Lição 09: Lucas 17 e 18 – Perdão, Gratidão, Vigilância e Oração | 4° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2023 | LUCAS – Evangelho do Filho do Homem | Escola Biblica Dominical | Lição 09: Lucas 17 e 18 – Perdão, Gratidão, Vigilância e Oração

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Lucas 17 e 18 há 37 e 43 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 17.1-24 (5 a 7 min.). A revista funciona com o guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Aqui temos uma lição centrada nos ensinos de Jesus a respeito da conduta cristã. Jesus nos mostrou o padrão do comportamento baseado no perdão e na unidade dos santos, a fim de que as discordâncias – inevitáveis – não se tornem um escândalo. Nossa regra de convivência não é a infalibilidade, mas o perdão. Os que ofenderem, busquem conciliação; os ofendidos, perdoem. Assim, como cidadãos do reino, obedeceremos ao Senhor da vinha (Lc 17.7-10). O perdão é a marca de quem vive pelo Espírito e, como o leproso agradecido, reconhece o favor do Senhor. Ao fim da lição, uma viúva, um publicano e um cego ilustram bem a ideia de que o Reino é achado pelos que clamam pelo Senhor com súplica sincera.

OBJETIVOS

Evitar os escândalos e polêmicas.
Praticar a conciliação e a moderação.
Perdoar, como fomos perdoados por Deus.

PARA COMEÇAR A AULA

Como esta lição trata muito do perdão, tanto o que recebemos de Jesus quanto o que devemos praticar, que tal começar mostrando a origem dessa palavra? No grego é áphesis [iáfesi] e significa remissão, o mesmo que “permitir o apagamento”. A ideia é a de que o ofendido escolhe lançar no esquecimento a ofensa. Portanto, Jesus nos ensina que perdoar é, voluntariamente, anular a dívida e libertar o devedor. Foi isso que Jesus fez por nós, Ele nos amou primeiro.

LEITURA ADICIONAL

Todos os ditos do presente bloco os ditos de Jesus, exceto o do servo lavrador (Lc 17.7-10), também ocorrem em Mateus (cf. Mt 18.6-9,15,21s; 17.20; 21.21) e Marcos (cf. Mc 9.42-47; 9.24; 11.24) com uma formulação um pouco diferente e em outros contextos. Os ditos aqui comunicados contêm quatro ensinamentos. 1) Jesus fala primeiramente dos escândalos (v. l-3 a ), inevitáveis neste mundo mau. Contudo, sobre aquele que os provoca paira um grave ai de condenação. 2) Em seguida o Senhor fala sobre verdade e amor, o único remédio para superar os escândalos, até mesmo entre os discípulos (v. 3b-4). 3) Os apóstolos, que entendem o sentido do ensinamento, pedem (v. 5) pelo aumento da fé, porque da fé correta brota o amor para suportar e superar os tropeços (v. 5). 4) A fé que supera escândalos é humilde e corajosa. De forma sensata ela reconhece que não possui méritos próprios, e que é até mesmo imprestável sem a graça de Deus, a única que gera o bem.

[…] A parábola da viúva que suplica com insistência e do juiz inflexível está estreitamente ligada ao diálogo antecedente acerca da vinda futura do reinado de Deus em glória. Jesus havia explicado aos fariseus que o reino de Deus é sobretudo algo interior, intelectual. Depois ele também anunciou aos discípulos a manifestação gloriosa exterior do reino de Deus. Agora Jesus passa do fato da vinda gloriosa visível do reino de Deus para a utilização prática, exortando seus discípulos a acelerarem esse grande evento da revelação vindoura do reino de Deus por meio de suas orações incessantes, ainda que a sua vinda no retorno do Senhor se estenda por longo tempo.” Livro: Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker, Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2005. Pág. 228, 238).

Texto Áureo

“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhe respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência”. Lucas 17:20

Leitura Bíblica Para Estudo

Lucas 17.1-24

Verdade Prática

Gratidão, perdão, humildade, vigilância e vida de oração são ingredientes essenciais ao viver cristão.

INTRODUÇÃO
I- PERDÃO E GRATIDÃO Lc 17.1-19
1-
Quantas vezes perdoar Lc 17-10
2– A cura dos dez leprosos Lc 17.11-17
3– A raridade da gratidão Lc 17.18-19
II- VIGILÂNCIA Lc 17.20-37
1
– O aspecto do Reino Lc 17.20-21
2– Expectativas erradas Lc 17.22-25
3– Os dias de Noé e os de Ló Lc 77.26-37
III- ORAÇÃO Lc 18
1-
Uma viúva insistente Lc 18.1-8
2– A oração do fariseu e do publicano Lc 18.9-14
3– A oração do cego de Jericó Lc 18.35-40
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Lc 17.3
Terça – Lc 17.6
Quarta – Lc 17.15
Quinta – Lc 18.7
Sexta – Lc 18.14
Sábado – Lc 15.16
Hinos da Harpa: 370 – 577

INTRODUÇÃO

Chegamos a dois capítulos em que se concentram uma parte de narrativas exclusivas deste evangelho. Temos aqui o Filho do Homem a caminho de Jerusalém e alguns ensinos importantes para os discípulos e consequentemente para a nossa caminhada cristã.

I- PERDÃO E GRATIDÃO (Lc 17.1-19)

1- Quantas vezes perdoar (Lc 17.1-10) Disse Jesus a seus discípulos… (17.1a)

Os ditos aqui comunicados contêm quatro ensinamentos:
1) Jesus fala dos escândalos (v. 1-3a), os quais rodeiam cada pessoa. Contudo, sobre aquele que os provoca paira um grave “ai” de condenação.
2) O Senhor fala sobre a necessidade do perdão ilimitado sempre que houver arrependimento. 0 perdão deve ser ilimitado porque foi assim que Deus nos perdoou. Não há limites para o perdão. Quando Jesus fala de “sete vezes” não significa que uma oitava ofensa não será perdoada, mas que o perdão deve ser habitual. Quem não perdoa destrói a ponte sobre a qual ele próprio terá de passar.
3) Os apóstolos, que entendem o sentido do ensinamento, pedem pelo aumento da fé, porque da fé correta brota o amor para suportar e superar os tropeços e também perdoar. Perdão muitas vezes é um ato de fé.
4) A fé que supera escândalos é humilde e corajosa. De forma sensata ela reconhece que não possui méritos próprios. Esse é o sentido e nexo profundo da parábola do servo lavrador, a quem não são devidos nem agradecimento nem recompensa pelo cumprimento da obrigação (v. 7-10).

2- A cura dos dez leprosos (Lc 17.11-17) Ao entrar numa aldeia, saíram -lhe ao encontro de dez leprosos. (17.12)

Essa é a maior cura coletiva realizada por Jesus que temos registrada. Dez leprosos são curados de modo instantâneo enquanto obedeciam a um comando do Salvador. O fato de apenas um voltar para agradecer mostra que há mais pessoas recebendo bênçãos do que agradecendo. Se observarmos que este que mostrou gratidão era um samaritano, então tudo fica mais admirável, pois essa atitude veio de onde não se esperava. Temos agradecido e glorificado a Deus pelas bênçãos recebidas?

3- A raridade da gratidão (Lc 17.18-19) Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?(17.18).

Nenhuma outra história do evangelho assinala tão diretamente a ingratidão do ser humano. Os leprosos tinham chegado a Jesus com um desejo desesperado; Ele os tinha curado, e nove deles não voltaram para dar graças, consideraram sua cura como algo merecido, prosseguiram a caminhada até o sacerdote. O décimo, um samaritano profundamente tomado pelo sentimento de ser indigno, entendeu sua cura como dádiva, por isso se sentiu obrigado a agradecer de coração.

A volta do samaritano não aconteceu somente depois de ser declarado puro pelo sacerdote, mas quando constatou que sua lepra havia desaparecido. Fritz Rienecker, comentando sobre o tema, diz que “Jesus expressa diante dos discípulos e do entorno sua surpresa com o fato de que, de todos os dez curados, somente esse único estrangeiro retorna e dá glórias a Deus. Dessa pergunta ressoa um tom de lástima pela ingratidão que os nove judeus curados manifestaram”

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II- VIGILÂNCIA (Lc 17.20-37)

1- O aspecto do Reino (Lc 17.20-21) Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. (17.20)

Alguns fariseus se aproximam do Senhor com perguntas acerca do tempo da vinda do Reino de Deus – o diálogo de Jesus com eles é exclusivo de Lucas. A pergunta dos fariseus alicerçava-se sobre um conceito bem formal do reino divino. Eles imaginavam a vinda do reino de Deus, ou seja, do reino messiânico, como um acontecimento histórico súbito, exteriormente grandioso, que poderia ser verificado com precisão. Jesus ensina que o aspecto do reino não é visível. Essa resposta pode significar pelo menos duas compreensões:

1) O Reino de Deus está dentro de vós, isto é, ele trabalha nos corações humanos. Portanto, não devemos procurar uma revolução das coisas materiais, e sim uma revolução nos corações dos homens.
2) O Reino de Deus está entre nós. 0 reino de Deus, diferente de qualquer reino terreno, é uma realidade espiritual invisível que já chegou ao mesmo tempo em que aguardamos sua plenitude final.

2- Expectativas erradas (Lc 17.22-25) E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais. (17.23)

Agora, a expectativa da iminente aparição do reino messiânico, que tanto os discípulos quanto os fariseus acreditavam, é considerada por Jesus como um erro. Jesus adverte os discípulos para que não deem ouvidos aos espíritos mentirosos e aos boatos, os quais diziam que o Senhor estaria ali ou acolá. O retorno do Filho do Homem não é acontecimento oculto, mas ocorre perante toda a humanidade, pois o Senhor compara sua vinda como o relâmpago Jesus há de aparecer no céu, em todos os lugares da terra, súbita e visivelmente e com glória de rei.

3- Os dias de Noé e os de Ló (Lc 17.26-37) Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem… O mesmo aconteceu nos dias de Ló (17,26,28a)

Na sequência, com base em dois exemplos históricos do passado e em três acontecimentos da vida cotidiana, o Senhor assinala os pontos decisivos em sua volta: “Como foi nos tempos de Noé e como foi nos tempos de Ló, assim também acontecerão naquele dia, quando o filho do homem for manifesto.” E qual é o ponto de correlação? É a indiferença e o absoluto descuido para com as coisas de Deus. Ao falar sobre esses dias, William Hendriksen, comenta: “O próprio caráter repentino da vinda aponta para a necessidade de se guardar contra a falta de preparação e o descuido. Durante os dias de Noé – isto é, quando esse “pregador da justiça” estava construindo a arca (Gn 5.32 – 7.5) e exortando o povo (2Pe 2.5) – o povo se recusou a levar a sério o que ele estava fazendo e dizendo”. Surge a pergunta: por que Jesus escolheu Noé e Ló como exemplo? Os dois deram atenção à advertência de Deus. Noé construiu uma arca – ação que a muitos pode ter parecido como a coisa mais tola que possivelmente podia fazer. E quanto a Ló, quando Deus lhe ordenou que deixasse Sodoma, ele, ainda que com um grau de hesitação, atendeu o chamado (Gn 19.14-16). Embora esses dois fizessem os preparativos necessários em obediência às ordens divinas, as multidões, indiferentes, pereceram. Em ambos os casos, foram alcançados por repentina destruição, mas só os soberbos foram destruídos. A água os afogou; o fogo e o enxofre os consumiram.

III- ORAÇÃO (Lc 18)

1- Uma viúva insistente (Lc 18.1-8) Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. (18.3)

Na parábola do juiz iníquo, Jesus naturalmente não está assemelhando Deus a um juiz injusto. A parábola é da variedade do “Quanto mais …” Se um homem ímpio às vezes faz o bem, mesmo por motivos maus, quanto mais Deus fará o bem. Temos aqui um juiz que não temia a Deus nem respeitava homem algum, era controlado por seus próprios ideais e inclinações. A viúva era um símbolo de pessoa indefesa, mas que sabia que o direito estava do lado dela (não pedia vingança, mas, sim, justiça) e ela era persistente.

A viúva precisava superar dois obstáculos. Em primeiro lugar, pelo fato de ser mulher, praticamente não existia perante a lei. Na sociedade palestina do tempo de Jesus, as mulheres não pleiteavam suas causas. Em segundo lugar, uma vez que era viúva, não tinha um marido para representá-la no tribunal. O perseverante e insistente clamor daquela viúva mostra como deve ser nossa vida de oração.

2- A oração do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14) Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros (18.9)

Como a parábola anterior, também esta pertence ao material exclusivo do evangelho de Lucas. Naquela época, os devotos oravam três vezes por dia: às nove da manhã, ao meio-dia e às três da tarde. E, nesta parábola, temos dois homens orando, sendo que um deles era um fariseu o qual orava de si para si mesmo; a verdadeira oração, porém, é oferecida sempre a Deus e só a Ele. O outro era um coletor de impostos, que, consciente da sua indignidade, se mantinha afastado e sequer elevava os olhos a Deus. Lucas nos mostra que ninguém deve menosprezar seus semelhantes nem achar-se demasiadamente justo por causa das suas obras. Uma vida de boas obras é importante, mas o que nos permite estar perante Deus é a Sua graça e misericórdia. Na oração, não nos elevamos acima de nossos semelhantes, mas recordamos que somos parte da humanidade pecadora, que sofre e está contrita, ajoelhada perante o trono da misericórdia de Deus. O foco da nossa oração não deve estar nos pecados do outro, mas em nossa própria pecaminosidade.

3- A oração do cego de Jericó (Lc 18.35-43) Então, ele clamou: Jesus, Filho de Davi tem compaixão d e mim! (18.38)

Havia muitos cegos naquela época. Vários fatores contribuem para isto: luminosidade solar intensa, a areia carregada pelo vento, feita de higiene que causavam infecções oculares. Muitos cegos se deslocavam para Jericó porque havia uma crença popular de que lá pessoas eram curadas da cegueira. Estes cegos não podiam trabalhar e viviam espalhados pela cidade na mendicância. De acordo com Mateus, Jesus curou dois cegos ao sair de Jericó; Marcos fala em um cego na saída; já Lucas, em um cego na entrada. Nossa opinião é que se pode presumir dois cegos: um na entrada e o outro na saída da cidade; dentre os dois. Marcos destaca Bartimeu como o mais conhecido. Neste momento, um cego no caminho para Jericó perguntou à multidão ruidosa que passava o que era aquilo que ele ouvia. Obteve a resposta de que Jesus de Nazaré estava passando. As palavras do cego, pelas quais ele implora misericórdia a Jesus são: “filho de Davi”. Esse título é uma honraria messiânica que caracteriza o Senhor como herdeiro do trono israelita. A crítica que os acompanhantes dirigem ao cego mostra que eles viam sua súplica como uma impertinência descabida ao Messias. O cego, porém, não se deixa desanimar, mas chama com voz ainda mais forte, repetindo seu pedido. o grito ou a saudação do cego fez com que Jesus parasse. Ao perguntar ao cego “Que queres que eu te faça?” Jesus mostra toda sua ternura e o quanto um clamor sincero toca o coração do Filho do Homem.

APLICAÇÃO PESSOAL

A prática do perdão e da ação de graças a Deus deve ser o sinal do Reino entre nós.

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RESPONDA

Marque “V” para a opção verdadeira e ” F ” para opção falsa:
(V) A fé que supera escândalos é humilde e corajosa.
(F) O retorno do Filho do Homem é acontecimento oculto, nas ocorre perante toda a humanidade, pois o Senhor compara sua vinda a um relâmpago.
(V) Lucas nos mostra que ninguém deve menosprezar seus semelhantes nem achar-se demasiadamente justo por causa das suas obras

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