Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém | 1° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Biblica Dominical | Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém

Texto Áureo

“Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.” Rt 1.1

Leitura Bíblica Com Todos

Rute 1.6-22

Verdade Prática

As tragédias humanas jamais podem anular os soberanos propósitos de Deus.

INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE RUTE Rt 1.1
1-
Nome Rt 1.4
2– Autor e Data Rt 4.17
3– Drama da fome e da emigração Rt 1.1
II- O DRAMA DA MORTE E DA VIUVEZ Rt 1.3-5
1-
Morte do esposo Rt 1.3
2– Casamento dos filhos Rt 1.4
3– O drama das três viúvas Rt 1.5
III- O RETORNO PARA BELÉM Rt 1.6-22
1
– Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno Rt 1.6
2– A lealdade de Rute Rt 1.16
3– A chegada em Belém Rt 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Rt 1.6
TERÇA – Rt 1.9
QUARTA – Rt 1.10
QUINTA – Rt 1.15
SEXTA – Rt 1.19
SÁBADO – 1.22
HINOS DA HARPA: 141 – 193

INTRODUÇÃO

Rute é um pequeno livro, absolutamente encantador. Além disso, é um livro essencialmente humano que traz histórias com características de realidades da vida com que facilmente o leitor se identifica. Nele veremos a providência de Deus guiando pessoas comuns e improváveis em direção a um plano glorioso e eterno. No primeiro capítulo, o escritor relata com poucas palavras a história de uma família que foi para Moabe. Lá, o pai da família morreu, os filhos que casaram com moabitas também faleceram. Noemi, ao ouvir que havia alimento na sua terra, decidiu, juntamente com suas noras, voltar para Belém de Judá.

I- O LIVRO DE RUTE (Rt 1.1)

1- Nome (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Rute significa “companheira”. O livro leva seu nome e, nele, é mencionada doze vezes e uma vez em Mateus 1.5. Ela é uma das mulheres mais importantes da Bíblia.

2- Autor e Data (Rt 4.17) As vizinhas lhe deram o nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.

A autoria do livro de Rute é atribuída, por muitos estudiosos, a Samuel, por entenderem que o estilo literário e linguístico se assemelha aos livros de Juízes e Samuel, dos quais é autor. No entanto, há aqueles que datam a produção do livro no período da monarquia, pois seu autor tinha conhecimento de Davi como rei (Rt 4.17,22). A história da família de Elimeleque deu-se no período dos Juízes, talvez nos dias de Gideão, possivelmente, na última metade do século XII a.C.

3- Drama da fome e da emigração (Rt 1.1) Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.

O livro de Rute inicia-se com a história de uma família belemita do tempo dos juízes que, pela escassez de alimento, saiu de Belém de Judá para morar nas terras de Moabe, a uma distância de 80 km a leste do mar Morto. Belém era uma cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu nome significa “casa do pão”, nome que aponta para a in­comum fertilidade daquela região para o plantio de cereais (como o esclarece o capítulo 2 do livro de Rute). Também destaca que a fome não era comum.

Devia-se, em parte, as pilhagens associadas com o período caótico dos juízes. A invasão midianita no período de Gideão, por exemplo, destruiu a lavoura e o gado. Mudar de cidade é uma coisa dispendiosa e inquietante. Implica arrancar raízes e deixar amigos e vizinhos. Procurar uma nova casa, estabelecer uma nova vizinhança e conhecer outras pessoas. Para essa família, a emigração foi um verdadeiro “terremoto”.

II- O DRAMA DA MORTE E A VIUVEZ (Rt 1.3-5)

1- Morte do esposo (Rt 1.3) Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e Ficou ela com seus dois Filhos

A morte, em certo sentido, é um dos acontecimentos mais naturais da vida. Todos os homens são mortais e têm um tempo de permanência limitado aqui na terra. A morte, inexoravelmente, lembra o homem de sua fragilidade e limitação e faz parte da vida do homem desde a Queda. Todavia, a morte de uma pessoa jovem tem um tom de tragédia. Para Malom e Quiliom, certamente, e também para Elimeleque, a morte chegou cedo na vida, e Noemi ficou desamparada de seu marido e seus dois filhos muito cedo.

2- Casamento dos filhos (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Uma luz de esperança brilha para Noemi, o casamento de seus filhos Malom e Quiliom com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Os casamentos, nos tempos bíblicos, eram especialmente muito festivos para os pais e noivos. Dentre outras razões, uma é especial para os pais: era a possibilidade de o casal ter filhos homens, e assim, dar continuidade a linhagem familiar, garantindo a manutenção das suas famílias e propriedades.

Não havia tragédia maior para uma família do que ter o seu nome extinto por não ter um herdeiro. Todavia, a sequência dos fatos mostra novos eventos trágicos que põem fim as esperanças de Noemi: seus dois filhos morrem sem gerar descendentes. Sobre a menção do tempo, “ficaram ali quase dez anos”, o entendimento para muitos estudiosos é que tais anos abrangem o tempo de permanência da família em Moabe.

3- O drama das viúvas (Rt 1.5) Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido.

Agora, a família de Elimeleque está sem a segunda e a terceira gerações. Diante de uma tragédia assim, não há palavras de consolo. Vale observar que já a partir do verso 3, o escritor muda a forma de referir-se aos homens da família: Elimeleque, agora passa a ser referido como o esposo de Noemi. Naquele tempo, esse era um modo incomum de se referir a um homem e sua mulher; e mais, quanto aos filhos, até então a expressão ”filhos dele’’: agora e “filhos dela”.

Tais mudanças de tratamento indicam a transferência da responsabilidade do pai, agora morto, para a mãe, viúva A partir de então, o foco passa a ser Noemi e Rute, não mais Elimeleque. A semelhança de tantas bravas mulheres que, sozinhas, por serem viúvas ou “viúvas de maridos vivos”, precisam assumir, ajudadas por Deus, a excepcional responsabilidade de liderança e provisão do lar.

III- O RETORNO PARA BELÉM (Rt 1.6-22)

Noemi não tem mais motivos para ficar em Moabe, e ela diz às suas noras que está voltando para casa. Ela sabe que a vida de uma viúva e estrangeira em Israel é muito difícil; e então, compele suas noras a ficarem. Orfa concorda; Rute, não. O capítulo termina com Noemi propondo mudar o seu nome para Mara, que significa amargura, representando melhor o seu destino trágico.

1- Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno (Rt 1.6) Então, se dispôs ela com as suas no­ras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrará do seu povo, dando-lhe pão.

Enfim, Noemi ouviu a boa notícia de que o Senhor se lembrará do Seu povo, dando-lhe pão. Depois das mortes e da pré-condição de extinção da família, Noemi, ao ouvir essa notícia, inicia-se um novo período para redirecionar a sua vida. Observe o movimento dela nos textos a seguir: “Então se dispôs ela… voltou da terra de Moabe” (Rt 1.6,7). Agora, ela tem o domínio da decisão e faz o caminho de volta para Belém, “a casa do pão”. Por sua atitude, Noemi mostra que sua fé em Deus se mantivera viva para seguir em frente, e então, lidera o êxodo do lugar onde estava, e suas noras a seguiram.

As três mulheres seguem estrada afora, quando inesperadamente, Noemi súplica as suas noras: “Ide, voltai cada uma a casa de sua mãe”. Pode-se inferir que, enquanto caminhava, Noemi refletia sobre o futuro de suas noras e não desejava que elas se sacrificassem por causa dela. Em Belém, ela não poderia garantir que elas tivessem um lar; mas em Moabe, na casa dos pais, elas teriam maior probabilidade de se casarem novamente. Noemi deseja a bênção do Senhor sobre elas, e disse: Que o Se­nhor use convosco de benevolência“.

E ainda, pede que o “Senhor lhes de que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido”; isto é, que o Senhor as guiasse a novos casamentos, para seguirem suas vidas felizes e em segurança. Assim, Noemi colocou suas noras nas mãos de Deus e despediu, beijando Orfa e Rute; e choraram em voz alta. Dada a intensa emoção, pode-se intuir que as três mulheres choraram, como em uma lamentação de luto.

Pelas circunstâncias, talvez elas nunca mais iriam se ver novamente. Todavia, Orfa e Rute, declararam lealdade à sogra quando disseram que pretendiam voltar com ela para o seu povo, e esperavam que Noemi aceitasse a decisão delas. Assim acontece a primeira conversa entre as mulheres, no caminho de retorno.

2- A lealdade de Rute (Rt 1.16) Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo e o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.

Noemi tenta novamente convencer Rute e Orfa a voltarem para Moabe. Com um forte argumento: ”Sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: tenho esperança ou ainda que está noite tivesse marido e houvesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos fez de tomar­des marido?” E prossegue: “Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão.”(1.13).

Novamente as mulheres choram em voz alta, mas desta vez, “Orfa, com um beijo se despediu de sua sogra” e “voltou ao seu povo e aos seus deuses”; foi para casa de sua mãe. Diferentemente, Rute se apegou a sua sogra, decidida a ficar junto dela, numa manifestação de profundo vínculo emocional e de lealdade. Rute fala pela primeira vez na história, fazendo declarações lapidares de amor, companheirismo e fidelidade a sua sogra. Para ela, vol­tar era abandonar Noemi e deixá-la mais vulnerável ainda.

Então, afirma que iria seguir e viver com ela; que estava disposta a renunciar a sua ter­ra natal e aos seus deuses e identificar-se com o povo e o Deus dela; que permaneceria pelo resto da vida com ela e que até mesmo seria sepultada na mesma sepultura. E finaliza com seu compromisso resoluto, em nome do Deus de Israel: “Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não
seja a morte me separar de ti” (1.17). A Partir daquele ponto, ambas seguiram caminho para Belém de Judá.

3- A chegada em Belém (Rt 1.19) Então, ambas se foram, até que chegaram a Belém; sucedeu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por causa delas, e as mulheres diziam: Não é esta Noemi?

Os detalhes da viagem não são contados. Todavia, ao chegarem ali, à porta da cidade, Noemi e Rute entraram em Belém e, juntas, iniciaram uma nova fase de vida. Elas são recebidas pela cidade, que se comoveu ao ver Noemi abatida física e emocionalmente, sem o marido e filhos. As mulheres que a recebiam com entusiasmo também lhe trouxeram muitas recordações, inclusive do significado do seu nome – “agradável ou bela”: As lembranças de um passado feliz eram incompatíveis com a vida, no presente.

Tudo isso contribuiu para uma reação abrupta de Noemi “Não me chameis Noemi” (agradável); um nome que não combinava com o que ela sentia. Noemi queria mesmo era ter um nome que refletisse sua profunda dor emocional e exigiu que a chamassem de Mara, que significa amarga. Ela compara a sua condição do passado com o presente, dizendo: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre”. Para demarcar o tempo em que a volta de Noemi ocorreu, o escritor menciona a colheita da cevada.

Lembre-se que este primeiro capítulo começa dizendo que houve uma fome na terra (v.1) e termina com o registro da abundância trazida pelo começo da sega da cevada. ”Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no princípio da sega da cevada” (Rt 1.22).

APLICAÇÃO PESSOAL

Fé e a confiança de que Deus é fiel em todas as circunstâncias. Só Ele pode transformar os nossos infortúnios em bênçãos, segundo o Seu eterno propósito.

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RESPONDA

1) Quais são as três personagens no livro de Rute? R. Rute, Orfa e Noemi
2) Qual o significado do termo Belém? R. Seu nome significa “casa do pão”
3) Como Noemi queria ser chamada, quando de seu retorno a Belém? R. Exigiu que a chamassem de Mara

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