EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2025 | TEMA: GÁLATAS E EFÉSIOS – A Verdadeira Liberdade e a Unidade do Corpo de Cristo | Escola Biblica Dominical | Lição 11: Efésios 5 – A Conduta Cristã no Mundo e no Lar
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Efésios 5 há 33 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Efésios 5.18-33 (5 a 7 min.).
A palavra trevas, na Bíblia, geralmente está ligada à ideia de ignorância. Assim, pois, não há uma outra possibilidade de Satanás escravizar uma pessoa a não ser enganado-a, e mantendo-a no mundo das trevas por pura ignorância.
A palavra luz na Bíblia, em muitos momentos, está ligada à ideia de conhecimento. Portanto, o estar em Cristo não é coisa de pessoas tolas, a exemplo do que muitos acreditam, mas de quem foi iluminado pelo Espírito Santo e, consequentemente passou a ver as verdades de Deus de modo claro. Por esse motivo, Paulo nos chamou de “filhos da luz”, e o escritor aos Hebreus afirmou que fomos chamados para a Sua maravilhosa luz.
Só mediante a luz/conhecimento é possível viver um relacionamento familiar sob o padrão do Reino de Deus.
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OBJETIVOS
Observar a importância de se andar na luz.
Vencer o pecado, sendo cheio do Espírito Santo.
Compreender as responsabilidades que marido e mulher têm um com o outro.
PARA COMEÇAR A AULA
Caro mestre, como mostra o nosso esboço, inicie esta aula evidenciando que o estar em trevas faz com que produzamos obras da carne. Antes de expor os tópicos sobre ser cheio do Espírito e relacionamento familiar, fale sobre um ponto chave acerca da luz, a respeito do qual Paulo disse: “Tudo isso é revelado pela luz”. A partir dessa afirmação, compreendemos que o poder da luz de Cristo desvenda qualquer coisa que está em trevas. Não há um ser que consiga se esconder diante Dele, pelo contrário, tudo está patente aos Seus olhos, e um dia as contas disso serão prestadas.
LEITURA ADICIONAL
A convivência no âmbito da Igreja, o corpo de Cristo, é determinada pelo Espírito Santo. As pessoas foram renovadas por meio Dele. Ele deve plenificar cada vez mais os crentes. Consequentemente, o louvor ao Deus triúno deve ser proferido na igreja e cunhar a convivência das pessoas. À luz do relacionamento com Cristo, ganha nova qualidade também o convívio de homem e mulher, pais e filhos, senhores e servos. Todos os cristãos estão conjuntamente subordinados à cabeça, Jesus Cristo. Ele, porém, cuida com amor auto sacrificial de Seu corpo, a Igreja. Dessa maneira, os cristãos são libertos para respeitar as ordens vigentes dentro das respectivas situações de vida. Portanto, a “condição de cabeça” do homem no matrimônio reveste-se de responsabilidade e compromisso para ambos os cônjuges. Filhos e subalternos devem dedicar o devido respeito a seus pais (ou superiores). Estes, por seu turno, não devem abusar de sua posição. Não pode ser ignorada a tônica que remete todos os envolvidos à instância do último juiz: “O Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9).
Livro: Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses: Comentário Esperança (Eberhard Hahn, Wernerde Boor, Esperança, 2006, Pg. 80).
Texto Áureo
“Pois, outrora éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor, andai como filhos da luz” Ef. 5.8
Verdade Prática
A condição de servos de Cristo deve influenciar todas as áreas de nossa vida, inclusive o convívio familiar.
INTRODUÇÃO
I- FILHOS DAS TREVAS E FILHOS DA LUZ Ef 5.1-17
1- Nosso tempo nas trevas Ef 5.8
2- Nosso tempo na luz Ef 5.9
3- Desperta tu que dormes Ef 5.14
II- ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO Ef 5.18-21
1- Não vos embriagueis Ef 5.18
2- O encher-se do Espírito Ef 5.i8
3- Graças a Deus em tudo Ef 5.20
III- FAMÍLIA CRISTÃ Ef 5.22-33
1- A missão da esposa Ef 5.22
2- A missão do marido Ef 5.25
3- O fundamento é o Amor Ef 5.33
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
No capítulo 5 de Efésios, o apóstolo Paulo volta a falar sobre a ideal maneira de viver dos cristãos. Ele faz um contraste entre luz e trevas, além de fazer importantes considerações sobre a vida no círculo familiar.
I- FILHOS DAS TREVAS E FILHOS DA LUZ (5.1-17)
Paulo faz um contraste entre a luz e as trevas com o objetivo de conduzir os cristãos a refletir sobre a responsabilidade que têm quanto ao testemunho de vida. O ideal é que cada crente seja um imitador de Cristo. O princípio aqui defendido é que o cristão seja uma reprodução do modo de vida de Cristo. Ele deve fazer jus ao nobre título de “cristão”. O nosso padrão de vida é Cristo, mas podemos também nos espelhar em pessoas que apresentam bom testemunho da fé, a exemplo de Paulo.
1- Nosso tempo nas trevas (5.8) Pois, outrora, éreis trevas….
Todo cristão tem dois estágios em sua jornada terrena: o antes e o depois de Cristo. O “outrora” aqui é uma alusão direta ao tempo em que os gentios viviam mergulhados no paganismo. Assim, antes de sua conversão, aqueles irmãos viviam nas trevas espirituais, sem nenhum conhecimento de Deus. Em Atos 17.30, Paulo faz referência a esse primeiro estágio usando a expressão “tempos da ignorância”. Nesse tempo os gentios não tinham nenhum conhecimento acerca de Deus e de Seus propósitos em suas vidas. Em João 8.12 Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas”. Jesus tinha plena convicção acerca do estado espiritual daqueles pelos quais morreria na cruz. Seu sacrifício na cruz quebrou o domínio das trevas sobre a criação.
2- Nosso tempo na luz (5.8) …Porém, agora, sois luz no Senhor, andai como filhos da luz.
Esse, “porém, agora” é uma direta referência à nossa nova vida em Cristo. É o nosso presente, após termos sido alcançados pelo Evangelho da graça. Antes da conversão vivíamos nas trevas, mas após nosso encontro com Cristo, nos tornamos filhos da luz, a luz do Senhor. Por que nos tornamos luz? Quando reconhecemos Cristo como Senhor, passamos a refletir a luz que vem de Cristo, pois Ele é a Luz do mundo (Jo. 8.12). Sendo assim, nos tornamos como autênticos “luzeiros” que apontam em direção ao Senhor! Como se reconhece um filho da luz? Pela forma de vida que leva. Pelos frutos que produz. Pelos valores que defende. Pelo Deus que adora. Pelo testemunho que apresenta diante dos seus irmãos de fé e do mundo que ainda está em trevas. Paulo mostra aos crentes que Deus espera condutas que demonstrem que a luz de Cristo os havia alcançado. Essas atitudes fazem parte do fruto do Espírito já estudados em Gálatas 5: a) Bondade (generosidade para com o outro); b) Justiça (dar a Deus e ao próximo o que é justo e devido) e c) Verdade (oposição à mentira; vida íntegra). Às obras das trevas Paulo dá o nome de “Obras infrutíferas”. Essa expressão é a tradução do grego acarpos, isto é, “infrutífero”, palavra que tem o sentido figurado de “estéril”, “improdutivo” e “inútil para qualquer propósito”. Isso tudo tem o sentido de “más obras” em contraste com o princípio bíblico de que a obra de Deus consiste em fazer de nós “feitura sua”, criados para as boas obras (Ef 2.10).
3- Desperta tu que dormes (5.14) Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
Este verso nos desperta para o fato de que estávamos dormindo ou mortos, mas recebemos a iluminação de Cristo. Somados a este, os três versos seguintes preparam-nos para viver no espírito e para andar prudentemente, remindo o tempo, que significa aproveitar todas as oportunidades que recebemos do Senhor para fazer a Sua vontade, porque os dias são maus: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurei compreender qual a vontade do Senhor ” (5.15-17).
II- ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO (5.18-21)
Aqui, Paulo mostra aos Efésios um caminho sobremodo excelente para aqueles que querem vencer o pecado e cultivar um frutífero relacionamento com Deus.
1- Não vos embriagueis (5.18) E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei–vos do Espírito.
Em vários textos bíblicos encontramos advertências contra o uso demasiado de bebidas alcoólicas, tendo em vista que a ingestão prejudica a sobriedade da pessoa. Pesquisas científicas demonstram que mesmo pequenas quantidades de álcool podem ter impacto negativo no cérebro de uma pessoa. Alguns pesquisadores chegam a afirmar que os danos causados pelo álcool são superiores ao eventual benefício que o seu uso medicinal traria. A dissolução está diretamente relacionada com a embriaguez e com a devassidão. O consumo de bebidas alcoólicas é estimulante para todo tipo de libertinagem, ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perde-se o pudor e a vergonha.
2- O encher-se do Espírito (5.18) E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei–vos do Espírito.
Se tem algo com que o cristão deve encher-se à vontade, e sem limites, é do Espírito Santo. No original grego, temos o tempo presente desse verbo (enchei-vos), em sentido progressivo, como se Paulo tivesse escrito “ide vos enchendo”, em um processo contínuo e crescente de enchimento. Esta á e vontade do Senhor! Seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida. Paulo falou que somos selados pelo Espírito (1.13,14); e que não devemos entristecer o Espírito (4.30). Agora, ele “ordena” que sejamos cheios do Espírito (5.18). É o Espírito Santo quem nos convence do pecado, quando pecamos. É Ele quem opera em nós o novo nascimento. É Ele quem nos ilumina a mente para entendermos as Escrituras. É Ele quem nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. É Ele quem nos batiza no corpo de Cristo. É Ele quem testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. É Ele quem habita em nós. Todavia, é possível ser nascido do Espírito, ser batizado com o Espírito, selado pelo Espírito e, ainda assim, estar sem a plenitude do Espírito. Nós, que já temos o Espírito, que somos batizados no Espírito, devemos viver em processo contínuo e crescente de enchimento do Espírito.
3- Graças a Deus em tudo (5.20) Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
O crente cheio do Espírito não vive resmungando, reclamando da vida, criando intrigas, cheio de amargura e ressentimento; sua comunicação é de enlevo espiritual com salmos, louvores e cânticos espirituais. Vive dando graças por tudo a Deus. Por fim, o apóstolo Paulo diz: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5.21). Uma pessoa cheia do Espírito não pode ser altiva, arrogante nem soberba. Em Cristo, devemos ser submissos uns aos outros.
III- A FAMÍLIA CRISTÃ (5.22-33)
Nesta última parte do capítulo 5, Paulo foca no círculo familiar, analisando o papel de cada ator nessa divina instituição que é a família. Ele sai da família espiritual fundada na paternidade divina e adentra na família terrena.
1- A missão da esposa (5.22) As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor.
A expressão “mulheres sujeitas em tudo” está fundamentada no princípio espiritual de que Cristo é o “cabeça da Igreja em tudo”. Paulo quer dizer que o marido deve exercer liderança em tudo quanto pertence à relação matrimonial. Todavia, a “submissão” aqui não significa inferioridade ou não ter voz na relação, visto que a relação do casal deve ser de complementaridade. Nas culturas antigas, no geral, a mulher não era reconhecida como uma pessoa sujeita a direitos. A título de exemplo, a elas não era permitida a leitura das Escrituras na sinagoga. Submissão é pôr-se debaixo da missão de outra pessoa, tem o sentido de “ajudadora” ou mesmo “aliada” em traduções mais atuais. (Gn 2.18). A relação familiar deve ser como uma via de mão dupla, onde a esposa respeita o marido, e o marido deve merecer o respeito dela.
2- A missão do marido (5.25) Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.
Quando Paulo fala sobre o bom relacionamento entre marido e esposa, ele usa a figura da Igreja como exemplo. A marca de Cristo na Igreja é o amor, e é esse sentimento que deve ser a tônica no trato que o marido dá à sua esposa. Tudo o que Cristo fez pela Igreja, o marido deve praticar em relação à esposa. A comparação com Cristo como o cabeça da Igreja (Ef 1.22; 4.15; Cl 1.18) revela em que sentido o marido é o cabeça da mulher. A liderança masculina deve se restringir ao casamento e deve ser de forma servidora e sacrificial, ou seja, sempre visando o bem-estar de sua esposa e do seu lar.
3- O fundamento é o amor (5.33) Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido. AMA
O melhor paralelo da vida a dois é a relação entre Cristo e a Igreja. Esse princípio bíblico não é o controle do homem sobre a mulher, mas sim o amor que os une. O amor permanente, que cresce ao longo do tempo. O amor maduro, responsável, decidido (1 Co 13.1-8). O amor é a razão que leva o homem a deixar sua família original a fim de dividir a vida com uma mulher, formando assim uma nova família. O “tornar-se uma só carne” não anula a individualidade. O amor que une é o mesmo que deve suportar as diferenças. Como você entende a expressão “não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gn 2.18)? É daqui que muitos tiram a “teologia da inferioridade da mulher”, mas o texto não fundamenta isso. Quando lemos esse texto em seu original hebraico, encontramos no final do versículo as palavras ezer kenegui-dó, cujo sentido é “ajuda oposta”. Então, a melhor mulher para se ter como esposa é aquela que vai nos fazer “oposição”; isso não se trata de uma apologia à mulher como “dona da verdade” ou controladora, mas aquela que, com sua forma única de ver o mundo, vai enriquecer o relacionamento. O lar cristão deve ser mais que uma casa. Casa se faz com tijolo e cimento; um lar se constrói com valores e princípios. No lar, pais e filhos contracenam, sem ensaios, as relações em família.
APLICAÇÃO PESSOAL
O nosso relacionamento com Cristo serve de reflexo para iluminar o nosso relacionamento matrimonial e familiar, orientando-nos em amor e respeito mútuos, segundo o modelo de Cristo e da Igreja.
RESPONDA
1) Em que consiste o fruto da luz?
R. Em toda bondade, e justiça, e verdade
2) Quem é o nosso Consolador?
R. O Espírito Santo.
3) O que é submissão à luz, na Bíblia?
R. É pôr-se debaixo da missão de outra pessoa.
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