Lição 14: O Verdadeiro Discípulo e sua saúde emocional | 4° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 4° Trimestre De 2023 | TEMA: 3° Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã | Lição 14: O Verdadeiro Discípulo e sua saúde emocional

Lição 14: O Verdadeiro Discípulo e sua saúde emocional | 4° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

TEXTO ÁUREO

“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenha saúde, assim como bem vai a tua alma.” 3João 2

VERDADE APLICADA

Cabe ao Cristão observar os princípios bíblicos sobre o cuidado pessoal de todas as áreas da vida, visando uma melhor qualidade de vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar que todos devem cuidar da saúde emocional
Apontar os cuidados com a saúde emocional
Mostrar o que a Bíblia diz sobre a saúde emocional

TEXTOS DE REFERÊNCIA
FILIPENSES 4

6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 23.2-3 O descanso é reparador e deve ser observado
TERÇA – Pv 12.25 Buscar paz e equilíbrio emocional em Deus
QUARTA – Pv 12.25 A Palavra de Deus alegra o coração abatido
QUINTA – Fp 4.6 Apresentar os problemas a Deus em oração
SEXTA – Cl 3.13 O perdão protege a saúde emocional
SÁBADO – 1 Pe 5.7 Confiança no Cuidado de Deus
HINOS SUGERIDOS: 61, 200, 225

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore pela atenção à saúde física, mental e emocional de todos os cristãos

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1- O discípulo de Cristo e a síndrome de Burnout
2- O discípulo de Cristo e a depressão
3- O discípulo de Cristo e ansiedade
Conclusão

INTRODUÇÃO

No mundo de hoje, com suas complexidades e desafios enfrentamos um alto nível de pressão e estresse. Sendo assim, é imprescindível aprender a equilibrar suas responsabilidades com autocuidado e suporte emocional.

1- O discípulo de Cristo e a síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout é um distúrbio psicológico caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso causado por estresse crônico, geralmente afeta indivíduos em atividades estressantes e demandas emocionais elevadas, como é o caso de professores, médicos, policiais, vendedores e até pastores. O termo “burnout” deriva da palavra em inglês burn, que significa queimar, e foi utilizado para representar a sensação de estar queimado, esgotado e sem energia. Por serem humanos [Tg 5.17], todos podem enfrentar esse estado de exaustão.

1.1. Sintomas do Burnout. Alguns sintomas do Burnout são exaustão emocional, queda do desempenho nas atividades, além de falta de prazer em realizá-las. Pode causar distúrbio no sono, dores de cabeça, problemas gastrointestinais, alterações de humor, irritabilidade, entre outros. Embora a Bíblia não use é este termo técnico, é possível identificar exaustão em diversos personagens, como Moisés, Jó, Elias e outros [ [Ex 18.13-27: Jó 6.14; 1Rs 19].

Ao conduzir o povo de Israel durante anos no deserto, Moisés enfrentou inúmeras dificuldades e responsabilidades. Em Êxodo 18, o líder está sobrecarregado, julgando e resolvendo todos os problemas do povo sozinho. Percebendo a dificuldade de Moisés, seu sogro Jetro sugere que ele delegue funções para e outros líderes, a fim de ter tempo para descansar e cuidar de si mesmo e da família. Esse episódio mostra o perigo da sobrecarga de trabalho e responsabilidades. Vivendo nesse ritmo, em pouco tempo Moisés sucumbiria. O conselho de Jetro salvou Moisés de um iminente colapso que certamente encurtaria seu ministério. Aplicar o trabalho em equipe foi a solução para o perigo de esgotamento de Moisés.

1.2. Causas do Burnout. Expectativas altas, e até irrealistas, do desempenho profissional podem afligir o trabalho nas mais diferentes áreas, além de muito esforço despendido e pouco resultado. O temor e a insegurança em delegar responsabilidades também colaboram com o esgotamento, como aconteceu com Moisés, que fazia tudo sozinho. Não é diferente nas coisas espirituais. Uma obra imensurável como a de Deus, não é possível a um homem fazê-la sem colaboração. Paulo clamou a ajuda de João Marcos em uma missão [2Tm 4.11]. O próprio Jesus angariou ajuda [Mt 4.18-22]. Estar em contato com crises, problemas ou outras situações complexas trazidas pelas ovelhas também pode favorecer o esgotamento quando não há o devido distanciamento dessas questões [Nm 11.10-11]. Ser líder é influenciar os seus liderados, não é ser Deus! As divisões, provocações e os embates ministeriais, causados por auxiliares no estilo Diótrefes [3 Jo 9], também podem afetar o emocional de um líder, caso não saiba como lidar adequadamente com a questão.

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Em 2 Coríntios 11.28, Paulo fala sobre as muitas pressões que enfrenta em seu ministério, incluindo “o cuidado de todas as igrejas”. No entanto, ele também fala sobre como encontrou força em Cristo, dizendo: “Quando estou fraco, então sou forte” [2Co 12.10]. Ao compor o Salmo 23, Davi revela que em Deus, o Seu Pastor, ele pode descansar e refrigerar sua alma em meio às pressões que enfrentava.

1.3. Ajuda no esgotamento físico-emocional. O esgotamento não se desenvolve da noite para o dia: ele acontece após longo período de desgaste físico, exaustão emocional e envolvimento com pessoas e situações desafiadoras. Fugir não é opção [1Rs 19]. Respeite seus limites, tenha folga e férias em suas atividades. Aos primeiros sinais de alerta, é preciso procurar ajuda. Tenha conselheiros e dedique tempo para a oração [Mt 11.28-30] e/ou profissional, de psicólogos e psiquiatras cristãos, sem preconceito.

As atividades ministeriais desde o início da Igreja têm sido exaustivas, porque, como Jesus disse: “A seara é grande e poucos os obreiros “. Prova disso foi a oração feita pelo pai da igreja do século 4, Gregório de Nazianzo: “Estou esgotado, ó meu Cristo, Respiração da minha vida. Estresse perpétuo e onda, em aliança juntos, tornam longa esta vida, este negócio de viver. Lutando com inimigos internos e inimigos externos, minha alma perdeu sua beleza, borrou sua imagem”. Embora o Burnout seja uma nomenclatura moderna, suas causas e efeitos são antigos.

EU ENSINEI QUE:

Ninguém está imune ao esgotamento físico e à exaustão mental. Assim, é importante conhecer as causas e os sintomas deste tipo de problema para adotar medidas preventivas ou curativas.

2- O discípulo de Cristo e a depressão

O termo “depressão” tem origem no latim depressivo, que significa “afundamento” ou “rebaixamento”. Significa literalmente o AFUNDAMENTO da energia e do prazer. A Bíblia nos relata diversos personagens, no Antigo e Novo Testamento, que passaram por difíceis momentos de abatimento e dor. João fala a Gaio sobre a importância da saúde emocional [3Jo 2].

2.1. Sinais de depressão. Mudanças repentinas de humor, isolamento, dificuldade de concentração, alteração no sono e apetite, pensamentos negativos e autocrítica são sinais de alerta para uma possível depressão. Outros comportamentos como fuga, abandono das atividades habituais, sentimento de culpa, além de sensação de desamparo também podem ocorrer. A Palavra de Deus já nos advertiu: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” [Jo 16.33].

Psicólogo William Barros: “É preciso que o diagnóstico de qualquer doença psicológica seja dado por um profissional da área: um psicólogo ou psiquiatra. No caso da depressão, ela não se configura com menos de quatorze dias em que a pessoa se apresenta neste estado.”

2.2. Causas da depressão. A pressão constante para atender às demandas da vida, a falta de tempo para cuidar de si, o sentimento de solidão e isolamento, o medo de fracassar e decepcionar os outros e até mesmo a Deus são algumas das causas mais comuns de depressão nos discípulos. Problemas pessoais, histórico familiar de depressão, desafios relacionados ao equilíbrio entre as diferentes áreas da vida também podem contribuir para o desenvolvimento de abalos emocionais. Um exemplo foi Jeremias, que externou sua tristeza quando o povo rejeitou sua pregação [Jr 15.10]. Outro foi Elias, que entrou em exaustão após grande desgaste ministerial [1Rs 19.4].

O cristão precisa estar consciente de que é uma pessoa de carne e osso, suscetível a adoecimentos, inclusive mental [2 Co 4.8-9]. O ministério pastoral, por exemplo, é uma atividade exigente, que pode expor os líderes a estresse, ansiedade, esgotamento e depressão. Por isso, é importante que os discípulos de Cristo estejam atentos aos sinais de alerta e busque ajuda quando necessário, tanto em relação à sua saúde emocional quanto espiritual [Sl 147.3).

2.3. Compartilhando as angústias. O problema de Elias não foi sentir-se deprimido, porque ele era humano e suscetível ao adoecimento físico e emocional. Seu erro foi se isolar, quando deveria pedir ajuda [1 Rs 19.3]. A solução não está em se afastar das pessoas ou de Deus, mas em compartilhar os sentimentos, dividir as angústias para prosseguir seu caminho. Assim que o apóstolo João soube das dificuldades que estavam surgindo naquela igreja local, procurou fortalecer Gaio e expressar, assim, que ele estava ao seu lado, com suas palavras, a superar o momento difícil. É importante investir em bons relacionamentos, uma vez que, através deles, é possível ser encorajado e buscar ajuda quando precisar.

Não importa o quão dedicado e ungido um cristão seja, ele terá alguns dias ruins. Jesus disse que existem dias maus para todos [Mt 6,34]. É importante ter consciência de que a depressão pode surgir na vida de qualquer pessoa, por uma condição física ou emocional, e de que se deve buscar o tratamento adequado.

EU ENSINEI QUE:

A depressão pode atingir os discípulos de Cristo, por mais espirituais que sejam, Conhecer essa doença e buscar ajuda é fundamental.

3- O discípulo de Cristo e a ansiedade

A ansiedade até certo ponto pode ser normal e tem a ver com as características de cada pessoa. Passa a ser um problema quando leva alguém ao excesso de preocupação e angústia e assim se torna patológico. Jesus nos disse: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” [1Pe 5.7].

3.1. Sintomas da ansiedade. A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao perigo e uma forma de proteção biológica contra ameaças. No entanto, a ansiedade é um desafio ou problema quando se torna crônica ou leva a transtornos emocionais, provocando inclusive a perda de saúde física. Os principais sintomas de ansiedade são: sensação de perigo iminente, pânico ou desgraça; aumento da frequência cardíaca; respiração rápida (hiperventilação); sudorese e tremedeira; fraqueza ou cansaço; dificuldade de concentração; insônia; problemas gastrointestinais; dificuldade em controlar a preocupação. Um sintoma muito grave da ansiedade é agir fora do tempo de Deus ou sem sua autorização [Gn 16.2].

O autocuidado não é egoísmo, mas necessário para a realização da obra de Deus de forma eficaz. Priorize sua saúde mental e física, faça bem a si mesmo. A ansiedade não esvazia o amanhã de suas provações, ela simplesmente esvazia o hoje de suas alegrias.

3.2. Causas da ansiedade. Preocupação excessiva com o futuro [Mt 6.25-34], além de sobrecarga com atividades, ainda que simples [Lc 10.41]. O estresse fora de controle, problemas de relacionamento ou de saúde, eventos traumáticos, medos e fobias, bem como fatores genéticos e biológicos, estão entre as causas da ansiedade patológica.

Jesus ensinou que é preciso lidar com os problemas de cada dia, em vez de despender energia com os de amanhã, um dia que não chegou Mt 6.34]. A ansiedade patológica pode ser fruto de fazermos nossas atividades sozinhos, em nosso tempo (que pode não ser o de Deus) e apenas com nossos recursos humanos. Fazer tudo com a ajuda de Deus poupa-nos energia e é garantia de que dará certo [2Cr 32.8]. A libertação da ansiedade, ou seja, a paz que guarda nosso coração [Fp 4.7], vem quando desejamos fazer o que Deus quer, quando Ele quer, com quem Ele quer e pelo Seu poder. A obra de Deus realizada sem o poder de Deus produz incertezas.

3.3. Práticas de autocuidado. João deseja a Gaio que ele seja um obreiro saudável no corpo e na alma, revelando que não somos apenas espíritos, mas somos um ser integral que precisa de cuidados integrais. Uma alma ansiosa reflete sintomas no corpo que podem evoluir num quadro de doenças psicossomáticas (são dores e problemas físicos causados por sofrimento emocional). Além da prática da oração sistemática, é preciso reconhecer que tem o problema e buscar ajuda profissional para restauração da saúde física e emocional.

O salmista perguntou a si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus.” [Sl 42.11]. Uma alma sujeita a Deus sente paz, porque Ele é a fonte de paz [Rm 15.33]. A ansiedade nos leva a agir por impulso, motivados pela circunstância, como fez Pedro ao cortar a orelha de um homem [Jo 18.10]. Mas, no futuro, equilibrado, ele ensinou a entregar toda a ansiedade a Jesus, porque Ele cuida de nós [1Pe 5.7].

EU ENSINEI QUE:

Pessoas de fé, inclusive autênticos discípulos de Cristo, podem ser dominados pela ansiedade, por isso precisam conhecer seus sintomas e suas causas para cuidar da saúde física e emocional, sem preconceitos religiosos.

CONCLUSÃO

Pressão, estresse, preocupações podem desencadear adoecimento mental. A ideia de que cristãos são imunes a problemas de saúde emocional é equivocada e pode levar à estigmatização e ao isolamento. A Bíblia fornece apoio espiritual, mas muitas vezes também é preciso ajuda médica.

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