Lição 09: Bíblia, A Revelação escrita de Deus | 3° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2023 | TEMA: DOUTRINAS BIBLICAS – Fundamentos da Verdades | Escola Biblica Dominical | Lição 09: Bíblia, A Revelação escrita de Deus

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Convém repassar rapidamente os assuntos tratados nas lições anteriores, quando foram estudados muitos fatos sobre a natureza de Deus e do homem, a origem e a natureza do pecado, os anjos e suas atividades, e o plano de Deus acerca da redenção do homem. Deve-se observar que a fonte principal de todas essas doutrinas é a Bíblia, as Escrituras Sagradas. Ela é a revelação escrita de Deus, sobre si mesmo e sobre a Sua criação. É bastante razoável crermos que um Deus pessoal, soberano, amoroso e justo quisesse se revelar às Suas criaturas racionais, através de registro escrito. A Bíblia é diferente de todos os outros livros. Nela, o próprio Deus resolveu usar homens submissos à Sua vontade para serem os seus autores humanos.

OBJETIVOS

Dizer por que é necessária uma revelação escrita da parte de Deus.
Explicar o que se entende por exclusividade e autoridade das Escrituras.
Discutir o lugar que as Escrituras deveriam ter na vida dos crentes.

PARA COMEÇAR A AULA

Comente o quanto é inspirador estudar os fatos sobre como os registros escritos por mais de quarenta homens, durante um período de cerca de mil e seiscentos anos, foram divinamente preservados e estão contidos em nossa Bíblia. Comente brevemente sobre como a Bíblia chegou até nós, a despeito das muitas perseguições sofridas na história. Mostre que há fartas evidências que nos dão a certeza de que a Bíblia é realmente a santa Palavra de Deus. Ela registra a revelação do propósito remidor de Deus.

LEITURA COMPLEMENTAR

Inspiração Definida
O termo inspiração indica uma operação do Espírito Santo, mediante a qual Ele guiou ou supervisionou os autores das Escrituras, na seleção do material a ser incluído e das palavras que eles escreveram. Foi um poder especial para uma tarefa especial. Deus pôs na mente e no coração dos escritores sagrados o que Ele queria que expressassem. Assim, eles escreveram sob a direção ou gerência do Espírito Santo. O Espírito de Deus resguardou esses escritores de todo erro e de toda a omissão, no registro daquilo que Deus queria que eles dissessem. Por outro lado, é admirável que Ele tenha usado a personalidade desses autores humanos, no registro escrito da Sua revelação. O estilo ou vocabulário de cada livro contido na Bíblia não tem igual entre os outros autores humanos. Livro: “Doutrinas Fundamentais da Bíblia” (ICI, São Paulo, 2013, pág. 159).

TEXTO ÁUREO

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” 2Tm 3.16

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia é a Palavra Eterna de Deus revelada aos homens

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – SI 119.9 A Bíblia revela a vontade de Deus.
Terça – Êx 17.14 A Bíblia é a preservação da revelação.
Quarta – 2Pe 1.21 Toda a Bíblia é inspirada por Deus.
Quinta – Mt4.4 Para Jesus a Escritura é a Palavra de Deus.
Sexta – Mt 24.35 A Palavra de Deus é Eterna
Sábado – Gl 1.8 A Revelação não pode sofrer acréscimo.
Hinos da Harpa: 259-306-505

LEITURA BÍBLICA

2 Timóteo 3.13-17
13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste
15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

BÍBLIA, A REVELAÇÃO ESCRITA DE DEUS
INTRODUÇÃO
I- NECESSIDADE DA REVELAÇÃO

1- Conhecer a Deus Sl 119.9-18
2- Revelação escrita Mt 5.17-20
3- Nome Ec 12.12
II- A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
1- Inspiração divina 2Tm 3.16
2- Evidências da Inspiração Mt4.4
3- Revelação completa Gl 1.6
III- O CÂNON DAS ESCRITURAS
1- Conceito Ez 40.5; Gl 6.16
2- Antigo Testamento Êx 17.14
3- Novo Testamento Gl 1.8
APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

A partir desta lição até a lição 13, abordaremos sobre “O Plano de Deus”, cujos assuntos são: 1) A Bíblia, 2) A Igreja, 3) A família, 4) A segunda vinda de Jesus, e 5) Eventos futuros. Sabemos que a Bíblia é a revelação escrita de Deus, sobre si mesmo e sobre a Sua criação. É razoável crermos que um Deus pessoal, soberano, amoroso e justo, quisesse revelar-se às Suas criaturas racionais, através de registro escrito. E deixa-nos profundamente admirados quando percebemos que Ele resolveu usar homens submissos à Sua vontade para serem os autores humanos das Escrituras.

I- NECESSIDADE DA REVELAÇÃO

1- Conhecer a Deus. O próprio Deus nos mostrou o Seu amor quando providenciou cuidadosamente o necessário para suprir a nossa natureza física e resolver os nossos problemas espirituais (Sl 119.9-18). Sem uma revelação da Sua parte, o homem natural nem ao menos notaria sua condição de importância ou sua necessidade de ajuda. O vocábulo “revelação” significa que Deus “desvenda” às pessoas aquilo que elas não poderiam saber de nenhuma outra maneira sobre Deus e sobre os Seus propósitos. Ele fala claramente ao homem quem Ele é e como pretende que este proceda.

2- Revelação escrita. Deus usou a forma escrita para melhor preservar o conteúdo das Suas revelações (Mt 5.17-20). O método de aprender por tradição oral a respeito de Deus e dos seus propósitos não era seguro. Então, Deus providenciou para que a Sua revelação fosse preservada em forma escrita. Consideremos o seguinte:

a) Autor. Cremos que Deus é o único Autor da Bíblia e que todo o seu conteúdo é a revelação da Sua vontade aos homens.
b) Escritores. Deus usou, num período de cerca de 1.600 anos, 40 pessoas para escrever a Sua revelação, entre os quais: reis, sacerdotes, profetas, estadistas, pescadores etc;
c) As línguas. O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico, e algumas partes em Aramaico. O Novo Testamento foi escrito no Grego popular;
d) A forma da Escritura. As Escrituras, como um livro antigo, foram escritas em forma de rolos de pergaminhos ou papiro (Jr 36.2).

O papiro é uma planta que nasce nas margens dos rios e lagos do Oriente, de cujas entrecascas eram extraídas tiras que, coladas umas às outras, formavam rolos (Ex 2.3; Jó 8.11). O pergaminho era feito de pele de animal cortida e polida especialmente para escrita em forma de rolo (2Tm 4.13). Com a invenção do papel pelos chineses, no Século II, e da impressa por Gutemberg, em 1450, foi possível a reunião de todos os livros num só volume. Hoje, temos a Bíblia na forma digital nos computadores, notebooks, smartphones, celulares e tablets.

3- Nome. O nome Bíblia deriva do grego. Uma folha de papiro preparada para a escrita era chamada de “biblos” (Ec 12.12; 1Tm 4.13). Várias folhas de papiro formavam um rolo que era chamado de “biblion”, e vários rolos constituíam uma “bíblia”, uma coleção de livros pequenos. Segundo a tradição cristã, João Crisóstomo patriarca: de Constantinopla, no Século IV.” foi o primeiro a chamar as Escrituras de “Bíblia”

II- A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

As Escrituras são a revelação infalível (sem erro) de Deus sobre si mesmo e sobre os seus propósitos quanto à vida dos homens.

1- Inspiração divina. O termo “inspiração” indica a orientação e supervisão do Espírito Santo na produção das Escrituras, na seleção do conteúdo e das palavras que eles escreveram (2Tm 3.16; 2Pe 1.1). O Espírito os resguardou de todo erro e de toda a omissão no registro daquilo que Deus queria que eles escrevessem.

Contudo, Ele usou a personalidade dos escritores, comprovado na singularidade de estilo e vocabulário de cada livro. Em geral, estavam conscientes do fato de que seus escritos fariam parte da revelação divina. Ao serem impelidos por Deus, escreveram obedientemente e não duvidaram das palavras que deveriam ser usadas. Alguns pesquisaram e investigaram todas as narrativas feitas por testemunhas oculares (Lc 1.1-4). Outros, como Paulo, escreveram a fim de responder dúvidas das igrejas locais (1Co 1.10-13; 7.1; Gl 1.6,7).

2- Evidências. Muitas são as evidências da inspiração das Escrituras:
a) Jesus reconheceu o Antigo Testamento como Palavra de Deus, e a usou frequentemente (Mt 4.4,7,10). Ele asseverou que as Escrituras permaneceriam para sempre (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Ele também disse que as Escrituras falavam a respeito Dele (Mc 9.12; Lc 18.31).
b) Profecias bíblicas têm-se cumprido. O cumprimento das predições bíblicas de maneira exata confirma a sua inspiração pelo Espírito. Esses eventos jamais poderiam ter sido previstos pelo raciocínio inteligente do homem. Muitas dessas predições já foram cumpridas à risca, e as demais, serão cumpridas no devido tempo.
c) Unidade da Bíblia. Ela exibe uma maravilhosa unidade quanto a seus temas. Os livros bíblicos, embora escritos por autores diferentes, em tempos e geografias diferentes, apresentam um tema predominante: a redenção do homem, por parte de Deus, mediante o sacrifício de Jesus. Destaca somente um único sistema doutrinário, um único padrão moral, um único plano de salvação e um único plano divino para os séculos.

3- Revelação completa. A Bíblia é a revelação escrita e completa de Deus. Isto significa que não devemos acrescentar ou retirar coisa alguma dela (GI 1.6). Deus já nos disse tudo quanto queria revelar acerca de Si mesmo e de Seu plano para nós. A inspiração especial, “inspiração plenária” do Espírito, que trouxe à existência a Palavra de Deus em forma escrita, não está mais à nossa disposição hoje em dia, pois destinava-se exclusivamente aos autores das Escrituras. Podemos ser impelidos por Deus para contribuirmos para a expansão do Seu reino, mas não para produzirmos revelações divinas escritas.

III- O CÂNON DAS ESCRITURAS

1- Conceito. A palavra “kanon”, no grego, significava “cana” ou “vara de medir”, como a régua de um carpinteiro, ou “regra” ou “padrão” (Ez 40.5; Gl 6.16). Aplicado às Escrituras, primeiramente por Orígenes (185-254 d.C), refere-se aos 66 livros que foram aprovados como a revelação inspirada escrita de Deus. A Bíblia é o nosso cânon sagrado, nossa norma ou regra de fé e prática. Os livros bíblicos são reconhecidos como canônicos, para diferenciá-los dos livros apócrifos. Os apócrifos, ou “não genuínos “, são diversos livros antigos que não foram reconhecidos como revelação de Deus. Sete deles fazem parte de algumas versões da Bíblia, como a católica: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus.

2- O Antigo Testamento. O cânon do Antigo Testamento, constituído por trinta e nove livros, foi formado num período de mil anos. Iniciou-se com Moisés, em forma escrita, por volta de 1450 a.C. (Ex 17.14). Depois, passando por diversos escritores, como Davi, Salomão, Isaías, Jeremias, e terminou nos fins do século V a.C. com Malaquias. O historiador judeu Josefo (95 d.C.), indica que os trinta e nove livros do Antigo Testamento foram reunidos sob a direção de Esdras e dos membros da Grande Sinagoga, no século V a.C. Na Bíblia hebraica, estão organizados em três categorias: a Lei, os Profetas e os Escritos. A escola de Jamnia, na Palestina, entre os anos 70 e 100 d.C., reconheceu esses livros como o cânon do Antigo Testamento.

3- O Novo Testamento. O cânon do Novo Testamento é constituído por vinte e sete livros, escritos num período de cem anos (Gl 1.8). Todos os livros, no final do primeiro século, já estavam escritos, sendo o Apocalipse o último livro, escrito em 96 d.C. Entretanto, o reconhecimento canônico neotestamentário demorou devido à existência de diversos livros apócrifos e heréticos. No processo do tempo, a Igreja desenvolveu uma maneira de reconhecer as Escrituras inspiradas por Deus. Isso destacava as Escrituras de qualquer outra forma de literatura. A regra (ou cânon) do Novo Testamento era a seguinte:

a) Tinha de ter sido escrita por um apóstolo ou apoiada por um deles.
b) Seu conteúdo precisava ser de caráter espiritual, de maneira tal que fosse reconhecida como obra divinamente inspirada;
c) Precisava ser universalmente aceita pela Igreja como inspirada por Deus.

O Concílio de Cartago (um grupo de líderes eclesiásticos reunidos em 397 d.C.), reconheceu oficialmente que o cânon do Novo Testamento era composto por vinte e sete livros. Contudo, esse Concílio apenas confirmou o que já era plenamente evidente para todos os crentes ou igrejas da época.

APLICAÇÃO PESSOAL

A Bíblia é a Palavra de Deus para os homens. Ela contém toda a revelação necessária ao conhecimento de Deus e para viver uma vida vitoriosa. Por isso, precisamos urgentemente, com toda a diligência, amá-la e estudá-la.

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RESPONDA

1) Qual a necessidade de ter a Palavra de Deus na forma escrita? R. Melhor preservação do conteúdo da Revelação
2) Quantos escritores, aproximadamente, escreveram a Bíblia e em quanto tempo? R. 40 escritores, num período de 1600 anos.
3) Quantos livros bíblicos constituem o cânon da Bíblia? (Quantos são do Antigo Testamento e quantos são do Novo?) R. 66 livros (39 do AT, 27 do NT)

VOCABULÁRIO

Pergaminho: Pele de cabra, de ovelha ou de outro animal, macerada em cal, raspada e polida, para servir de material de escrita, e também de encademação. A técnica, originada no Oriente, foi aperfeiçoada em Pérgamo, advindo daí o seu nome.
Plenária: Plena, completa.
Neotestamentário: Relativo ao Novo Testamento.

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