EBD Revista Editora Betel | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada | Escola Biblica Dominical | Lição 09: Não Furtarás: Estabelecendo um Princípio Moral e Ético essencial para a Convivência Social
TEXTO ÁUREO
“Não furtarás.” Êxodo 20.15
VERDADE APLICADA
O oitavo mandamento nos alerta quanto à relevância da vigilância na vida do discípulo de Cristo para não cair nas ciladas do diabo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o significado do oitavo mandamento.
Mostrar a responsabilidade da mordomia cristã.
Falar sobre a inclinação da natureza pecaminosa.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
ÊXODO 22
1- Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha, quatro ovelhas.
2- Se o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.
3- Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e, se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
EFÉSIOS 4
28- Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Lv 25.23 A terra é do Senhor.
TERÇA | Js 7.19-25 O pecado de Acã.
QUARTA | 1Rs 21.1-17 Nabote recusa vender sua vinha a Acabe.
QUINTA | SI 59.2 Livra-me dos que praticam a iniquidade.
SEXTA | Ef 4.27 Não deis lugar ao diabo.
SÁBADO | 1Tm 6.7 Nada trouxemos para este mundo.
HINOS SUGERIDOS: 4,8, 17
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore pedindo a Deus para não cair nas ciladas do diabo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Compreendendo o oitavo mandamento
2- O outro lado do mandamento
3- O furto, a escravidão e a esperança
Conclusão
INTRODUÇÃO
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O oitavo mandamento trata da proibição contra toda a forma de furto. Todos sabem que roubar é errado, até mesmo aqueles que nunca leram a Bíblia compreendem muito bem esse mandamento.
PONTO DE PARTIDA: Roubar é errado
1- Compreendendo o oitavo mandamento
Este mandamento expressa o sentido de proteger e respeitar a propriedade pessoal. Basicamente, proíbe todo ser humano de tomar o que não lhe pertence [Ex 20.15].
1.1. O significado do mandamento. O significado dessa palavra é interessante, pois transmite a sensação de se apropriar de algo sem o consentimento do proprietário. Mas também, na língua original, essa palavra está associada a: arrebatar algo violentamente; pegar algo com enganos; pegar algo secretamente. De modo que essa palavra nos revela o profundo significado do ato de roubar [Sl 120.2; Êx 20.15]. Cada um dos significados que compartilhamos aqui define totalmente a ação de roubar em diferentes facetas. Quando algo é roubado, pode ser feito de forma violenta, pode ser feito com engano ou escondido. Sabemos disso por experiência própria. Temos visto como há roubos com violência, roubos com engano, esse é o estilo dos roubos por corrupção [Dt 32.5; Sl 59.12; 73.8]. Muitos de nós também experimentamos como as coisas foram roubadas de nós de maneira oculta, inclusive, familiares e amigos próximos.
No tempo em que vivemos, relacionamos este mandamento com a corrupção, porque a corrupção é um flagelo que nos afeta a todos igualmente. Toda a sociedade, em diferentes níveis, é afetada por corruptos que tiram do bem comum para benefício pessoal. Eles pegam o que não é deles e privam os outros do que lhes pertence por direito, traduzidos em bens e serviços, e usam para seu prazer pessoal [1Jo 2.26].
1.2. O contexto terreno e espiritual do mandamento. No contexto terreno, o propósito era o respeito pela propriedade alheia. As pessoas tinham e têm o direito de preservar de forma segura o que lhes é próprio. Este mandamento parte então do princípio do reconhecimento da propriedade privada, e que tal propriedade não deve ser arrebatada de modo algum. O respeito a esse princípio buscava estabelecer ordem e estabilidade na sociedade. O contexto espiritual aponta para o princípio de que Deus é o dono pleno de absolutamente tudo o que é material, do imaterial e de seus habitantes [Sl 24.1]. Portanto, não é apenas apropriar-se ilegalmente de algo que pertence a outra pessoa, é afrontar diretamente o próprio Deus a quem tudo pertence [1Co 2.14-15].
Roubar não é apenas uma violação do princípio da propriedade pessoal, mas também é ir contra a vontade de Deus ao privar outra pessoa de algo que Deus lhe deu. Isso se opõe à vontade de Deus, pois Ele distribui as riquezas de acordo com Sua soberania, propósito e sabedoria. Temos que ter muito cuidado quando nos identificamos com algumas causas sociais, pois, sem saber, podemos nos colocar na linha de ações que vão abertamente contra o que Deus estabeleceu.
1.3. O mandamento em nossos dias. Lutero disse que quebramos o oitavo mandamento sempre que “tiramos vantagem do próximo em qualquer tipo de negócio que resulte em perda para ele”. Muitas práticas comerciais comuns são imorais, mesmo que tecnicamente não sejam ilegais. Desde os aumentos extorsivos à propaganda enganosa, infelizmente o roubo está presente no cotidiano da sociedade, até de nossos governantes, a lista é infinita e os casos são inúmeros [Rm 1.30; 2Tm 3.1-4, 13]. Disse mais Lutero: “Se olharmos para a humanidade em todas as suas condições, não há nada mais que um vasto e amplo estábulo cheio de ladrões fabulosos”, e concluiu: “Pouquíssimos ladrões são levados ao enforcamento. Se fossemos enforcar todos, onde arranjaríamos corda suficiente? Teríamos de fazer de nossos cintos e correias cordas para enforcamento ” [Rm 3.10, 23].
Todo roubo é uma falta de confiança na provisão divina. Sempre que tomamos algo que não nos pertence, negamos que Deus pode nos suprir ou que não tem a capacidade de nos sustentar. Guardar o oitavo mandamento é para nós um exercício prático de nossa fé na providência divina. Estamos no mundo, mas não somos do mundo [Jo 17.14-16]. Nosso Senhor orou para que o Pai nos livre do mal. Assim, tenhamos em mente que fazemos parte da família de Deus e nosso viver, em todas as áreas, deve ser coerente com esta verdade [Mt 5.13].
EU ENSINEI QUE:
O oitavo mandamento expressa o sentido de proteger e respeitar a propriedade pessoal.
2- O outro lado do mandamento
O oitavo mandamento chama a nossa atenção para a honestidade em todas as esferas de nossas vidas. Furtar é um agravo contra Deus, e o contrário disso é cuidar, o que nos traz para o outro lado do mandamento, a nossa mordomia [Lc 16.1-2].
2.1. Cuidar da providência divina. Em termos de nosso relacionamento com Deus, entendemos que não somos donos de alguma coisa, somos apenas administradores porque nada nesse mundo nos pertence, nem mesmo nossa própria vida [1Tm 6.7]. Algum dia daremos conta desta vida que Ele nos deu temporariamente [Lv 25.23; Lc 12.20]. Porém, em termos de nossa vida horizontal, em nosso relacionamento com os demais, podemos reclamar algumas coisas como estando sob nossa responsabilidade ou nosso cuidado, porque Deus nos deu direitos sobre elas. Assim como deu direito a nós, deu a todos, e como bons despenseiros de Deus devemos não somente cuidar daquilo que nos foi entregue pelo Senhor, devemos também proteger e zelar por aquilo que pertence aos demais (Rm 12.10; 1Pe 4.10].
Pr. Belchior Martins da Costa (Livro “Moisés, o legislador de Israel” – Editora Betel, 2015, p. 14): “Assim como o Senhor Deus de Israel guardou Seu povo em meio à pobreza e à escassez, segue da mesma forma guardando a Seus filhos, a Igreja de Cristo. Não importa a prova que venha a este mundo ou a pobreza que o assole, nosso Pai sempre cuidará de nós e de nossos filhos. Ele sempre irá nos colocar numa esfera de proteção [Sl 37.25].”
2.2. O amor a Deus e ao próximo. O mordomo é alguém que cuida da propriedade de outra pessoa [Lc 12.42-43]. Ele não tem a liberdade de usar da forma que melhor lhe convém, deve simplesmente administrá-la de acordo com as intenções do seu senhor. Essa é exatamente a nossa própria situação aqui nesse mundo. Tudo o que administramos pertence a Deus, assim como tudo que possuímos. Desde o princípio tem sido assim, como Adão, Ele nos deu a sagrada confiança de cuidar de seus bens. Adão estava ali para cuidar da terra, guardá-la, preparar a terra para produzir frutos [Gn 2.15]. Estamos nesse mundo para melhorá-lo. Não furtar é também proteger, é cuidar, é valorizar o próximo e tudo o que Deus lhe deu [Mc 12.33; Gl 5.13-14].
É necessário que saibamos que mordomia é um princípio divino para abençoar as nossas vidas enquanto aqui vivermos. Se formos bons mordomos, seremos recompensados pelo Justo Juiz naquele dia, senão, sofreremos o dano por nosso desprezo com a administração aos bens temporais e espirituais. Vivamos, pois, certos de que, como despenseiros, devemos ser fiéis”, buscando no Espírito Santo a indispensável capacitação (Lc 12.42-44].
2.3. Trabalhando com labor. Bons mordomos devem trabalhar porque a preguiça conduz à pobreza e a pobreza pode ser um trampolim para furtar [Pv 6.10-11; 30.8-9]. A maneira objetiva de evitar a tentação é trabalhar de modo honesto com o objetivo de uma independência financeira [1Ts 4.11-12]. Ο bom mordomo é liberal, entende que repartir é proporcionar que outras pessoas também tenham o que precisam. A atitude do ladrão é: “O que é seu, é meu; vou pegar”. O egoísta diz: “O que é meu, é meu; vou guardar”. Mas o bom mordomo pensa diferente, pensa com atitude espiritual: “O que é meu, é de Deus; vou compartilhar”. Nós, cristãos, somos diferentes, andamos na contramão do mundo, pois sabemos que fomos chamados para viver generosamente.
Além de desfrutarmos das coisas que o Senhor nos dá, entendemos claramente que não somos um fim em nós mesmos e estamos nesse mundo para fazer a diferença. Pensar na subsistência do próximo deve fazer parte da nova vida que recebemos de Deus. A. W. Tozer declarou que “toda posse temporal pode ser transformada em riqueza eterna”. A única fortuna que poderemos ver outra vez é aquela que investimos na eternidade. Daqui não levamos nada. Mas uma coisa é certa: podemos enviar daqui para a eternidade [Mt 6.19-21].
EU ENSINEI QUE:
O oitavo mandamento chama a nossa atenção para a honestidade em todas as esferas de nossas vidas.
3- O furto, a escravidão e a esperança
O furto faz parte de uma inclinação de nossa natureza pecаminosa, um tipo de escravidão que prejudica o próximo e que só pode ser tratada pelo milagre da salvação em Jesus Cristo [Jo 8.36].
3.1. Por que as pessoas roubam? Os mandamentos foram dados porque o ser humano é pecador por natureza e uma das características mais evidentes dessa natureza é o egoísmo, um egoísmo que leva à cobiça excessiva e à inveja, os dois principais motivadores de roubar. Assim como o assassinato e o adultério, o roubo também é uma ação é uma condição do coração [1Rs 21.1-17]. Faz parte da natureza pecaminosa, que não sendo tratada por Deus através de um novo nascimento, pode como um vulcão, entrar em erupção a qualquer momento [Mc 7.21-22; Gl 5.19-21]. Vários são os motivos que, por causa de um coração egoísta, o ser humano pode ter a tendência de roubar: ênfase excessiva em coisas materiais; emoções fora de controle (compras compulsivas, alcoolismo, dependência química, paixões desordenadas); necessidade aparente, preguiça etc.
O ser humano sem Deus é um escravo de sua natureza pecaminosa. Tudo o que a alma mais deseja é se fartar [Lc 12.19]. O roubo decorre de desejos malignos fora de controle. Mas a Lei e a exigência são claras: devemos nos abster de tomar o que não é nosso [Ex 20.15]. Devemos sempre recordar dois princípios importantes: o respeito e a proteção à propriedade individual. Devemos sempre ter em mente que Deus é o dono de tudo e distribui de acordo com Sua soberania e vontade [Ef 4.7].
3.2. Quem rouba é escravo do diabo. Todo ser humano sabe instintivamente que pegar algo que não lhe pertence é roubo, e roubar é uma atitude diabólica. Mas, na prática, parece que as pessoas ignoram essa verdade, aceitam correr o risco, e cada vez mais aumentam sua convivência com o diabo [Ef 4.27-28; 1Jo 3.8]. A Bíblia revela que aquele que ainda não nasceu de novo e adota uma conduta moral contrária à vontade de Deus está vivendo de acordo com o diabo. A falta de justiça e de amor atesta a ausência da conversão e um viver como filho de Deus [1Jo 3.10]. A missão do diabo é tríplice: roubar, matar e destruir. Essa é sua característica. E aqueles sob os quais exerce autoridade, seja por pacto, tentação, sujeição ou possessão, portarão consigo as características dessa influência e dominação maligna e destrutiva [ Jo 10.10a).
Da mesma forma que, como filhos de Deus, iluminamos o mundo com obras produzidas por uma nova natureza, os filhos do diabo se manifestam também apresentando os frutos de uma vida dominada pela natureza pecaminosa [1Jo 3.10]. Quando uma pessoa dá lugar ao diabo e se permite ser habitada por ele, ela será escravizada de tal modo que venderá até as pessoas mais íntimas de seu convívio. Essa é a situação de uma pessoa escravizada e sujeita ao poder do diabo [Jo 13.2].
3.3. Nem tudo está perdido. No Novo Testamento temos o grande exemplo de Zaqueu ao se arrepender-se de seus pecados (Lc 19.8]. O verdadeiro arrependimento provoca um desejo de se fazer o certo e reparar os erros cometidos. Quando somos impactados pela salvação em Jesus Cristo, somos tomados de uma profunda convicção de fazer o bem e isso inclui fazer restauração sempre que possível [Ef 4.28]. Todos aqueles que, em sua maldade, roubam, somente em Cristo podem encontrar perdão, salvação e transformação. Só Cristo através do Espírito Santo pode mudar esses desejos materialistas de querer possuir o que os outros têm por desejos e impulsos piedosos de respeitar o bem dos outros e não tomar o que não lhes pertence.
Em Israel, a punição para o roubo não era a morte nem a prisão, era a restituição total mais um acréscimo ao que havia sido roubado [Êx 22.1, 4, 7, 9; Lv 6.2-5). O que não pode ser visto em Acabe, vemos admiravelmente na vida de Zaqueu, o publicano. Outro caso importante que terminou em grande punição foi o de Acã, que roubou algo que pertencia a Deus, que sabia que não poderia usar, mas a cobiça em possuir lhe roubou a razão e, por fim, a vida [Js 7.19-25; 1 Rs 21.17-19].
EU ENSINEI QUE:
O furto faz parte de uma inclinação de nossa natureza pecaminosa.
CONCLUSÃO
O oitavo mandamento é muito claro para todos nós. Sabemos que o furto ou a aquisição ilegítima de propriedades alheias, além de prejudicarem ao próximo, são abominação ao Senhor.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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