Lição 13: O Amor do Pai por seus Filhos | 2° Trimestre De 2024 | EBD – Adolescentes

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 13: O Amor do Pai por seus Filhos

OBJETIVOS

EXPLICAR o que cada personagem da parábola representa;
DESTACAR a importância do arrependimento;
REAFIRMAR o imensurável amor de Deus.

LEITURA BÍBLICA

Lucas 15.11-32

A MENSAGEM

“Então saiu dali e voltou para a casa do pai. Quando o rapaz ainda estava Longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou.” Lucas 15.20

DEVOCIONAL

Segunda » Jo 3.16-18
Terça » Ap 2.5
Quarta » Ef 2.17
Quinta » 1 Jo 4.8
Sexta » 1 Pe 4.8
Sábado » Rm 5.8

EI PROFESSOR!

Chegamos ao fim de mais um trimestre e pela bondade e misericórdia de Deus você e sua classe foram edificados, consolados e confrontados pelo conteúdo das parábolas contadas por Jesus Cristo. Certamente muitas experiências foram trocadas, algumas lágrimas derramadas, profundas reflexões produzidas e orações compartilhadas e respondidas. Agora e hora de agradecer por algo que está terminando e se preparar para o novo que está chegando, pois uma revista se encerra hoje e um novo trimestre começa na próxima semana. Injete uma dose de ânimo no coração dos alunos e crie expectativas para o próximo domingo, afinal de contas a Escola Dominical não pode parar. Deus abençoe sua vida por toda sua declaração e comprometimento com essa causa!

PONTO DE PARTIDA

Hoje falaremos sobre a parábola do filho pródigo que, infelizmente, na maioria das vezes, reduzimos inadvertidamente à história do filho mais novo, que saiu de casa. Com isso, deixamos de aprender lições valiosas com o mau exemplo do filho mais velho, que por incrível que pareça, algumas vezes guarda algum tipo de semelhança com os cristãos. Porém, na verdade, a lição mais importante dessa história não está ligada ao comportamento e erros dos filhos, mas está no transbordante amor gracioso, perdoador e acolhedor do pai. Abra o seu coração nesta aula para desfrutar das gotas de esperanças que emanam do coração do Pai celestial que escolheu nos amar. Boa aula!

VAMOS DESCOBRIR

A história de hoje fala de dois jovens perdidos. Um que saiu de casa e outro que ficou perdido dentro de casa; um que achou que seria livre fora de casa e outro que se sentia escravo dentro de casa; um que desejou a morte do pai e outro que jamais desfrutou dos benefícios do pai. Entretanto, ambos foram alvos do insistente, envolvente, gracioso, acolhedor e generoso amor do pai.

HORA DE APRENDER

Por vezes nos Evangelhos vemos os escribas e fariseus censurando Jesus por causa de alguma coisa. Às vezes em função de algo que falou (Mc 2.5-7), outras por algo que fez no sábado (Mc 2.23,24; Lc 6.6-11), e outras ainda por ignorar a tradição (Mc 7.1-6). Desta vez, eles o criticam porque comia com os “cobradores de impostos e outras pessoas de má fama” (Lc 15.1). É com base nesse contexto que Jesus Lhes conta esta história que ficou conhecida como a “Parábola do Filho Pródigo”

I – O FILHO PERDIDO QUE PARTIU

Esta história é sobre um pai que tem dois filhos e está prestes a vivenciar, talvez, a cena mais dramática que se poderia imaginar no mundo da época de Jesus: um filho solicitar sua herança com o pai ainda vivo. Tal atitude era o equivalente a desejar a morte do pai. Diante do pedido, o pai divide a herança entre os dois filhos e o mais moço, após arrumar suas malas, vai embora para “um país que ficava muito longe” (v.13), e 3C passa a viver uma vida cheia de pecado, desperdiçando tudo o que tinha. Jesus descreve a trajetória do filho mais novo em quatro fases:

1°) Da rebeldia: ocorre quando ele escolhe pedir sua herança e ir para uma terra distante e viver como se o pai não existisse (vv. 11-13);
2°) Das consequências: acontece quando o período de escassez chega ao país e uma grande fome assola a população. O filho mais novo ficou só, sem dinheiro e com fome. Passou a trabalhar em uma fazenda, cuidando de porcos no chiqueiro e sendo tratado pior que os animais por causa da escolha errada que fez (vv.14-16);
3°) Do arrependimento: quando ele “cai em si”, ou seja, percebendo o equívoco de ter saído de casa e desprezado seu pai, ele então decide voltar arrependido; Ele decide pedir pela misericórdia do pai, a fim ser apenas um empregado em sua casa (vv.17-19);
4°) Da alegria: ao chegar em casa, ele percebe que ao invés de acusação e castigo, o pai o recebe com perdão e acolhimento. Nesse momento, o pai organiza uma grande festa para celebrar o seu retorno e lhe devolve todos os direitos de filho (vv.20-24).

O filho mais novo desta parábola representa os cobradores de impostos e as outras pessoas de má fama, que se distanciaram da presença do Senhor; àqueles que se iludiram com o mundo fora dos limites da casa do Pai celestial. Jesus estava ensinando aos seus ouvintes que, apesar das escolhas erradas que fizeram, o arrependimento é o único caminho possível para aqueles que querem voltar para Deus (Pv 28.13; Mt 4.17; Ap 2.5). Ou seja, Deus está sempre pronto para oferecer perdão e acolhimento para o filho que se arrepende e muda de vida.

I – AUXÍLIO DIDÁTICO

“Os publicanos eram judeus que trabalhavam para o império romano, cobrando dos seus compatriotas taxas para Roma. Ainda assim, estas pessoas chegavam-se a ele… para o ouvir. Estas eram exatamente as pessoas que Jesus tinha vindo alcançar – aquelas que precisavam de ajuda. Naquela cultura, sentar-se e participar de uma refeição com uma pessoa mostrava um certo grau de identificação e de boas-vindas. Se Jesus estava comendo com estas pessoas horríveis, então Ele era culpado por ter uma má associação. Os fariseus nem sequer se aproximavam de tais pessoas, nem mesmo para ensinar-lhes a lei ou mostrar Deus a elas” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Vol.1). Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.421).

II – FILHO PERDIDO QUE FICOU DENTRO DE CASA

O filho mais velho sempre foi fiel ao pai e nunca se rebelou ou saiu de casa. Ao receber a notícia do retorno do seu irmão e ver a festa que o pai estava promovendo, ele ficou indignado. Ele criticou a atitude misericordiosa do pai, em resposta ao retorno do filho que estava perdido (vv. 25-28).

O filho mais velho demonstrou profunda decepção com tudo que estava acontecendo e, irritado, escolheu ficar do lado de fora da casa, reclamando de ter trabalhado toda a vida como um “escravo” e nunca ter recebido um cabrito para festejar (vv.28-30). Na cabeça dele, o pai jamais poderia perdoar aquele que demonstrou tamanha ingratidão pela família.

Ele estava decidido a não perdoar o pai pelo que fez, e a não perdoar o irmão pelos seus erros; ele se sentiu injustiçado pelo pai. Na parábola, esse jovem está tão perdido quanto o seu irmão, a diferença é que ele não consegue enxergar o quão distante está do pai. Ele é filho, mas se vê como escravo (v.29); é rico, pois o que é do pai, é dele também, porém, age como miserável; tem a companhia diária do pai, mas anda solitário (v.31).

Que tristeza, ele está perdido na casa do pai! O filho mais velho da história representa os escribas e fariseus que se consideravam santos demais e desprezavam os outros. Eles conhecem as Escrituras e são até mestres, mas se distanciaram do Pai. Jesus está ensinando que o Pai ama a todos os seus filhos. Os que estão perto e os que estão longe.

Há perdão para todos Além disso, Ele mostra que não devemos ficar tristes e ressentidos com a generosidade do Pai Celestial, muito menos com os pródigos que creram e voltaram. Pelo contrário, nosso dever é nos alegrar e festejar a volta daqueles que estavam perdidos e foram achados, estavam mortos e voltaram a viver (v. 32).

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Embora o ressentimento do irmão mais velho seja fácil de entender, a enxurrada de palavras revela o mesmo tipo de superioridade moral de que sofriam os líderes religiosos da época de Jesus. A chave para a compreensão desta história está no contexto de 15.1,2. O filho mais jovem representa os publicanos e pecadores, o pai que espera é Deus e o irmão mais velho representa os líderes religiosos […]. Os líderes religiosos, […] estavam tentando conservar milhares de regras e regulamentos, muitos dos quais Deus nunca sequer exigiu. Eles tinham o amor do Pai, mas tinham escolhido rejeitá-lo, favorecendo o trabalho árduo e a auto- -negação.

Deus recebeu ansiosamente as pessoas comuns e pecadoras no reino, [mas] os líderes religiosos estavam se recusando a participar da celebração. Mas Deus se alegrou porque estas pessoas tinham vindo para “casa”, e convidou até mesmo estes líderes religiosos a participar da festa. Eles só sentiam ira e ressentimento porque os seus esforços não tinham merecido uma festa […]. O filho mais velho precisava enxergar a situação sob a perspectiva correta, ser grato por não ter passado por tanto sofrimento, alegrar-se, e celebrar este dia feliz pelo retorno do seu irmão, que chegou a salvo” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Vol.1). Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.423,424).

III – O PAI AMOROSO

Essa parábola, do começo ao fim, aponta em direção ao amor de um pai que, apesar das atitudes erradas de seus filhos, está sempre disposto a perdoar e acolher na comunhão da família os que se arrependem. Por essa razão, o pai apresentado pela parábola representa Deus, o Pai Celestial, aquele que “[…] amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Como vimos, o mesmo pai que foi ao encontro do filho mais novo para abraçá-lo e recebê-lo, sai também ao encontro do filho mais velho para conciliá-lo e convencê-lo a entrar e se ajuntar à comemoração.

O amor que Deus demonstra aos cobradores de impostos e pecadores em nada nega ou anula seu amor pelos escribas e fariseus. Pelo contrário, tal amor lembra-nos da natureza radical da graça salvadora que vem ao nosso encontro (Ef 2.8-10), mesmo sem merecermos, quando nós ainda éramos inimigos de Deus (Rm 5.10) e nos oferece generosamente vida abundante (Jo 10.10) e reconciliação eterna com o Pai. Não importa a situação que você ou algum amigo esteja vivenciando, dentro ou fora da comunhão da igreja local, saiba que existe um Deus amoroso que chama a todos para perto de si. Basta, perante um arrependimento sincero e confissão dos pecados, clamar ao Senhor Jesus.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

Querido (a) professor (a), para o encerramento dessa lição destaque com a sua turma o conceito bíblico da graça e do amor de Deus. Esses são os conceitos centrais expressos nesta linda parábola. Leia o texto abaixo para aprofundar sua compreensão sobre o tema. “Foi somente com a vinda de Cristo que a graça assumiu seu significado pleno. O seu auto sacrifício é a graça propriamente dita (2 Co 8.9). Esta graça é absolutamente gratuita ( Rm 6.14; 5.15-18; Ef 1.7; 2.8,9). Quando recebida pelo crente, ela governa sua vida espiritual compondo favor sobre a favor. Ela capacita, fortalece, controla todas as fases da vida (2 Co 8.6,7; Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2 Tm 2.1).

O apóstolo Paulo foi o principal instrumento humano para transmitir o pleno significado da graça em Cristo. O Novo Testamento oferece a graça a todos, ao contrário do Antigo Testamento, que geralmente restringia a oferta da graça ao povo eleito de Deus, Israel. A graça em sua mais completa definição é o favor imerecido de Deus ao nos dar seu Filho, que oferece salvação a todos e dá àqueles que o recebem como Salvador pessoal uma graça acrescentado para esta vida e uma esperança para o futuro. A graça soberana não é uma exibição arbitrária da graça de Deus. A fim de recebê-la, o crente deve crer. A fim de desfrutá-la, o crente deve ser obediente.

A graça provê a justificação (Rm 3.24), a capacitação (Cl 1.29), uma nova posição (1 Pe 2.5,9), e uma herança (Ef 1.3,14). Pelo menos três motivos são indicados no Novo Testamento quanto a razão pela qual Deus age com graça, especialmente na salvação. Ele o faz para expressar seu amor (Ef 2.4; Jo 3.16), para ser capaz de mostrar sua graça nos séculos vindouros (Ef 2.7), e para que o homem redimido produza bons frutos (Ef 2.10). A graça soberana é sempre intencional, pois a vida sob a graça é uma vida de boas obras” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.876).

CONCLUSÃO

Definitivamente não há como ficar indiferente ao tamanho amor revelado por nós. O Pai Celestial continua amando e chamando pecadores ao arrependimento, a fim de que possam desfrutar dos benefícios de sua paternidade. Compartilhe essa boa notícia com seus amigos e creia que o Espírito Santo irá convencê-los que o Pai os ama.

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VAMOS PRATICAR

1- De acordo com a lição, quais as quatro fases da vida do filho mais novo? As quatro fases são da rebeldia, das consequências, do arrependimento e da alegria.
2- Com quem podemos identificar cada um dos três personagens principais da parábola? O filho pródigo representa os cobradores de impostos e outras pessoas de má fama; o filho mais velho representa os escribas e fariseus; e o pai representa o próprio Deus.
3- Você se sente amado (a) por Deus? Resposta pessoal.

PENSE NISSO

Você conhece o Pai celestial? Nosso Deus ama você completamente. Ele lhe conhece desde o ventre da sua mãe e o seu amor não tem fim. Honre esse Pai maravilhoso, dedique-se a conhecê-lo, seja fiel a Ele e a cada dia desfrute do seu amor e da sua bondade.

SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:

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