobre a Terra (Gn 3.19). Composição de Moisés, provavelmente durante a peregrinação de Israel no deserto, o salmista não esquece a força das águas, possivelmente lembrando das cheias anuais do rio Nilo, no Egito, onde foi criado (Êx 2.10). “Tu os arrastas na torrente ” (v. 5), fala de tempestades destruidoras, a exemplo dos “rios” transbordantes referidos por Jesus no Sermão do Monte (Mt 7.27). Assim, Moisés compara a repentina passagem dos seres humanos nesta vida à rapidez das correntes d e água. Por fim, elementos como “sono”, “flor “, “madrugada”, “breve pensamento”, “voo” e “conto” completam a poesia no tocante à duração da vida humana.
3- O elemento “desobediência” (Sl 90.7-11) Diante de ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos (90.8).
A segunda estrofe do Salmo 90 (v. 7-12) começa com uma declaração de causalidade entre parte desse estado efêmero humano e a perfeição divina. “Israel”, embora não conste expressamente do texto, está presente aqui pelo uso de pronomes possessivos no plural, como vimos no tópico 1. Porém, a desobediência não surge como exclusividade desse povo, pois, como vimos também, Moisés parece reportar-se mesmo ao Éden (Gn 3.19). Os versículos 7, 8, 9 e 11 falam da contribuição humana ao resultado fatídico do salmo. Devemos ter muito cuidado com todo texto do Antigo Testamento que não tenha sido confirmado pelo Calvário. Jesus não ratificou a ideia de uma relação direta entre pecado/doenças/pobreza/morte. Quando indagado, por exemplo, acerca de quem havia pecado para que um homem nascesse cego, o Mestre desfez essa pré-concepção (Jo 9.3). Havemos de nos lembrar, também, que o Livro de Salmos é um hinário, um livro de poesias, em que, não obstante os salmos messiânicos tenham sido referenciados por Jesus (Lc 24.44), a teologia ensinada em todo o livro precisa ser interpretada à luz do Novo Testamento (Lc 16.16). O apóstolo Pedro ensina que devemos ter respostas coerentes para justificar a nossa fé em Jesus Cristo (1 Pe 3.13-17), e a palavra-chave do ensino do Mestre é amor (1Jo 4. 7-8).
III- A TRANSITORIEDADE DO HOMEM (Sl 90. 13-17)
1- Consciência de nossa limitação (Sl 90.12) Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos o coração sábio.
Muito embora a terceira estrofe do Salmo 90 contenha a oração propriamente dita, o versículo 12 pode ser considerado parte dessa oração, e é uma boa referência do caráter didático deste salmo. Para isto, é importante lembrar que a noção de “tempo” na época de Moisés é muito diferente da nossa. Na antiga Israel observava-se o ano lunar, seguindo as fases da Lua. Não havia consciência de horas, minutos e segundos. O dia era dividido principalmente entre a fase clara (dia) e a escura (noite). A noite era dividida em quatro frações chamadas de vigílias (Mt 14.25). Por influência de Roma, o dia (luz) já era dividido em horas, chamadas de primeira, segunda, terceira etc., (At 2.15). É muito importante que tenhamos, serenamente, consciência de nossa limitação. Ao contrário do que possa parecer a alguns, é justamente a consciência de nossa transitividade que nos ajudará a vivermos bem o nosso tempo. Não podemos nos calar perante os desvios doutrinários que enfatizam prosperidade no mundo, como se a Igreja fosse chamada a acumular tesouros na Terra (Mt 6.19-21). Jesus ensinou que a vida de um homem não consiste na quantidade de bens que ele possui (Lc 12.15). Ao referir-se indiretamente à falta de sabedoria nessa “contagem” de nossos dias, o Senhor falou da história de um homem rico (Lc 12.16-21). Precisamos dessa sabedoria para vivermos bem a adolescência, a juventude e a maturidade. Um antigo provérbio diz que mais vale um velho sereno que um jovem confuso, porém, a recíproca é verdadeira e aplicável a todas as faixas etárias, observadas as peculiaridades de cada uma. A juventude não dura para sempre. A maturidade hoje está dividida em “idades”. Contemos os nossos dias, verificando quanta graça divina temos recebido.
2- Consciência de nossos erros (Sl 90.13) Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos.
A eternidade de Deus, tão bem retratada neste salmo, não é um tipo de “afronta” à efemeridade humana. O amor de Deus é um bálsamo à ferida do homem causada pelo pecado edênico. A desobediência, a que todos estamos sujeitos diariamente, pode ser compensada por uma vida de arrependimento e entrega. “Arrependei-vos” é o grito do derradeiro profeta canônico (Lc 16.1 6). São as primeiras palavras da pregação de Jesus (Mt 4.17). É o brado do apóstolo Pedro à nascente Igreja (At 2.38). “Arrependei-vos” é o grito silencioso do Pai em resposta à cena dramática do Calvário. É a convocação do Espírito Santo a você e a mim nesta difícil geração da Igreja (2 Tm 3), pois, sem santificação, não entraremos no Reino (Hb 12.14 ).
3- Súplica por dias melhores (Sl 90.13-17) Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos (90.17).
A última estrofe do Salmo 90 (v. 13-17) apresenta uma súplica pela restauração, paz, alegria e prosperidade de Israel. Todos este itens foram recepcionados pelo Evangelho, inclusive a verdadeira prosperidade, a qual surge no Novo Testamento como uma bênção, porém, consequente (3 Jo 1.2). A doutrina sistemática do Antigo e Novo Testamentos nos ensina a vivermos com os nossos corações longe da avareza, servindo a Deus sempre, seja na fartura, nas necessidades e mesmo em grandes provações (Fp 4.11-13). Precisamos clamar pelas nossas vidas, pela Igreja e pelo Brasil. Algo de muito grave parece rondar esta nação. Fomos chamados a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5. 13-14). Temos compromisso com a paz (1 Tm 2.2), somos pacificadores (Mt 5.9).
APLICAÇÃO PESSOAL
Reconhecer a eternidade de Deus é dedicar o pouco tempo desta vida a servi-lo. Por outro lado, a consciência da efemeridade da vida humana nos constrange a remir o tempo de nossa curta existência buscando viver melhor os nossos dias e cumprir a vontade de Deus.
RESPONDA
1) Segundo a lição, qual a classificação , Salmo 90 se enquadra?
R. Oração e Súplica
2) Em que local ocorreu a provável composição do salmo 90, atribuído a Moisés?
R. Durante a peregrinação do povo de Israel no deserto.
3) A noção de tempo do povo de Israel era diferente da que temos hoje. No calendário lunar, em quantas partes era divida a noite (parte lunar)?
R. 4 vigílias
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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