EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Biblica Dominical | Lição 08: Jesus e a Mulher Adúltera – A manifestação da Graça em Meio à Condenação

TEXTO ÁUREO
“(…) Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” João 8.10.
VERDADE APLICADA
Perdoar uns aos outros como fomos perdoados por Deus em Cristo é uma das marcas do verdadeiro cristão.
Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você. Ajude-nos 🙏 . Não leva nem 30 segundos. Basta clicar em qualquer ANÚNCIO e você estará colaborando para que esse blog continue trazendo conteúdo exclusivo e de edificação para a sua vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que culpa expõe e condena os próprios acusadores.
Ressaltar que Jesus advoga a nosso favor.
Reconhecer a gravidade de cometer adultério.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 8
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10 E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 8.7 Que não tem pecado atire a primeira pedra.
TERÇA | 1Jo 2.1 Jesus, nosso Advogado junto ao Pai.
QUARTA | Ap 12.10 Satanás nos acusa.
QUINTA | 1Jo 1.7 O Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
SEXTA | Êx 20.14 Não adulterarás.
SÁBADO | Pv 6.32,33 O adultério deixa cicatrizes profundas.
HINOS SUGERIDOS: 255, 311, 484
MOTIVO DE ORAÇÃO
Oremos para que nosso Pai, que está nos Céus, perdoe os nossos pecados.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O Adultério: Um Pecado com Consequências e Feridas Profundas
2- Perdoador ou acusador?
3- Jesus nos ensina a perdoar
Conclusão
INTRODUÇÃO
Hoje, veremos um exemplo prático da verdade de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para Salvação, não para condenação (Jo 3.17). A Obra da Redenção não diminui nem ignora a gravidade do pecado e a necessidade de castigo. Jesus Cristo, porém, levou sobre Si a culpa dos nossos pecados e, assim, não há condenação para os que vivem unidos a Ele (Rm 8.1; 2 Co 5.21).
PONTO DE PARTIDA: Jesus advoga a nosso favor.
1- O Adultério: Um Pecado com Consequências e Feridas Profundas
O autor da Carta aos Hebreus nos diz que o adultério é pecado (Hb 13.4). Portanto, quem adultera se opõe à vontade de Deus (Pv 6.32). No AT, se um homem dormisse com a esposa de outro homem, ambos deveriam morrer para expurgar o mal de Israel (Dt 22.22). Ainda hoje, quem comete adultério peca diante dos homens e de Deus.
1.1. Reconhecendo o adultério. O adultério acontece quando um dos cônjuges se envolve em um relacionamento amoroso extraconjugal. Segundo a Bíblia de Estudo Plenitude (2009, p. 1184): “É uma relação sexual ilegal. É incompatível com as leis harmônicas da vida familiar no Reino de Deus; e, como viola o objetivo original de Deus no casamento, está sob o julgamento de Deus”. João nos diz que o Mestre estava ensinando no Templo quando foi abordado pelos escribas e fariseus, que lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério (Jo 8.2,4).
José Elias Croce (2001. L. 07): “Tendo em mente a função do sexo no casamento, podemos compreender mais facilmente as proibições bíblicas acerca das relações extraconjugais. O adultério, a prostituição, a fornicação e a homossexualidade são práticas sexuais condenadas por Deus (1Co 6.10). O adultério e a prostituição, segundo a Bíblia, abrangem toda relação sexual extramatrimonial entre um homem e uma mulher, casada ou não, e vice-versa (Hb 13.4). No Antigo Testamento, o adultério era passível de morte (Lv 20.10).
1.2. O adultério afronta o Criador. O Apóstolo Paulo nos ensina que o corpo do cristão é o “Templo do Espírito Santo”; portanto, deve ser preservado para a glória de Deus (1Co 6.19). O apóstolo é claro e oferece um alerta sobre o assunto: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros (…) herdarão o Reino de Deus”, 1Co 6.10. Adulterar, portanto, é uma afronta grave a Deus, sendo um ato condenável tanto no AT quanto no NT (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). Para evitar o adultério, Jesus nos ensina a importância de guardarmos o coração, afirmando que: “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”, Mt 5.28.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2004, Lição 3: “A imoralidade desenfreada tem levado homens e mulheres à prática da perversão sexual: ‘E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro’ (Rm 1.27)”. O texto bíblico não detalha a “recompensa”. Outras versões usam o termo “castigo”, enfatizando, assim, o juízo divino contra a prática pecaminosa. A consequência pode alcançar não apenas a dimensão física, mas também a emocional ou espiritual.
1.3. O sexo foi criado por Deus. O plano de Deus para a sexualidade humana é proporcionar aos cônjuges estabilidade física e emocional (Ec 4.9-12). Quando os escribas e fariseus levaram a mulher pega em adultério a Jesus, eles justificaram aquela ação com um dos Mandamentos da Lei de Moisés: “Não adulterarás” (Ex 20.14; Dt 22.22). Quando Deus instituiu o casamento, ele assegura o relacionamento sexual entre o casal: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” Gn 2.24.
Arthur Holmes (2013, p.129): “Ο relacionamento sexual não está confinado a apenas duas pessoas. Envolve também Deus, Criador e Senhor de todos nós, que pelos propósitos que tinha em mente, fez-nos criaturas sexuais. (…) A união sexual e a reprodução fazem parte da criação e foram ordenadas por Deus desde o princípio, pela instituição do casamento. O sexo não pode ser retirado desse contexto e tratado de forma meramente biológica ou psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu principal significado não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na experiência ou mesmo em suas consequências sociais. Como em qualquer coisa vista teisticamente, seu significado principal deve ser encontrado em relação a Deus e seus propósitos”.
EU ENSINEI QUE:
O plano de Deus para a sexualidade humana é proporcionar aos cônjuges estabilidade física e emocional.
2- Perdoador ou acusador?
O Filho de Deus foi questionado por escribas e fariseus sobre o destino de uma mulher flagrada em adultério (Jo 8.3). Infelizmente, Satanás continua usando esse mesmo artifício hoje, até dentro das igrejas, ocasionando divisões devido às suas acusações (Rm 16.17).
2.1. A malícia dos acusadores. Os escribas e fariseus, maldosamente, levaram a mulher flagrada em adultério ao Templo onde Jesus ensinava (Jo 8.2-4). Aqueles homens questionaram o Mestre sobre o que deveria ser feito com a adúltera, já que a Lei Mosaica previa a morte por apedrejamento nesses casos (Jo 8.5). Obviamente, existia maldade na pergunta. Pois a lei estabelecia que não apenas a mulher deveria ser morta mas, também, o homem (Lv 20.10). Queriam pressionar Jesus diante do povo que ali estava. Se Ele concordasse com o apedrejamento, poderia ser acusado de ir contra as autoridades romanas ao aplicar a punição com morte sem considerar o processo romano. Caso perdoasse a mulher, Jesus estaria indo contra a Lei de Moisés (Jo 8.5), isto é, a mesma Lei que afirmava ter vindo para cumprir, não para destruir (Mt 5.17).
Ralph Earle & Joseph Mayfield (2019, pp.81-82): “Jesus e muitas pessoas estavam sentadas enquanto Ele ensinava no Templo; no meio deles, estes pomposos personagens chegaram com uma criatura desprezível e a puseram no meio. A sua ação não tinha interesse de justiça, nem há fio de evidência de que tivesse nascido da compaixão. João deixa claro que o único objetivo dos escribas e fariseus que trouxeram a mulher era o de fazer Jesus cair em uma armadilha: ‘Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar’ (Jo 8.6)”.
2.2. Jesus ignora os acusadores. Jesus sabia que, se tomasse alguma posição, isso poderia prejudicar Seu Ministério terreno. Então, de maneira inteligente, para que nem fosse acusado por seus inimigos perante Roma nem perante os sacerdotes, Ele disse: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”, Jo 8.7. No Livro do Apocalipse, João mostra que Satanás se ocupa com a prática de acusar os discípulos de Cristo: “(…) porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, Ap 12.10.
Bíblia de Estudo de Genebra (2009, p.1387): “O desafio de Jesus desqualificou os acusadores da posição de juízes, uma vez que eles não queriam cumprir a lei de Moisés, mas apenas procuravam apanhar Jesus numa cilada. Nesse processo, eles usaram essa mulher desonrada como um ardil para realizar o seu projeto maligno”.
2.3. O Advogado Fiel. Quando os acusadores chegaram com um problema a ser resolvido, Jesus os ignorou: Ele se inclinou e escrevia com o dedo na terra (Jo 8.6). Segundo João, eles interrogaram o Mestre com insistência sobre o que fazer com aquela adúltera. Podemos imaginar o pânico daquela mulher diante de seus acusadores, mas ela encontrou um excelente Advogado de defesa (Jo 8.7). Isso nos faz ver que, embora tenhamos um acusador (Ap 12.10), o nosso Advogado de defesa não perde nenhuma causa (1Jo 2.1).
O crente que se arrepende de seus pecados tem um Advogado junto a Deus (1 Jo 1.9; 2.2). João apresenta Jesus Cristo como nosso Advogado (1 Jo 2.1). O Filho de Deus exerceu esse ofício ao livrar a mulher adúltera da morte por apedrejamento (Jo.8.5). Somos justificados pela fé em Cristo e, livres da condenação, desfrutamos da paz com Deus como resultado da reconciliação operada por meio de Jesus (Rm 5.1; 8.33; 2Co 5.18).
EU ENSINEI QUE:
Podemos imaginar o pânico da mulher diante de seus acusadores, mas ela encontrou um excelente Advogado de defesa.
3- Jesus nos ensina a perdoar
Na passagem da mulher adúltera, Jesus não somente salvou a vida dela, mas também ensinou aos Seus discípulos sobre o perdão. Além disso, Ele orientou a mulher a não mais pecar (Jo 8.11). Isso nos mostra a relevância do perdão no processo do discipulado (Mt 6.14,15).
3.1. Perdão, uma expressão de amor. A Palavra de Deus nos convida a refletir sobre o valor do perdão do Filho de Deus (Jo 8.11). Quando os acusadores foram embora, Jesus perguntou: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”, Jo 8.11. A mulher, ainda insegura pelo risco de morte, respondeu: “Ninguém, Senhor!”, Jo 8.12. Essa passagem mostra o perdão do Senhor aos aflitos, e sem descumprir a Lei. Jesus deixa claro que perdoar não é uma atitude de fraqueza, mas uma demonstração de amor pelo próximo.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (2021, p.536): “Ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio. Aparentemente ninguém pôde afirmar não ter pecado para apedrejar a mulher. Jesus tinha exposto a hipocrisia deles e os constrangido, e não houve nada que eles pudessem fazer a não ser voltar e pensar em alguma outra maneira astuta de surpreender Jesus. Ninguém tinha acusado a mulher, e Jesus gentilmente disse que Ele também não iria condená-la. Mas havia mais ela não estava simplesmente livre para seguir o seu caminho. Jesus não só a libertou dos fariseus, Ele queria libertá-la do pecado; portanto, o Senhor acrescentou: Vai-te e não pequeis mais”.
3.2. Perdoados e perdoando. Na passagem descrita no Evangelho de João, Jesus exemplifica a prática do perdão (Jo 8.11). Ali, Jesus estava rodeado de escribas e fariseus sem nenhuma compaixão por aquela mulher. O Mestre, porém, mostra a medida com que devemos perdoar: segundo a medida do amor misericordioso do Pai (Ef 4.32).
Steve Sandage; Leon Schulz (2011, pp.137-138): “Jesus de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos. Pode-se muito afirmar que Jesus descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de Jesus com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias”.
3.3. Compreendendo o perdão. O perdão é um ato de misericórdia e compaixão. Jesus não veio condenar e sim salvar os pecadores (Jo 3.17). Na Bíblia, vemos que os mais culpados são também os maiores acusadores (1Rs 3.22-26). Não é justo julgar os outros estando em pecado (Jo 8.7), como na história da mulher adúltera. O Filho de Deus tirou a máscara de falsidade dos escribas e fariseus (Jo 8.9). Com isso, aprendemos que devemos dar aos nossos semelhantes o mesmo perdão que recebemos do Pai.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2004, Lição 8: “O perdão é o óleo que lubrifica as engrenagens dos nossos relacionamentos. A nossa situação passou pelo perdão de Deus (Cl 3.13). Não existe cristianismo sem perdão. Quem não sabe perdoar está na contramão do Evangelho. Olhando pelo lado divino, não há como negar o perdão. Ser cristão sem exercer o perdão é uma grande incoerência. Nossas atitudes em relação ao próximo refletem o nosso relacionamento com Deus (1 Jo 4.20-21)”.
EU ENSINEI QUE:
O perdão é um ato de misericórdia e compaixão e sua prática traz benefícios.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos sobre a gravidade do pecado e as riquezas da Benignidade, da Paciência e da Longanimidade de Deus, que nos conduzem ao arrependimento (Rm 2.4); mas também sobre viver segundo a vontade de Deus em todas as dimensões da vida, expressando, no dia a dia, o Amor e a Misericórdia do Senhor, com os quais fomos abençoados.
Gostou do site? Ajude-nos a manter e melhorar ainda mais este Site.
Nos abençoe com Uma Oferta pelo PIX: CPF 346.994.088.69 – Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL: