Lição 11: Cultivando a Convicção Cristã | 3° Trimestre de 2023 | EBD ADULTOS

EBD 3° Trimestre De 2023 | CPAD Adultos – A IGREJA DE CRISTO E O ÍMPERIO DO MAL –Como viver neste mundo dominado pelo Espirito da Babilônia | Escola Biblica Dominical | Lição 11: Cultivando a Convicção Cristã

Lição 11: Cultivando a Convicção Cristã | 3° Trimestre de 2023 | EBD ADULTOS

TEXTO ÁUREO

“Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência.” (1Ts 2.3)

VERDADE PRÁTICA

O cultivo da convicção cristã é imperioso para a prática e a defesa da fé em tempo de adversidades.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Ts 1.6 -10 Ministrando as Boas-Novas no poder do Espírito para salvação
Terça – 2 Pe 1.16 O Evangelho não procede de fábulas para seduzir as pessoas com mentiras
Quarta – Rm 16 .17,18 As falsas palavras e lisonjas corrompem o coração dos símplices
Quinta – 1 Co 1.29-31 O salvo deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio
Sexta – Hc 1.1.4 Os problemas sociais como resultado do pecado
Sábado – 1 Co 9 .11,12 Uma consciência altruísta de não criar obstáculo ao Evangelho
Hinos Sugeridos: 16, 227, 355 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO
Falar de convicção em tempos de relativismo é um convite para andar na contramão de uma cultura intelectual pela qual tudo é relativo e que ninguém pode ter certeza de nada. A dúvida é praticamente um dogma em muitos desses setores da sociedade. Por isso, nesta lição, temos a oportunidade de refletir a respeito da convicção cristã. Sim, a fé cristã traz convicção profunda a um coração permeado de incertezas: “Eu sei em quem tenho crido” (1 Tm 1.12).
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Estimular a convicção espiritual nos cristãos a partir da confiança em Deus;
II) Compreender a necessidade de uma vida irrepreensível de modo que glorifique a Deus;
III) Reconhecer que o amor sacrificial e o abnegado trabalho são essenciais para o crescimento do Reino.
B) Motivação: Nesta lição veremos que todo crente em Jesus precisa cultivar uma convicção espiritual, moral e social a fim de ser capaz de dar um verdadeiro testemunho neste mundo mergulhado em trevas.
C) Sugestão de Método: Comece a aula propondo um diálogo sobre o que é convicção. Aguarde que digam. Pergunte à sua classe: “Alguém aqui é convicto de algo? Essa convicção honra o nome do Senhor?” Na sequência, diga que, de acordo com o Dicionário Houaiss, convicção é a “crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento”. Após alguns minutos de compartilhamento, inicie a exposição da lição.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre a necessidade de cada crente manter firme a sua convicção cristã em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra. Portanto, como cristãos, é mister que busquemos ter uma convicção espiritual resultante do poder do Espírito; uma convicção moral como reflexo do temor que temos a Deus; e uma convicção social que deve ser demonstrada pela abnegação em servir.


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O testemunho de Paulo”, que ajudará a aprofundar o primeiro tópico, oferece uma explicação bíblica e teológica a respeito da pregação do apóstolo, deixando claro a sua posição quanto à relação entre a sabedoria humana e a pregação do evangelho;
2) O comentário da Bíblia de Estudo Cronológica de Aplicação Pessoal expande o segundo tópico, esclarecendo a mudança de vida que o cristão deve experimentar.

INTRODUÇÃO

Diante das incertezas atuais e dos ataques às doutrinas bíblicas, é indispensável ao crente cultivar um a um a profunda convicção cristã (2 Tm 1.12-14). Não cabe ao salvo esmorecer em meio às tribulações, mas prosseguir confiante pelo prêmio da soberana vocação (2 Co 4.1; Fp 3.14). Nesta lição, estudaremos os aspectos espiritual, moral e social que formam a convicção de nossa fé cristã. O objetivo é despertar em cada cristão o desejo de ser um autêntico “embaixador de Cristo” em um mundo de trevas.

I- CONVICÇÃO ESPIRITUAL

1- Poder do Espírito. Por orientação divina, o Evangelho foi proclamado na Europa. Paulo teve uma visão em que um homem lhe dizia: “passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9). A partir dessa revelação a mensagem da cruz foi anunciada em Filipos e depois em Tessalônica (At 16.10-12; 17.1). O apóstolo deixa claro que o Evangelho não foi pregado com o mero discurso racional, “mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5-ARA).

Nesse caso, o Evangelho foi ministrado com ousadia no poder do Espírito, de modo que resultou na salvação e libertação dos tessalonicenses (1 Ts 1.6 -10 ). Assim , podemos afirmar que, na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida ao mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas (Mt 7.29; 1 Co 2.1-5).

2- Confiança em Deus. O apóstolo declara que mesmo tendo “padecido e sido agravados em Filipos” (1 Ts 2.2a), sua fé não estava abalada. Ele se refere à perseguição sofrida antes de pregar em Tessalônica. Paulo e Silas tinham sido publicamente espancados com varas. Em seguida, lançados no cárcere interior com os pés no tronco (At 16.22-24). Todavia, apesar de feridos, perto da meia-noite, oravam e cantavam hinos a Deus (At 16.25).

Após essa severa provação, não esmoreceram, mas, impelidos pelo Espírito, vieram à Tessalônica. Na cidade, em meio às suas lutas, e com ousada confiança, anunciaram a Cristo (1 Ts 2.2b). Nessa perspectiva, somos encorajados a não desfalecer na pregação do Evangelho, mas confiados em Deus, jamais recuar, mesmo diante das ameaças de prisão ou de morte (Ap 2.10).

3- Fidelidade na pregação. O apóstolo dos gentios assegura que o Evangelho anunciado em Tessalônica “não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência” (1 Ts 2.3a). Mostra que a doutrina cristã não procede de fábulas inventadas, condutas imorais ou de artifícios para seduzir as pessoas a crerem em mentiras (2 Pe 1.16). Ao contrário, Paulo declara que o Evangelho é de Deus, e que o próprio Deus o comissionou como arauto, “não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2.4b). Dessa forma, o propósito do apóstolo não era o de satisfazer seus ouvintes com falsos discursos (Tg 1.22). Nesse sentido, somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar Cristo com sinceridade (2 Co 2.17).

SINOPSE I

Sem ação poderosa do Espírito, a pregação é incapaz de transformar vidas.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O TESTEMUNHO DE PAULO (1CO 2.1-5 ) “Por causa da preocupação dos coríntios com a sabedoria humana, Paulo agora deixa claro sua posição quanto à relação entre a sabedoria humana e a pregação do evangelho. Cita assim mesmo como um exemplo de alguém que confiou no Espírito Santo, e não na eloquência ou na sabedoria humana, para que sua mensagem fosse efetiva. De acordo com o que disse no fim do capítulo 1, apóstolo se gloria no Senhor. […] Longe de depender de seus próprios recursos ou de sua capacidade de persuasão, Paulo contava com o Espírito Santo. Sua mensagem não era transmitida por ‘palavras persuasivas de sabedoria humana’. Antes uma ‘demonstração [apodeixis] do Espírito e de poder’. […]” (Comentário Bíblico Pente costal: Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.940-41).

II- CONVICÇÃO MORAL

1- Retidão nas ações. A conversão opera a transformação moral na vida do crente salvo (2 Co 5.17). Desse modo, a Bíblia orienta, dentre outras recomendações, a deixar a mentira e falar a verdade (Ef 4 .25); deixar o furto e ser honesto (Ef 4.28); não pronunciar palavras torpes e dizer apenas o que edifica (Ef 4.29). Nesse aspecto, o apóstolo Paulo reivindica a retidão das próprias ações ao afirmar: “nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza” (1 T s 2.5). Aqui, ele enfatiza que jamais usou de falso sentimento para obtenção de favor. A inda assevera que sua motivação era desprovida de ambição financeira. Somente o falso cristão é que busca poder e influência por meio da bajulação mentirosa (Rm 16.18). Logo, a conduta de retidão é uma virtude do crente regenerado (Cl 3.23; 1 Jo 318 ).

2- Reputação ilibada. Considera-se portadora de reputação ilibada a pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3). Veja como Paulo avalia sua reputação com esta frase: “não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2.6a). Isso indica que o apóstolo não trabalhava no Reino em busca de reconhecimento humano. Essa postura foi adotada por ele em todo o lugar, demonstrando a coerência e a integridade de seu apostolado.

Ele não procurava obter “ vantagens” e nem “ honra” em parte alguma (1Ts 2.5,6). Aos coríntios, escreveu que o crente deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio (1 Co 1.29-31). A conclusão é clara: os que aspiram fama e prestígio caem em tentação e maculam o Evangelho. Nosso viver deve glorificar a Deus. A Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, para sempre! (Ef 3.21).

3- Vida irrepreensível. O adjetivo “ irrepreensível” denota uma conduta que não pode ser censurada (Ef 5.27). Nesse contexto, o apóstolo invoca a Deus e a igreja em Tessalônica como testemunhas de sua postura “ santa, justa e irrepreensível” (1 Ts 2.10). Essas designações implicam obediência nas questões morais, atitude de retidão exemplar e conduta sem motivo algum de reprovação (1 Co 9.16-23).

Denotam o padrão de comportamento para com Deus, para com os homens e para consigo mesmo (1 Co 9.27). Ciente da influência que sua vida exercia sobre os fiéis, o apóstolo diz: “para vos dar em nós mesmos exemplo, para nós imitarmos” (2 Ts 3.9). Assim, o grau de comprometimento adotado pelo crente com os valores do Reino é o reflexo do nível de sua comunhão com Deus (1 Co 10.32).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“PARA QUE VOS CONDUZÍSSEIS DIGNAMENTE PARA COM DEUS
Nós devemos viver de uma maneira que traga atenção positiva e a honra a Deus. Devemos sempre examinar a nós mesmos, para assegurar que as nossas vidas sejam dignas de nos identificar com Cristo, representar o seu caráter e transmitir a sua mensagem a outras pessoas. Só seremos capazes de fazer isto, confiando na graça e no poder de Deus.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, Editora CPAD, p.2227.

SINOPSE II

O crente regenerado possui uma conduta de retidão e uma vida irrepreensível.

AUXÍLIO DEVOCIONAL

“2Co 5.13-15. Tudo o que Paulo e seus companheiros fizeram foi para honrar a Deus. Não era apenas o temor a Deus que os motivava (2 Co 5.11), mas o amor de Cristo controlava os seus atos. A palavra controlar, ou constranger, quer dizer ‘agarrar firmemente’ — em outras palavras, o amor de Cristo os forçava a determinadas ações. Eles sabiam que Jesus, por seu grande amor, deu sua vida por eles. Ele não agiu visando seu próprio interesse, agarrando-se, de modo egoísta, à glória do céu que Ele já possuía (Fp 2.6 ). Em vez disso, Jesus de bom grado morreu por nós, nós também estamos mortos para a antiga vida. Como Paulo, não podemos mais viver para nos agradar a nós mesmos, mas devemos passar a nossa vida agradando a Cristo’’ (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 20 15, p.1649).

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III- CONVICÇÃO SOCIAL

1- Bem-estar comum. O bem estar comum alcança o homem em suas necessidades físicas e espirituais. Não por acaso, a Bíblia fornece instruções para o bem-estar espiritual e social dos seres humanos (2 Tm 3.16,17). O papel da igreja é o de proclamar o Evangelho (Mt 28.19) e aliviar o sofrimento promovendo o bem-estar social entre os irmãos (Tg 2.15-17). Habacuque registra que os problemas sociais de sua época resultavam do pecado, tais como: inversão de valores, violência e injustiças (Hc 1.1-4).

Assim, o mal social tem origem no pecado. Ciente disso, o apóstolo Paulo escreve: “quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas” (1 Ts 2.8). Esse sentimento é comparado ao cuidado de uma mãe que se preocupa e protege os filhos (1 Ts 2.7), também é equiparado ao procedimento de um pai amoroso que se interessa pelos problemas dos filhos (1 Ts 2.11b).

Era assim que Paulo encorajava, confortava e servia de exemplo à igreja (1 Ts 2.11a). Nessa direção, o dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4.17).

2- Dedicação altruísta. O apóstolo se dedicou com profundo altruísmo na propagação do Evangelho (At 20.24). Apesar do direito inerente ao seu apostolado, ele decidiu nada receber “ ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados” (1 Ts 2.6b). Assim sendo, para prover o necessário sustento, o apóstolo valeu -se de seu ofício de fabricante de tendas (At 18.3). Acerca disso, recordava aos irmãos do seu “trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (1 Ts 2.9).

Para não se tornar um fardo para a igreja, ele se desgastou numa atividade laboral extenuante. Aqui é importante ressaltar que a Bíblia não condena a provisão financeira para os obreiros, pois o próprio apóstolo escreveu que “aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14) e que “ digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.18). Assim, ele explica que não usou dessa justa prerrogativa porque conhecia a extrema pobreza da igreja de seu tempo (2 Co 8.1,2), que suportou as restrições financeiras para não criar obstáculo ao Evangelho (1 Co 9.11,12) e que tudo fez para ganhar o maior número possível de alma (1 Co 9.19).

Nesse sentido, aprendemos que o amor sacrificial e o trabalho voluntário e desprendido são essenciais para o crescimento do Reino e devem fazer parte de uma profunda convicção cristã como contraponto claro ao “ espírito da Babilônia” que é o oposto do altruísmo cristão.

SINOPSE III

A convicção social presente na vida de Paulo era um exemplo para a igreja

CONCLUSÃO

Paulo foi submetido a uma série de provações durante o seu ministério (1 Ts 2.2). Não obstante, ele nos deixou exemplo de intensa convicção de nossa eleição em Cristo (1 Co 11.1). Destacam-se sua convicção espiritual resultante do poder do Espírito (1 T s 2.4); sua convicção moral como reflexo do temor a Deus (1 Ts 2.5); e sua convicção social demonstrada pela abnegação em servir (1 Ts 2.9). Ratifica-se que, em nossos dias, carecemos dessa firme convicção em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- O que podemos afirmar a respeito da ausência da convicção espiritual? Na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vida.
2- De acordo com a lição, em que somos exortados? Somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar a Cristo com sinceridade.
3- O que é a conduta de retidão? É uma virtude do crente regenerado.
4- Quem é o portador de reputação ilibada? A pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3).
5- O que o dever cristão engloba? O dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4 .17).

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