A Adoração Verdadeira

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Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de nós afim de expressarmos louvor às qualidades de Deus. Seja através da música,
do serviço, da oração ou de outra forma de expressarmos adoração, pensamos que o louvor é original conosco. A adoração verdadeira é produzida pelo homem e dada, com
os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração que Deus deseja receber do homem?

Definição de Adoração

O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbete adorar como render culto
a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio Eletrônico). As palavras equivalentes a adoração no Velho Testamento significam ajoelhar-se a, prostrar-se como em Êx. 20:5.

As palavras equivalentes a adoração no Novo Testamento significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar para mostrar culto ou submissão, respeito ou suplica como em Mt. 4:10 e João 4:24.
A Base da Verdade Seria um engano consciente se achamos que toda e qualquer expressão de adoração que parte do homem é verdadeira. O homem possui um coração enganoso e uma mente limitada (Jr 17:9; Is 55:8,9).

Essas duas coisas produzem um erro que não é percebido facilmente pelo homem, especialmente quando a maioria ao seu redor está envolvida no erro (II Tim 4:3,4). Não é sábio colocar como base de sustentação aquilo que é enganoso e limitado. Devemos usar o que é firme e eterno. Só a Bíblia é a base firme para estipular o que é a adoração verdadeira. Se a Bíblia por escrito é a base firme “mui firme” (II Pedro 1:19; Hb 4:12); se ela é a nossa única regra de fé e prática, então tudo o que não concorda com ela tem que ser julgado falso (Is 8:20).

A Verdade e O Amor – O Amor leva à Verdade – A Verdade purifica o Amor

Existe a verdade e a sua natureza é única, exclusiva e eliminatória. A verdade proclama: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” (Is 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrige e reprova com o intuito de que haja perfeição e “boa” obediência (II Tim 3:16,17; 4:2,16).

O ensinamento pela Palavra de Deus pode dividir (Hb 4:12, “mais penetrante que espada alguma de dois gumes”; Mat. 10:34). Por a Bíblia ser o entendimento verdadeiro, aquele que retém as Suas palavras odiará todo falso caminho (Sl 119:104, 128). Se pretendemos agradar a Deus, temos que nos separar de quem não anda segundo a verdade (ou na
igreja – Rm 16:17; II Tess 3:6, 14; I Tim 6:3-5; ou no mundo – II Cor 6:14-18).

Deus pergunta ao Seu povo, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). A resposta é clara, pois a verdade é única, exclusiva e eliminatória. O amor, por natureza, é inclusivo, é sofredor, não se irrita, nem suspeita o mal. O amor bíblico sofre e suporta tudo (I Cor 13:4-7). O servo que anda com a verdade não
precisa desistir de amar. Mas há diferença entre o amor e a participação com o erro.

O amor equilibrado andará junto da verdade, nunca em oposição a ela (João 14:15). O amor leva nos a cuidar de todos os que estão no erro e, a verdade leva-nos a odiar o
erro (Jd 1:23; Lv 13:56,57; I Cor 5:5; II Cor 6:14-18).

O Apóstolo Paulo tinha amor pelo povo de Israel e este íntimo amor fez com que ele desejasse que eles andassem segundo a verdade (Rm 10:1; 11:14). Deus, o Amor verdadeiro, levou nos à verdade (Cristo) para nossa salvação do pecado (Ef 2:4-7).

Para podermos entrar no amor, nosso erro tinha que ser deixado de lado (arrependimento). Agora, para andarmos
santos, por amor a Deus, deixamos o erro (II Cor 6:14-18). É nosso culto racional (Rm 12:1). O amor, mesmo inclusivo, é equilibrado pela verdade que é exclusiva. Por amor aceitamos todas as pessoas e pela verdade esforçamo-nos para que essas andem na luz.

Existe Adoração Falsa

Existe adoração com forma mas sem substância. Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (II Tim 3:1-8). Eles terão uma aparência de piedade (v. 5) e aprendem o que diz a Bíblia (v.7), mas, na verdade, negam a
substância, o próprio poder da verdade (v.5) e são réprobos quanto àquela fé uma vez dada aos santos (v. 8; Judas 1:3,4). É fácil percebê-los pois eles querem propagar somente as coisas aprazíveis (Is 30:10), fábulas (II Tim 4:3,4) e frequentemente apregoam tradições dos homens como se fossem mandamentos de Deus (Mc 7:7,9). A adoração da forma correta leva-nos à substância da verdade, ao aperfeiçoamento (II Tim 3:16,17).

Existe adoração com os lábios, mas não de coração. Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o coração segue o pecado (Ez 33:31; Mt. 7:7;
15:8). Essa é uma adoração falsa. Em Isaías 1:2-17, o povo de Israel tinha oblações (v.13), orações e o levantar das mãos (v.15), aproximação a Deus (v. 12), reuniões solenes (v.13), holocaustos abundantes (v.11-13), mas não reconheciam o Senhor em seus corações. Isso era visto por Deus como
iniquidade e maldade (v. 13-16) e Ele escondeu os Seus olhos deles (v. 15).

A adoração ocupou os lábios de todo o povo mas o coração deles estava longe de Deus. Não há adoração verdadeira se não houver obediência de um coração singular e temente a Deus (Jr 9:23,24).

Existe adoração com a lei, mas não com o espírito. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança sincera de deixar a Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem aceitos. Religiosamente também. A
cerimônia era exatamente conforme a lei que Deus estipulava mas, era uma adoração falsa. Deixaram o espírito da lei desfeito (Mt. 23:15,23).

Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da historia, crucificaram a Verdade, para que pudessem
continuar em adoração pela lei (Mt. 26:57-68; 27:1). Não podemos classificar uma adoração verdadeira aquela que aborrece a Verdade.

Existe adoração com ignorância e é tida como adoração falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a dizê-la que os Samaritanos adoram ao que não sabem (João 4:22). A instrução de Cristo é: que se não está
adorando em espírito e em verdade, não está adorando ao Seu agrado (João 4:24). Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus ensinamentos com ignorância da verdade (Mt. 22:29, “Errais, não conhecendo as Escrituras …”).
Paulo notou a existência da adoração com ignorância. Em Atenas ele viu um altar, “AO DEUS DESCONHECIDO”.

Ele julgava que isso não era adoração verdadeira mas superstição (Atos 17:22,23). Se a adoração não é baseada na
verdade das Escrituras, é uma adoração falsa.

Existe adoração com sacrifício, mas não com obediência. O Rei Saul foi instruído para que destruísse completamente os Amalequitas. Tudo, homem, mulher, crianças e animais deviam ser destruídos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as de segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de
guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas veio aos ouvidos de Samuel.

Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma adoração falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura dos carneiros (I Sam 15:3,8-9,14,21-22). As ações do Rei Saul tinham o aval do público. Todos estavam contentes por terem o estômago cheio, e, também tinham agora as riquezas dos Amalequitas. Humilhar o rei pagão era gostoso, mas, apesar do grau de aceitação humana da ação, deve se levar em conta o fato de que só a obediência completa aos olhos de Deus, é adoração
verdadeira.

Existe adoração com intenção pura mas que não vale como adoração verdadeira. Saulo de Tarso tinha a melhor das intenções na destruição dos crentes, mas era uma adoração falsa (Atos 22:1-5; Fl. 3:4-6). Quando o Rei
Davi quis trazer de volta a arca da promessa, ele tinha intenções puras. Ele e todo o povo de Deus estavam empenhados em fazer o que achavam correto segundo Deus. Tinham a intenção de levar a arca da terra dos inimigos sujos e pagãos à terra de Deus. Sendo assim não fizeram da maneira correta e Deus ministrou morte entre eles, por misturarem a sabedoria humana em meio a adoração e, pensarem que era agradável a Ele (II Sam 6:1-8).

Deve ser a mesma coisa entre os religiosos em Mt 7:15-23. Na adoração verdadeira, a intenção não é o que vale mais, mas, a obediência em amor. Nenhum destes exemplos, apesar da aceitação por parte do povo, foram aceitos por Deus. Todavia eram abomináveis e uma desgraça para Ele. Foram repreendidos por Deus, às vezes, até a morte.

Agora, pelos exemplos citados, estamos informados de que aquilo que queremos dar ao Senhor pode ser uma abominação para Ele. Em verdade, a adoração verdadeira não é aquilo produzido pelo homem e dado, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro. Aquilo que é produzido pelo homem é contaminado pela natureza do homem, o pecado, e pela mente limitada do homem.

Existe Adoração Verdadeira (João 4:23,24)

É muito claro o que Deus procura no assunto de adoração. Ele quer ser adorado em “espírito e em verdade”. O que cria confusão entre os que querem adorar O SENHOR é a teoria tanto quanto a pratica de adorar em espírito. Podemos entender melhor este assunto se entendêssemos o próprio espírito do homem.

O Espírito do Homem Natural

O homem natural (I Cor 2:14; 15:46), o primeiro Adão (I Cor 15:45); o que quer dizer: o pecador não salvo, não pode adorar o Senhor verdadeiramente. Ele está morto
espiritualmente. Quando Deus falou a Adão e a Eva no Jardim do Éden, “certamente morreis” (Gên. 2:7), ao comerem do fruto proibido, morreriam espiritualmente (Gên. 3:6; Ef 2:1; I Cor 2:14). Agora o filho natural de Adão é filho da desobediência (Ef 2:2), é inimigo de Deus (Rm 8:7), separado de Deus (Is 59:1,2) e com entendimento limitado (I Cor 2:14).

Não há nada que venha naturalmente do pecador e que pode agradar a Deus (Jr 13:23; Rm 8:8; João 3:3-6; 15:5). O primeiro Adão é terreno, uma alma vivente e só (I Cor 15:45-47). Ele vive segundo a sua natureza pecaminosa, o que
a Bíblia determina como “o homem velho” que se corrompe pelas concupiscências (Ef 4:22; I João 2:16; Rm 6:6). Isso quer dizer que aquilo que o homem natural faz segundo o seu coração enganoso (Jr 17:9) é gerada pelas suas concupiscências, e por essas, é corrompido.

Mesmo na esfera da religião pois não habita bem algum na
carne (Rom 7:18). O homem natural, não salvo, pode vestir-se com a religião e moralizar as suas ações, mas, mesmo assim, por não ser espiritual, não agrada a Deus de nenhuma maneira (Mat. 7:21-23; Luc 6:46; 11:39-44; João 4:22; At 17:22-24; Rm 8:8, “não podem agradar a Deus”).

O Espírito do Homem Novo

O homem espiritual (I Cor 2:15; 15:46) é feito espiritual pelo último Adão, Cristo (I Cor 15:45). O último Adão, é do céu e é espirito vivificante (I Cor 14:45-47). Este novo homem feito espiritual é o pecador salvo. Este pode adorar o Senhor verdadeiramente. Este homem novo é adotado pela família de Deus, torna-se filho de Deus (Gl 4:5; I João 3:1,2), amigo (João 15:15) e deixa de estar separado de Deus (Ef 2:14).

Este novo homem passa a ter entendimento espiritual (I Cor 2:15). É espiritualmente vivo (João 3:16; 10:28; Ef 2:1) e não peca (I João 5:18). Todas essas bênçãos espirituais nos lugares celestiais se dão por Jesus Cristo (Ef 1:3; João 3:16). O Espírito de Deus reside no corpo do novo homem (I Cor 6:19; II Cor 6:16) e faz com que o novo homem seja agradável perante Deus por Jesus Cristo (Ef 1:6). O cristão, vivificado
espiritualmente, é chamado por novo homem (Ef 4:24) ou homem interior (Rm 7:22).

Esse novo homem é criado por Deus em verdadeira justiça e santidade (Ef 4:24; Cl 3:10). O novo homem, o cristão, o homem interior, tem prazer na lei de Deus (Rom 8:22) e anseia ser obediente pois é feito conforme a imagem de Cristo que foi obediente em tudo (Rm 8:29; João 17:4; Fl. 2:8). Este novo homem é evidenciado pelos desejos e ações da santidade. O fruto da santidade será visto no crente pelo
Espírito Santo, através de Jesus Cristo e é proveniente da nova natureza dada por Deus (Gl 5:22; Ef 4:24).

O fruto da santidade não se une ao que é imundo (Sl 97:10; 119:104; Pv 8:13) por obediência a Palavra de Deus (Ef 2:8-10). Existe a adoração verdadeira pela vida separada do mundo e em obediência à Palavra de Deus.

A Adoração Verdadeira

Em Espírito

Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, há conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justiça e a
santidade (Rm 7:23,24; Gl 5:17). As tentações vêm ao crente através da sua carne (I Cor 10:13; Tg 1:13-15). O crente é justificado eternamente por Jesus Cristo (Jo 3:16; 10:28,29; Hb 9:12, “eterna redenção”), mas vive confessando seus pecados para ser purificado em seu viver no mundo (I Jo 1:9; Pv 4:18). A adoração que agrada a Deus não é produto dos esforços do homem natural mas fruto do Espírito Santo que está no novo homem. Isso é o que significa

Adorar em Espírito

Só o que é produzido por Deus é aceito por Ele pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar “em espírito”, movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que é separado do mundo e obediente à Palavra de Deus.

A adoração movida pelas emoções da carne e pelas maneiras e métodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, são vãs e não aceitas por Deus, pois não são dEle. O que Deus aceita é feito por Ele e evidenciado pela santidade, silêncio, temor e por uma crescente obediência (Sal 97:10; Hab. 2:20; Mat. 7:21; Rm 8:27; Fil. 1:6; 2:13).

Em Verdade

Mesmo este estudo sobre a adoração verdadeira estando dividido em dois pontos (espírito e verdade) devemos entender que um não existem sem o outro. Importa a
Deus que os que O adoram O adorem tanto em espírito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas, podemos, para maior clareza, os estudar separadamente.

A Necessidade da Verdade

O homem sempre precisa ter um equilíbrio. Por ele ter as duas naturezas, é preciso ser sempre lembrada a influência que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso há tantos versículos na Bíblia sobre a necessidade do Cristão ser vigilante e sóbrio (I Tes 5:6; I Pe 5:8) despertado do sono (Rm 13:11-14) e ser espiritual (Mt. 26:41; Gl 5:16,17,24-26; Es 5:14-21). Também, por ter um inimigo astuto, cheio de ardis (Gên. 3:1; II Cor 2:10,11; Ap 12:9) incansável (I Pe 5:8) que arma lutas espirituais contra nós (Ef 6:11) precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer.

A Palavra de Deus é o equilíbrio que o Cristão precisa. Ela é
a verdade (João 17:17), mui firme (II Pe 1:19) viva e eficaz (Hb 4:12) em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor (Hb 12:1). Ela nos aperfeiçoa para a defesa (Ef 6:13-17) e resistência (I Pe 5:9) contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso próprio coração (Sl 119:130; I Tim 3:16,17). São provados os espíritos pela verdade (I João 4:3; I Tim 4:1) e não por nossos pensamentos manipuláveis ou emoções enganadoras.

De fato, a Bíblia é a única regra de fé e ordem para o crente e isso também vale para a adoração. Tendo a adoração verdadeira – em espírito e em verdade – o Cristão pode adorar durante um dilúvio, peregrinação no deserto, na fornalha, na cova dos leões, em prisões ou exilado em uma ilha. Não é necessário microfones, música talentosa, cerimônia, sorridentes, ambiente agradável, uniformes ou prédios lindos. É necessário estarmos em Cristo e Ele em nós é isso se evidencia em uma vida obediente.

A Maior Verdade – Cristo

Cristo é a Verdade (João 14:6). O que Deus produz pelo Seu Espírito traz à lembrança o que Cristo ensinou (João 14:26) e testifica de Cristo (João 15:26). A adoração verdadeira nunca pode agir contrariamente aos ensinamentos de Cristo ou
exemplificar outra vida se não a de Cristo. Se Cristo é a verdade, tudo que agrada a Deus deve estar em conformidade a Ele pois o Pai se compraz no Filho (Mt. 3:17;17:5).

A Espiritualidade deve ter Obediência

Excluir a obediência da Palavra de Deus (Cristo) seria uma abominação para Deus Quem queremos adorar (Luc 6:46). Substituir as Escrituras Sagradas por algo diferente também é uma abominação (Mar 7:7; Tito 1:14). Há uma multiplicidade de atrativos para afastar o Cristão de uma adoração verdadeira. Há fabulas ou genealogias intermináveis (I Tim 1:4; 4:7) ofertas vás, incenso, observação de luas novas e sábados (Is 1:13,14).

Mas tudo isso tende a adicionar algo à Palavra de Deus
em vez de seguir a sua pureza (Pv 30:5). Não devemos melhorar a verdade (Dt 12:32; Ap 22:18,19), devemos só observá-la. Uma sensível atenção, um estudo constante, uma meditação contínua em conjunto com uma obediência temente à verdade, a Palavra de Deus, é essencial para uma adoração verdadeira. Não podemos separar a adoração espiritual da adoração prática (obediência).

O próprio Espírito Santo é chamado Espírito da verdade (João 14:17; 15:26; 16:13) que nos aponta a Cristo que era perfeitamente espiritual e mostrou a Sua espiritualidade pela Sua obediência (Fil. 2:8; João 14:11). É certo que podemos ser menos espirituais que Cristo mas de nenhum jeito podemos ser tão espirituais para que a obediência à verdade torne-se desnecessária.

A Obediência deve ser Espiritual

Pode haver obediência sem espiritualidade. Aqueles que crucificaram a Cristo cumpriram a Palavra de Deus completamente mas, mesmo sendo obedientes, não
operaram com o desejo de adorar ao Senhor (Atos 2:21,22; 4:27,28). Os demônios creem na verdade mas tampouco adoram ao Senhor segundo a operação do Espírito
Santo (Tg 2:19). Os Fariseus obedeceram a lei a risca mas não entraram no reino de Deus (Mt. 5:20).

Pelo estudo feito podemos entender bem melhor que o que Deus deseja, adoração em espirito e em verdade, é algo que não pode ser produzido pelo homem, mas por Deus. É produzida pelo Espírito de Deus na vida do Cristão que vive
segundo à Sua Palavra em amor. Não caia no que parece gostoso à carne, mesmo à carne religiosa. Seja ativo no que agrada Deus e será aceito pelo Mesmo (João 15:1-11)