Lição 10: Provai se os Espíritos São de Deus | EBD 3° Trim. De 2020

Lição 10: Provai se os Espíritos São de Deus

EBD | 3° Trimestre De 2020Edição Especial: Adultos e Jovens – Os Princípios Divinos em Tempos de Crise – A reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como Exemplos para os Nossos Dias – Lição 10: Provai se os Espíritos São de Deus

OBJETIVO GERAL

Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Destacar o cuidado que devemos ter com os falsos profetas;

Ressaltar que a Bíblia revela a existência dos falsos profetas;

Salientar que devemos julgar as profecias;

Mostrar por que devemos julgar as profecias;

Pontuar como devemos julgar as profecias.

Texto Áureo

“Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 Jo 4.1)

VERDADE PRÁTICA

Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos enganadores.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Jo 4.1-6: Nem todo espírito é de Deus

Terça – 1 Co 2.7-16: Devemos discernir os espíritos

Quarta – 2 Ts 2.1-17: Os espíritos maus são enganadores

Quinta – Êx 7.8-13: Os espíritos maus imitam a Deus

Sexta – 1 Co 12.1-11: Os dons edificam a Igreja

Sábado – 1 Co 14.1-25: O dom profético é útil à Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 6.10-14; 1 Tessalonicenses 5.20,21; 1 Coríntios 14.29

Ne 6. 10 – E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te. 

11 – Porém eu disse: Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei.

12 – E conheci que eis que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.

13 – Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem. 

14 – Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.

1 Tessalonicenses 5. 20 – Não desprezeis as profecias.

21 – Examinai tudo. Retende o bem.

1 Coríntios 14. 29 – E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

HINOS SUGERIDOS: 17, 212, 432 da Harpa Cristã

PONTO CENTRAL

O discernimento espiritual é essencial para a saúde espiritual da igreja

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INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Há espírito de erro atualmente. Ele se manifesta flagrantemente para desestabilizar a saúde espiritual da igreja local. Por isso carecemos do auxílio do Espírito Santo para reconhecer a verdadeira voz de Deus em diversas ocasiões em que participarmos. Devemos estar sempre em vigilância espiritual, não podemos ser levados pelas operações de erros, pois no mundo espiritual, isso pode ser um prejuízo fatal com implicações graves na vida material. Portanto, que estejamos em vigilância e oração. Que o Senhor Jesus, com o auxílio do seu Espírito Santo, nos ajude a estar atentos e despertados.

INTRODUÇÃO

Na lição passada estudamos as diferentes formas de ataques que o Inimigo da obra de Deus usa para lutar contra os servos de Deus. Vamos dedicar esta lição ao estudo de como o Inimigo ataca por meio dos falsos profetas.

I – CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS!

1. Os samaritanos observaram que os judeus davam muito valor à palavra dos profetas. Lembravam-se dos profetas Ageu e Zacarias, os quais profetizavam com tanta graça que a construção do templo, que havia estado parada por quinze anos, recomeçou imediatamente, e continuou até a inauguração da casa de Deus. Por ocasião da construção do muro, a comunicação entre judeus e samaritanos estava interrompida. Os judeus recusavam as propostas de cooperação dos samaritanos e não aceitavam as visitas deles.

Em vista das constantes recusas das suas ofertas de amizade, os samaritanos procuraram então influenciá-los por meio de profecias. Tobias e Sambalate conseguiram subornar alguns profetas, entre eles a profetisa Noadias, a fim de atemorizar Neemias, dizendo que ele estava em perigo de morte, e deveria fugir para dentro do templo, para assim salvar sua vida (Ne 6.10-14). O exemplo deixado por Balaão prova que qualquer profeta que aceita suborno, ou recebe dinheiro para profetizar, é um falso profeta. Devemos ter cuidado, a fim de que os falsos profetas não encontrem guarida em nossas igrejas.

2. Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida. E ele o fazia! Em primeiro lugar, estranhou a ordem para fugir: “Um homem como eu fugiria?” Além disso, ele observou que não tinha o direito de entrar no templo, uma vez que não era sacerdote. Compreendeu facilmente que tudo não passava de um ardil de Tobias e Sambalate, para atemorizá-lo e seduzi-lo a pecar. Assim, concluído o exame da profecia, Neemias pôde dizer: “Conheci que não era de Deus” (Ne 6.12).

SÍNTESE DO TÓPICO I

A palavra dos profetas era valorizada em Judá. Nesse sentido, Neemias tinha o dever de examinar a profecia recebida.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O professor deve ser capaz de usar bons exemplos da própria Escritura, a Palavra de Deus, para ampliar pedagogicamente o sentido da lição. Para isso é importante que ele seja um leitor permanente das Escrituras Sagradas, a fim de edificar a sua vida espiritual e acumular imagens na memória para ser capaz de apanhar exemplos que sirvam como elementos ressonantes de aprendizado.

Por isso, relate como os apóstolos discerniam as várias manifestações espirituais. Em primeiro lugar, mostre como o apóstolo Pedro desmascarou Ananias e Safira. Em seguida, descreva de que forma Paulo discerniu o espírito daquela jovem adivinha. Hoje, também, devemos estar sempre atentos às várias manifestações espirituais.

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II – A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS

1. No Antigo Testamento:

a. O trágico exemplo relatado em 1 Reis 13. Um fervoroso homem de Deus, procedente de Judá, profetizou com muita coragem advertindo o ímpio rei de Israel, que estava junto do altar queimando incenso. Ele disse: “Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti” (v. 2). E deu um sinal de que aquela palavra era do Senhor: “Eis que o altar se fenderá, e a cinza […] se derramará” (1 Rs 13.3).

Ouvindo o rei aquela palavra, estendeu a sua mão sobre o altar ordenando que prendessem o homem de Deus. Todavia a mão que ele estendeu contra o profeta secou-se, e não a podia tornar a trazer a si. O altar se fendeu, e a cinza se derramou, como o profeta havia dito. A pedido do rei, o profeta orou a Deus e a mão lhe foi restituída sā.

A ordem de Deus para o profeta era que não comesse pão e nem bebesse água naquele lugar, e que não voltasse pelo mesmo caminho (1 Rs 13.9). Havia, porém, naquele lugar um velho profeta, cujo o filho lhe contou o que fizera o profeta vindo de Judá. O velho profeta foi ao encontro do homem de Deus, e convidou-o para comer pão. Ante a recusa do homem de Deus, o velho profeta argumentou que um anjo lhe havia falado; ordenando que convidasse o profeta de Judá a voltar, para comer pão em sua casa (1Rs 13.11-15). O homem de Deus não discerniu a mentira e aceitou o convite do velho profeta.

E sucedeu que quando ele estava comendo pão, Deus tomou o velho profeta em profecia e disse: “Visto que foste rebelde à boca do SENHOR, […] antes, voltaste, e comeste pão, […] o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais” (1 Rs 13.21,22). Depois de ter comido pão, voltou, e no caminho um leão o matou, deixando-o prostrado na estrada (1Rs 13.23,24). O velho profeta o recolheu, e sepultou-o no seu sepulcro, chorando lágrimas, certamente de fingimento (1Rs 13.26-28).

b. Nos dias de Jeremias havia falsos profetas, os quais com suas profecias combatiam a palavra que Deus havia enviado a Israel, por meio de Jeremias (Jr 29.21-23).

c. Quando o rei Josafá, de Judá, visitou o rei Acabe, de Israel, este tinha um grande número de profetas que profetizavam segundo a vontade de Acabe. Então o rei Josafá perguntou: “Não há aqui ainda algum PROFETA DO SENHOR? E o rei Acabe respondeu que havia o profeta Micaías. Os que foram buscá-lo disseram-lhe: “Vês aqui que as palavras dos profetas, a uma voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem”. Então disse Micaías: “O que o Senhor me disser isto falarei”. Como Micaias profetizou, assim aconteceu: Acabe morreu na batalha (1 Rs 22.5-28,35-37).

d. Ainda nos dias de Jeremias, falsos profetas conseguiram influenciar alguns dos sacerdotes e enganar o povo, por meio deles (Jr 5.31). Dessa maneira, o povo desviava-se dos caminhos de Deus, e recusava-se a ouvir as verdadeiras anunciadas por Jeremias. Moisés, Jeremias, e Ezequiel combateram tenazmente os falsos profetas e seus ensinos heréticos (Dt 13.1-18; 18.20-22; Jr 23.11-32; 28.6-17; Ez 13.1-18).

2. No Novo Testamento:

a. Jezabel. Jesus advertiu o anjo da Igreja em Tiatira, por este ter permitido que uma mulher, por nome Jezabel, falsa profetisa, ensinasse e enganasse os membros daquela igreja, prostituindo-os (Ap 2.20-23).

b. A Bíblia adverte que nos últimos tempos aparecerão falsos profetas (Mt 24.11,24). O espírito do Anticristo estará então operando grandemente (1 Jo 2.18; 4.2,3), e fará esses falsos profetas operarem sinais e prodígios de mentira, com todo engano e injustiça (2 Ts 2.9,10).

SÍNTESE DO TÓPICO II

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a Bíblia revela a existência de falsos profetas. É preciso discernimento espiritual para não cair no engano.

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III – DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

1. Deus quer a sua Igreja revestida com todos os dons do Espírito Santo. A igreja em Corinto deve ser o nosso exemplo neste sentido: Paulo dirigiu-se a ela dizendo que nenhum dom lhe faltava (1Co 1.7). O conselho bíblico para nós é: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1).

2. O despertamento renova os dons. Quando Deus renova o dom de profecia e os dons de variedade de línguas e interpretação, por meio de um despertamento espiritual, então se torna necessário que a igreja esteja bem doutrinada para saber como usar os dons espirituais, e também como se deve julgar as profecias, conforme a Palavra de Deus nos orienta! (1 Ts 5.19). Nenhuma mensagem tida como profética está isenta de exame por parte da igreja. Conforme o ensino do apóstolo Paulo, na referência supracitada, temos o direito e o dever de julgar as profecias, para ver se elas estão de acordo com as Escrituras. Se não estiverem,   são consideradas anátema, pois têm o objetivo de conduzir o povo de Deus ao erro. Fujamos das falsas profecias e dos falsos profetas.

SÍNTESE DO TÓPICO III

Devemos julgar a mensagem profética, pois nenhuma está isenta de exame por parte da igreja.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

1. Devemos exercer o nosso ministério proporcionalmente à nossa fé.

2. Devemos manter atitudes certas: contribuir com generosidade, orientar com diligência e ter alegria em demonstrar misericórdia.

3. Embora exerçamos um dom até à sua próxima capacidade, tudo será fútil sem o amor. Evidentemente, temos apenas o conhecimento parcial, e é só o que conseguimos compartilhar. Os dons são dados continuamente, segundo nossa medida de fé (e não uma vez por todas). Os dons devem ser testados; devem estar sujeitos aos mandamentos do Senhor. O enfoque é o amadurecimento da igreja, e não a grandeza do dom. Estas verdades devem nos levar à humildade, à estima por Deus e pelo próximo e à zelosa disposição de obedecer a Ele” (HORTON, Stanley (Ed.) Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 477,76).

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IV – POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?

1. Porque a Palavra de Deus nos manda julgá-las (1 Ts 5.19-21; 1 Co 14.29).

2. Porque os que profetizam são sujeitos a falhas. Mesmo que a mensagem venha de Deus, pode acontecer que o instrumento esteja sem o fruto do Espírito na sua vida, e a transmissão da mensagem seja prejudicada por esta causa (1 Co 13.1-3).

3. Porque pode haver conhecimento prévio dos fatos. Quando o que profetiza conhece os problemas da pessoa para quem está profetizando, pode haver o perigo de que a sua opinião pessoal venha a influenciar o conteúdo da mensagem. A Bíblia diz: “Que tem a palha com o trigo?” (Jr 23.28). A mensagem pode ser um produto da opinião daquele que profetiza. Temos na Bíblia um exemplo, quando o profeta Natã, entregou, por conta própria, uma “mensagem profética” ao rei Davi ( 2 Sm 7.2), porém Deus mandou que ele corrigisse a palavra dada (2 Sm 7.4-6).

4. Existe a possibilidade de que o “profeta”, ao enunciar a “mensagem profética”, esteja sendo influenciado por um espírito maligno, disseminador de mentiras. Lemos sobre isto em 1 Rs 22.7,11,19,21-23.

SÍNTESE DO TÓPICO IV

Devemos julgar as profecias porque a Palavra de Deus mostra que os que profetizam são sujeitos a falha, podem ter conhecimento prévios dos fatos ou estarem sob influência maligna.

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V – COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS?

1. Examinando as Escrituras. Uma profecia jamais pode estar em conflito com a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o PRUMO (Am 7.7,8). A Palavra de Deus é perfeita (SI 19.7). Uma mensagem que estiver em desacordo com a Palavra de Deus, seja ela transmitida por quem for, até por um anjo do céu, está reprovada e deve ser rejeitada, pois é anátema (Gl 1.8).

2. Através do dom de discernimento de espíritos. A Bíblia diz que “O que é espiritual discerne bem tudo”. Devemos buscar, incansavelmente, receber de Deus este dom (1 Co 2.15; Jo 7.17; Fp 1.10; Lc 12.57).

Quando uma profecia é inspirada por Deus, aquele que tem discernimento logo a reconhece (1 Jo 1.5). Todo aquele que “anda na luz, como Ele na luz está” conhece e pratica a sua Palavra, e tem comunhão uns com os outros (1 Jo 1.7). Desse modo, o espírito de mentira não o engana com suas falsas profecias. O crente, que é uma ovelha do Senhor, conhece sempre a voz do seu pastor (Jo 10.4). A noiva conhece a voz do seu amado (Ct 2.8; 5.2).

3. A profecia se conhece pelo seu “sabor” (Jó 6.6,7; 12.11). Também o “sotaque” de quem fala, faz com que “o filho da terra” conheça quando um “estrangeiro” fala. Compare “sibolet” e “chibolet” (Jz 12.6). Finalmente, os que são perfeitos têm, em razão de costume, os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hb 5.14).

SÍNTESE DO TÓPICO V

Podemos julgar a profecia por meio das Escrituras Sagradas e do dom de discernimento de espíritos

SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

Como era possível distinguir o verdadeiro do falso profeta no Antigo Testamento? O capítulo 8 de Deuteronômio foi um recurso revelado por Deus ao povo, por intermédio de Moisés, a fim de se estabelecer algumas diretrizes para identificar o falso profeta. Podemos aprender com elas também:

1. O verdadeiro profeta falava em nome do Senhor dos Exércitos. Aliás, era costume dos profetas em Israel iniciar suas mensagens desta forma: “Assim diz o Senhor dos Exércitos”. Embora nem sempre os verdadeiros profetas usassem esta fórmula, esta caracterizava o verdadeiro profeta. Daniel, por exemplo, não a usou; isto, porém, não lhe descaracteriza a profecia.

2. As palavras enunciadas pelos profetas deveriam estar em conformidade com a Palavra de Deus. Caso contrário, o mensageiro seria execrado da comunidade de Israel. Em Isaías 8.20, lemos que todos deveriam se ater à Lei e ao Testemunho. E, se não falassem de acordo com estas palavras jamais veriam a alva.

3. As profecias teriam que ter, necessariamente, um cabal cumprimento. Caso contrário: seriam descaracterizadas como palavras de Deus. Note bem: o cumprimento profético não poderia ter um cumprimento casuístico nem circunstancial, como acontece hoje em muitas igrejas. O cumprimento deveria ser atestado por todo o povo de Deus.

4. Se o profeta tentasse levar os israelitas ao erro, seria considerado imediatamente um impostor. E jamais haveria de achar lugar entre os eleitos. Alguns, de fato, mostravam-se seguidores de Jeová. No entanto, não passavam de filhos de Belial: não somente induziram os israelitas ao erro, como também nos levavam à derrocada nacional.

Embora vivamos noutra dispensação, as mesmas regras continuam válidas para aferirmos a autenticidade dos mensageiros do Senhor. Afinal, como afirma o apóstolo Paulo, tudo quanto foi escrito, para nossa instrução foi escrito. Se nos dedicarmos mais ao estudo das Sagradas Escrituras, não seremos tão facilmente enganados. Infelizmente, muitas igrejas, hoje, são ludibriadas porque não têm mais as Sagradas Escrituras como a sua única regra de fé e conduta (Texto adaptado da revista Lições Bíblicas: Maturidade Cristã, Jovem e Adultos (Professor). Rio de Janeiro, CPAD, 1993, pp.32,33).

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CONCLUSÃO

1. Quando as profecias são provadas, o conceito e a consideração dos dons espirituais são conservados. Deste modo, a sã doutrina é preservada de qualquer influência e erros humanos, e o Espírito Santo tem liberdade de usar os seus servos, conforme a sua soberana vontade.

2. Quando provamos as profecias, estamos em condições de corrigir e doutrinar a pessoa que usou erradamente o dom de profecias. Assim, doutra vez, ele dará lugar ao Espírito Santo e irá usar o dom profético de modo correto.

3. Quando provamos as profecias recebemos as bênçãos que Deus, por meio delas, quer nos dar. Ficamos com o bom e rejeitamos o que não veio de Deus (1Ts 5.21).

PARA REFLETIR

A respeito de “Provai se os Espíritos são de Deus ”, responda:

• O que os samaritanos observavam nos judeus? R: Que os judeus davam valor à palavra profética.

• Qual o dever de Neemias? R: Examinar, pelo crivo da Palavra de Deus, as profecias recebidas.

• O que acontece aos dons do Espírito Santo quando há despertamento espiritual? R: O despertamento renova os dons espirituais.

• Qual o primeiro passo que devemos dar ao julgar uma profecia? R: Examinar as Escrituras.

• Por que o dom de discernir os espíritos é importante? R: Porque nos ajuda a identificar se os espíritos procedem, ou não, de Deus.

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