EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2025 | TEMA: GÁLATAS E EFÉSIOS – A Verdadeira Liberdade e a Unidade do Corpo de Cristo | Escola Biblica Dominical | Lição 06: Gálatas 6 – As Marcas de Cristo na Vida do Cristão
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gálatas 6 há 18 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Gálatas 6.1-18 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Tenha em mente nesta aula que um dos grandes efeitos do Evangelho do reino é a transformação de vidas e de realidades, e isso ocorre em função de seu apelo prático e poder intrínseco. Após discorrer sobre a necessidade de o Espírito Santo dominar nossas ações e produzir todo o Seu fruto para uma real utilização de nossa liberdade, agora o apóstolo Paulo passa a descrever atitudes que deveriam ser executadas pelos gálatas como evidência cabal desse fluir do Espírito Santo. Por exemplo, quem anda no Espírito, ama! Na prática, isso significa: corrigir erros com brandura e de modo reflexivo (a fim de não o cometer no futuro), segundo os padrões do Espírito, o que redundará em vida cristã proveitosa e plena, de real comunhão com Deus.
OBJETIVOS
Entender a responsabilidade que temos com a restauração do próximo.
Compreender o princípio da semeadura na vida espiritual.
Gloriar-se na cruz de Cristo.
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PARA COMEÇAR A AULA
Comece a aula demonstrando aos alunos a importância da prática para a validação de determinado ensinamento. Faça uso de alegorias para atingir esse fim. Por exemplo, exponha a diferença entre a planta de um edifício plotada em um papel e a imponência desse empreendimento após concluído fisicamente. Explique que muito embora haja bastante trabalho na formulação estrutural e arquitetônica daquela planta, sem a execução, não passa de um papel com um desenho complexo.
LEITURA ADICIONAL
De um modo geral, nós adotamos uma dessas duas atitudes para com os outros. Somos motivados por sentimentos de inferioridade ou de superioridade. Se nos consideramos superiores às outras pessoas, nós as desafiamos, pois desejamos que conheçam e sintam a nossa superioridade. Se, por outro lado, nós as consideramos superiores a nós, ficamos com inveja. Nos dois casos a nossa atitude é por causa de “vanglória” ou “convencimento”; temos uma opinião tão cheia de fantasias a nosso respeito que não suportamos os rivais. Muito diferente é aquele amor que é fruto do Espírito, que os cristãos apresentam quando andam no Espírito. Essas pessoas não são presunçosas, ou, então, procuram continuamente subjugar tal atitude pelo Espírito. Não pensam sobre si mesmas mais do que deveriam pensar; antes, pensam com moderação (Rm 12.3). O Espírito Santo abriu seus olhos para ver o seu próprio pecado e também a importância e o valor das outras pessoas aos olhos de Deus. Pessoas que têm esse tipo de amor consideram as outras “mais importantes” e procuram oportunidades para servi-las. Resumindo, então, o verdadeiro relacionamento cristão é governado, não pela rivalidade, mas pelo serviço abnegado. A atitude correta para com as outras pessoas não é “eu sou melhor do que você e vou prová-lo”, nem “você é melhor do que eu e eu não gosto disso”, mas “você é uma pessoa importante, com direitos próprios (porque Deus fez você à Sua própria imagem e Cristo morreu por você) e eu tenho a alegria e o privilégio de servi-lo.”
Livro: A Mensagem de Gálatas (John Stott, ABU Editora, 2000, Pags. 143-144).
Texto Áureo
“Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus.” Gálatas 6.17
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Quando o pecador se torna uma nova criatura, o novo viver traz consigo as marcas de Cristo.
INTRODUÇÃO
I- A IGREJA É UM LUGAR DE RESTAURAÇÃO 6.1-5
1- Quando alguém erra 6.1.a
2- Como corrigir quem erra 6.1.b
3- Cuidado com a tentação 6.1.c
II- SEMEADURA E COLHEITA 6.6-10
1- Colhemos o que semeamos 6.7
2- Semear na carne ou no Espírito? 6.8
3- Semeando o bem 6.9
III- TRAGO AS MARCAS DE JESUS 6.11-18
1- Os que se gloriam na came 6.12
2- Gloriar-se só na cruz 6.14
3- As marcas de Jesus 6.17
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Gálatas 6.2
Terça – Gálatas 6.5
Quarta – Gálatas 6.10
Quinta – Gálatas 6.11
Sexta – Gálatas 6.15
Sábado – Gálatas 6.17
Hinos da Harpa: 55 – 235
INTRODUÇÃO
Paulo conclui a carta aos Gálatas destacando os resultados de uma vida guiada pelo Espírito Santo. Neste estudo, veremos o amor que restaura o cristão que sucumbiu, a colheita que cada um fará conforme suas ações e as marcas que caracterizam aqueles que nasceram de novo.
I- A IGREJA É UM LUGAR DE RESTAURAÇÃO (6.1-5)
O apóstolo Paulo vê a Igreja como uma comunidade onde o amor e a fraternidade devem reinar. O amor reside no cuidado que o cristão deve ter com o outro.
1- Quando alguém erra (6.1.a) Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta(…)
A expressão “se alguém” deve ser aplicada a ovelhas e pastores. A conversão não é uma imunidade absoluta contra o pecado. Aqueles que foram alcançados pelo evangelho da graça e experimentaram o novo nascimento ainda não anularam, por completo, a velha natureza, pois isso só se dará na vinda de Cristo (1Co 15.53). É importante ressaltar que o “ser surpreendido em falta” é uma alusão aos deslizes de alguém que vive a jornada da fé. Trata-se de cristãos que estão em comunhão com Deus e com Sua Igreja, mas que, por alguma causa, vem a fracassar. O termo “irmão” indica os de dentro e não os de fora. Esse foi o caso do apóstolo Pedro, quando negou o Senhor Jesus, ou então mais tarde, quando passou a apoiar a causa do legalismo dos judaizantes, de maneira contrária às suas verdadeiras convicções.
2- Como corrigir quem erra (6.1.b) (…) Vós, que sois espirituais, corrigi–o com espírito de brandura.
Quem pode corrigir? Paulo coloca essa responsabilidade sobre os cristãos “espirituais”. São aqueles que já produzem as virtudes do fruto do Espírito. São aqueles que olham o seu irmão pela “lente de Cristo” que disse à mulher adúltera: “Não te condene, vai e não peques mais.” Como se deve corrigir? A comunidade cristã não pode ser tolerante, omissa ou conivente com o pecado. Paulo orienta que o caído deve ser “corrigido”. Para “correção”, o grego usa o termo katartizo que quer dizer “por alguma coisa em ordem”. De fato, quem fracassa erra o alvo e precisa voltar à “pista de corrida”. Todavia, essa correção deve ser feita com “brandura” (mansidão), uma das virtudes que compõem o fruto do Espírito. Portanto, corrigir também é uma abordagem espiritual.
3- Cuidado com a tentação (6.1.c) …E guarda-te para que não sejas também tentado.
O crente espiritual que corrige o seu irmão não deve ter espírito de superioridade, mas reconhecer que é da mesma natureza daquele que fracassou. O irmão não caiu porque é inferior ou menos espiritual. Não importa o nosso grau de espiritualidade, todos estamos sujeitos a fracassos. Ao tratar aquele que caiu, devemos considerar que a pessoa em falha poderia ter sido qualquer um de nós. No sentimento de igualdade reside o amor que nos dá condições para levar as “cargas uns dos outros” (6.5). Precisamos vigiar para não condenar nos outros aquilo que nós mesmos praticamos, ou para não cair em práticas semelhantes àquelas que reprovamos na vida dos nossos irmãos. Corrige com eficácia aquele que, além de falar a verdade em amor com os que tropeçam, também alivia o peso que os esmaga. Amor apenas de palavras é hipocrisia. Ação é o que a Palavra de Deus nos recomenda se quisermos ajudar a levantar aqueles que caíram. A pior coisa do mundo é cairmos no mesmo erro que ajudamos alguém a corrigir. Isso tira a nossa autoridade e a eficiência da correção. Assim, nosso grau de espiritualidade e comunhão com Deus não nos exime da responsabilidade em vigiar para não cair em tentação.
II- SEMEADURA E COLHEITA (6.6-10)
Paulo faz um contraste entre o que se produz na carne e a frutificação no Espírito.
1- Colhemos o que semeamos (6.7) Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
Tudo o que plantarmos, colheremos. Essa é uma lei da qual ninguém pode escapar. Ainda que não compreendamos as técnicas de plantio, todos sabemos que ninguém pode semear um tipo de semente e esperar colher um fruto diferente. Essa é a Lei da Semeadura. O próprio Senhor Jesus abordou essa temática ao advertir sobre os falsos profetas, perguntando aos discípulos: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt 7.16). No contexto desta passagem, Jesus estava tratando de um já conhecido princípio espiritual: Uma árvore má não pode dar bons frutos (Mt 7.17-18). Portanto, colhemos um fruto que possui exatamente a mesma natureza daquilo que semeamos. O profeta Oseias, no Antigo Testamento, já usava esta metáfora para descrever a lei da causa e efeito espiritual. Ao afirmar: “Porque semeiam ventos e segarão tormentas” (Os 8.7), ele estava deixando claro que Israel estava colhendo as consequências de suas ações pecaminosas e escolhas infiéis. A afirmação também deixa claro que, em termos de quantidade, é natural esperar colher mais do que semeamos, para o bem ou para o mal (Mt 13.8). Pequenas ações impensadas podem levar a consequências desastrosas. Querer subverter esse princípio é tentar zombar de Deus. A suma de tudo isso é: o ser humano é livre para fazer suas escolhas, mas não pode determinar as consequências que essas escolhas trarão. Essa é a lei da causa e efeito, refletida tanto na natureza quanto na vida espiritual.
2- Semear na carne ou no Espírito? (6.8) Porque o que semeia para a sua própria carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito colherá vida eterna.
Paulo, novamente cita a “carne” e o “Espírito”. No que concerne às coisas espirituais, só há duas semeaduras: na carne e no Espírito, e, apenas duas colheitas: corrupção ou vida eterna. A carne é um veículo de impulsos pecaminosos e um solo onde a semente pode ser lançada. Semear para a carne significa dar condições para que a velha natureza se expresse livremente, enquanto semear no Espírito significa submeter-se ao Espírito para que Ele expresse suas virtudes e poder através de nós. Portanto, o “semear para o Espírito” tem relação com o possuir as virtudes do fruto do Espírito. A semeadura para a carne é feita no campo do mundanismo. Trata-se de um investimento que visa o prazer e bem-estar pessoal do semeador. A semeadura para o Espírito, que visa buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça, produz a vida eterna (Mt 6.33).
3- Semeando o bem (6.9) E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
Com respeito à prática do bem, devemos observar aqui três coisas:
a) O tempo: Devemos fazer o bem sempre, em toda e qualquer oportunidade.
b) O alcance: Nosso amor deve estender-se a todas as pessoas e não apenas a um grupo seleto.
c) A prioridade. A família da fé, porém sem esquecer os demais. O “fazer o bem” pode ir muito além de ajudar os domésticos da fé. O cristão é motivado pelo Espírito Santo à prática do amor sem fronteiras. “Fazer o bem” também vem acompanhado da exortação de “não se cansar” em fazê-lo. O processo pelo qual passamos do plantio à colheita pode ser desafiador, cansativo e até doloroso, pois demanda preparação, cuidados constantes, sujeição às intempéries da vida, e paciência para suportar uma longa espera, mas a promessa bíblica assegura que a colheita será recompensadora para aqueles que perseverarem. Como diz o Salmo: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” (Sl 126.6).
III- TRAGO AS MARCAS DE JESUS (6.11-18)
O principal assunto da carta aos gálatas é o caminho que se deve percorrer para ser aceito por Deus. Para os legalistas, isso se dava pelo esforço humano para cumprir rituais; para Paulo, se dava mediante a aceitação do Evangelho da graça, por fé no sacrifício de Cristo.
1- Os que se gloriam na carne (6.12) Todos os que querem ostentar-se na carne, esses vos constrangem a vos circuncidardes, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.
Paulo acusa os judaizantes de possuírem uma fé de aparência, usando a circuncisão para fugir de possíveis perseguições. Eles não guardam, de fato, a lei, mas usavam o ritual para uma exibição carnal sem nenhum compromisso real com Deus (6.13). O verdadeiro cristão exerce a fé e paga qualquer preço por isso. Ele sabe que “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2Co 4.17).
2- Gloriar-se só na cruz (6.14) Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
A ufania é o estado de espírito de quem está a gloriar-se. A Bíblia só aprova a ufania não resultante de orgulho pessoal. Inquestionavelmente, a única forma legítima de orgulho para o cristão é gloriar-se na pessoa de Cristo e em Sua obra na cruz. E por que alguém desejaria se gloriar na cruz de Cristo? A cruz era um instrumento de vergonha, um método cruel de tortura e de execução reservados aos criminosos da pior espécie. Mas Paulo afirma que a cruz é a única coisa em que ele se gloria. A razão é que, na cruz, Cristo ofereceu o maior de todos os sacrifícios para que a religião da graça pudesse alcançar todos os pecadores incapazes de salvar-se pelos seus próprios méritos.
3- As marcas de Jesus (6.17) Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus.
As palavras “…me moleste…” podem ser literalmente traduzidas como “daqui por diante, ninguém me dê mais tribulação”. Paulo protesta contra a obra maléfica dos legalistas, que lhe davam tribulações adicionais, além daquelas que naturalmente ocorrem em seu ministério como os insultos, enfermidades, perseguições e prisões. Todas essas mazelas deixaram marcas no apóstolo. A morte substitutiva de Cristo teve o propósito de transformar criaturas em filhos e o instrumento dessa transformação é a cruz. Ser circuncidado ou incircunciso não provoca nenhuma mudança (6.15), mas a cruz de Cristo produz as marcas de Jesus no corpo e na alma (6.17). Sendo assim, faz sentido a bênção final: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém” (Gl 6.18). O apóstolo termina como começou: com a graça! Na visão de Paulo, a salvação do pecador implica em nascer de novo, ser uma nova criatura. É viver evidenciando as marcas de Cristo na vida. O velho homem e a natureza carnal, só deve ter um destino: estar crucificado com Cristo. Essa é a condição sine–qua-non (indispensável) para a nova criatura viver livremente na graça de Cristo e no poder do Espírito Santo.
APLICAÇÃO PESSOAL
A vida espiritual que agrada a Deus e satisfaz nossa alma, consiste em sermos novas criaturas e evidenciarmos as marcas de Cristo.
RESPONDA
Identifique a resposta apropriada a cada questão e relacione-a abaixo no espaço correspondente.
1) O crente nascido de novo pela Palavra – ainda tem a velha natureza carnal.
2) A lei da semeadura é: tudo que semear – colherá.
3) A morte de Cristo transforma criaturas – em filhos adotados.
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