Lição 13: O valor do Conhecimento e da Sabedoria | 4° Trimestre de 2024 | EBD ADOLESCENTES

EBD Adolescentes | 4° Trimestre De 2024 | Tema: Como Viver no mundo à Luz da Bíblia | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 13: O valor do Conhecimento e da Sabedoria

LEITURA BÍBLICA

Daniel 1.3-7,17-20

A MENSAGEM

“É o Senhor quem dá sabedoria; a sabedoria e o entendimento vêm dele.” Provérbios 2.6

Devocional

Segunda >> At 7.22
Terça >> Êx 31.1-5
Quarta >> Pv 1.7
Quinta >> Ec 7.12
Sexta >> Dn 2.20-22
Sábado >> Tg 1.5

Objetivos

MOSTRAR que Deus é a fonte e o doador da sabedoria e do conhecimento;
DEMONSTRAR o valor que as Escrituras dão a sabedoria;
ENSINAR que todo conhecimento e talento humano podem ser úteis na obra de Deus.

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Ei Professor!

A Bíblia não é contra a ciência e o conhecimento. Ela dá testemunho de que o conhecimento e sabedoria vem de Deus. Nesta lição, os adolescentes deverão compreender que grandes homens e mulheres nas Escrituras tinham habilidades, capacidades e conhecimentos distintos e admiráveis. Eles se comprometeram com Deus, mantiveram-se fiéis ao Senhor enquanto atuavam profissionalmente e fizeram a diferença como servos de Deus.

Assim, os adolescentes poderão perceber que suas habilidades também podem (e devem) glorificar o Senhor, na medida em que são úteis na obra de Deus. Motive seus alunos a consagrarem seus dons e talentos ao Senhor!

Ponto de Partida

Muitos adolescentes costumam estudar para o vestibular ou para algum concurso. Outros, planejam sair do país para fazer algum curso especial. Há ainda aqueles que já escolheram uma profissão para seguir. Inicie a aula conversando com seus alunos sobre seus sonhos para o futuro. Pergunte: “com o que você quer trabalhar” ou “qual curso você quer fazer na faculdade”.

Motive cada aluno a partilhar seus sonhos. Valorize a resposta deles e faça um reforço positivo dos seus planos. Se houver algum aluno que demonstre desinteresse pelos estudos, ofereça uma palavra de motivação. Após valorizar a importância dos estudos, inicie a exposição do tema da aula. Durante a aula reafirme a importância da sabedoria.

Vamos Descobrir

Vivemos em uma sociedade que valoriza o conhecimento. Constantemente, novos recursos tecnológicos são criados, profissões são transformadas e descobertas são feitas. A todo momento, somos desafiados a aprender algo novo, seja na escola ou em casa. Em cada fase da vida também precisamos aprender coisas novas, tanto para o trabalho como para a convivência social. Hoje veremos o que a Bíblia fala sobre o conhecimento e sobre a sabedoria.

Hora de Aprender
I- DEUS É A FONTE DE TODA SABEDORIA E CONHECIMENTO

Reflexões sobre a busca do conheci mento e sobre o desenvolvimento da sabedoria estão em toda a Escritura. Está escrito: “É o Senhor quem dá sabedoria; a sabedoria e o entendimento vêm dele” (Pv 2.6). Salomão escreveu: “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Se você conhece o Deus Santo, então você tem compreensão das coisas” (Pv 9.10).

Conhecimento não é um conceito contrário à fé em Deus. Antes, ele é uma dádiva que vem do próprio Senhor. A Palavra orienta a busca pela sabedoria (Pv 4.7). A história que lemos no texto base da lição mostra claramente a importância da competência intelectual.

Daniel, Ananias, Misael e Azarias eram jovens quando foram levados cativos de Judá para a Babilônia (Dn 1.1). Lá eles participaram de um tipo de processo seletivo para servir à corte (Dn 1.3). Os jovens que foram escolhidos tinham as seguintes características: “Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio […]” (Dn 1.4).

Por três anos, Daniel e seus amigos passaram por um treinamento (Dn 1.5.6) E a Bíblia afirma que Deus deu a eles um “conhecimento profundo dos escritos e das ciências dos babilônios” (Dn 1.17). Aqui não se trata de conhecimento espiritual, mas sim de um entendimento relacionado ao trabalho, à cultura, idioma e à ciência da Babilônia. Além disso, para Daniel, o Senhor deu o dom de “explicar visões e sonhos” (Dn 1.17).

Ao final do período de treinamento, os quatro jovens foram levados à presença do rei. E Nabucodonosor viu que não havia jovens tão inteligentes quando Daniel, Ananias, Misael e Azarias: “Todas as vezes que o rei fazia perguntas a respeito de qualquer assunto que exigisse inteligência ou conhecimento, descobria que os quatro eram 10 vezes mais inteligentes do que todos os sábios e adivinhos de toda a Babilônia” (Dn 1.20).

Daniel se tornou um conselheiro do rei. Ele se dedicou ao seu trabalho. Anos depois, ele se tornou um dos três ministros que o rei escolheu para administrar os 120 governadores da Babilônia (Dn 6.2). O rei percebeu que Daniel se destacava em sabedoria e capacidade e pensou em colocá-lo como a maior autoridade no reino, após ele (Dn 6.3). Devido à sua inteligência, integridade e competência ele seguiu sua carreira na corte servindo aos reis (Dn 6.28).

Entretanto, o conhecimento de Daniel não se limitava à esfera humana. Ele tinha intimidade com Deus e uma vida de oração (Dn 6.10). Deus lhe deu um dom e um chamado. E, assim, Daniel, além da sua profissão, exerceu sua vocação ministerial e foi um grande profeta (Dn 2.19, 7.1, 8.1).

Daniel sempre reconheceu que todo o conhecimento e sabedoria, humana ou espiritual, vem de Deus: “[…] que o nome de Deus seja louvado para sempre, pois dele são a sabedoria e o
poder! […] É ele quem dá sabedoria aos sábios e inteligência aos inteligentes. Ele explica mistérios e segredos e conhece o que está escondido […] (Dn 2.20-22).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO

“O exílio dos judeus para a Assíria e a Babilônia os levou a novos avanços na educação […]. Os reis assírios colecionavam milhares de tabletes de argila numa biblioteca em Nínive. Eles continham todo tipo de conhecimento – botânica, geometria, química, astronomia, medicina, matemática, leis, religião […]. O livro de Daniel, capítulo 1, conta como os membros da hierarquia israelita foram educados na corte babilônica.

Eles deviam aprender a língua durante três anos e depois passar por um exame oral feito pelo rei. A fim de preservar sua identidade como nação, era necessário que os judeus exilados conhecessem a fundo a sua própria lei. Professores da classe sacerdotal e profética, parecem ter, portanto, cuidado desse aspecto […]” (GOWER, R. Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.76).

II- A BÍBLIA MOSTRA O VALOR DA SABEDORIA

Uma das características da sabedoria é que ela vem acompanhada da prudência e do bom senso (Pv 8.12, 13.16). Nós devemos buscar adquirir a sabedoria e a inteligência, porque elas valem mais do que o ouro (Pv 4.5, 16.16). Feliz e abençoada é a pessoa que adquire o conhecimento. A Bíblia diz que a pessoa sábia é aquela que está sempre pronta para aprender (Pv 18.15). Em contrapartida, ela chama àqueles que desprezam a sabedoria e a disciplina de “tolos” (Pv 1.7).

Salomão foi um homem que buscou a sabedoria. Pouco tempo depois que ele assumiu o trono de Israel, teve uma experiência com Deus. O Senhor perguntou para ele: “[…] O que você quer que eu lhe dê”? (2 Cr 1.7). Neste momento, Salomão poderia pedir qualquer coisa, tais como riqueza, saúde, um grande palácio, vitórias sobre os inimigos ou poder. Porém, ele pediu sabedoria e conhecimento para governar o povo (2 Cr 1.10).

Deus ficou muito satisfeito com a resposta dele e atendeu ao seu pedido: “Deus deu a Salomão sabedoria, entendimento fora do comum e conhecimentos tão grandes, que não podiam ser medidos” (1 Rs 4.29).

Desta forma, Salomão se tornou o homem mais sábio e a sua fama se espalhou por todas as regiões vizinhas (1 Rs 4.30,31). Ele escreveu mais de três mil provérbios e mais de mil canções. Falou sobre a diversidade de plantas e de animais. Autoridades do mundo ficaram interessadas e enviaram representantes para ouvir sua sabedoria (1 Rs 4.32-34).

Nós podemos fazer como Salomão e pedir sabedoria ao Senhor (Tg 1.5). Porque Ele é a fonte do verdadeiro conhecimento. A falta de conhecimento é perigosa e pode causar muitos males entre o povo de Deus (Os 4.6). Precisamos buscar o entendimento correto da vida em Deus, através da Escritura e da oração.

II- AUXÍLIO DIDÁTICO

“Tiago 1.5 – A sabedoria que nós precisamos tem três características distintas.
(1) É prática – a sabedoria de Deus está relacionada com a vida, mesmo durante os tempos de provações mais difíceis [..]. Esta sabedoria é o instrumento com o qual as provações são superadas […];

(2) É divina – a sabedoria de Deus vai além do bom senso […] Esta sabedoria começa com o respeito a Deus, conduz à vida de acordo com a orientação de Deus, e resulta na capacidade de saber distinguir o certo do errado;

(3) É característica de Cristo – pedir sabedoria significa, em última análise, pedir para ser como Cristo. A Bíblia identifica Cristo como a ‘sabedoria de Deus’ (1 Co 1.24; 2.1-7)” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.663).

III- O PROPÓSITO DO CONHECIMENTO

A inteligência, a sabedoria, o conhecimento e as capacidades técnicas, que venhamos a possuir, devem ser consagradas ao Senhor e disponibilizadas para o serviço no seu Reino. A Bíblia mostra homens e mulheres com capacidades diversas que serviram a Deus. Vejamos as histórias de alguns deles.

Sifrá e Puá
Essas duas mulheres hebreias viviam no Egito, na época em que Faraó oprimia aos hebreus (Êx 1.13). Elas eram parteiras profissionais (Êx 1.15). Faraó ordenou que elas matassem todos os meninos recém-nascidos na hora do parto (Êx 1.16). Entretanto, elas temeram ao Senhor e se recusaram obedecer a ordem de Faraó (Êx 1.17). Enquanto faziam o trabalho de assessorar as mães no parto, essas parteiras fizeram a vontade de Deus e protegem os meninos. O Senhor recompensou a fidelidade dessas mulheres (Êx 1.20,21). Por meio delas, Moisés nasceu e foi mantido em vida (Êx 2.1,2). Mais tarde, ele foi usado por Deus para libertar o povo hebreu da escravidão no Egito (Êx 3.4,10).

Bezalel e Aoliabe
Quando o povo de Israel estava peregrinando no deserto, Deus ordenou a construção do Tabernáculo e entregou a Moisés todas as orientações, com cada detalhe. O Senhor escolheu dois homens para coordenar o trabalho dos artífices: Bezalel e Aoliabe. As Escrituras dizem que encheu Bezalel com o seu Espírito e lhe deu “[…] inteligência, competência e habilidade para fazer todo tipo de trabalho artístico; para fazer desenhos e trabalhar em ouro, prata e bronze; para lapidar e montar pedras preciosas; para entalhar madeira; e para fazer todo tipo de artesanato” (Êx 31.3-5).

E, diz ainda, que o Senhor capacitou a Aoliabe e a “todos os homens habilidosos” para construírem tudo o que era necessário para o Tabernáculo (Êx 31.6). Aoliabe era “um mestre de obras, e engenhoso artífice” (Êx 38.23 ARC). E assim, eles fizeram tudo o que o Senhor ordenou a Moisés (Êx 38.22). O Tabernáculo esteve no meio do povo de Israel desde a época da peregrinação do deserto, até a construção do Templo, no reinado de Salomão.

Asafe
Era um importante músico e compositor, na época de Davi. Ele foi escolhido para, juntamente com mais dois levitas, chefiar as equipes de cantores e músicos que iriam adorar ao Senhor (1 Cr 16.1,4,5). Sua atuação se destaca no episódio em que Davi traz a Arca do Senhor para Jerusalém (1 Cr 16.7,37). Ele continuou seu ministério até a época de Salomão. Asafe estava presente quando o Templo foi consagrado ao Senhor, quando os músicos louvaram ao Senhor com címbalos, alaúdes e harpas, e a Glória dEle encheu toda a casa (2 Cr 5.2,12-14). Ele compôs onze Salmos (73-83). Seus descendentes seguiram o mesmo ofício (Ed 2.41, Ne 7.44).

Hurã (ou Hirão)
Era um artífice especialista em trabalho com o bronze. A Bíblia diz que ele “era cheio de sabedoria, e entendimento, e de ciência para fazer toda obra de cobre” (1 Rs 7.14-ARC). Ele era hebreu, mas morava em Tiro. Ao ser chamado pelo rei Salomão para atuar na construção do Templo do Senhor, veio imediatamente (1 Rs 7.13,14). Ele deu uma grande contribuição construindo colunas, romãs de bronze, carretas, caldeirões, pás, bacias etc. (1 Rs 7.40-45).

III- AUXÍLIO DIDÁTICO

“Ouvimos de todos os lados que a ciência refutou o Cristianismo, mas, hoje, a evidência histórica dá-nos uma resposta clara: pelo contrário, o Cristianismo fez a ciência possível. Ao invés de nos intimidarmos com os ataques feitos em nome da ciência, podemos mostrar que a própria existência do método científico, e tudo que ele tem realizado, é um grande argumento apologético em favor da veracidade do Cristianismo.

A história mostra que muitos cristãos têm feito exatamente isso, Isaac Newton, frequentemente considerado o maior dos cientistas antigos, era cristão devoto cuja busca científica era motivada por seu desejo de defender a fé! Newton cria com firmeza que o estudo científico do mundo levaria diretamente ao Deus que o criou.

A ciência nos mostra ‘quem é a causa primeira, que poder Ele tem sobre nós e que benefícios recebemos dEle’, escreveu Newton, de modo que ‘nosso dever para com Ele, assim como de uns para com os outros, se manifestará a nós por meio da luz da natureza’. E por que a ciência nos mostra tudo isso? Porque a tarefa da ciência é ‘deduzir as causas a partir dos efeitos, até que cheguemos à causa primordial, que certamente não é mecânica’.

[…] Deduzimos que a causa primeira deve ser um Ser racional e inteligente. ‘Esse lindíssimo sistema de sol, planetas e cometas somente poderia proceder o conselho e domínio de um Ser inteligente e poderoso, escreveu Newton […]. Os livros didáticos recomendados nas escolas ainda tratam o aparecimento da ciência como a causa da ‘morte’ da religião […]. Esse estereótipo é um legado dos primeiros historiadores modernos [..]” (COLSON, C.; PEARCEY, N. E agora como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.500).

CONCLUSÃO

Precisamos compreender que as habilidades incomuns e conhecimentos admiráveis vêm do Senhor e devem ser usados para glorificar o nome de Deus. Vimos nesta lição alguns exemplos bíblicos disso. O Senhor também deu dons e capacidades a você. Descubra suas competências e inteligências e coloque-as a serviço de Deus.

VAMOS PRATICAR

1- Encontre no caça palavras os nomes de algumas pessoas que estudamos nesta lição: Daniel, Salomão, Sifrá, Puá, Bezalel e Asafe.

RDANIELQWER
QPWRTYYUSIA
STBIVOMDAPS
IDBEZALELNA
FCSVHUPROBF
RTPXVQBUMVE
AQUDSAHAÂCF
JFÁDWEÇDOFI

Pense Nisso

Qual valor você dá ao conhecimento? Qual o nível do seu compromisso com seus estudos? Nunca deixe de estudar. Dedique-se. Faça cursos. Leia livros. E acima de tudo, leia a Palavra de Deus.

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