EBD | 3° Trimestre De 2025 | CPAD – JOVENS – TEMA: A LIBERDADE EM CRISTO – Vivendo o Verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas | Escola Bíblica Dominical | Lição 09: Filhos de Deus e descendentes de Abraão

TEXTO PRINCIPAL
“Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa, como Isaque.” (Gl 4.28).
RESUMO DA LIÇÃO
Pela fé em Jesus Cristo, somos filhos de Deus e descendência de Abraão.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Gl 4.21 Para seguir a Lei, ao menos leia-a
TERÇA — Gl 4.22 Dois filhos, um escravo e outro livre
QUARTA — Gl 4.24 Filhos da servidão
QUINTA — Gl 4.28 Filhos da promessa
SEXTA — Gl 4.29 Os Filhos da promessa são perseguidos
SÁBADO — Gl 5.1 Não se coloque debaixo de servidão
OBJETIVOS
EXPLICAR o argumento que Paulo utilizou para mostrar aos gálatas a diferença entre ser escravo e ser livre;
COMPREENDER as diferenças entre ser filho da escrava e da livre;
MOSTRAR a solução encontrada para o filho da escrava.
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INTERAÇÃO
Professor(a), você está gostando do estudo da Carta aos Gálatas? Como seus alunos estão reagindo às exposições? Vamos prosseguir com o estudo e nesta lição estudaremos a respeito da história apresentada por Paulo sobre Ismael e Isaque, os dois filhos de Abraão. Paulo utiliza como exemplo os filhos do patriarca para discorrer a respeito da escravidão e da liberdade, onde a escravidão é a perda da liberdade e da identidade. Veremos que o apóstolo se esforçou para que os gálatas compreendessem que a liberdade que receberam em Jesus estava sendo colocada em risco por conta da decisão deles de se sujeitarem aos ensinos dos judaizantes. Eles deveriam compreender que, em Cristo, eram livres da guarda da Lei.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o esquema abaixo e utilize-o para enfatizar o que dispomos como descendência de Adão (escravos) e como filhos de Deus (livres em Cristo).
- COMO FILHOS DE ADÃO (ESCRAVOS)
- Ruína;
- Pecado;
- Morte;
- Separação de Deus;
- Desobediência;
- Punição;
- Lei.
- COMO FILHOS DE DEUS (LIVRES EM CRISTO)
- Salvação;
- Justiça;
- Vida eterna;
- Relacionamento com Deus;
- Obediência;
- Libertação;
- Graça.
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 4.21-26.
21 — Dizei-me vós, os que quereis estar debaixo da lei: não ouvis vós a lei?
22 — Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre.
23 — Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa,
24 — o que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos, um do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
25 — Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
26 — Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós;
INTRODUÇÃO
A lição desta semana é a respeito da história apresentada por Paulo sobre Ismael e Isaque, os dois filhos de Abraão. Ele fala da escravidão e da liberdade, representadas pelos dois filhos, onde a escravidão é a perda da liberdade e da identidade. Os gálatas deveriam compreender que a liberdade que receberam em Jesus estava sendo colocada em risco por conta da decisão deles, de se sujeitarem aos ensinos dos judaizantes.
I- O QUE A LEI DIZ
1- Paulo se vale da história. A fim de reforçar seu argumento, o apóstolo mostra aos gálatas a diferença entre ser escravo e ser livre. Ele começa com a seguinte pergunta: “Dizei-me vós, os que quereis estar debaixo da lei: não ouvis vós a lei” (v.1)? Em outras palavras, “Já que vocês querem viver debaixo da Lei, ao menos vejam o que ela diz”. Então ele partilha a história dos dois filhos de Abraão. A Palavra de Deus nos informa que Abraão teve diversos filhos além de Isaque e Ismael (Gn 25.1-7), mas somente os dois primeiros são utilizados por Paulo para realizar a comparação necessária. Esses dois filhos e suas histórias estão imersos em um contexto específico, a saber, Ismael nasceu de um arranjo social, e Isaque, da promessa de Deus. No tocante à origem social, um era escravo, e o outro livre, pois a mãe de Ismael era uma serva de Sara, ao passo que Isaque era filho da esposa de Abraão, uma mulher livre.
2- O significado de ser escravo. No mundo do primeiro século, no Império Romano, a escravidão era bem conhecida. Milhões de pessoas foram feitas escravas por causa de guerras, de dívidas, ou porque nasceram filhos de escravos. O escravo era simplesmente uma pessoa que não tinha direito sobre a própria vida. Sua vida e morte residiam nas mãos do seu proprietário. Trabalhavam sem direito ou garantia alguma, até à morte, ou, em alguns casos, até que o seu senhor lhe concedesse a liberdade, sendo que, neste caso, o escravo agora livre, passava a ser chamado de liberto. Os gálatas conheciam bem essa realidade. Os anos de dominação dos romanos mostravam a vocação que tinham de dominação e de sujeição dos povos conquistados. As tropas romanas situadas nas diversas metrópoles do império estavam lá para lembrar quem eram os senhores e quem eram os vassalos.
3- A busca pela liberdade. Paulo se utiliza da história de Abraão para ilustrar o que os gálatas precisavam saber. Ele é chamado de pai da fé, mas é dele que também procedem os judeus. O patriarca era casado com Sara, e a promessa de ser uma grande nação foi dada a ambos, não somente a Abraão. A genética repassada do patriarca aos seus descendentes seguia uma linha de muitos séculos, onde, por vezes, os hebreus se viram dominados por outros povos. Eles sabiam a importância de serem livres, e no primeiro século não desfrutavam ainda de plena liberdade.
SUBSÍDIO 1
“Paulo usa eventos históricos reais para mostrar a diferença entre o antigo concerto e o novo Agar (que teve o primeiro filho de Abraão, Ismael, que não era o filho da promessa de Deus, veja Gn 16) representa o antigo concerto, estabelecido no Monte Sinai (v.25; veja Êx 19.2; 20.1-17). Os filhos de Agar são como aqueles que agora vivem sob o modo de vida do antigo concerto e ‘nasceram segundo a carne’ (v.23). Em outras palavras, eles representam aqueles que não são ‘nascidos do Espírito’ (Jo 3.8). Sara, a esposa de Abraão, que deu à luz Isaque, o filho da promessa de Deus (veja Gn 21.1-7), representa o novo concerto. Em um sentido espiritual, os seus filhos são os verdadeiros filhos de Deus, gerados ‘segundo o Espírito’ (v.29)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.1631).
II- O FILHO DA CARNE E O FILHO DA PROMESSA
1- A carne e seu filho. A comparação que Paulo faz com referência a Ismael, o primeiro filho de Abraão, como sendo o resultado não da fé ou da promessa, mas como sendo um arranjo de uma decisão baseada em um pensamento humano diante da impaciência. A ideia partiu de Sara, que seguiu um costume de sua época, em que uma escrava poderia dar um filho ao seu senhor. Ninguém poderia negar que Ismael era filho de Abraão. Entretanto, ele representa um arranjo humano, uma forma de antecipar a realização da promessa de Deus. Sempre teremos dificuldades quando tentarmos ajudar Deus a cumprir o que Ele, de bom grado, nos prometeu. Hagar enquanto estava grávida desprezou sua senhora, e depois Sara ordenou que Hagar fosse embora. Ambas se irritaram e competiram, e Abraão estava nesse fogo cruzado. Uma criança nasceu, mas não segundo a vontade de Deus. Paulo vai, por analogia, dizer que Ismael é o filho gerado pela carne. Ele não faz essa declaração com desprezo, pois seu objetivo é exemplificar aos gálatas a diferença entre confiar na carne e confiar na promessa de Deus.
2- A promessa e seu filho. Isaque foi chamado de “filho da promessa”. Apesar da incapacidade de Abraão e Sara de poderem experimentar a paternidade e a maternidade durante décadas, Deus lhes havia feito uma promessa. Abraão seria pai de uma multidão de pessoas, e Sara, a mãe. Sara deu a ideia a Abraão de tomar uma escrava para ser mãe, mas, mesmo assim, Deus não retirou o que havia dito para com a esposa de Abraão, pois a fidelidade do Eterno é inquestionável. Ismael podia ser o mais velho biologicamente, mas ele não estava vinculado à promessa de Deus. Isaque foi dado a Abraão e Sara como garantia de que Deus cumpre o que promete. É à descendência de Isaque, e não de Ismael, que os crentes seriam associados.
3- O escravo persegue o livre. A Palavra de Deus nos diz que no momento da cerimônia em que Isaque, o filho da promessa, foi desmamado, Ismael zombou dele (Gn 21.8.9). Da mesma forma que Hagar quando engravidou zombou de Sara, Ismael o faz com Isaque. Aqui temos duas lições. A primeira é a do exemplo: crianças aprendem com o que veem e ouvem dos pais. Elas simplesmente reproduzem as atitudes dos pais, mesmo sem entender completamente o que fazem. A segunda lição é a de que quem tem liberdade dentro de casa pode ser perseguido por quem não a tem. Foi o que aconteceu com os gálatas. Nasceram livres, mas estavam sendo colocados debaixo de servidão pelo discurso dos judaizantes. A cena ocorrida séculos antes estava se repetindo. Os judaizantes também tinham ouvido o Evangelho primeiro, mas por se prenderem a aspectos da Lei mosaica, esqueciam do seu verdadeiro Messias, Jesus, e se colocavam sob escravidão mais uma vez. E agora, estavam induzindo os gentios nesse mesmo caminho.
III- A SOLUÇÃO PARA ESSE CONFLITO
1- Lança fora a escrava e seu filho. Sara ofereceu Hagar a Abraão para que ela pudesse ser mãe. Abraão não questionou a ideia da esposa. Hagar engravidou e desprezou Sara, que mandou a escrava embora. Hagar encontrou um anjo no caminho que a ordenou que voltasse para se humilhar diante de Sara. Todos, exceto o anjo, agiram sem pensar.
2- Somos filhos da livre. Ao qualificar Ismael como filho da carne, Deus não lhe privou de bênçãos, mas não deu a ele as mesmas que deu a Isaque (Gn 21.13). As palavras de Sara nos mostram a consequência de uma inimizade, e ao mesmo tempo, uma solução para os gálatas: Eles deveriam lançar fora os judaizantes e seus ensinos, e viverem como verdadeiros filhos de Abraão segundo a promessa de Deus. Por qual motivo? Os gálatas eram, da mesma forma que Isaque, filhos da promessa: “De maneira que, irmãos, somos filhos não da escrava, mas da livre” (Gl 4.31).
3- Não tornem a ser escravizados. Paulo nos dá duas ordens aqui: Estejam firmes na sua liberdade, e não se coloquem debaixo de servidão. Na primeira observação, ele ordena que a liberdade que receberam em Cristo seja defendida a todo custo. Na segunda, ele aponta que era possível os gálatas serem escravizados, não por uma força militar externa, ou como despojo de guerra, ou por causa de uma dívida, coisas comuns para a escravidão naquela época. O que Paulo mostra é que os gálatas estavam se sujeitando voluntariamente à perda da liberdade. Por isso ele diz que eles não se sujeitem à escravidão que a Lei e os judaizantes estavam lhes imprimindo.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que receber a Lei de Deus foi um dos aspectos mais importantes da experiência dos judeus.
CONCLUSÃO
A comparação que Paulo faz sobre Ismael e Isaque foi esclarecedora para os gálatas e o deve ser também para nós. Pode haver dois filhos, mas só um era de acordo com a promessa. Em Jesus, somos filhos da promessa de Deus a Abraão, e não dependemos da Lei para ser conduzidos a Deus. Por fim, cabia aos gálatas entenderem que não deveriam se colocar debaixo de um jugo de servidão, pois deixariam de ser livres em Cristo para serem servos da carne.
HORA DA REVISÃO
1- Quais os dois filhos de Abraão que Paulo cita aos gálatas?
Ismael e Isaque.
2- Quem era o filho da promessa, Ismael ou Isaque?
Isaque era o filho da promessa.
3- De quem foi a ideia de Abraão ter um filho com Hagar?
A ideia foi de Sara, esposa de Abraão.
4- Quais as duas lições que aprendemos com a história de Hagar e Sara?
A primeira é a do exemplo: crianças aprendem com o que veem e ouvem dos pais. A segunda lição é a de que quem tem liberdade dentro de casa pode ser perseguido por quem não a tem. Foi o que aconteceu com os gálatas.
5- O que Deus disse a Abraão a respeito de Hagar e Ismael?
“Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva: em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua semente. Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua semente” (Gn 21.12,13).
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