Lição 06: Os Dons de Poder | 4° Trimestre de 2022 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 4° Trimestre De 2022 | TEMA: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais | Escola Biblica Dominical | Lição 06: Os Dons de Poder

TEXTO ÁUREO

“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia.” Atos 8.6

VERDADE APLICADA

Cada discípulo de Cristo deve desejar e buscar os dons espirituais para o cum­primento da missão de evangeliza ao e edificação da igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Falar que a igreja precisa do poder do Espírito Santo.
Ensinar que os dons de poder continuam atuais
Mostrar a importância dons de poder.

TEXTO REFERÊNCIA

JOÃO 14
12- Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crer em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai.
13- E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.

HEBREUS 11
1- Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.
6- Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 77.14 Tu és o Deus que faz maravilhas.
TERÇA – Mt 13.58 Os milagres são para os que creem.
QUARTA – Mt 17.20 0 poder mediante a fé.
QUINTA – Mt 19.26 A Deus tudo é possível.
SEXTA – At 1.8 O poder do Espírito Santo.
SÁBADO – 2Tm 1.7 O Reino de Deus é um Reino de poder
HINOS SUGERIDOS: 4, 6, 7

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que a igreja exerça os dons de poder, para glória de Deus.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1
– Dons relacionados a poder
2– Dons de curar
3– Operação de maravilhas
Conclusão

INTRODUÇÃO

Através dos dons de poder a Igreja de Cristo vive o sobrenatural de Deus na terra. Estes dons de poder são fundamentais para que a Igreja não se apoie na capacidade dos homens, mas no poder de Deus.

PONTO DE PARTIDA

Os dons manifestam o poder de Deus.

1- Dons relacionados a poder

Deus demonstra Seu poder de muitas maneiras. A presente lição enfatiza tal demonstração por intermédio de três dons que encontramos na relação apresentada por Paulo em sua carta aos coríntios: fé, dons de curar e a operação de maravilhas. Os estudiosos têm identificado este grupo como “dons de poder”. Stanley Horton identifica os mesmos, também como Dons do Ministério a Igreja e ao Mun­do. Assim, são dons que capacitam os membros do Corpo de Cristo a agir sobrenaturalmente.

1.1. Dom da fé. É indispensável considerar que a fé, como dom, é diferenciada da fé natural; da fé salvífica [Rm 10.17; Ef 2.8-9]; da fé como doutrina [2 Co 13.5] e da fé vista no livro de Gálatas, como virtude do fruto do Espírito [Gl 5.22]. O Pastor Jandiro Silva assinala: “a galeria dos heróis da fé” em Hebreus 11 traduz a realidade do dom da fé, visto que homens e mulheres de Deus receberam, pela fé, a certeza de coisas que não poderiam ver nem provar e, consequentemente, continuaram avançando com Deus através de circunstâncias difíceis”. Dessa forma o dom da fé possibilita ao crente receber o poder sobrenatural e fazer uso em momentos que só a intervenção divina pode mudar a circunstância.

Elinaldo Renovato: “Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de declarações negativas em relação a outros tipos de fé. Não é a fé salvífica, que é despertada pela proclamação da Palavra de Deus [Rm 10.17; Ef 2.8]; não é a fé como doutrina, que denota a permanência do crente, vivendo de acordo com a Palavra de Deus, ou a sã doutrina [2 Co 13.5]; não é a fé como fruto do Espírito, que consiste nas virtudes, que devem ser cultivadas pelo crente, na comunhão com o Espírito Santo. Não é dada, é buscada e desenvolvida [Gl 5.22], o dom da fé também não é a fé natural, que resulta da observação da natureza.”

1.2. A fé especial, milagrosa. Como visto no tópico anterior, se trata de uma manifestação do Espírito que não é conferida igualmente a todas as pessoas [1 Co 12.7, 9]. A Fé especial visa capacitar o membro do Corpo de Cristo para o enfrentamento de situações especiais. Importante manter em mente que tal manifestação visa o proveito da Igreja de acordo com a vontade do Espírito Santo [1 Co 12.7, 11] e não se destina a atender interesses pessoais. Como observou David Lim (Teologia Sistemática – Stanley Horton), este dom pode “incluir a capacidade es­pecial de inspirar fé nos outros, como fez Paulo a bordo do navio em meio a tempestade [At 27.25]”.

Craig S. Keener (O Espírito na Igreja, Vida Nova – 2018, p. 128-129): “Visto que Deus e o objeto de nossa fé, ter essa fé pressupõe que agimos conforme a vontade de Deus, e não conforme a nossa [1 Rs 18.36; 2 Rs 4.28; 1 Jo 5.14]; em outras palavras, o objetivo dessa fé autêntica não é conseguir o que desejamos, mas realizar a comissão de Deus, aquilo que Ele nos chama a fazer.”

1.3. O dom da fé em ação no Antigo Testamento. Podemos ver este dom em exercício em várias oportunidades no Antigo Testamento, por exemplo, Moisés, tendo a frente as montanhas, atrás o Mar Vermelho, e Faraó, avançando com seu exército de carros e cavalos, exerceu o comando recebido de Deus e atravessou com o povo de Israel, que naquele dia viram o milagre acontecer [Êx 14.13-14]. Também vemos o exercício do dom da fé na vida do profeta Elias, quando este desafiou os profetas de Baal e de Assera para revelar ao povo quem era o verdadeiro Deus de Israel [1 Rs 18.22-39]. Outro personagem que observamos no Antigo Testamento que fez uso deste dom foi Daniel. Daniel demonstrou uma fé sobrenatural ao permanecer orando ao Senhor, mesmo sendo sabedor que isto poderia lhe custar a própria vida [Dn 6).

No Novo Testamento assistimos Paulo fazer uso deste dom, quando, em viagem, ele foi vítima de um grande naufrágio e, tendo colocado feixe de gravetos numa fogueira, foi picado por uma cobra venenosa, conhecida na região. Paulo nesta hora demonstra possuir o dom da fé, pois a Bíblia relata que ele sacudiu a cobra para dentro do fogo e nada sentiu, fazendo com que todos que estavam ali presentes testemunhassem um milagre extraordinário [At 28.1-6).

EU ENSINEI QUE:

Os dons de poder são dons que capacitam os membros do Corpo de Cristo a agir sobrenaturalmente.

2- Dons de curar

É através deste dom que o Espírito Santo oferta ao crente o poder de Deus para que seja capacitado, a fim de realizar a restauração da saúde de alguém por meios sobrenaturais.

2.1. A razão de ser conhecido como “dons de curar”. Podemos constatar na Bíblia que esse dom se encontra no plural devido às duas palavras no original serem expostas desta maneira. Situamo-nos de que no texto grego a expressão inteira se encontra plural [1 Co 12.9]. Sobre este dom, o teólogo pentecostal Dr. Stanley M. Horton diz: “Assim pare­ce que ninguém recebe o dom exclusivo da cura. Pelo contrário, muitos dons de cura estão à disposição para satisfazer as necessidades de casos específicos em ocasiões específicas”.

Pastor Cesar Roza de Melo: “É o único dom que se encontra no plural. Sobre este dom, dizemos que é uma capacitação do Espírito Santo para que o crente possa, impulsionado pelo Espírito e debaixo da unção de Deus, realizar cura de diversas enfermidades. Em Atos 3, vemos um grande milagre realizado por intermédio de Pedro e João na cura de um coxo que pedia es­mola na porta do templo. Numa outra passagem do livro de Atos, vemos um coxo leso dos pés recebendo a cura por intermédio da ação de Deus na vida do apóstolo Paulo [At 14.8-10]”.

2.2. A relevância destes dons para a igreja de Cristo. Podemos dizer que a cura divina faz parte da obra redentora efetuada por Cristo na cruz: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras, fomos sarados:’ [Is 53.4-5]. Assim este dom é de extrema relevância na vida da Igreja, pois ratifica a mensagem do Evangelho, que é o poder de Deus para salva­ção de todo aquele que crer.

Antonio Gilberto (Teologia Sistemática Pentecostal, 2015, p. 197): São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças e enfermidades do corpo, da alma e do espírito, para crentes e descrentes. Esses “dons de curas” operam de várias maneiras: através da Palavra; através de outro dom; uma palavra de ordem; um olhar; mãos etc. Os dons de curas abrangem o ser humano em sua totalidade (… )”.

2.3. Ninguém pode dizer que possui esse dom. Os dons de curar é uma capacitação específica em circunstâncias que exigem a atuação divina do Espírito Santo na vida do crente. Aquele que o recebe não deve achar que este dom lhe pertence. Sobre este assunto, o teólogo pentecostal Dr. Stanley M. Horton nos deixou o seguinte pensamento: “Ninguém pode dizer: Eu te­nho o d0m de curar” como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da pessoa. Cada cura necessita de um dom especial, não a pessoa o dom, mas por meio daquela pessoa para o indivíduo doente, de forma que Deus receba toda a glória. Ele é quem cura [At 4.30]”. Neste sentido devemos deixar que o Espírito Santo atue através de nós com o intuito de agradar ao Senhor e não a nós mesmos.

Elienai Cabral (Movimento Pente­costal, 2011, p. 53): “Dois propósitos básicos envolvem a manifestação dos dons de curar. O primeiro é atestar o poder do evangelho com o objetivo de glorificar a Deus [Lc 5.23-26]. O segundo propósito é o de amenizar o sofrimento humano, mediante o gran­de amor de Deus [Mt 9.36; Mc 1.41]. Não é propósito da cura divina relegar a cura médica.”

EU ENSINEI QUE:

Os dons de cura foi um dos dons exercido por Jesus durante o seu ministério terreno. Ele nos confiou este poder para curar enfermidades, como parte da missão de pregar o Evangelho.

3- Operação de maravilhas

Por este dom, o Espírito proporciona o poder de Deus ao crente, a fim de transmitir uma resposta sobrenatural mediante uma operação divina. Como nos mostra a Bíblia, esse dom é difundido pelo Espírito Santo, de acordo com a Sua vontade, para desenvolvimento da Igreja, o Corpo de Cristo.

3 1. Este dom não é por mérito huma­no. Engana-se, porém, quem pensa que é o detentor do dom de operação de maravilhas. A Bíblia deixa transparecer em suas páginas que esse dom não deve ser apreciado pelo mérito humano, mas, sim, como uma manifestação de poder sobrenatural que o Espírito Santo pôs a disposição da Igreja para podermos reconhecer que Jesus Cristo tem todo o poder. Assim, se desejamos receber este dom, devemos recebê-lo e usá-lo para a glória do nome do Senhor, sempre para a edificação da Igreja dEle.

Stanley Horton (1 e 2 Coríntios, 2003, p. 116): “Operação de maravi­lhas (gr. energemata dunameon, “atividades da operação de maravilhas” ou “das operações de milagres” – outra vez dois plurais) sugere muitas variedades de milagres ou ações de poder grandioso e sobrenatural. O termo energemata é muitas vezes usado para se referir a atividade divina [Mt 14.2; Mc 6.14; Gl 3.5; Fp 3.21] ou a ativida­de de Satanás Ef 2.2; 2Ts 2.7, 9. O livro de Atos ressalta a continuação dessa obra na Igreja, mostrando que Jesus é Vencedor:’

3.2. O dom de operação de maravilhas acompanha toda a Bíblia. Ao longo dos relatos bíblicos, é possível atestar que Deus opera obras extraordinárias além do poder e compreensão humanos, en­quanto leva adiante o Seu perfeito plano. Vemos este dom por todo o Antigo Testamento, como também no Novo Testamento. O ministério terreno de Jesus foi marcado por operações de maravilhas, assim como o ministério dos apóstolos, estando disponível para a Igreja de Cristo até os dias atuais. Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal: “Este dom parece ter sido uma das credenciais dos apóstolos, mas não era restrito a eles” [R1n 15.19].

Bispo Primaz Manoel Ferreira: “Os milagres sempre acompanham e confirmam a pregação do Evangelho [Mc 16.20; Hb 2.4), credenciando seus operadores, como sendo enviados por Deus (Mt 11.4-5; Mc 16.15-20; At 3; Hb 2.4). Alguns exemplos de milagres divinos:

a) Ressurreição [1 Rs 17.22; 2Rs 4.35; 13.21; Mt 9.25; Lc 7.11-14; Jo 11.1-45; At 9.40];
b) Transformação da água [Êx 7.20; 15.25; 2 Rs 2.21; Jo 2.9);
c) Multiplicação [Êx 16; 1 Rs 17.14; 2 Rs 4.1-7; 4.43-44; Mt 14.13-21; Lc 5.6; Jo 21.6);
d) Divisão de rios e mares [Êx 14.21; Js 3.10-17; 4.18; 2 Rs 2.8-14);
e) Fenômenos da natureza: chuva, trovão e fogo [Gn 19.24-25; Êx 19.18; 1 Sm 12.18; 1 Rs 18.1-38; 2 Rs 1.10; Mt 8.26; Tg 5.17];
f) Detenção do sol e da lua [Js 10.12-14; 2 Rs 20.11];
g) Demolições sobrenaturais [Js 6.1-27; Jz 16.30; 1 Rs 13.5).

3.3. O dom da operação de maravilhas no Novo Testamento. Vemos também no Novo Testamento a operação de maravilhas, além de socorrer o necessitado, como um sinal de Deus que chama e atrai as pessoas para ouvir a mensagem acerca de Cristo para conversão. Podemos citar como exemplo quando Pedro e Joao se dirigiam ao templo para orar e encontraram um homem coxo desde o ventre de sua mãe e, pelo poder do Espírito Santo, Pedro ordena que ele se levante e ande em nome de Jesus. Tal milagre fez o povo correr para junto dos apóstolos e do homem curado. Então, Pedro aproveita o ajuntamento e transmite a mensagem acerca de Jesus Cristo [At 3.1-12].

Pastor e escritor Estevam Ângelo de Souza (Nos domínios do Espírito, 1987, p. 188-192), comentando sobre o dom de operação de maravilhas, enfatiza que sua manifestação:
a) Tem finalidade despertadora [Mt 11.20-23];
b) Contribui para que Deus seja louvado [Jo 14.12-13; Lc 19.37];
c) São meios divinos de aprovação do ministério cristão [At 2.22; 8.13; 19.l l ];
d) Contribuem para a expansão do Evangelho [Mc 7.37; Lc 7.11-16; At 9.32-42].

EU ENSINEI QUE:

O dom de operação de maravilhas pode ser manifestado claramente como a intervenção sobrenatural no andamento habitual da natureza, atuando como uma interrupção passageira da ordem costumeira, mediante ao poder do Espírito de Deus.

CONCLUSÃO

Como observamos no decorrer da lição, os dons de poder são habilitações ofertadas a Igreja de Cristo para exercer a obra confiada pelo Senhor, pelo poder sobrenatural do Espírito Santo.

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