Lição 08: A Justiça de Deus | EBD Betel Adultos | 2° Trimestre De 2021

EBD Betel – Adultos | 2° Trimestre De 2021 | Tema: Os Atributos de Deus conhecendo a natureza, o caráter e a supremacia de Deus nas Escrituras | Lição 08: A Justiça de Deus

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Deixar claro que o Evangelho é a justiça de Deus revelada.
Mostrar características da justiça de Deus.
Explicar a aplicação da justiça de Deus.

TEXTO ÁUREO

“Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto.” Salmo 89.14

VERDADE APLICADA

A justiça é um atributo de Deus. Ela é para todos, não há privilégios nem acepção de pessoas, porque Ele é imparcial.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 17
31- Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.

ROMANOS 3
21- Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas,
22- Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
23- Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.
26- Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

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LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Is 30.18 O Senhor é um Deus de justiça.
TERÇA / Is 61.8 Deus ama a justiça e odeia a iniquidade.
QUARTA / Sf 3.5 O Senhor é justo.
QUINTA / Rm 5.17-18 Por um ato de justiça veio a graça sobre todos.
SEXTA / Rm 10.3-4 Os homens rejeitaram a justiça de Deus.
SÁBADO / 2Co 5.21 Em Jesus fomos feitos justiça de Deus.

HINOS SUGERIDOS 259, 499, 509

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que mais pessoas conheçam o Evangelho e descubram a justiça de Deus.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– A justiça de Deus revelada
2– Características da justiça de Deus
3- Aplicação da justiça de Deus
Conclusão

INTRODUÇÃO

O Supremo Juiz tem suas leis, estatutos, mandamentos e juízos. Ele haverá de julgar a humanidade de acordo com as Escrituras, sem distinção ou acepção de pessoas. Pois o Senhor é conhecido pela Sua justiça [Sl 9.16].

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EBD Betel Adultos

PONTO DE PARTIDA

Deus é Justo e Santo.

1- A justiça de Deus revelada.

A justiça de Deus que se manifestou quando veio Jesus Cristo é contrastada com a justiça da Lei, que era a justiça com a qual os judeus estavam familiarizados. É a única, verdadeira e suficiente justiça para a justificação e salvação do homem. A justiça é mais um atributo de Deus, pois pela sua concepção Ele não pode ser injusto para com ninguém. Ele opera a plenitude, a absoluta, a integral justiça. É o atributo que reflete a integridade moral de Deus. O termo “dikaiosyne” designa retidão, justo, reto, justificação, justiça.

1.1. A justiça de Deus se revela no Evangelho.

O Novo Testamento veio declarar a justiça de Deus, por meio do Evangelho de Jesus. O apóstolo Paulo, falando aos romanos, declarou: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” [Rm 1.16-17]. O Novo Testamento nos revela que Deus julgará os segredos dos homens [Rm 2.16]. Vai condenar o ímpio na sua maldade quando não houver arrependimento e justificar o justo que abraça o bem, recebe e crê no nome do Filho Unigênito [Jo 1.12; Rm 5.1].

Subsídio do Professor: Deus, o Supremo Legislador e Juiz de todos, por meio do Evangelho de Jesus, declara a todos os homens a verdade a respeito da salvação, para que ninguém se perca, pois haverá o dia do juízo [Sl 98.9; 99.4].

1.2. A justiça de Deus se revela no livre-arbítrio.

O texto bíblico diz que fomos criados por Deus “à sua imagem” [Gn 1.26-27]. Assim, cada um de nós somos seres pessoais, racionais, volitivos e emocionais. No Jardim do Éden Deus providenciou tudo o que era necessário para o bem-estar do primeiro casal e lhe deu instruções, capacitação e o abençoou. A justiça de Deus foi revelada já neste início. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento comenta sobre um dos termos no hebraico – “mishpãt” – “a palavra possui a conotação particular de “justas reivindicações” de Deus. Deus, que é o Senhor, pode reivindicar e de fato reivindica. Todo direito (justiça, autoridade, etc.) que existe é dele, “porque o Senhor é Deus de justiça [Gn 18.25; Is 30.18]”. O ser humano foi feito à imagem, mas não é igual a Deus.

Subsídio do Professor: O Criador, além de instruir, revelou o que ocorreria caso o ser humano fosse desobediente: “certamente morrerás” [Gn 2.17]. O casal foi avisado que o Criador, ao mesmo tempo que permitiu – “comerás livremente”, também restringiu – “dela não comerás”. Derek Kidner: “O homem é chamado a estabelecer um curso e a mantê-lo; e ao permitir ou rejeitar deliberadamente as pressões exercidas sobre ele, mostra que é livre”.

Ao longo de toda a Bíblia, Deus deixa claro que o ser humano passará por uma prestação de contas quanto ao uso dessa liberdade [Mt 12.36-37; Rm 14.10 – notar que este versículo está num contexto que trata da liberdade cristã). O Senhor Deus, por ser Justo, seus padrões, os seus juízos, expressos em suas palavras são justos [Sl 119.144, 160, 172]. As ações de Deus são caracterizadas por retidão (justiça) e juízo [Sl 97.2].

1.3. A justiça de Deus se revela na oportunidade de reparação.

O nosso erro ou pecado cometido pode ser reparado antes da condenação. Para isso precisamos nos examinar, fazer uma introspecção, analisar minuciosamente qual a nossa situação diante de Deus. Paulo falando aos coríntios diz: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” [1Co 11.31]. O arrependimento e a confissão podem não nos livrar das consequências do pecado, mas nos livram da condenação eterna. Muitas vezes esperamos o juízo de Deus operar para nos conscientizar que pecamos e precisamos de perdão. Quando estamos indignos perante o Senhor, ficamos fracos, doentes e até dormimos o sono espiritual, o que pode ser traumático. Não precisamos esperar ser disciplinados, podemos nos consertar antes.

Subsídio do Professor: Myer Pearlman sobre a justiça de Deus: “Deus não somente trata justamente como também requer justiça. Mas que sucederá no caso de o homem haver pecado? Então ele graciosamente justifica o penitente [Rm 4.5]. Esta é a base da doutrina da justificação. Notar-se-á que a natureza divina é a base das relações de Deus para com os homens. Como ele é, assim opera. O Santo santifica, o Justo justifica”. Por isso, o Senhor, por ser longânimo, espera o arrependimento e a mudança de vida [2Pe 3.9].

EU ENSINEI QUE:

Deus não pode ser injusto para com ninguém. Ele opera a plenitude, a absoluta, a integral justiça. A justiça é o atributo que reflete a integridade moral de Deus.

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Saiba TUDO Sobre A ESCOLA DOMINICAL:

2- Características da justiça de Deus

A justiça de Deus é ímpar, sem comparação, os seus aspectos diferenciam de toda a justiça do ser humano. Deus é a própria justiça [Jr 23.6]. A justiça é a perfeição da natureza divina. Por ser de essência justa, Deus precisa punir o pecado por odiá-lo em caráter imutável.

2.1. A justiça e o juízo de Deus são base do Seu trono.

Por ser santo, Deus só pode ser justo. NEle não há injustiças. Sua santidade é a causa de sua justiça. A santidade não permitirá que faça outra coisa senão o que é justo. Ser santo é ser diferenciado. Justiça não pode ser comprada ou negociada. O Santo não faz nada errado, é honesto consigo mesmo. Essencialmente puro. O agir de Deus é perfeito, sem manchas ou contaminações [Dt 32.4b]. Voltando a falar sobre predestinação, Deus seria injusto se tivesse escolhido alguns para salvação e outros para perdição.

Qual a explicação plausível na escolha e qual o critério adotado se Deus pré-determinasse alguns para morar no céu e outros no inferno? Não se tem dúvidas de que Deus oferece salvação a todos e deseja que todos sejam salvos [Tt 2.11; 1Tm 2.4]. Mas o livre-arbítrio foi dado ao homem para ter o exercício da escolha, quem vai decidir se quer ou não é o homem.

Subsídio do Professor: Russell E. Joyner (Teologia Sistemática – Stanley Horton): “O padrão com que Ele se apresenta a nós é perfeito e reto [Dt 32.4]. Por isso, não podemos, por nós mesmos, ser aprovados por esse padrão, que Deus usa para avaliar-nos, pois todos nós ficamos em falta [Rm 3.23]. Em um dia determinado por Ele há de julgar o mundo, com justiça [At 17.31]. Por outro lado, Deus também se preocupa com as suas criaturas, preservando-as [Sl 36.5-7], além de lhes proporcionar a esperança para o futuro. A encarnação de Cristo incluía todas as qualidades e atividades da retidão e da justiça. Sua expiação vicária, em seguida, transmitiu-nos essa mesma retidão e justiça [Rm 3.25-26] a fim de comparecermos justificados diante do justo Juiz [2Co 5.21; 2Pe 1.1]”.

2.2. A justiça de Deus é perfeita.

Ele não é somente justo, mas a própria justiça. Não há sombra de variação. Não tem jeitinho brasileiro, não tem atalhos. A balança da justiça de Deus não é viciada nem pende injustamente. A Bíblia revela que tanto o castigo de Deus aos transgressores da Lei [Sl 51.4] como a fé dada por Deus [2Pe 1.1] são resultados da justiça perfeita de Deus.

Subsídio do Professor: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais.” [Sl 36.6]. A comparação das montanhas e do abismo profundo é o tamanho das realidades misteriosas e, algumas vezes assustadoras, pois a perfeição da justiça e dos juízos de Deus está acima dos nossos conhecimentos, inalcançáveis, que ultrapassam os estreitos limites da mente humana; são misteriosos e enigmáticos para os seres humanos mortais compreenderem.

Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem [Rm 2.2]. A justiça de Deus não tem como ser imperfeita, pois não pode negar a sua natureza de justo. Já a justiça humana não dá para comparar [Is 64.6]. “Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são justos” [Dt 32.4a].

2.3. A justiça de Deus é definitiva.

Deus não pode voltar atrás nas suas decisões de justiça. Ele não é volúvel nem mutável. As suas características divinas não podem ser comparadas ao homem, que muda de pensamento a cada instante. Ele não se equivoca nem se precipita nas suas decisões. Na Lei de Deus não se abre brechas para recorrer ou mudar a decisão, não tem outras instâncias. Ele é Supremo. Henry Thiessen (Palestras em Teologia Sistemática – Ed. Batista Regular) escreve que “a justiça exige o castigo do pecador, mas pode também aceitar o sacrifício vicário de outrem, como no caso de Cristo”.

Subsídio do Professor: “Quão insondáveis são os seus juízos” [Rm 11.33]. “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” [Hb 10.26-27]. A justiça de Deus se manifesta até sobre quem participa da Ceia do Senhor indignamente, pois está comendo e bebendo para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor [1Co 11.29].

EU ENSINEI QUE:

A justiça de Deus é ímpar, sem comparação, os seus aspectos diferenciam de toda a justiça do ser humano. Deus é a própria justiça.

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3- Aplicação da justiça de Deus

Deus aplica a sua justiça de forma imparcial. Deus não tem prazer na condenação da humanidade [Jo 3.16-17], mas a iniquidade afasta o homem de Deus e a Sua justiça não pode falhar. Por isso a Sua justiça não anda desassociada nem se opõe ao Seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a Sua justiça que demonstrou o Seu amor enviando o Seu Filho. O amor de Deus se manifestou para salvar ímpios pecadores [Rm 5.8] e o Seu juízo será aplicado a todos que não creem e rejeitam o Seu Filho ou desobedecem aos Seus estatutos [Jo 3.18]. Deus é amor [1Jo 4.8], mas também é fogo consumidor [Hb 10.29-31; 12.29].

3.1. Ninguém escapará da prestação de contas.

Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus [Rm 14.12; 1Pe 4.5]. Chegará o “dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” [Rm 2.16]. O tribunal de Cristo e o trono branco são uma realidade bíblica e aceitos pela fé. O Senhor Deus revelou que haverá julgamento após o ser humano encerrar seus dias aqui na terra. É bíblico o evento futuro da prestação de contas [Ec 11.9; 12.14; 1Co 3.13; 4.5; Hb 9.27].

Subsídio do Professor: Deus coloca o Seu juízo como linha de medir e a Sua justiça como o prumo [Is 28.17]. O tribunal julgará as obras [2Co 5.10], e o trono branco o destino das pessoas [Ap 20.4-5]. Justiça: Myer Pearlman: “conduta reta em relação a outrem”. Tribunal de Cristo: Julgamento de obras; onde tudo será conhecido, todas as práticas do bem e do mal. Trono branco: Juízo final dos mortos; lugar onde Deus julgará a humanidade; destino final do homem.

3.2. Para distribuir prêmios e entregar galardões.

Ele é galardoador dos que o buscam [Hb 11.6]. O mal perseguirá os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem [Pv 13.21]. Cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho [1Co 3.8; 2Co 5.10]. Portanto o nosso trabalho não é vão no Senhor [1Co 15.58]. Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo [Rm 14.10]. Tudo que fizermos não estamos fazendo aos homens, mas a Deus [Cl 3.23]. Ele é justo nos seus pagamentos.

Subsídio do Professor: “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.” [Hb 6.10]. A memória de Deus não se apaga e Ele registra tudo o que fizermos em Seu livro de obras [Ap 20.12]. Deus recompensará a cada um segundo as suas obras. Procuremos fazer o bem [Rm 2.6-7]. “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” [Gl 6.9].

3.3. Para aplicar punições e efetivar condenações.

As punições não serão de acordo com o nosso modo de ver [Sl 98.9; Tg 1.20]. Não é pelo querer do homem que Deus vai agir. Deus não pune de imediato, pois é longânimo à espera de arrependimento. As Suas misericórdias são esticadas, mas chegará um momento que a ira de Deus se manifestará contra os que permanecem desobedientes, indiferentes e contrários aos desígnios do Senhor [1Ts 1.10; 2Ts 1.8-9]. Os homens que forem conhecedores da verdade não poderão arrumar justificativas nem se tornar indesculpáveis perante o Senhor [2Pe 2.20-22].

Subsídio do Professor: “Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade.” [Rm 2.8]. “Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.” [Cl 3.6]. Não há parcialidade no juízo divino: “Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; guardai-o, fazei-o, porque não há no Senhor, nosso Deus, iniquidade, nem aceitação de pessoas, nem aceitação de presentes.” [2Cr 19.7].

EU ENSINEI QUE:

Deus não tem prazer na condenação da humanidade, mas a iniquidade afasta o homem de Deus e a Sua justiça não pode falhar.

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CONCLUSÃO

A justiça de Deus está explicitada em sua carta magna que é a Bíblia Sagrada. Todos os estatutos e mandamentos de Deus estão previamente declarados, ninguém será pego de surpresa. Mas também não haverá espaço para desculpas no dia do juízo.

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