EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: 2 CORINTIOS – Nova Criatura | Escola Biblica Dominical | Lição 06: 2 Coríntios 6 – O dia da Salvação e o Testemunho Cristão
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 6 há 18 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 6.1-15 (1 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
A Paz do Senhor, professor(a)! O tema maior desta lição é a urgência do arrependimento e da reconciliação. Segundo Paulo, recebemos de Jesus a oportunidade de nos reconciliarmos uns com os outros e todos com Jesus, a fim de que não haja conflitos entre os irmãos. O apóstolo demonstra a autenticidade do seu ministério pelo comportamento que ele e seus auxiliares demonstraram, pois não buscavam quaisquer privilégios. Ao contrário, agiam com zelo e disponibilidade para perdoar, suportando todas as provações e acusações. Sejamos ligeiros em nos reconciliar, suportando com paciência toda provação e nos guardando das doutrinas e sistemas filosóficos contrários à fé bíblica. Deixemos para trás toda diferença e toda indiferença e aproveitemos este tempo da nossa oportunidade.
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OBJETIVOS
Guardar a comunhão com os irmãos.
Proceder com zelo pela obra.
Guardar a fidelidade às verdades bíblicas.
PARA COMEÇAR A AULA
Quem já perdeu um desconto ou uma promoção porque não aproveitou para pagar uma dívida ou comprar um produto quando teve oportunidade? O descuido com os prazos causa prejuízos. Use esse exemplo para dizer que é tempo oportuno para vivermos em união. Deus nos deu esta vida como prazo suficiente para a reconciliação e obediência. Utilize uma folha de papel em branco e diga que ela representa nossa vida. Uma folha pode receber um desenho artístico ou pode receber apenas um rascunho. Esta vida é a nossa oportunidade, não podemos desperdiçá-la.
LEITURA ADICIONAL
O sofrimento muitas vezes produz bênçãos, não somente para quem sofre mas também para os outros. Será que Deus permite a perseguição para estimular o crescimento e amadurecimento da sua igreja? A história parece ensinar-nos que é assim. Costumamos até dizer: “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”. Mas cada moeda tem duas faces: Em nossos dias, algumas religiões e governos opressivos estão limitando severamente o crescimento das igrejas. Seja como for, a lembrança da experiência dos crentes neotestamentários nos ajudará a entender o princípio fundamental de que a perda leva ao aumento, a morte à vida, e o sofrimento à bênção. Os primeiros capítulos de Atos falam de opressão, prisões, apóstolos açoitados e o martírio de Estêvão. Depois disso, Paulo foi ameaçado, açoitado, preso e apedrejado. Ele padeceu fome, sede, sofreu devido à falta de abrigo, às dificuldades, aos naufrágios e passou por muitos outros perigos no decorrer de suas viagens evangelísticas. Os outros apóstolos e muitos outros obreiros também enfrentaram perseguições. Durante os primeiros 25 anos após a ressurreição de Jesus, cerca de cem mil pessoas em três continentes se converteram a Jesus. Parece ter havido alguma relação entre o índice de sofrimento e perseguição e o crescimento da Igreja. Releia 2 Coríntios 6.4-10; 11.23-29. Você verá que Paulo escreve sobre três tipos de sofrimentos angústia mental (dificuldades, desonra, perigos e preocupações pelas igrejas), dor física imposta por outros (açoites, prisões), privações e desconfortos aceitos voluntariamente (trabalho duro, fome, insônias e viagens difíceis).
Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 181-182).
Texto Áureo
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” 2Co 6.14
Leitura Bíblica Com Todos
2 Coríntios 6.1-15
Verdade Prática
O cristão deve testemunhar sua fidelidade ao Evangelho sob qualquer circunstância.
INTRODUÇÃO
I- O DIA DA SALVAÇÃO 6.1-6
1- O tempo oportuno 6.1-2
2- Ministério não censurado 6.3-4
3- As provações dos santos 6.5-6
II- APROVADOS NOS CONTRASTES 6.7-12
1- A variedade dos desafios 6.7-8
2- As perdas vitoriosas 6.9-10
3- Amor sem limite 6. 11-13
III- TEMPO DE POSICIONAMENTO 6.14-18
1- Jugo desigual 6.14
2- As oposições inconciliáveis 6.15-16
3- Santificação 6.17-18
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 6.2
Terça – 2Co 6.12
Quarta – 2Co 6.14
Quinta – 2Co 6.16
Sexta – 2Co 6.17
Sábado – 2Co 6.18
Hinos da Harpa: 81 – 115
INTRODUÇÃO
A grande convocação de Paulo é para que os desviados da igreja em Corinto, aqueles que haviam tomado para si falsas doutrinas e passaram a criticá-lo, aproveitassem a oportunidade de reconhecerem seu erro. Numa estratégia retórica impressionante, Paulo expõe todas as dores e ofensas que padeceu para, ao final, fazer uma irrecusável proposta de reconciliação.
I- O DIA DA SALVAÇÃO (6.1-6)
Como quem faz um alerta, Paulo fala do perigo de desperdiçarmos “o dia da salvação”, ou seja, o tempo atual. Veremos como ele exorta os coríntios a retornarem ao ensino dos verdadeiros apóstolos.
1- O tempo oportuno (6.1-2) Eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação (62).
Numa atitude digna e ao mesmo tempo solicita, Paulo adverte a igreja a deixar de lado todo foco de acusações, brigas e difamações. Note que o apóstolo não se afunda em mágoas ou ressentimento; em vez disso, ele chama a atenção para a necessidade de arrependimento por terem se desviado dos ensinamentos que receberam. O tempo oportuno para a reconciliação com Deus, o “dia da salvação” (6.2) concedido pela graça, é hoje, mas não sabemos até quando se estenderá. Já vimos na lição anterior que importa agradar a Deus obedecendo a Jesus enquanto aguardamos a glória que nos está reservada. Portanto, é importante aproveitar cada instante para a própria santificação (Ef 5.15- 16). Observe que Paulo alerta para o prejuízo dos que tomam a graça de Deus em vão (6.1) e os convida a aproveitar o tempo da oportunidade para arrependerem-se dos seus maus caminhos, de falsos ensinos e de desvios doutrinários.
2- Ministério não censurado (6.3-4) Não dando a nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado (6.3).
Paulo defende a dignidade do seu ministério. Nem ele nem os que o seguem, como Tito, têm culpa de alguns irmãos terem se desviado, pois não foram “motivo de escândalo em coisa alguma” (6.3). Na sequência, ele mostra as marcas do seu ministério e os motivos pelos quais ele e os seus auxiliares merecem reconhecimento como “ministros de Deus”. Segundo Paulo, o que os identifica como verdadeiros ministros de Deus é a paciência. Em algumas traduções encontramos a palavra “perseverança“. Observe como Paulo enfatiza justamente a qualidade que o distingue dos seus acusadores, pois enquanto eles abandonaram o que aprenderam e passaram a acusá-lo de mentiroso, ele, ao contrário, continua insistindo, perseverando em instruí-los. Ora, um foco de rebeldia criado por um grupo dissidente não o faria abandonar a perseverança e a paciência “nas aflições, nas privações, nas angústias” (6.4).
3- As provações dos santos (6.5-6) Na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido (6.6).
As circunstâncias que provam a perseverança de um verdadeiro apóstolo continuam sendo apresentadas por Paulo: açoites, prisões (At 16.23), tumultos, trabalhos ou cansaços, vigílias e jejuns. Essa breve sequência de palavras revela algumas das mais desafiadoras adversidades. Paulo tenta levar os seus destinatários a concluir que as acusações contra ele eram absurdas. Se o apóstolo fosse um homem mentiroso, fraco e desqualificado já teria abandonado tudo, inclusive seus próprios detratores. Quem poderia duvidar que Paulo estava realmente debaixo do poder de Deus? A paciência é sustentada “no Espírito Santo, no amor não fingido” (6.6) de onde não procedem nem a mentira, nem o engano. Mais uma vez, Paulo leva os coríntios a refletirem sobre a sinceridade do amor que dizem dedicar a Deus.
II- APROVADOS NOS CONTRASTES (6.7-12)
Nesta importante seção da carta, Paulo mostra que os apóstolos verdadeiros são os que renunciam a tudo pelo bem da igreja e pela fidelidade da mensagem.
1- A variedade dos desafios (6.7-8) Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros (6.8).
Aos poucos, a carta expõe a injustiça que alguns cometeram contra ele ao considerá-lo como um homem de índole fraca e corajoso apenas por cartas. A palavra “infâmia“, que significa calúnia ou ofensa, menciona a gravidade dos males causados ao apóstolo. Os coríntios haviam se esquecido do longo período em que Paulo esteve com eles, anunciando-lhes a salvação, sendo-lhes disponível em tudo. Antes, honrado entre eles, depois desrespeitado sem motivos; antes, gozan- do de boa reputação, mas depois desprezado por muitos. O estilo de escrita agora recorre às oposições honra/desonra; infâmia/boa fama para acentuar a diferença entre o comportamento justo que tinham e a malícia a que se entregaram depois. Aos poucos, mas de modo muito eficiente, a carta vai expondo a culpa e o fracasso espiritual dos que se deixaram enganar. É uma oportunidade para pensarmos na severidade e rapidez com que condenamos pessoas que não mereciam ser descartadas. O ministério de Paulo estava firmado “na palavra da verdade, no poder de Deus” e por isso ele precisava pelejar pelo Evangelho como quem maneja “armas ofensivas”, tais como seus discursos (At 22), e ao mesmo tempo reagir aos ataques com “armas defensivas” (6.7), como as suas cartas.
2- As perdas vitoriosas (6.9-10) Entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos, nada tendo, mas possuindo tudo (6.10).
A próxima etapa da argumentação de Paulo é tão inteligente quanto as anteriores. Ele continua utilizando oposições para mostrar como as experiências e sentimentos opostos coexistem na vida do verdadeiro discípulo. Na nossa vida social, quanto mais nos rejeitamos por causa da nossa fé, mais somos reconhecidos por Jesus. Paulo mostra aos coríntios que ter sido desprezado por eles rendeu-lhe reconhecimento no céu. Tristes quando maltratados, mas felizes por causa da promessa sobre nossas vidas (Cl 3.23-24). Como despenseiros que servem aos homens a mensagem da salvação, “enriquecemos a muitos” (6.10). Aleluia! Nada temos em nós mesmos, mas ao mesmo tempo temos tudo (Fl 2.7-8).
3- Amor sem limite (6. 11-13) Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos (6.12).
Depois de ter conduzido seus leitores e ouvintes a uma comoção de arrependimento, Paulo dispara uma declaração inesperada, talvez: “Para vós outros, ó coríntios, abrem- se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração” (6.11). A expectativa do apóstolo era levar a igreja à autocrítica. Tudo que ele expôs antes foi uma preparação para essa proposta de reconciliação e de perdão incondicional. Paulo está oferecendo a outra face aos que o ofenderam (Lc 6.29). Salomão ensinou que o amor e o perdão geram um arrependimento como brasa viva (Pv 25.21-22; Rm 12.20). Vale observar, sobretudo, o zelo de Paulo pela salvação daquelas pessoas, pois sabia que estavam sendo arrastadas à tentação de moldar o Evangelho às suas conveniências. Ele chega a alertá-los: “Estais limitados em vossos próprios afetos” (6.12) e por isso não conseguem superar divergências e desentendimentos. Caso ainda duvidassem de que os perdoaria, ele deixa claro que está disposto a esquecer tudo: “Não tendes limites em nós”.
III- TEMPO DE POSICIONAMENTO (6.14-18)
Como costuma ocorrer nas cartas, depois de ter manifestado sua disponibilidade para o perdão, o apóstolo ataca o relativismo que prega a liberdade do indivíduo para submeter valores absolutos às conveniências culturais.
1- Jugo desigual (6.14) Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?
Desse verso em diante, até o início do capítulo 7, o texto de Paulo demonstra um tom mais exortativo. No verso 14 ele denuncia um dos grandes problemas da igreja em Corinto: o relativismo. Alguns dos que vieram do paganismo grego queriam adaptar o Evangelho aos seus sistemas conceituais e filosóficos, mas sobretudo ao culto pagão. Ora, o relativismo defende o fim das verdades e referências morais absolutas, de modo que cada pessoa possa viver sob suas próprias opiniões. Alguns relativistas subverteram as verdades ensinadas por Paulo em Corinto, talvez porque os ídolos lhes parecessem mais fortes do que um Messias crucificado. Paulo alerta para o perigo do “jugo desigual”, expressão usada para dar a ideia de uma “parelha” de credos e valores morais opostos. Não há como relativizar a Luz para que ela seja parcialmente trevas. Temos aqui um dos pontos altos para a nossa aplicação, pois o nosso século é marcadamente relativista. Muitos fazem um esforço para conciliar a fé cristã com práticas e comportamentos que tentam banalizar a verdade bíblica e normalizar o pecado. Ocorre que, como disse Paulo, não podemos viver uma fé de conveniências.
2- As oposições inconciliáveis (6.15-16) Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? (6.15).
A exortação a respeito da proximidade com os incrédulos mostra a preocupação com a corrupção das mentes. Quando o cristão não tem maturidade espiritual e suficiente compreensão da Palavra de Deus, o contato com falsas doutrinas, com filosofias ateias ou religiões opostas ao Evangelho o coloca em perigo. Alguns abandonam a fé, mas outros – essa era a situação dos coríntios procuram fazer implantes e ajustes entre as falsas doutrinas e a verdade bíblica. O resultado disso é desastroso. A soberba leva muitos a acreditar que seu padrão moral é superior e mais atual do que as verdades divinas, além disso há a inclinação a um estilo de vida que atenda aos prazeres corruptos e recuse o confronto consigo mesmo. Infelizmente, os coríntios ainda acreditavam que seu paganismo poderia acrescentar algo ao Evangelho. Lembre-se: incrédulo não é apenas aquele que não crê, mas também o que faz acréscimos (Ap. 22.18)
3- Santificação (6.17-18) Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor (6.17).
Para dizer aos coríntios a expressão e a gravidade do erro que estavam cometendo, Paulo cita a ordem de Deus para que o seu povo saísse do exílio sem tocar em nada que fosse impuro (Is 52.11). A ideia não é só ficar longe ou sair de perto, mas de não guardar em si nenhum resquício do que não estivesse em conformidade com Deus. No contexto da epístola paulina os coríntios não precisariam deixar a cidade, mas separarem- -se de antigos costumes, credos e sistemas filosóficos. A ordem para que os coríntios se separassem de tais práticas evoca o sentido hebraico da palavra “separado”: “puro”; “santo”. A exortação de Paulo não diz respeito apenas ao costume de frequentar refeições oferecidas aos ídolos, tema que ele já abordou na primeira carta (1Co 8.7-12), agora ele aprofunda a ideia de santidade e toca no problema das contaminações doutrinárias que levam ao liberalismo de costumes dentro da igreja (1Co 5.9-12). Não precisamos nos excluir do convívio social, mas devemos conservar em nós “a mente de Cristo” (1Co 2.16).
APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos manter firme a convicção das verdades bíblicas e suportar as tribulações até que estejamos diante do Senhor.
RESPONDA
1) O que significa a expressão “dia da salvação”?
R. O tempo como oportunidade de servirmos a Jesus e nos arrependermos dos nossos pecados
2) Como devemos nos sentir quando somos criticados por causa do Evangelho?
R. Embora tristes, ficamos felizes porque nos tomamos reconhecidos no céu.
3) Qual deve ser nossa atitude diante dos ataques à verdade bíblica?
R. Manter-nos fiéis e recusar qualquer proposta de adaptação do Evangelho aos prazeres atuais.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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