EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2025 | TEMA: GÁLATAS E EFÉSIOS – A Verdadeira Liberdade e a Unidade do Corpo de Cristo | Escola Biblica Dominical | Lição 13: Efésios 6.10 a 24 – Vencendo a Guerra Espiritual
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Efésios 6.10 a 24 há 15 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Efésios 6.10-24 (5 a 7 min). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Na primeira parte do capítulo 6 de Efésios, Paulo realiza ensinos específicos a grupos de pessoas da igreja: filhos, patrões, servos. A partir do versículo 10 desse texto, ele dirige-se a todos, dizendo inicialmente: “Sede fortalecidos no Senhor”. Essa frase, que na língua portuguesa é imperativa, no grego está na voz passiva; ou seja, indica que o sujeito está sofrendo a ação, e o verbo faz o papel de sujeito. Os crentes efésios, os quais são o sujeito nessa construção em apreço, sofrem a ação de serem fortalecidos pelo Senhor e pela força do seu poder, que é o que o verbo indica. Dessa forma, a força que lhes era necessária na guerra espiritual, à qual enfrentavam, não podia ser gerada por homens, mas pelo Senhor.
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OBJETIVOS
Compreender a realidade da batalha espiritual
Reconhecer o campo de batalha espiritual e as forças que atuam sobre ele.
Conhecer as armas espirituais dadas por Deus.
PARA COMEÇAR A AULA
Evidencie, nesta aula, que o mundo espiritual é real. Logo, vivemos uma guerra diuturna; e nesta, só obteremos vitória mediante uma armadura disponibilizada por Deus, como afirma o versículo 13: “Tomai toda a armadura de Deus”. Expressões como: “ficar de pé” e “resistir”, no texto, são consequências desta afirmação que está no versículo 13: “depois de terdes vencido tudo”, o que significa ter se revestido completamente da armadura que Deus disponibiliza a nós. Boa aula!
LEITURA ADICIONAL
Paulo encerra suas exortações descrevendo a situação atual dos cristãos: em vista de ataques diabólicos externos e internos, cabe alcançar uma postura firme em Cristo. Para isso, o Senhor coloca à disposição de Sua Igreja a armadura completa da fé: a obra de Deus em Jesus Cristo protege os crentes de forma cabal. Somente sua fidelidade, justiça e salvação, de fato, tornam viável que se possa perseverar diante da realidade do mal que se mostra super poderoso. Essa proteção deve ser vestida e utilizada pela fé. Na verdade, a linguagem figurada “bélica” aponta, com razão, para a seriedade do confronto. No entanto, o que é transmitido nessa peleja é o Evangelho da paz. Nela se luta com a palavra de Deus como espada do Espírito. Essa palavra é a “palavra da verdade”, o “Evangelho da redenção” (Ef 1.13), que abre o “acesso ao Pai” (Ef 2.18). A despeito de todas as resistências, a poderosa palavra do Evangelho continuará sendo disseminada. Isso deve ser fomentado pela perseverante intercessão dos leitores em favor de seu apóstolo. Livro: Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses: Comentário Esperança
(Eberhard Hahn, Werner de Boor, Esperança, 2006, Pg. 86).
Texto Áureo
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder” Ef 6.10
Leitura Bíblica Com Todos
Efésios 6.10-24
Verdade Prática
Numa guerra espiritual, só vence quem está revestido da Palavra de Deus e do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
I- O PREPARO PARA A BATALHA 6.10
1- O poder para vencer a guerra 6.10
2- Não subestimar o inimigo 2Co 2.11
3- Não superestimar o inimigo Tg 4.7
II- O CAMPO DE BATALHA ESPIRITUAL 6.11-12
1- As ciladas do diabo 6.11
2- A came e o sangue 6.12
3- Principados e potestades 6.12b
III- AS ARMAS ESPIRITUAIS QUE PRECISAMOS 6.13-24
1- Toda a armadura de Deus 6.13
2- As armas de defesa 6.14-16
3- Única arma de ataque e defesa 6.17-18
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
A caminhada terrena da Igreja, certamente, comporta muitas bênçãos, mas cada cristão deve estar consciente de que também vive em um campo de batalhas espirituais. Essa luta é contínua e nela não existe acordo de paz, pois sempre será travada entre os que estão debaixo do princípio da autoridade de Deus, e os que estão sob o princípio da rebelião de Satanás.
I- O PREPARO PARA A BATALHA (6. 10)
Para ser um vencedor nessa guerra espiritual o cristão precisa assumir três importantes posturas:
1- O poder para vencer a guerra (6.10) Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Se a guerra é de caráter espiritual, não poderemos entrar em combate usando armas materiais. A expressão “sede fortalecida” significa “tornar-se forte” e é uma convocação dos crentes a buscarem o revestimento de poder espiritual. Paulo quer dizer que ao nos revestirmos desse poder, nos tornamos poderosos diante do inimigo. Em 2 Coríntios 10.4, Paulo afirma que “as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas”. Não estamos enfrentando um inimigo convencional. Enfrentamos o mesmo adversário que se levantou contra a autoridade de Deus nos céus e que atuou contra Cristo desde Sua encarnação até Sua crucificação. Seus métodos são os mesmos usados contra Jesus durante a tentação no deserto. Por essa razão, apenas revestidos do poder de Deus podemos fazer frente a esse adversário. A Bíblia nos adverte a vigiar, pois o diabo anda ao redor como um leão, buscando a quem devorar. No entanto, podemos confiar que Deus não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças, mas sempre proverá o livramento necessário (1Pe 5.8-9; 1Co 10.13).
2- Não subestimar o inimigo (2Co 2.11) Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos os desígnios.
É um grande erro negar a existência de um inimigo que peleja contra nós no mundo espiritual. Muitos acusam a Igreja de ter criado a figura do Diabo e do inferno, enquanto outros acreditam que o Diabo não passa de uma lenda ou conto. No entanto, essa negação não altera a realidade espiritual. Satanás não faz nenhuma questão de que o homem creia na sua existência, pois, assim, poderá fazer o seu trabalho sem ser percebido. Satanás está solto e ativo em meio à humanidade, mas a cegueira espiritual não permite que muitos percebam como ele destrói a alma, a fé e a família. Em 2 Coríntios 11.14, Paulo diz: “E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.”
3- Não superestimar o inimigo (Tg 4.7) Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Um cristão esclarecido sabe que Satanás está em plena atividade neste mundo. Mas também sabe que esse ser maligno é limitado. Há pessoas que tratam o diabo como um ser onipotente e onipresente. Acham que ele pode fazer tudo o que quer e o enxergam em tudo e em todo lugar. Satanás é o agente do mal e da tentação no mundo, mas há cristãos que exageram na dose ao colocarem Satanás como o responsável de tudo de ruim que acontece no mundo. Assim, terminam transferindo ao inimigo suas responsabilidades pessoais e se vendo como vítimas. Ninguém é possuído por um espírito de adultério porque adultério não é um espírito maligno, mas uma obra da carne que requer arrependimento. Quem está traindo sabe o que está fazendo e é responsável pelo seu ato, e não apenas vítima do inimigo.
II- O CAMPO DE BATALHA ESPIRITUAL (6.11-12)
Quem quer vencer uma guerra, deve conhecer o campo de batalha. Se um exército consegue descobrir os planos e as estratégias do adversário, já dá um bom passo para a vitória.
1- As ciladas do diabo (6.11) Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderes ficar firmes contra as ciladas do diabo.
“Ciladas” é a tradução do termo grego methodeia e significa “astúcias”, “planos”, “esquemas”. Os militares chamam isso de estratégias de combate. Sempre que o Novo Testamento aplica essa palavra a Satanás, está a se referir aos seus desígnios malignos e destrutivos. Ele usa ciladas, armadilhas e todo tipo de malícia a fim de alcançar seus maléficos objetivos.
O diabo é um ser real e comanda todas as forças do mal, mas geralmente não se apresenta como realmente é. Ele é o rei do disfarce e da camuflagem. Satanás não gosta nem um pouco do retrato que lhe é dado pela cultura popular como aquele personagem com chifres, rabo de dragão e um tridente nas mãos. Ele prefere que as pessoas sequer acreditem na sua existência. Age de forma sorrateira e prefere o anonimato.
2- A carne e o sangue (6.12) Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
O apóstolo Paulo quer dar a entender aqui, simplesmente, que a “natureza humana” está em contraste com os “seres espirituais” que não possuem matéria. Ele quer dizer que esse combate se dá entre humanos e sobre-humanos, onde carne e sangue simbolizam a fragilidade humana diante do poder de fogo dos seres espirituais da maldade. Os humanos, no caso aqui os crentes, só podem vencer essa guerra se estiverem revestidos do poder que está acima de todos os poderes no universo; o poder de Deus.
3- Principados e potestades (6.12b) E sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Aqui, o apóstolo Paulo identifica um conglomerado de forças malignas que marcham contra a Igreja e as chama de principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal. Douglas Baptista discorre sobre três importantes aspectos das forças malignas que lutam contra Deus e seu povo:
a) Eles são poderosos. Os títulos “principados e potestades” indicam poder, primazia e autoridade para agir; “príncipes das trevas” são líderes de anjos decaídos, que sob o comando do Diabo exercem domínio;
b) Eles são malignos. Esses agentes formam “as hostes espirituais da maldade”. Refere-se a demônios que empregam seu poder destrutivamente para o mal;
c) Eles são astutos. São cheios de sutilezas e maquinam a queda da Igreja.
Podemos perceber que estamos a enfrentar um inimigo terrível, mas a Igreja sempre prevalecerá porque essa garantia nos dada pelo próprio Cristo: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
III- AS ARMAS ESPIRITUAIS QUE PRECISAMOS (6.13-24)
1- Toda a armadura de Deus (6.13) Portanto, tomei toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Toda batalha tem seu campo de operação e envolve aspectos como: o lugar de combate; o tipo de inimigo; a estratégia; as armas de defesa e de ataque. O apóstolo Paulo usa todo o vasto conhecimento que tinha sobre as campanhas militares dos romanos para discorrer sobre o armamento que precisamos para enfrentar essa guerra espiritual. A expressão “toda a armadura” é a tradução do termo grego panóplia e significa a armadura completa de um soldado fortemente armado. Nenhuma porção das armaduras de Deus pode ser negligenciada na vida do crente, pois, o nosso inimigo saberá aproveitar qualquer sinal de fragilidade para nos vencer.
2- As armas de defesa (6.14-16) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
a) O cinturão da verdade (v.14). Prendia a roupa do soldado e dava estabilidade; tem relação com a integridade do combatente (Is 11.5; 2Co 13.8);
b) A couraça da justiça (6.14). Cobria o corpo do pescoço às coxas e protege órgãos vitais. Refere-se à justiça de Cristo e à retidão do soldado no campo de batalha (Rm 5.1; 2 Co 6.7);
c) Os pés calçados no evangelho. Uma espécie de bota que o soldado romano usava em combate; tem relação com a prontidão para pregar o Evangelho (Is 52.7; Rm 1.16);
d) O escudo da fé. Média 1.60 de altura por 70 de largura. Longo, retangular, feito de madeira e couro, o escudo protege o corpo inteiro dos dardos incendiários. Refere-se à fé inabalável em Deus, que detém a eficácia das calúnias, dúvidas e rebeliões disparadas pelo Diabo (Pv 30.5);
e) O capacete da salvação (6.17). Pesado, resistente e fabricado com bronze ou ferro, o capacete serve de proteção para a cabeça. Refere-se à proteção de nossa mente (Rm 12.1,2).
3- Única arma de ataque e defesa (6.17-18) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.
A espada é do Espírito. O Espírito Santo que inspirou a Palavra é o mesmo que a usará através de nós na batalha espiritual. Somente pelo poder do Espírito Santo é que a Palavra de Deus pode nos oferecer qualquer utilidade. Não adianta colocar a Bíblia aberta no salmo 91 atrás do carro se essa palavra não estiver em plena ação em nosso íntimo.
A “espada do Espírito” é a única arma disponível tanto para a defesa quanto para o ataque. O termo grego para ela é machaira (espada curta), isso significa que o combate é pessoal, diário e “corpo a corpo”. A espada do Espírito é a “Palavra de Deus” inspirada e penetrante (2Tm 3.16; Hb 4.12). Ela deve ser usada tanto para resistir às ciladas do Diabo (Mt 4.1-10), quanto para derrubar as fortalezas de Satanás (Mt 10.19,20; 2Co 10.4). Lembremos que esta foi a arma preferida de Jesus em todos os embates com Satanás, deixando-nos o exemplo. Ele venceu Satanás proferindo as palavras: “Está escrito.” (Mt 4.1-11). Imagine esta arma associada à oração. Bíblia e oração são invencíveis! Devemos permanecer, portanto, “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (6.18).
APLICAÇÃO PESSOAL
O cristão precisa estar revestido de todas as armas espirituais em Deus para estar firme na batalha contra o mal.
RESPONDA
1) Qual a única maneira de fazer frente a Satanás no campo de batalha espiritual?
R. Revestindo-nos do poder de Deus.
2) Segundo Paulo, contra quem é a nossa luta?
R. Contra os principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal.
3) Dentre as armas mencionadas por Paulo, qual é a única que é tanto de ataque como de defesa?
R. A espada do Espírito.
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