EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2024 | TEMA: JOÃO – O Evangelho do Filho de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 12: João 15 a 17 – O Espírito Santo e a Oração Sacerdotal
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em João 15,16 e 17 há 27, 33 e 26 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João 17.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Esta lição é uma oportunidade para discutirmos um assunto multo mal interpretado no contexto cristão, que é o fato de algumas pessoas pensarem que o conhecer Jesus é ter a nossa vida mudada em todas as áreas, como se Deus tivesse o dever de transportar-nos deste mundo para um outro mundo onde muitas coisas maravilhosas que desejamos seriam reais. No entanto, a nossa fé não nos tira do mundo após nos convertermos; ao invés disso, permanecemos vivendo sob as mesmas circunstâncias. O propósito de Deus não é nos tirar do mundo, mas nos livrar das ações do maligno (Jo 17.15), Sendo assim, a vida eterna não significa estar fora da realidade deste mundo, mas conhecer o único Deus verdadeiro (Jo 17.3).
OBJETIVOS
Aprender a importância de estar sempre ligado a Cristo.
Despertar para o fato de que o Espírito Santo está sempre conosco.
Saber que neste mundo somos guardados do mal.
PARA COMEÇAR A AULA
Após a leitura e uma breve introdução sobre a lição, convide um aluno para testemunhar a respeito das dificuldades que enfrentou após ter tido um encontro com Jesus. Em seguida, faça um paralelo entre as dificuldades superadas e a oração sacerdotal de Jesus. Leve a classe a concluir que essa pessoa que testemunhou não foi tirada do mundo, mas foi guardada das ações do maligno; e, em meio ao sistema desse mundo, também pôde ter gozo completo, pois este não depende das coisas externas (Jo 17.13).
LEITURA ADICIONAL
Ao expor essa vívida metáfora, Jesus trata de quatro assuntos que enriquecem nosso entendimento acerca de nosso estreito relacionamento com ele.
Em primeiro lugar, a videira. Em todo o Antigo Testamento, Israel é apresentado como a videira, a vinha do Senhor. Deus a plantou e a cercou com cuidados, mas Israel produziu uvas bravas. Então, agora, Jesus diz: Eu sou a videira verdadeira (15.1).
Em segundo lugar, os ramos. Sozinho, um ramo é frágil, infrutífero e imprestável, servindo apenas para ser queimado (Ez 15.1-8). O ramo não é capaz de gerar a própria vida; antes, deve retirá-la da videira. De igual forma, é nossa união vital com Cristo que nos permite dar frutos.
Em terceiro lugar, o agricultor. O trabalho do agricultor é cuidar da videira, a fim de que seus ramos produzam muitos frutos. Para isso, o agricultor levanta, limpa e poda os ramos. O agricultor poda os ramos de duas maneiras: a primeira é limpando e podando os ramos para que sejam renovados; a segunda, é removendo os ramos secos e sem vida para lançá-los fora e queimá-los. Em quarto lugar, os frutos. O propósito de uma videira não é produzir madeira nobre, lenha ou sombra, como algumas outras árvores. Tampouco a videira é uma planta ornamental. O único propósito da videira é produzir frutos.
Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2015, São Paulo-SP, pág. 387).
TEXTO ÁUREO
‘Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” Jo 17.15
VERDADE PRÁTICA
Somos resposta da oração de Jesus por nós e o Espírito Símio nos faz transbordar até produzir muitos frutos.
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
INTRODUÇÃO
I- A VIDEIRA VERDADEIRA
1- Produz frutos Jo 15.1-11
2- Frutos que permanecem Jo 15.6-20
3- O mundo nos odeia Jo 15.21-26
II- O ESPÍRITO SANTO
1- O Espírito Santo no Mundo Jo 16.5-11
2- O Espírito Santo nos crentes Jo 16.12-15
3- Paz e bom ânimo Jo 16.23-33
III- JESUS ORA POR NÓS
1- Jesus ora por salvação Jo 17.1-5
2- Jesus ora por proteção Jo 17.6-20
3- Jesus ora por unidade Jo 17.21-26
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Jo 17.1-3
Terça – Jo 17.4-7
Quarta – Jo 17.8-11
Quinta – Jo 17.12-16
Sexta – Jo 16.17-20
Sábado – Jo 17.21-23
Hinos da Harpa: 175 – 77
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INTRODUÇÃO
Esta é a sétima e última expressão de Jesus: “Eu sou”. Ele Já havia dito: Eu sou o pão da vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a ressurreição e a vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E, por último, diz: “Eu sou a videira verdadeira.” Veremos também, nesta lição, que Jesus conclui Seus ensinos no cenáculo falando sobre a missão do Espírito Santo e orando por seus discípulos, na oração sacerdotal.
I- VIDEIRA VERDADEIRA (Jo 15.1-27)
1- Produz frutos (15.1-11). Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (15.1-2)
Nesta ilustração de Jesus, são abordadas quatro figuras distintas: a videira (Jesus), os ramos (discípulos, e nós), o agricultor (Deus) e os frutos (resultados de nossa obra), O propósito precípuo de Jesus aqui é mostrar que o Pai está trabalhando na vida dos discípulos, que permanecem em Cristo, a fim de que produzam muitos frutos. Os discípulos são os ramos, e a finalidade dos ramos que permanecem ligados a Cristo é produzir frutos. Se eles não permanecem em Cristo, não fazem parte da videira, da família, da Igreja, do rebanho; secam e são lançados no fogo e queimados. Deus, como agricultor, espera de nós frutos. No relacionamento do crente com Cristo o termo chave é “permanecer”, usado 10 vezes em 11 versículos. A ênfase é união. “Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo”. Quando permanecemos em Cristo, produzimos muito fruto. O Pai é glorificado. E uma alegria indizível e cheia de glória enche o nosso coração (Jo 15.11).
2- Frutos que permanecem (15.6-20). Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (15.16)
Embora Seus discípulos continuem sendo Seus servos, passa a chamá-los de amigos (15.13). A evidência dessa amizade é o amor (15.12) e a obediência (15.14); e o propósito dessa amizade, a abundância de frutos (15-16). Mais uma vez, Ele reafirma que o amor entre os discípulos precisa ter o peso do sacrifício. Quem ama se dispõe a dar sua vida pelo irmão (1Jo 3.16). A amizade sobre a qual Jesus está talando aqui é um relacionamento de compromisso com os mesmos valores, com os mesmos propósitos. Por isso, ninguém pode arrogar a si o privilégio de ei amigo de Jesus, sem pronta obediência às suas ordenanças.
3- O mundo nos odeia (15.21-26). Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. (15.20)
Tiago, irmão do Senhor, declara que quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4.4). E o evangelista João diz que quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2.15) Agora, Jesus deixa claro que os discípulos serão odiados pelo mundo pelo fato de serem Seus amigos (15.18-20). O mundo nos persegue porque somos servos de Cristo (15.20,21). O Senhor relembra aqui o que já havia ensinado (13.16). Uma vez que o servo não é maior do que o seu senhor, e o senhor foi perseguido pelo mundo, logo nós, servos de Cristo, que agora somos Seus amigos, certamente seremos também perseguidos pelo mundo. Hoje estamos vendo o crescimento espantoso da cristofobia. A religião mais perseguida do mundo é a cristã. O mundo ainda odeia Cristo, por isso persegue Cristo na Igreja.
II- O ESPÍRITO SANTO (Jo 16.1-33)
1- O Espírito Santo no Mundo (16.5-11). Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. (16.7-8)
Jesus comunica mais uma vez Sua partida para junto do Pai, que o enviou (16.5). Essa informação de Sua partida tornou-se a principal causa da tristeza dos discípulos (16.6). Jesus, porém, alerta-os sobre a necessidade de ir e até os tranquiliza dizendo que é melhor Ele partir, porque dessa forma o Espírito Santo, o Consolador, virá sobre eles. Existem três atuações claras do Espírito Santo no Mundo:
a) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo do pecado (16.8,9). “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim”. O maior pecado das pessoas hostis a Deus, que as condena para sempre, não são seus desvios teológicos nem seus devaneios morais, mas sua resistente incredulidade, a despeito de toda verdade que tenham ouvido e de todas as obras de Deus que tenham visto.
b) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo da justiça (16.8.10). “Convencerá o mundo (…) da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais”. A justiça de Deus foi plenamente manifestada ao mundo no sacrifício de Cristo na cruz. Ao se tornar nosso substituto e morrer em nosso lugar, Ele cumpriu por nós cabalmente todas as demandas da lei e satisfez todos os reclamos da justiça divina. O Espírito Santo vem ao mundo para convencer o mundo dessa verdade gloriosa.
c) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo do juízo (16.8.11). “Convencerá o mundo (…) do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado”. A morte, a ressurreição e a ascensão de Cristo são o julgamento legal e a derrota definitiva do diabo, o príncipe desse mundo. Jesus triunfou sobre ele na cruz. Despojou-o, venceu-o e esmagou sua cabeça. Ao pé da cruz, o diabo arregimentou as forças todas de que dispunha. E ali foi derrotado para sempre. Sua condenação foi decidida, e sua sentença foi declarada. Em resumo, temos aí o pecado do mundo, a justiça de Cristo e o julgamento de Satanás, tudo prova do pelo Espírito Santo sobre a base da rejeição de Cristo, de Seu triunfo na cruz e de Sua ressurreição.
2- O Espírito Santo nos crentes (16.12-15). Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. (16.13)
Primeiramente, o Espírito Santo exerce o ministério de ensino (16.13). A função do Espírito na Igreja é “guiar”, literalmente, “mostrar o caminho”. O Espírito não usa armas externas. Ele não empurra, mas guia. Em segundo lugar, o Espírito Santo exerce o ministério do holofote (16.14,15). Um holofote é uma luz cuja finalidade é iluminar não a si mesmo, mas um alvo específico. O Espírito Santo não vem para glorificar a si mesmo, mas para glorificar Jesus. Se quisermos saber se uma pessoa está cheia do Espírito Santo, basta examinar se ela está vivendo uma vida cristocêntrica. O propósito do ministério do Espírito Santo é exaltar Jesus, anunciá-lo e torná-lo conhecido.
3- Paz e bom ânimo (Jo 16.23-33). Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (16.33)
O Espírito Santo desempenha um papel importantíssimo no Evangelho de João. O Espírito veio sobre Jesus em Seu batismo (1.32). Nenhum indivíduo pode entrar no reino de Deus sem nascer da água e do Espírito (3.5). Jesus falou que “quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (7.38) e “isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (7.39), Reunido com Seus discípulos no cenáculo, Jesus lhes apresentou o Espírito Santo como o outro Consolador (14.16), o Espírito da verdade (14.17), o Consolador que o Pai enviará em Seu nome para ensinar os discípulos e fazê-los lembrar de Seus ensinos (14.26) e o Consolador que dará testemunho a Seu respeito (15.26), A atuação do Espírito Santo é muito clara no mundo e nos crentes. O primeiro e grande cumprimento dessas promessas ocorreu no dia de Pentecostes, quando Pedro, cheio do Espírito Santo, apresentou essas provas, e cerca de três mil pessoas foram convencidas de seus pecados, convertidas a Cristo e salvas.
III- JESUS ORA POR NÓS (Jo 17.1-26)
Jesus fez três súplicas distintas na oração sacerdotal. Ele orou por si mesmo e por salvação, dizendo ao Pai que havia concluído Sua obra aqui na terra (17.1-5); orou por Seus discípulos, pedindo ao Pai que os guardasse e os santificasse (17.6-19); e orou por Sua Igreja, para que pudéssemos ser unidos Nele e, um dia, participarmos de Sua glória (17.20-26)
1- Jesus ora por salvação. (17-1-5). Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. (17.1-2)
Cristo disse que Sua hora ainda não tinha chegado; mas agora, Sua hora de ir para a cruz havia chegado; e Ele irá não como um derrotado, mas como um rei caminha para o trono. É na cruz que Ele cumpre o plano da redenção. A cruz é o instrumento de glória para o Pai porque a prioridade de Jesus era a glória de Deus, e Sua crucificação trouxe glória ao Pai. A cruz é o instrumento de glória para o Filho. A cruz glorificou Sua compaixão, Sua paciência e Seu poder em dar Sua vida por nós, dispondo-se a sofrer por nós, a se fazer pecado por nós, a se tornar maldição por nós para comprar-nos com Seu sangue. Jesus recebeu autoridade para dar a vida eterna (17.2). A vida eterna é uma dádiva do Pai oferecida pelo Filho. Todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Quem Nele crê não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Não há vida eterna fora de Jesus Cristo. Vida eterna é mais do que um tempo interminável nos recônditos da eternidade. A vida eterna é, em essência, qualidade de vida em vez de quantidade de vida. Vida eterna não é essencialmente uma vida que jamais se finda, mas o conhecimento Daquele que é eterno.
2- Jesus ora por proteção (17.6-20). Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (17.15)
Cristo orou pelos discípulos. Nas suas diversas dificuldades, Jesus intercedeu por eles. Orou por eles quando estavam passando por uma avassaladora tempestade (Mt 14.22-33). Orou por Pedro quando este estava sendo peneirado pelo diabo (Lc 22.31,32). Agora ora por eles antes de ir para o Getsêmani. Jesus fez dois pedidos fundamentais em favor dos discípulos.
Que eles fossem guardados do mundo (17.14), e que eles fossem guardados do maligno (17.15). Se Ele pôde guardar seus discípulos enquanto viveu na Terra, quanto mais pode nos guardar entronizado à destra do Pai em Seu trono de glória!
3- Jesus ora por unidade (17.21-26). E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. (17.20-21)
Jesus só tem uma Igreja, um rebanho. A unidade da Igreja é o desejo expresso de Jesus, o alvo da Sua oração, a expressa vontade do Pai. A unidade que Jesus pede para a Igreja tem como paradigma e origem a unidade do Pai e do Filho no Espírito Santo. Se nós somos filhos de Deus e membros de Sua família, não podemos viver em desunião. Não há desarmonia entre o Pai e o Filho. Nunca houve tensão nem conflito entre a vontade do Pai e a do Filho. Nossa origem espiritual nos compele a buscar a unidade, e não a desunião. Na verdade, Pai, Filho e Espírito Santo são um em essência; os crentes, por outro lado, devem ser um em mente, esforço e propósito.
APLICAÇÃO PESSOAL
O resultado prático da operação do Espírito Santo e da oração de Jesus não somente produz fé, mas também nos desafia à ação de demonstrar a vida que essa fé produz abençoando as pessoas.
RESPONDA
Identifique a resposta apropriada a cada questão e relacione-a abaixo nos parênteses correspondentes.
1) Jesus, discípulos, Deus e resultados da
2) Exerce o ministério do ensino.
3) Foi um instrumento de glória para o Pai e o Filho.
(1) Videira, ramos, agricultor e os frutos da nossa obra.
(3) Cruz
(2) Espírito Santo
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