EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: Filipenses, Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses – Cartas para a Vida Cristã | Escola Biblica Dominical | Lição 05: Colossenses 1 – A Primazia de Cristo Sobre Todas as Coisas
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Colossenses 1 há 29 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Colossenses 1.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Paz do Senhor, professor(a)! Este estudo inicia nossa jornada pela carta aos colossenses. Os desvios doutrinários praticados por algumas pessoas da igreja de Colossos levaram Paulo a escrever a carta. Mas a calorosa saudação mostra que a maioria daqueles irmãos frutificava espiritualmente. Os colossenses foram encorajados a entender quem é o Cristo: o próprio Deus que se fez visível e cuja existência precede tudo que existe; centro de tudo que há e cabeça sob a qual todo o seu povo está. Que lindo! A carta enaltece a pessoa e o amor de Jesus, assim como a sua ressurreição. Porque venceu a morte, Jesus assegurou a vida para os que nele creem e reconciliou a criatura com o criador através de si.
OBJETIVOS
Renovar a convicção de que Jesus é Deus;
Declarar que só Jesus é o Senhor da Igreja;
Celebrar a reconciliação garantida para os que creem em Jesus.
PARA COMEÇAR A AULA
Peça que um voluntário se sente à frente, representando Deus. Os demais devem tentar se aproximar, mas só poderão vir se disserem: “Não mereço, mas creio em Jesus, e Ele me reconciliou com Deus.” Alguns talvez queiram argumentar seus próprios interrompa e diga que somente um caminho foi aceito. Ao final, ensine: ninguém se aproxima de Deus por esforço próprio. Jesus é o único mediador. Por Sua morte e ressurreição, temos hoje paz com Deus e acesso ao Seu Reino. Isso é graça!
LEITURA ADICIONAL
“Paulo escreve aos colossenses porque a igreja havia sido invadida por falsos mestres que ensinavam que a devoção a Jesus Cristo e a fidelidade ao ensinamento dos apóstolos de Cristo (…) não eram suficientes para a fé e a salvação de um cristão verdadeiro. Esse falso ensino misturava “filosofia” e “tradição” humanas com o evangelho (2.8) – a verdadeira mensagem e conclamava as pessoas à adoração aos anjos como mediadores entre Deus e os homens (…). Eles justificaram as suas regras equivocadas alegando ter recebido uma revelação especial através de visões (2.18). A filosofia subjacente a estes erros aparece hoje no falso ensino de que Jesus Cristo e a mensagem original do Novo Testamento não são suficientes para satisfazer as nossas necessidades espirituais (…). Paulo refuta essa heresia (…). Ele faz isso mostrando que Cristo não é apenas o nosso Salvador pessoal (isto é, aquele que perdoa os pecados e nos livra da morte espiritual), mas também o cabeça da igreja e Senhor (isto é, a autoridade suprema) do universo e de toda a criação. (…) Não precisamos de qualquer outro mediador humano ou espiritual para estar entre Deus e nós”. Livro: “Bíblia de Estudo Pentecostal: edição global” (Donald C. Stamps. Rio de Janeiro: CPAD, 2022. p. 2210).
Texto Áureo
“Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia”. CI 1.18
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Jesus é a resposta para todas as nossas dúvidas e necessidades.
INTRODUÇÃO
I- INTRODUÇÃO À COLOSSENSES 1.1-2
1- Autor, data e local 1.1
2- Destinatários 1.2
3- A “heresia colossense” 1.23
II- A CONDIÇÃO DOS COLOSSENSES 1.3-14
1- Gratidão 1.3
2- Oração 1.9a
3- Libertação 1.13
III- A PRIMAZIA DE CRISTO I 1.15-29
1- Senhor da criação 1.15
2- Cabeça da Igreja 1.18a
3- Promotor da reconciliação 1.20
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Colossenses é um escrito de profunda exaltação a Cristo. O Espírito Santo, objetivando combater o perigoso ensinamento que ameaçava a igreja local, conduz-nos por uma empolgante defesa da absoluta supremacia de Jesus sobre tudo e todos.
I- INTRODUÇÃO À COLOSSENSES (1.1-2)
1- Autor, data e local (1.1) Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo…
Paulo é o autor de Colossenses (v. 1), uma vez que a primeira pessoa do singular (“eu”) é usada em toda a carta (por exemplo, v. 24), servindo-lhe Timóteo, provavelmente, como seu secretário redator. Ao final, como de costume (1Co 16.21; 2Ts 3.17; Fm 19), Paulo assume a escrita e lavra de próprio punho a saudação de encerramento, confirmando sua autenticidade (Cl 4.18). A tradição fixa a sua origem durante a prisão de Paulo em Roma (At 28.16-31), entre os anos 61 e 63 d.C. Como registramos em estudo anterior, ao lado de Efésios, Filipenses e Filemom, Colossenses é uma das chamadas “cartas da prisão”. Tíquico e Onésimo, cooperadores de Paulo, entregaram pessoalmente a carta aos colossenses (Cl 4.7-9).
2- Destinatários (1.2) Aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros da parte de Deus, nosso Pai.
A cidade de Colossos localizava-se a 160 km de Éfeso, região da Frígia, parte da província romana da Ásia Menor, atual Turquia. Estava situada no vale do rio Lico, ladeada por duas importantes cidades: Laodicéia e Hierápolis (Cl 4.13-16). Apesar de alguma importância comercial no passado, a cidade de Colossos, na época de Paulo, estava em franco declínio socioeconômico. Tudo indica que a igreja em Colossos foi fundada por Epafras (v. 7), possivelmente convertido durante os três anos de ministério de Paulo em Éfeso (At 19.10 e 20.31). Por isso, embora Paulo não tivesse visitado Colossos (Cl 2.1), falava com autoridade apostólica perante aquela comunidade de fé. Colossos foi a igreja menos importante para a qual Paulo endereçou uma carta, sendo também a única que recebeu uma epístola de Paulo sem o ter conhecido pessoalmente. É emocionante perceber que uma carta tão profunda e respeitável tenha sido encaminhada para uma igreja local tão pequena, instalada em uma cidade decadente. Deus escolhe as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes (1Co 1.26-29).
3- A “heresia colossense” (1.23) Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
Epafras foi a Roma e pediu a ajuda de Paulo no enfrentamento de algumas doutrinas ameaçadoras da igreja local (v. 7-8; Cl 4.12-13). Paulo escreveu aos colossenses a fim de combater esses ensinamentos heréticos e apresentar-lhes claramente a verdade do Evangelho (v. 9-14). A chamada “heresia colossense” era uma perigosa doutrina sincretista, combinando elementos do legalismo judaico e de filosofias pagãs, especialmente o gnosticismo. Constituíam traços de deturpação da crença judaica debates relacionados a observâncias dietéticas, guarda do sábado, rito da circuncisão e, provavelmente, função mediadora dos anjos (Cl 2.11, 16 e 18). Já a ênfase à “sabedoria” e “conhecimento”, poderosas forças cósmicas, atuantes espíritos intermediários e desprezo à matéria/corpo refletem a filosofia grega (Cl 2.3, 8 e 23). Ora, se a matéria em si fosse má, Deus, sendo santo, não poderia criar o universo, tampouco se comunicar diretamente com homens pecadores, muito menos encarnar. Não poderia, pois, ser Criador nem Mediador ou Redentor, tal qual revelado nas Escrituras. Ademais, se a maturidade só fosse alcançada por rituais místicos ou acesso a conhecimentos especiais, Cristo não seria suficiente. Ao rebater tamanha heresia, Paulo decerto meditou longa e profundamente sob a direção do Espírito Santo, para então desenvolver a doutrina do significado cósmico de Cristo, materializada em uma das mais belas e vívidas passagens da Bíblia (v. 15-23), como veremos adiante.
II- A CONDIÇÃO DOS COLOSSENSES (1.3-14)
1- Gratidão (1.3) Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós.
Depois de uma breve saudação inicial (v. 1-2), Paulo inicia a carta liberando radiantes palavras de ação de graças pela vida dos irmãos colossenses, precisamente pelo saudável cultivo da fé em Cristo, do amor ao próximo e da esperança do porvir (v. 3-5a). Nossos irmãos de Colossos demonstravam ter relacionamento certo com Deus, com os homens e com as dificuldades cotidianas. Em suma, Paulo agradeceu ao Pai (v. 3) pela presença, entre os colossenses, da tríade de virtudes cristãs: fé, esperança e amor (1Co 13.13). Esse saudável panorama espiritual não decorria do simples esforço pessoal, mas da ação transformadora da verdade do Evangelho (v. 5b). A Santa Trindade era patente na vida daqueles irmãos (v. 3 e 8). Logo, tudo era genuíno fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23). A graça de Deus derramada sobre a pequena e humilde igreja de Colossos estava gerando crescimento e fertilidade espiritual visíveis (v. 6). Paulo, mesmo preso e enfrentando graves necessidades pessoais, demonstra preocupação sincera e amorosa com a fé de irmãos em Cristo que sequer conhecia pessoalmente, servindo de exemplo para todos nós (1Co 11.1; Hb 13.7).
2- Oração (1.9a) Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós…
Em seguida, Paulo faz encorajadora oração em prol dos colonos. Roga, na ocasião, seis preciosas bênçãos que, em verdade, não podem faltar na vida de qualquer cristão: 1) conhecer a vontade de Deus; 2) praticar discernimento espiritual; 3) viver em santidade; 4) produzir frutos honrosos; 5) mover-se com poder espiritual; e 6) manter espírito alegre e grato (v. 9-12). Atenção para a magnífica conexão espiritual: conhecer a Deus (v. 9a) promove sabedoria, santidade e serviço (v. 9b-10), vivenciados na força do Senhor (v. 11a) e impulsionados por alegria e gratidão (v. 11b-12). Com um detalhe: tudo em fartura (“transbordeis”; “pleno”; “toda”). Eis uma iluminadora síntese bíblica da prometida vida abundante (Jo 10.10b); vida cheia do Espírito (Ef 5.18-21). O conteúdo dessa oração difere da tônica imediatista, egoísta e sobretudo materialista que marca muitas das nossas orações. Nosso coração deve estar voltado para bênçãos espirituais (Ef 1.3). Ao assim proceder, tudo o mais nos será acrescentado (Mt 6.33).
3- Libertação (1.13) Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.
Da mesma forma que Deus resgatou seu povo da escravidão do Egito (Ex 6.6 e 14.30), assim também Jesus nos libertou do domínio de Satanás (At 26.18; 1Jo 5.19). Não só nos tirou da lama do pecado, como também colocou nossos pés sobre uma rocha e nos firmou os passos (Sl 40.2-3), levando-nos para a sua maravilhosa luz (1Pe 2.9). Trata-se da operação de resgate mais espetacular da história humana. De filhos da ira (Ef 2.1-3) para servos amorosos (Rm 6.22). De inimigos de Deus (1.21; Rm 5.10) passamos a filhos de Deus (Jo 1.12). Assim como os colossenses, estamos no reino de Cristo (Jo 3.5), sujeitos à sua sábia direção (Mc 8.34) e total proteção (1Jo 5.18b).
III- A PRIMAZIA DE CRISTO (CI 1.15-29)
Veja que nos versículos 13 ao 15, Paulo enfatizou que a verdadeira liberdade cristã se expressa no autocontrole, no serviço de amor ao próximo e na obediência à Lei de Deus. A questão agora é: Como essas coisas são possíveis? E a resposta é: pelo poder do Espírito Santo. Portanto, o cristão deve andar no Espírito para não satisfazer os desejos incontidos da carne.
1- Senhor da criação (1.15) Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Paulo dá desenvolvimento a uma das mais belas passagens das Escrituras. Incomparável poema em louvor à grandiosidade da obra de Cristo. Seus primeiros versos são de tirar o fôlego: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis” (v. 15-16a). Por certo, Paulo valeu-se de seu profundo conhecimento da literatura veterotestamentária ao atribuir a Jesus a instigante função de “arquiteto” da criação (Gn 1.1-3; Pv 8.30). A menção ao “primogênito de toda a criação” não significa que Cristo seja um ser criado (clássica heresia ariana). Paulo tinha em mente os privilégios do primogênito no Antigo Testamento, a envolver autoridade especial e até soberania governamental (Sl 89.27). O texto deixa claro que Jesus é o primogênito porque “tudo foi criado por ele e para ele” (v. 16b), de tal maneira que “ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” (v. 17; Jo 8.58). Jesus criou, sustenta e dirige todas as coisas (Jo 1.1-3; Hb 1.2-4).
2- Cabeça da Igreja (1.18a) Ele é a cabeça do corpo, da igreja…
Após destacar a centralidade cósmica de Jesus, Paulo evidencia essa centralidade também em relação ao seu povo. Cristo é o fundador, sustentador e dono da Igreja (Mt 16.18 e 28.18-20;1Pe 2.4-8). Por ser seu corpo, Jesus mantém relacionamento vivo e íntimo com os seus. Tanto que perseguir a Igreja é perseguir pessoalmente a Jesus (At 9.1-5). Ele é a fonte de vida, poder e alegria da Igreja (Jo 15.4-5; Fp 4.4). Jesus é a cabeça da Igreja (v. 18a), não o papa. Paulo também revela que Jesus “é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (v. 18b). Aqui, o apóstolo dos gentios rememora a ressurreição de Cristo como evento-chave para a nova vida disponível à Igreja (1Co 15.20-22). A morte foi vencida (1Co 15.55-57) e Cristo reina (Ap 1.5 e 18). Por isso, somos mais que vencedores em Cristo Jesus (Rm 8.37). Em seguida, Paulo declara que “aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (v. 19). Mais uma vez, o apóstolo explora memórias do Antigo Testamento, quando Deus “enchia” o tabernáculo e o templo com a sua presença (Êx 40.34; Ez 44.4). Aqui, Paulo reafirma a divindade de Jesus. De fato, ver a Jesus é ver o próprio Deus (Jo 10.30 e 14.6-11). Não havia necessidade de buscar seres intermediários, desejar determinadas “visões” ou perseguir conhecimentos “misteriosos” a fim de alcançar o coração do Pai – como falsos mestres estavam a ensinar aos colossenses. Cristo é suficiente (Cl 2.9).
3- Promotor da reconciliação (1.20) e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
A queda gerou impacto em toda a criação (Gn 3.17-19), que ficou sujeita à vaidade e foi lançada no cativeiro da corrupção. Sofre até agora na expectativa do tempo da sua libertação (Rm 8.19-23). Daí o porquê de Jesus ter morrido para reconciliar consigo mesmo não apenas a raça humana, mas “todas as coisas” (v. 20). Porém, a reconciliação universal não significa salvação universal. É um equívoco a crença de que, no fim dos tempos, todos os seres estarão salvos. Pelo contrário, muitos integrantes da criação serão subjugados e perecerão (Cl 2.15; Mt 25.41; Ap 20.15 e 21.8). Somente aqueles que crerem em Jesus serão salvos (Jo 3.16). Paulo anuncia não redenção cósmica, mas restauração cósmica (Is 11.6-9). Ao final do capítulo, o Espírito Santo nos encoraja a permanecer firmes na fé em Cristo e na esperança do Evangelho (v. 23). Afinal, nosso trabalho nunca é vão, no Senhor (1Co 15.58).
APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus dá coerência e sentido não apenas para as nossas vidas, mas para o universo inteiro. Em Cristo, tudo se conecta e encontra real propósito. Alegre-se nessa bendita verdade! VLT
RESPONDA
1) Durante qual período Paulo escreveu essa carta?
R. Durante sua prisão em Roma, entre 61 e 63 de. C.
2) O que Paulo disse que Deus fez pelos colossenses?
R. Deus os libertou do império das trevas e os transportou para o reino de Cristo.
3) Quem é o cabeça da Igreja?
R. Jesus Cristo.
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