Lição 11: Israel – O Príncipe que lutou com Deus | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADOLESCENTES

EBD Adolescentes | 1° Trimestre De 2025 | Tema: Gênesis, o Livro dos Grandes Começos | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 11: Israel – O Príncipe que lutou com Deus

LEITURA BÍBLICA

Gênesis 31.3,13-18; 32.1,22-28

A MENSAGEM

Devocional

Segunda » Gn 32.9
Terça » Sl 114.7
Quarta » Dt 34.4
Quinta » Mt 1.2
Sexta » Is 43.1
Sábado » Is 45.4

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OBJETIVOS

APRESENTAR a família Jacó, bem como seus conflitos internos;
ENSINAR sobre a mudança de vida que Jacó teve, mediante suas experiências com Deus;
DEMONSTRAR os propósitos que Deus tinha com Israel.

Ei Professor!

Ponto de Partida

Para a aula de hoje, leve um balde para a sala de aula. Introduzo o segundo tópico com esta atividade: Escreva em um papel “escolhas certas” e cole no recipiente. Em sala, dê três bolinhas de papel a cada aluno (podem ser feitas de papel crepom). Coloque os alunos a uma boa distância do balde e diga que devem arremessar as bolinhas de papel para dentro do recipiente. Ganhará a brincadeira o aluno ou grupo que fizer mais pontos. Faça a seguinte aplicação: “A dificuldade em arremessar as bolinhas dentro do balde representa as batalhas que podemos enfrentar quando precisamos fazer boas escolhas. Às vezes, não é tão fácil escolher o que é correto. Contudo, sob a orientação de Deus, é possível. Jacó escolheu obedecer a Deus quando ouviu sua voz.

Vamos Descobrir

Jacó fugiu de casa por causa da ira de seu irmão Esaú. Anos após, Deus mandou que o Jacó voltasse para a terra de seus pais. Certamente ele refletiu sobre algumas questões, talvez se perguntando como seria essa jornada ou o que encontraria na casa de seu pai Isaque. Depois de tantos anos fora de casa, talvez a ira de Esaú tivesse acabado. Ou ainda, poderia estar guardada esperando o momento certo para a vingança. — Jacó não sabia o que o aguardava, mas reuniu suas forças, família e bens e partiu em uma jornada, confiando apenas em Deus.

Hora de Aprender
I – A FAMÍLIA DE JACÓ

1- Jacó, suas esposas e concubinas. Jacó casou-se com Léia e Raquel. Isso não foi uma ordem de Deus. Também não foi algo que Jacó aprendeu em casa. Seu pai, Isaque, casou-se apenas com uma mulher, Rebeca. O padrão bíblico para o casamento é de um homem e uma mulher, numa união que só deve ser desfeita pela morte (Gn 2.24; Mt 19.4-6). Porém, devido a um costume da época e a artimanha de Labão (Gn 29.23), Jacó casou-se com duas esposas e teve filhos com elas. Ele também teve filhos com as escravas de suas esposas, que foram concubinas de Jacó. Labão tinha dado sua escrava Zilpa para sua filha Léia (Gn 29.24). E Bila, foi dada como escrava a Raquel (Gn 29.29). Isso foi feito segundo a cultura da época. E os filhos que nasceram de Zilpa e de Bila tinham os mesmos direitos que os filhos de Leia e Raquel.

2- Os filhos de Jacó. Era muito importante para os casais a geração de filhos. Deus viu que Jacó desprezava Leia e abençoou seu ventre (Gn 29.31). Leia foi mãe de seis filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom (Gn 29.32-35; 30.18-20), além de uma filha, chamada Diná (Gn 30.21). Raquel era estéril (Gn 29.31), até que Deus a curou (Gn 30.22). Ela foi mãe de José e Benjamim (Gn 30.23,24; 35.16-18). Raquel entregou Bila para ser concubina de Jacó, para que tivesse filhos com ela. Os filhos de Bila eram considerados também filhos de Raquel. Eles foram: Dã e Naftali (Gn 30.4-8). Leia também fez o mesmo e entregou Zilpa para ser concubina de Jacó, a fim de que tivesse filhos com ela. Os filhos de Zilpa foram: Gade e Aser (Gn 30.9-13).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO

“Rivalidade entre as Esposas – Dificilmente poderia haver harmonia em um lar cujas esposas competiam pela atenção do mesmo homem […]. No entanto, o desassossego familiar causado pelo triângulo amoroso entre Jacó, Lia e Raquel só não era maior do que o amor de Jacó por Raquel. No entanto, Lia se considerava desprezada por Jacó e, provavelmente, também por Raquel (Gn 29.31). O termo hebraico traduzido por ‘desprezar’ [significa], literalmente, odiar’, ou ‘ser odioso’.

Esta forma de sentimento, segundo o étimo original, designa, uma atitude de profunda aversão por uma pessoa, evitando-se qualquer tipo de aproximação com a mesma. Este termo é o mesmo usado em Deuteronômio 21.15, traduzido por ‘aborrecer’ (ARA/ARC), ‘preferir’ (NVI), ‘não amar’ (TEB), no contexto da herança entre os filhos do polígamo. O desprezo de Raquel por sua irmã foi acrescido pelo amargo ciúme que sentia por Lia ter concebido.

O termo hebraico […] traduzido por ‘ciúme’, também pode significar ‘ciúme ardente’ ou ‘inveja’. A rixa entre as esposas era acirrada, a ponto de uma delas considerar ‘uma grande Luta’ a competição entre ambas: ‘Disse Raquel: Com grandes Lutas tenho competido com minha irmã e Logrei prevalecer’ (Gn 30.8 – ARA)’’ (BENTHO, Esdras C. A Família no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 168,169).

II- VOLTANDO PARA A TERRA DE ORIGEM

1- Jacó inicia sua viagem de volta. O irmão de Esaú já não era um homem sozinho. Tinha duas esposas, duas concubinas, muitos filhos, servos e muitos bens (Gn 31.17,18). Depois que Deus mandou que ele voltasse para casa, Jacó arrumou tudo e partiu sem avisar ao sogro (Gn 31.20,21). Três dias depois, Labão ficou sabendo da ausência deles e saiu em busca dos que se foram. Uma noite antes de alcançá-los, Labão foi advertido por Deus de que nada deveria fazer contra Jacó (Gn 31.29).

Quando se encontraram, houve uma discussão e um pacto. Labão acusou o grupo de fugir e de ter tomado deuses fabricados de sua casa. Raquel realmente tinha levado os ídolos consigo, mas ninguém descobriu (Gn 31.34,35). Jacó expôs toda sua indignação pelos anos que trabalhou de forma dura para Labão e por suas acusações (Gn 31.38-42).

Naquele dia, eles fizeram um compromisso público: Jacó deveria zelar por suas esposas e, tanto Jacó, como Labão, deveria seguir seu caminho, porém não deveriam ultrapassar o limite territorial que estava sendo estabelecido naquele momento (Gn 31.50-54).

2- Um acordo de Paz foi firmado. Resolvida a questão, na manhã seguinte, Labão beijou suas filhas e seus netos, despediu-se de todos e voltou para sua terra (Gn 31.55). Jacó e toda sua gente foram em direção à terra de seus pais. Eles podiam continuar a viagem em paz. A jornada que começou turbulenta se tornou tranquila.

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO

Labão (Gn 31.43) estava em desvantagem, contudo protestou ilogicamente que as mulheres, as crianças e o gado lhe pertenciam. Se Jacó tivesse sido escravo, isso ficaria claro naquele dia, mas Jacó afirmou que era um verdadeiro genro. Certos estudiosos concluem que ele pode ter sido um filho adotado e, nesse caso, não haveria dúvida sobre o direito de propriedade. O sogro estava disposto a esquecer as sutilezas legais a favor de um concerto.

Todos os detalhes externos da ação de fazer um concerto estavam em concordância com as práticas vigentes naqueles dias: a pedra posta em coluna, um montão de pedra sobre o qual comeram uma refeição e os votos ou juramentos feitos ali […]. Depois dos votos, comeram uma refeição comunal de carne de um animal sacrificado. Pela manhã, de madrugada, Labão era outro homem, despedindo-se com beijos afetuosos e uma benção divina […].

A questão como labão estava resolvida, mas agora havia uma ameaça maior no sul. O iminente encontro com Esaú abalou Jacó até ao fundo de sua alma e preparou o cenário para uma das lutas e vitórias espirituais significativas do livro de Gênesis. Peniel, onde o fato se deu, tornou-se sinônimo de experiência de crise espiritual que radicalmente transforma a alma” (Comentário Bíblico BEACON. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp.94,95).

III- JACÓ LUTA COM DEUS E ENCONTRA-SE ESAÚ

1- Jacó enviou mensageiros a Esaú. Jacó estava viajando e iria encontrar seu irmão Esaú depois de muitos anos. Eles passaram todo esse tempo sem contato. Nunca haviam conversado sobre os problemas do passado, e Jacó tinha medo da reação do seu irmão. — Será que Esaú ainda desejaria vingar-se? A fim de diminuir a possível ira, que ainda poderia estar no coração de Esaú, Jacó enviou mensageiros anunciando sua chegada (Gn 32.3).

Jacó procurou seu irmão com humildade, se apresentando como servo de Esaú (Gn 32.3-5). A resposta dos enviados foi que Esaú estava indo ao seu encontro com 400 homens (Gn 32.6). O medo e a preocupação tomaram conta de Jacó (Gn 32.7,8). Nessa aflição, Jacó foi buscar a Deus, em oração, lembrando de suas promessas (Gn 32.9-12).

3- Deus muda o nome de Jacó. O ser celestial, enviado por Deus, que Lutou com Jacó, disse que seu nome seria mudado. Ele passou a se chamar Israel, pois lutou com Deus e os homens e prevaleceu (Gn 32.28). Jacó saiu daquele lugar transformado. Sua convicção era a de ter visto Deus face a face (Gn 32.30). O novo homem, Israel, com fé seguiu seu caminho. Israel encontrou-se com Esaú, seu irmão. Nesse reencontro não houve Luta ou brigas, mas abraço, perdão e choro (Gn 33.1-4). A última palavra que Esaú tinha dito sobre Jacó é que o mataria (Gn 27.41). Mas depois de tantos anos, o Senhor promoveu a paz entre os irmãos.

III- AUXÍLIO TEOLÓGICO

A luta de Jacó com Deus teve consequências:
1– Um novo nome e um novo caráter: ‘Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste […] com Deus […] e com os homens e prevaleceste’ (v. 28) […]. O hebraico bíblico não raro utiliza expressões como ‘não se dirá mais’ ou ‘não se chamará mais’ para indicar algum tipo de metamorfose espiritual. Verifique Gênesis 17.5 e, em especial, certas passagens de Jeremias, em que tais expressões destacam mudanças graças a alguma ação divina (Jr 3.16-1; 16.14,15; 19.6; 23.7,8; 31.29,30)
2– Uma nova força: ‘prevaleceste’ (v. 28b).
3– Uma nova bênção: ‘E abençoou-o ali’ (v. 29b).
4– Um novo testemunho: ‘Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva’ (v. 30). Jacó confirma a veracidade do Êxodo 33.20, na qual Deus diz: ‘homem nenhum verá a minha face e viverá’. A aurora que se aproximava não era um perigo para Deus, mas para Jacó. Por esse motivo, Deus diz a Jacó: ‘Deixa-me ir, porque já a alva subiu’.
5– Um novo dia, um novo começo: ‘E saiu-lhe o sol’ (v. 31).
6– Um novo lembrete de sua própria fraqueza: ‘e manquejava da sua coxa’ (v. 31b). Seu nome é mudado, mas a perna não é curada, ao menos não de imediato” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.130).

CONCLUSÃO

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VAMOS PRATICAR

1- Relacione o nome das mães com seus respectivos filhos:

A- Léia
B- Bila
C- Zilpa
D- Raquel

(A) Judá
(A) Simeão
(A) Issacar
(A) Zebulom
(B) Naftali
(C) Gade
(C) Aser
(D) Benjamim
(A) Rubén
(D) José
(A) Dina
(A) Levi
(B) Dã

Pense Nisso

Jacó foi um trapaceiro. Porém, colheu as consequências dos seus erros. Ele aprendeu com seus erros e teve um encontro real com Deus. O Senhor tinha um grande propósito para a vida de Israel, por isso ele precisou aprender a fazer escolhas corretas e a buscar a Deus.

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