Lição 10: Sofonias – O Fim está Próximo | 3° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2023 | TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. | Escola Biblica Dominical | Lição 10: Sofonias – O Fim está Próximo

Lição 10: Sofonias – O Fim está Próximo | 3° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

TEXTO ÁUREO

“Naquele dia, se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.” Sofonias 3.16

VERDADE APLICADA

É preciso vigiar, orar e permanecer fiel, pois o Senhor Deus não está indiferente à iniquidade que se multiplica. O Dia do Senhor virá.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem de Sofonias
Falar sobre a ira de Deus sobre Jerusalém
Extrair lições de Sofonias para os dias de hoje

TEXTOS DE REFERÊNCIAS
SOFONIAS 1

1 Palavra do Senhor vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Hezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.
2 Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor.
3 Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o Senhor.
4 E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos queimarins com os sacerdotes.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Jl 2.2 Dia do Senhor: dia de trevas e tristezas.
TERÇA Am 5.20 Predição da ruína de Israel.
QUARTA Sf 1 Ameaças contra Judá e Jerusalém.
QUINTA Sf 2 Ameaças contra diversas nações.
SEXTA Sf 3.1-8 O castigo de Jerusalém.
SÁBADO Sf 3.9-20 A promessa feita aos fiéis.
HINOS SUGERIDOS: 483, 485, 578

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore a Deus por coragem para anunciar o problema do pecado.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1- O cenário da mensagem do profeta Sofonias
2- A ira de Deus sobre Jerusalém
3- Sofonias para hoje
Conclusão

INTRODUÇÃO

Sofonias pregou a necessidade de buscar ao Senhor, tendo em vista o iminente juízo de Deus sobre o pecado, mas também transmitiu a esperança de redenção e salvação para os remanescentes fiéis.

PONTO DE PARTIDA

Viver longe de Deus é viver Seu iminente juízo.

1- O cenário da mensagem do profeta

Sofonias Sofonias profetizou nos dias de Josias [Sf 1.1]. O profeta era do reino do Sul e o cenário em que viveu naquela época era de total afastamento de Deus, injustiças, corrupção e o domínio estrangeiro sobre o povo de Deus. Eles foram contaminados em todos os sentidos pelos costumes dos povos que os oprimiam.

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta. O nome Sofonias significa ‘Yahweh escondeu/ocultou para proteger’, assim como descrito no sentido do Salmo 27.5: “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me sobre uma rocha”. Outros estudiosos consideram a possibilidade do significado do nome do profeta “Jeová ocultou” indicar que ele tenha nascido durante o período truculento que marcou o reinado de Manassés, no reino do Sul [2Rs 21.16]. Este mesmo rei abraçou a idolatria e a corrupção moral, influenciado pela Assíria, e induziu o povo ao sincretismo religioso.

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 558-559): “Pfeiffer e Harrison definem o nome de Sofonias nos seguintes termos: “Seu nome indica uma confiança no poder de Deus para esconder (isto é, proteger) seu adorador em momentos de perigo”. O período da profecia de Sofonias é uma época excessivamente dramática. É o período da expansão da Assíria com suas destruições e crueldades (…) Logo a seguir a situação se inverte: os medos aniquilam Nínive em 612 a.C., depois os neocaldeus da Babilônia inundam o Ocidente. Jerusalém terá sido sitiada três vezes antes de ser arruinada em 586 a.C. (…) Nesse contexto conturbado, e mais precisamente durante os anos de menoridade do rei Josias, situa-se a atuação do profeta Sofonias.”

1.2. A mensagem do profeta. A mensagem do livro de Sofonias é um chamado de arrependimento para o povo de Judá. Tanto o povo quanto sua liderança apostataram da fé [Sf 3.1-4]. Eles estavam distantes do Senhor, influenciados pelos costumes pagãos; isso atingia não somente a religião, mas também o estilo de vida daquele povo [Sf 1.2-6]. Havia corrupção e as injustiças sociais eram gritantes. Sofonias denunciou as injustiças que estavam entre as lideranças e em determinados grupos do povo [Sf 3.1-5]. O profeta também direcionou suas palavras para outras nações como as cidades da Filisteia [Sf 2.4-6], para os etíopes [Sf 2.12] e para a Assíria e sua capital Nínive [Sf 2.13-14],

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betei Dominical, 2o Trimestre/1994, p. 42): “Sofonias apresenta sua mensagem de forma bem comum no profetismo judaico. Ele comunica o julgamento, para logo em seguida apresentar a causa deste, e conclui com a apresentação do grande amor de Deus aos que se arrependem [2Pe 3.9]. Esta é a forma que o Espírito Santo usa para trazer os pecadores aos pés de Cristo [Jo 16.8]”. O comentarista ainda ressalta que, apesar de proferir mensagens contra outros povos, contudo o foco principal é o próprio “povo de Deus que tinha a responsabilidade de ser exemplo para as outras nações [Is 5.1, 7]”.

1.3. Justiça e esperança. Apesar de uma profecia com duras palavras direcionadas ao povo e a sua liderança, havia nas palavras de Sofonias também um anúncio de esperança e justiça: “O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum.” [Sf 3.15]. O cativeiro babilônico traria dor e sofrimento ao reino de Judá, que não atentou para as mensagens que os profetas trouxeram, chamando-o ao arrependimento. Mesmo assim, para aqueles que se voltassem para o Senhor havia uma mensagem de esperança [Sf 3.13]. A promessa era de que os remanescentes veriam o fim de seus opressores e, a partir disso, teriam um recomeço que os permitiria viver de modo diferente, com uma nova configuração social livre das influências de outras nações.

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 566-567) mencionam que a última seção do livro de Sofonias abrange de 3.9 até 3.20, onde “o profeta não está apenas olhando para Jerusalém e Judá, nem em volta, mas contempla muito além; para uma época de cura e bênção que virá a Israel e a todos os outros povos. O reino messiânico abrangerá todas as outras nações. (…) Grande promessas de bênçãos e restauração para a cura das nações são citadas. A Cidade Santa será cirandada e purificada, e então será honrada em toda a terra. O povo redimido louvará a Deus que habita no meio dele [Sf 3.11-20]”.

EU ENSINEI QUE:

Um povo que opta por viver longe dos preceitos de Deus está fadado a viver sob Seu iminente juízo, mas também pode encontrar em Sua misericórdia alívio e esperança.

2- A ira de Deus sobre Jerusalém

Quando aconteceu o julgamento de Jerusalém, sua população foi levada para a Babilônia [2Rs 24-25], No entanto, a mensagem registrada em Sofonias 3.18-20 faz referência a um grupo de pessoas dispersas e aflitas, os remanescentes, a quem Deus traria de volta da Babilônia para Jerusalém depois do exílio de 70 anos. Essa restauração teve início quando Ciro permitiu que os judeus voltassem à sua terra natal. Essa volta dos judeus a Judá, em cumprimento à profecia de Sofonias é uma prefiguração da redenção final da terra.

2.1. A ira do Senhor. O dia da ira do Senhor [Sf 1.14-17] sugere um tempo sombrio com as palavras – “indignação”, “angústia”, “desolação”, “escuridade” e “trevas” [Sf 1.15]. Para aqueles que viveram no pecado e se voltaram contra Deus não há meios de escapar. Mas esse dia terrível também extinguirá a maldade sobre a terra e também a indiferença daqueles que pensam que Deus permanece alheio às mazelas do ser humano. São aquelas pessoas céticas, que apesar de não negarem a existência de Deus, negam-se a crer em Sua intervenção no mundo [Sf 1.12].

Comentário Beacon: “A descrição que Sofonias faz sobre o dia do SENHOR [Sf 1.15-16] é muito parecida com o texto de Joel 2.2 e Amós 5.20. Mas a narrativa de Sofonias é mais completa e dá maior destaque ao fato de este ser um dia de ira. O original hebraico é um poema que não há como reproduzir adequadamente em tradução. Mas mesmo numa versão percebemos o espírito tumultuoso e a atmosfera aterrorizante que os ouvintes devem sentir.”

2.2. O Dia do Senhor. O profeta Sofonias é conhecido por alguns estudiosos como o “Profeta do Dia do Senhor”, por causa das várias vezes em que ele utilizou essa expressão em sua profecia [Sf 1.7-10,14-16,18; 2.2-3; 3.8]. A sua mensagem faz várias referências a esse dia como o dia da soberania e do juízo de Deus: “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.” [Sf 1.14]. Essa mensagem não determina um dia específico, nem um lugar determinado, mas um tempo. Naquela época, essa palavra estava relacionada à invasão e dominação babilônica sobre Judá, isso aconteceu 20 anos depois da profecia de Sofonias.

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 46): “No livro de Sofonias estudaremos a respeito do Dia do Senhor, porque os demais assuntos de que trata o profeta já foram abordados nas lições anteriores. “Dia da ira”, “dia da vingança”, “dia da visitação’ do Senhor e outros, são alusivos a períodos de julgamentos proferidos pelos profetas, e comumente seguidos de “naquele (s) dia (s)”, significam as consequências e a abrangência do conjunto de ações justas e poderosas de Jeová para tornar a congregar a si todas as coisas, no Dia do Senhor.” 2 3 . Restauração e alegria. Havia a profecia do Dia do Senhor, mas também o profeta anuncia que a alegria em Jerusalém seria restaurada e isso o leva a conclamar a cidade para cantar e se alegrar [Sf 3.14-17]. A razão para isso era que o Deus, o Poderoso, estaria lá para salvá-la. Sua presença era sinal de força e proteção contra todo o mal [Sf 3.5, 17].

2.3. Restauração e alegria. Havia a profecia do Dia do Senhor, mas também o profeta anuncia que a alegria em Jerusalém seria restaurada e isso o leva a conclamar a cidade para cantar e se alegrar [Sf 3.14-17]. A razão para isso era que o Deus, o Poderoso, estaria lá para salvá-la. Sua presença era sinal de força e proteção contra todo o mal [Sf 3.5, 17].

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 319-321), sobre a mensagem de Sofonias: “Como todos os outros profetas da Bíblia, Sofonias acrescenta uma mensagem de esperança. Depois da destruição punitiva, Deus promete reunir os sobreviventes espalhados, que são seus verdadeiros adoradores. Unido, o povo de Deus celebrará o fim da tristeza, violência e injustiça. (…) As últimas palavras de Sofonias são de que os que amam o Senhor podem confiar nEle, m esm o quando não puderem confiar em mais ninguém .”

EU ENSINEI QUE:

É preciso anunciar o Dia do Senhor para que os homens saibam que precisam se arrepender dos seus pecados e voltar-se para Deus antes que seja tarde.

3- Sofonias para hoje

A coragem e a ousadia de Sofonias são uma inspiração, pois ele ensina que não importa a classe social, status ou prestígio nos ambientes políticos, o problema do pecado é um problema de todos os homens e isso precisa ser anunciado com coragem e ousadia

3.1. As injustiças nossas de cada dia. Apesar de Judá ter se afastado de Deus e por isso sofria duras consequências, esse afastamento também trouxe insensibilidade e corrupção entre o próprio povo. O profeta denuncia corrupção e dureza espiritual que caracterizavam todas as classes de Jerusalém. Seus líderes, juízes, profetas e sacerdotes eram todos corruptos e endurecidos [Sf 3.3-4], Mesmo Sofonias fazendo parte da classe mais alta de Judá, isso não foi impedimento, como homem de Deus, de exercer o seu ministério como profeta, denunciando o pecado, mas também a corrupção vigente.

Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 2022, p. 14-16) ao abordar sobre “Um profeta destemido”, escreve sobre a grande responsabilidade dos que afirmam serem anunciadores de mensagens vindas da parte de Deus: “Independentemente de as pessoas gostarem ou não, o papel do profeta de Deus é transmitir as mensagens com autenticidade, sem erros nem intransigência (ódio ou agressividade), consciente de que são verdades vindas de Deus [2Pe 1.20-21 ]. (…) Nos nossos dias, se a mensagem não massagear o “Ego” das pessoas, o mensageiro não é um “bom” profeta, orador, pregador, pastor e mestre, principalmente se não pregar a doutrina da prosperidade e do triunfalismo.”

3.2. Esperança em dias sombrios. O profeta Sofonias traz uma palavra de esperança de que, ao final, Deus consertará todas as coisas. Quando a justiça está distorcida, quando o certo e o errado parecem ter o mesmo valor, quando os líderes se tornam corruptos e não há quem confiar, o caminho mais fácil e óbvio parece ser o desânimo. Quando, além disso tudo, os líderes religiosos falham, é preciso lutar para não permitir que o ceticismo tome conta da fé. Sofonias dá garantia de que ainda podemos confiar em Deus [Sf 3.17], Mesmo em dias sombrios a fé do cristão pode ser um raio de luz para iluminar a vida de outros que estão ao seu redor.

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 44): “Uma parte do povo de Deus sempre foi e será rebelde e obstinada, não se importando com os juízos de Deus [Hb 4.11], Sofonias mostra que, mesmo tendo Deus destruído nações inteiras, o povo não tomava consciência disto [Sf 3.6-7], O profeta começa então a vislumbrar um tempo futuro, quando Deus purificará por meio do fogo [Sf 3.8] o Seu povo. A idolatria e a injustiça estavam instaladas na cidade santa [Sf 1.4, 6; 3.1-8], bem no meio dela [Sf 3.3], Porém não é esta a única força presente, isto porque “no meio dela o Senhor é justo, Ele não comete injustiça…” [Sf 3.5]. Esta força irá por fim triunfar. O anúncio do castigo era apenas o início do anúncio da transformação e da purificação. Verdadeiramente o Senhor era Rei de Israel [Sf 3.15].”

3.3. Confiança nas promessas. O profeta Sofonias pretendia incentivar os seguidores fiéis do Senhor, assegurando-lhes que Deus conservaria um remanescente e, no fim, cumpriria as promessas feitas aos antepassados. Essa certeza deveria ajudá-los a perseverar em tempos difíceis e enxergar com grande expectativa o período que se seguiria ao juízo iminente. Haveria purificação [Sf 3.9-13] e regozijo [Sf 3.14-17], ou seja, uma restauração completa com bênçãos para os habitantes daquela cidade.

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 323): “Mas, de alguma maneira, depois que Deus tiver destruído a terra no “ardor da sua ira”, Ele irá “ajuntar as nações…os zelosos adoradores” que aparentemente sobreviveram a holocausto [Sf 3.8, 10]. E, com isso, surgirá um remanescente. O grupo de pessoas que sobreviver “não cometerá iniquidade, nem proferirá mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa; porque serão apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os espante” [Sf 3.13].”

EU ENSINEI QUE:

A mensagem do cristão precisa ser de advertência, mas também de encorajamento para que os servos de Deus permaneçam firmes apesar dos dias sombrios.

CONCLUSÃO

A mensagem de Sofonias se destaca e se identifica com os dias atuais. O povo de sua época estava totalmente pervertido e não buscava ao Senhor, por causa disso havia injustiças, corrupção e o pecado imperava.

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